LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 16/09/2011

Volume global de contêineres deve aumentar em cerca de 3,5 milhões

As companhias de navegação devem acrescentar mais contêineres às frotas neste ano, de acordo com o diretor da maior empresa de arrendamento de contêineres do mundo. Em uma conferência do setor, em Nova York, John Maccarone, presidente e CEO da Textainer Group Holdings, disse esperar que empresas de navegação adicionem cerca de 3,5 milhões de contêineres à frota mundial em 2011, em comparação aos 2,4 milhões do ano passado.

Ele afirmou que, neste ano, a oferta de contêineres estava equilibrada com a demanda, especialmente, porque as linhas de navegação estavam mantendo as unidades por mais tempo do que o comum.
Segundo Maccarone, no fim das contas, os contêineres mais antigos acabariam gerando muito mais custos para as empresas, com manutenção e reparos, por isso, veríamos um plano de renovação das frotas. "Eu, particularmente, considero que, até o fim do ano ou começo do próximo, muitas linhas de navegação iniciarão um plano para se livrar dos antigos contêineres e arrendar ou comprar outros novos", afirmou. Ele também destacou que as empresas devem preferir o arrendamento do que a compra de novas unidades.

As linhas de navegação também estão utilizando mais contêineres devido à entrada de estratégias para reduzir os custos operacionais. Segundo Maccarone, esses planos estão levando às companhias a ter de 5% a 7% mais contêineres para o mesmo volume de carga.

Os arrendadores de contêineres levaram vantagem nos últimos dois anos, com a demanda superando a oferta e, consequentemente, impulsionando as taxas de arrendamento e os preços de contêineres novos e usados.

Muitas empresas estão arrendando contêineres ao invés de comprá-los, devido à reformulação dos balanços, após 2009, quando as linhas com contêineres próprios perderam mais de US$ 15 bilhões.

A Textainer afirma ser a maior vendedora de contêineres usados do mundo, chegando a vender em média 90 mil nos últimos dois anos, para cerca de mil clientes.
Guia Marítimo





Itajaí registra 21 cancelamentos de atracação
Dez navios esperam por retomada na barra do Rio.

O Porto de Itajaí já registrou, desde quinta-feira passada, quando foram suspensas as operações no Rio Itajaí-Açu, 21 cancelamentos de atracação, segundo informações da Autoridade Portuária. Além disso, foi informado que há dez navios esperando na barra pela redução da correnteza, para que possam atracar no Porto.

Após as chuvas que assolaram a região na última semana, as atividades foram suspensas nos terminais que formam o complexo portuário de Itajaí. Por enquanto, os únicos danos constatados foram no Berço 01, operado pela APMT (APM Terminals), que ficará responsável pelos reparos necessários na estrutura.

Segundo informações do terminal portuário, a forte correnteza causou avarias nas estacas do Berço 01, além de movimentar quantidades de areia, que podem ter tornado a estrutura menos segura para operações. A empresa estima que a duração das obras de reestruturação do berço, cujo calado era de 14 metros, seja de quatro meses.

A correnteza do Rio Itajaí-Açu ainda está acima do indicado para liberação das operações. Segundo a APMT, o ideal seria que a correnteza na área estivesse com velocidade de 0,5 a um nó e, nos últimos dias, ela chegou a estar cinco vezes maior, a cinco nós.

A empresa também informou que suas operações terão preferência na utilização do Berço 04, que é área do porto público. Segundo a APMT, uma batimetria realizada, superficialmente, no Berço 04 indicou que o calado pode ter sido aprofundado com a correnteza, passando de 8 para 15 metros, permitindo que navios maiores passassem a atracar no local. Porém, estudos oficiais ainda devem ser realizados, após a diminuição da correnteza.

Até ontem, não havia previsão para retomada das operações, mas a Autoridade Portuária espera pela liberação ainda nesta semana.
Evento

As enchentes na região de Itajaí também resultaram no adiamento do Itajaí Trade Summit 2011, que ocorreria do dia 14 a 16 de setembro. Hoje a organização do evento informou a nova data, 16 a 19 de novembro, definida em reunião com o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, e a secretária de Turismo, Maria Valdete Orci de Campos.
Guia Marítimo


 
 
Gasto com logística chega 50% do custo da safra

Mesmo enfrentando momentos desfavoráveis, com o dólar baixo e juros elevadíssimos, a agricultura no Brasil consegue o feito de se manter extremamente competitiva, comparando os altos custos impostos pelas condições da logística nacional. Segundo o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho da Silva, um dos maiores problemas enfrentados pelo produtor e pelo consumidor – as duas pontas mais frágeis – é o estado caótico da infraestrutura brasileira. “Nossos principais concorrentes, como por exemplo, os Estados Unidos, chegam com a soja no porto com um custo de US$ 12 a tonelada, sendo que no Brasil o frete pode chegar a US$ 60 a tonelada”, explica ele, acrescentando que isto significa aproximadamente 50% do custo da produção.

