Montadoras tiram descontos de alguns importados
Na tentativa de inibir a demanda por carros importados neste final de semana, por conta da perspectiva de aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), descontos que eram praticados há até três dias desapareceram.
O novo Veloster, da Hyundai, que acaba de chegar ao mercado nacional, já está cerca de R$ 2 mil mais caro do que o preço praticado na pré-venda. O modelo mais caro sai por R$ 77,9 mil.
Por outro lado, consumidores correram para tentar comprar os modelos ainda com o preço mais em conta. A rede de concessionárias da Hyundai, por exemplo, viu as vendas aumentarem mais de 70% no final de semana. O médico Carlos Gun, que adquiriu o seu na pré-venda, correu para uma concessionária, preocupado com o IPI. “Se tiver que pagar mais 28% de imposto eu desisto”.
Novos investimentos - O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse que o Brasil deverá ter, em breve, notícias de novos investimentos para o setor automotivo. “É um momento para atrair investimentos e inovar a indústria nacional. Minha avaliação é que teremos investimentos novos para a indústria automobilística no Brasil”.
Sobre a crítica da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), de que é inconstitucional a alta imediata do IPI e que seriam necessários 90 dias para a medida entrar em vigor, Mercadante afirmou que “o princípio de noventa dias é para a criação de novos impostos e não para uma mudança de alíquota”.
O ministro afirmou que o governo está aberto para buscar soluções para aqueles fabricantes que tiverem interesse de produzir no País, “com criação de empregos e desenvolvimento tecnológico”. Mercadante disse que um dos objetivos do governo “é mudar a postura do Brasil em relação à inovação tecnológica”.
Na última quinta-feira, o governo anunciou o aumento a partir da última sexta-feira (16) de 30 pontos porcentuais no IPI de automóveis e caminhões para montadoras que não cumprirem determinados requisitos, como utilizar, no mínimo, 65% de conteúdo nacional ou regional (Mercosul).
Por quê - Entenda a notícia. Para tentar se proteger dos preços bem mais baixos dos carros chineses, coreanos e japoneses, o Governo aumenta o imposto desses carros, o que acarreta uma corrida contra o tempo para a aquisição destes veículos antes do IPI valer.
O Povo - CE
Linhas para exportação vão superar recordes
A expectativa para o final de 2011 é de que as exportações brasileiras atinjam US$ 257 bilhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Junto ao crescimento da produção, eleva também a demanda por crédito. Com 37,4% de participação no mercado de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE), o Banco do Brasil estima que este será o melhor ano para o segmento, ao superar o recorde de US$ 15 bilhões em 2007. O Banco do Nordeste espera atingir US$ 950 milhões, volume excedente em 35,7 % ao ano de 2010, que somou US$ 700 milhões contratados. Apesar de vantajosa, o crédito exige análise criteriosa por parte do empresário, principalmente em momentos de oscilação do dólar, apontam analistas de comércio exterior.
O ACC se caracteriza como a principal linha para o exportador e funciona como uma antecipação de recursos em moeda nacional (R$), por conta de uma exportação futura. Já o ACE é uma antecipação em reais após o embarque da mercadoria. Segundo números do Banco Central até julho, disponibilizados em real, o saldo de ACC é de R$ 37,283 bilhões, alta de 27% ante dezembro de 2010, quando ficou em R$ 29,351 bilhões. Em relação a julho de 2010, o saldo é superior em 24,6%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), empréstimos por ACC são extremamente vantajosos para o exportador. "O custo é baixo, pois é vinculado às taxas de juros internacional [Libor], e não paga Imposto sobre Operações Financeiras [IOF] Além disso, é desburocratizada e ágil". Os números do Banco Central revelam, inclusive, alta nas concessões diárias entre julho de 2011 e de 2010, de 55,6%, para R$ 335 milhões.
O presidente da AEB explica que na situação atual, de oscilação do dólar, o empresário precisa realizar uma análise do melhor momento para solicitar o empréstimo, porque a taxa de câmbio é fixada no fechamento do contrato. "Com alta do dólar, o impacto é negativo para quem fechou, porque a taxa não muda ".
