LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ECONOMIA

FMI alerta para fuga de dólares de emergentes
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou no Relatório de Estabilidade Financeira Global, divulgado parcialmente ontem, para a possibilidade de fuga de dólares de países emergentes.

A razão seria a redução do apetite por risco dos investidores.
O relatório afirma que a crise de 2008 mudou a estratégia dos investidores privados e institucionais na alocação de recursos, acentuando maior consciência sobre o risco, inclusive em relação à liquidez e ao risco de crédito soberano. "Por enquanto, num ambiente de juros baixos, a maioria dos investidores institucionais de longo prazo está escolhendo aceitar retornos mais baixos em vez de tomar mais risco."
Segundo o documento, os principais impulsionadores das decisões dos investidores institucionais de longo prazo são as boas perspectivas de crescimento de um país, riscos reduzidos e maior apetite global, enquanto o diferencial de juros entre os países tem tido um papel menor.

"No entanto, isso não implica que o fluxo de capital em geral não responda ao diferencial de juros, uma vez que outros componentes, incluindo fluxo de investimento de investidores alavancados no curto prazo (como aquele de carry trade), ainda é afetado pelas mudanças nas taxas de juros", observa o texto.

O FMI afirma que, após a turbulência financeira de 2008, os investidores estão mais focados na liquidez do mercado, que define a facilidade com a qual um ativo poderá ser vendido.

O documento analisa ainda que, embora o investidor esteja mais sensível ao risco, juros baixos persistentes acabam por estimular alguns deles a correr risco adicional em ativos alternativos e em mercados menores e de menor liquidez para aumentar o retorno dos investimentos.

Ainda que os investimentos para emergentes tenham aumentado após a crise de 2008, existe o risco de reversão do movimento, alerta o relatório.

"No caso de choques maiores, o impacto dessas reversões poderia ter a mesma magnitude da retração dos fluxos experimentada durante a crise financeira", explica o relatório. "Na verdade, a magnitude da recente saída de fluxo de capital em fundos de ações e bônus do mercado emergente está em linha com essa análise", afirma o FMI.
O Estado de São Paulo




Ingresso de moeda estrangeira atinge US$ 8,12 bi em setembro
Valor é praticamente o dobro do que entrou em agosto, quando oferta de dólar ao sistema financeiro superou demanda em US$ 4,15 bi

O mês de setembro começou com forte ingresso de moeda estrangeira no país. As operações cambiais entre bancos e clientes (mercado primário) geraram fluxo líquido positivo de US$ 8,12 bilhões nos primeiros nove dias do mês, segundo o Banco Central.

É praticamente o dobro do que entrou em agosto, quando a oferta de dólar ao sistema financeiro superou a demanda em US$ 4,155 bilhões. Os ingressos pelo segmento financeiro desse mercado, que haviam perdido ritmo no mês passado, voltaram a um patamar expressivo para um período tão curto, somando US$ 3,8 bilhões em nove dias (sendo seis dias úteis).

Em agosto inteiro, o fluxo líquido do segmento foi de US$ 2,512 bilhões, mas de saída e não de ingresso. O financeiro inclui todas as operações cambiais do mercado primário com exceção daquelas vinculadas ao comércio exterior. Considerados os ingressos brutos, o movimento cambial financeiro chegou a US$ 9,642 bilhões em setembro, até o dia 9.

As saídas, por sua vez, somaram US$ 5,837 bilhões. A contratação de câmbio decorrente do comércio exterior brasileiro gerou fluxo positivo de US$ 4,315 bilhões nesses mesmos seis dias úteis. O volume de moeda demandado pelos importadores somou US$ 4,530 bilhões, ao passo que a oferta proporcionada pelas exportações alcançou US$ 8,845 bilhões.
Valor Online

http://economia.ig.com.br/mercados/ingresso+de+moeda+estrangeira+atinge+us+812+bi+em+setembro/n1597210043686.html

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