Cesário acredita que o Brasil poderia ter feito no início do Governo Lula a parceria público-privada, onde a União delegaria à iniciativa privada a responsabilidade quanto aos investimentos na infraestrutura. “Porém, nós estamos completamente estrangulados, com estradas em má conservação, e sem um modal de transporte, com a utilização de ferrovias, hidrovias, entre outros”, salienta, contrapondo que, desta forma, é necessário utilizar o dobro de caminhões para o escoamento da safra, que são deteriorados devido as péssimas condições das estradas, elevando os gastos também com a manutenção.

Falta de investimentos prejudica desenvolvimento do Estado

De acordo com o secretário Estadual de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, a falta de recursos pesados para os investimentos em obras de infraestrutura emperra o desenvolvimento do Estado. Ele observa que dos 12 mil quilômetros de rodovias pavimentadas no RS, apenas 396 são duplicados, o que já representa um enorme gargalo, tornando o Estado atrasado do ponto de vista logístico. “Por isso, mesmo antes de assumir, o governador Tarso Genro encaminhou cartas-consultas para financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Mundial (Bird), para programas regionais de desenvolvimento que preveem, além de programas sociais e econômicos, a duplicação de trechos rodoviários esgotados e, para acabar com um debito que o Estado tem com cerca de 104 municípios sem acesso asfáltico”, garante ele.

Albuquerque comenta ainda sobre a assinatura da ordem de início do projeto de duplicação da ERS-135, entre Passo Fundo e Erechim, que deverá ser viabilizada com os recursos arrecadados na praça de pedágio de Coxilha. “Vamos enfrentar os problemas para duplicar os 22 Km da ERS-118 e estamos buscando recursos para enfrentar pelo menos mais três gargalos rodoviários já diagnosticados que são a ERS-324 (Passo Fundo/Marau/Vila Maria/Casca), a ERS-342 (Cruz Alta/Ijuí) e a ERS 453 (Bento Gonçalves/Farroupilha)”, ressalta.

O secretário afirma que já alertou sobre a necessidade de investir R$ 100 mil anuais, até 2014, para garantir a trafegabilidade nas rodovias. “Mas, infelizmente, herdamos uma malha viária sem manutenção permanente, algumas estradas em péssimas condições e outras, restauradas no final de 2010 se deterioraram em menos de um ano”, enfatiza.

Ainda, o alto volume de chuvas, registrados nos últimos 100 dias, piorou ainda mais a situação e danificou 700 quilômetros de rodovias estaduais. Nos poucos dias de sol, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) está investindo recursos em ações emergenciais, conforme revela Albuquerque. “Mas essa não é a solução. Precisamos realizar obras definitivas e, para isso, o Estado terá que fazer um sacrifício e mobilizar recursos, que hoje não dispomos, para enfrentar o problema”, pondera.
Diário da Manhã




Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza começará no ano que vem

O Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza, que deve começar a ser construído em janeiro de 2012, cumpriu ontem mais uma etapa do processo de licenciamento ambiental do empreendimento. O Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do projeto foi apresentado à comunidade em audiência pública promovida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

O próximo passo é o parecer técnico da Semace sobre a viabilidade ambiental do terminal que será levado ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) para discussão e votação dos conselheiros, prevista para o dia 29 de setembro. O terminal, é um das obras prioritárias para a Copa do Mundo 2014 e possui recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2) do Governo Federal. A Companhia Docas do Ceará (CDC), responsável pelo empreendimento orçado em R$ 149,8 milhões, pretende lançar o edital de licitação na primeira semana de outubro.

O presidente da CDC, Paulo Holanda, explicou à comunidade que o novo terminal será de múltiplo uso, com área de pátio de 40 mil metros quadrados (m²) para operação de navios de cargas nos períodos de baixa estação. Destaca que o projeto não trará impacto ambiental algum. "Fizemos um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), que resultou neste projeto que é a junção da ampliação do porto com a estação de passageiros”, acrescentando que será construído cais de atracação de 350 metros de comprimento e com profundidade de 14 metros.
O POVO Online




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