O gerente-executivo da Diretoria de Negócios Internacionais do Banco do Brasil, Wladimir Olchenski, afirma que há sensibilidade ao preço da moeda. "Quando o dólar aumenta, elevam as contratações, principalmente no middle market (médias empresas), que aproveitam o momento para obter o crédito. As grandes não são tão sensíveis, porque têm política de crédito definida". O volume de contratações do BB permite que a instituição financeira alcance 37,4% de participação. "Tem havido uma demanda maior e há ampliação dos negócios. Isto dentro da política do banco de dar mais suporte ao exportador com o aumento da balança comercial".
O executivo explica que 2007 foi o melhor ano da carteira, com saldo de US$ 15 bilhões e 32% de participação no mercado. Em 2008 atingiu US$ 13 bilhões e em 2009 US$ 10 bilhões. "Trabalhamos com a expectativa de superar 2007. Este será o melhor ano. Até o final da primeira quinzena de setembro, o volume chegou a US$ 13,100 bilhões, superando todo o volume anual de 2008".
Com atuação regional, o Banco do Nordeste apresenta expansão significativa em crédito para exportação. Para Fernando Passos, superintendente de finanças do banco, a demanda por ACC e ACE cresce 25% ao ano desde 2007. "O que a gente tem verificado é que a economia do Nordeste avança e junto as empresas que destinam produtos para a exportação".
Ao final da primeira quinzena de 2011, o volume de recursos contratados chega a US$ 570 milhões, acréscimo de 24% ante igual período de 2010.
Passos conta que no fechamento de 2011 os recursos concedidos devem ser superiores em 35% ao último ano, quando somou US$ 700 milhões. "Como intensifica o volume em novembro por causa do Natal em diversos países, deve chegar a US$ 950 milhões no final do ano".
Diário do Comércio e Indústria
Superávit da terceira semana de setembro é de US$ 1,2 bilhão
Brasília (19 de setembro) – A balança comercial da terceira semana de setembro – com cinco dias úteis (12 a 18) - fechou com superávit de US$ 1,213 bilhão e média diária de US$ 242 milhões. As exportações foram de US$ 5,944 bilhões (média diária de US$ 1,188 bilhão) e as importações, de US$ 4,731 bilhões (média diária de US$ 946 milhões).
No acumulado do mês, as exportações chegam a US$ 12,776 bilhões (média diária de US$ 1,161 bilhão) e as importações a US$ 10,244 bilhões (média diária de US$ 931 milhões). Como consequência, o saldo comercial (diferença entre as duas operações) foi positivo em US$ 2,532 bilhões (média diária de US$ 230 milhões) e a corrente de comércio (soma de exportações e importações) chegou a US$ 23,020 bilhões (média diária de US$ 2,092 bilhões).
Ano
De janeiro à terceira semana de setembro, o superávit foi de US$ 22,492 bilhões e a média por dia útil, de US$ 125 milhões. O valor é 80,8% maior que o registrado no mesmo período de 2010, na comparação pela média diária.
Considerando o mesmo critério comparativo, a corrente de comércio do período também aumentou (28,9%), alcançando os US$ 336,488 bilhões (média diária de US$ 1,879 bilhão) deste ano.
Nas exportações, que foram de US$ 179,490 bilhões (média diária de US$ 1 bilhão), o acréscimo foi de 31,3%. Também considerando o mesmo período do ano passado e o resultado médio diário do período, as importações do acumulado deste ano aumentaram 26,3%, chegando a US$ 156,998 bilhões (média diária de US$ 877 milhões.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Drible ao embargo russo
A Rússia, que era o principal comprador da carne suína produzida no Brasil, decidiu reduzir drasticamente a compra do produto brasileiro. Mas os produtores mineiros de suínos encontraram uma forma de driblar o embargo e as exportações já estão em trajetória crescente. A receita com suínos abatidos em Minas para o exterior chegou a US$ 7,3 milhões no mês passado. A alta foi de 51,8% na comparação registrada em julho.
Segundo o superintendente da Subsecretaria do Agronegócio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, a reação das exportações da carne suína do estado, mesmo com redução das vendas para o mercado russo, ocorre porque houve fortalecimento de mercados diferenciados, como Hong Kong, Ucrânia, Albânia, Singapura e Equador ( estes representando 87% das vendas), além de outros 20 destinos. O superintendente observa que mesmo com o embargo oficial à carne suína de apenas três estados brasileiros – Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso – praticamente todo o comércio de carnes do Brasil com a Rússia foi interrompido, inclusive o de Minas Gerais.
“O fator decisivo para a obtenção dessa cifra no mês passado foi o aumento do volume de embarques para outros países”, observa o superintendente. Os embarques alcançaram 3,2 mil toneladas em agosto, um aumento de 37,8% em relação ao volume do mês anterior.
Segundo Albanez, os dados das exportações mineiras de suínos de agosto são positivos também na comparação com o registrado em igual mês do ano passado. Frente a agosto de 2010, a receita teve crescimento de 12,7% e os embarques subiram 16,9%.
Boas Expectativas- A previsão é de que as exportações para a Rússia irão se normalizar, e nesse caso os ganhos com a carne suína serão ainda maiores que antes da suspensão do comércio. De acordo com Albanez, o anúncio de que o governo russo vai liberar as compras de carne bovina de um frigorífico de Goiás, um de São Paulo e dois do Mato Grosso do Sul reforça a expectativa de normalização das exportações de suínos.
O presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), João Bosco Martins de Abreu, também acredita na retomada do aumento da receita das vendas externas da carne. Ele comenta que o mercado esteve quase paralisado durante um longo período, o que é confirmado por dados da Sub-Secretaria do Agronegócio: em 2010 , a receita das exportações foi de US$ 82,2 milhões. Neste ano, até agosto, o movimento foi de US$ 34,5 milhões. Neste ano, até agosto, o movimento foi de US$ 34,5 milhões, equivalentes a 42% da cifra registrada em todo o ano anterior.
“Constatamos agora um esboço de reação, e um dos sinais da mudança de cenário foi a melhoria das cotações da carne suína no mercado interno em função do aumento do volume exportado”.
REAÇÃO EM CURSO
Exportações de carne de suínos dos criadores mineiros (em agosto)
Receita Embarques em Toneladas
US$ 7,3 milhões 3,2 mil
(+ 51,8%)* (+ 37,8%)*
*Alta na comparação com Julho. Dados: Seapa/MDIC
Agenda- Na quinta-feira, às 14h30, poderão atualizar seus conhecimentos sobre a suinocultura moderna e o meio ambiente em palestra ministrada pelo diretor técnico da Planosui Serviços Ambientais, professor de pós-graduação especialista em tratamento de efluentes líquidos e perito ambiental Flúvio Eleodoro Marcos, na sede da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), em BH. Informações: pelo e-mail asemg@asemg.com.br ou telefone (31) 3371 – 1580.
O Estado de Minas
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/drible-ao-embargo-russo,20110919143631_S_928,20081118093812_F_643.aspx
Investimento em inovação pode abrir portas no exterior
Gustavo Machado
são paulo - "Se nossas empresas não pensarem a inovação em nível global, elas morrerão. Por que o Brasil é um mercado global, elas morrerão, por que o Brasil é um mercado global". Com a afirmação taxativa, Bruno Moreira, Diretor da Inventta, finalizou sua apresentação no Comitê de Inovação, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Bruno Moreira relaciona a dificuldade que os manufaturados brasileiros têm em adentrar mercados internacionais devido aos altos custos de produção. Segundo ele, a falta de competitividade mundial será solucionada caso as empresas decidirem investir em inovação tecnológica e processual. "É preciso melhorar os processos de produção, aprimorar produtos. O que é novo é inovador. Caso isso não ocorra, o empresário perderá o mercado nacional também", alerta Moreira.
Fabio Klein, diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Embraco, durante o comitê na Amcham, apresentou o caso da companhia nacional. Fabricantes de compressores para refrigeradores, a Embraco é líder mundial no setor. De acordo com Klein, a posição veio devido ao espírito inovador da empresa. "Por questão de sobrevivência, a Embraco se internacionalizou", conta.
Klein afirma que apenas 3% do faturamento são destinados a pesquisa e desenvolvimento (P&D). O valor é suficiente para manter na Universidade Federal de Santa Catarina o laboratório Pólo, do qual saíram mais de 1050 patentes. O desenvolvimento de novos e melhores produtos deu gradativamente a liderança do mercado. Klein reclama que, atualmente, seus concorrentes possuem baixo custo de produção e imitam os produtos da companhia. "Tínhamos quatro concorrentes que enfraqueceram. Agora eles são chineses."
José Ricardo Roriz Coelho, Diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Depecom) da Fiesp, diz apenas 0,5% do faturamento é suficiente para que empresas de baixa tecnologia consigam produtos inovadores. Segundo o diretor, para companhias de alta tecnologia, o valor destinado fica entre 8% e 10%. "A inovação é um instrumento de competitividade e muitas empresas não precisam comprometer grande parte de seu faturamento em P&D", afirma.
A preocupação dos executivos, no entanto, está longe de ser atendida pelas empresas brasileiras. Segundo dados do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), 1,16% do Produto Interno Bruto (PIB) foi destinado à inovação. Deste montante, as entidades privadas contribuíram com menos de 50% do total, enquanto o poder público investiu o equivalente a 0,61% de toda riqueza produzida pelo País em 2009. O índice coloca o Brasil muito atrás dos países desenvolvidos e alguns emergentes. Coreia (3,3%), Japão (3,23%), Estados Unidos (2,62%) e China (1,46%), por exemplo, possuem maior participação do setor privado.
De acordo com Felipe Couto, do Centro Internacional de Inovação (C2i), programa da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), explica que muitas empresas têm aversão a risco, preferindo não destinar largas quantidades de dinheiro em projetos que podem não dar certo. "O dispêndio de capital gera entraves nas companhias. Por isso auxiliamos o acesso ao crédito", diz. Couto, no entanto, afirma que a iniciativa de desenvolver linhas de pesquisa e desenvolvimento devolverá o investimento ao longo do tempo. "Empresas que inovam mais, exportam mais", avisa.
Criado em 2009, o C2i já prestou consultoria para mais de 200 empresas. 22 duas delas conseguiram linha de crédito junto a Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), tido como o BNDES da inovação. O total destinado chega a R$ 45 milhões.
Felipe Couto e Bruno Moreira criticam a falta de agressividade do empresariado brasileiro frente à necessidade de inovar. "Muitos se interessam pela área, mas poucos implementam os projetos", diz o gestor do C2i. "As empresas ao descreverem sua visão e valores, dizem prezar pela inovação. Em sua maioria, o discurso fica apenas no papel", critica Moreira.
Couto avisa que a China é um concorrente que pode enfraquecer produtores nacionais não apenas no mercado externo, mas em seu próprio país. "Os custos de produção dificultam a exportação e o câmbio facilita a importação. É preciso se diferenciar no mercado interno também", diz.
http://www.dci.com.br/Investimento-em-inovacao-pode-abrir-portas-no-exterior-6-391251.html
São José é a 2ª maior exportadora de produtos industrializados do País
júlio ottoboni
São José dos Campos - São José dos Campos conquistou na última sexta-feira uma colocação histórica dentro do cenário de exportações brasileiras, ficando apenas atrás de São Paulo. A cidade foi classificada como a segunda maior em vendas externas dentro do ranking nacional dos maiores municípios exportadores de produtos industrializados. A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), mesmo com a crise no setor aeronáutico, foi decisiva. - São José ultrapassou neste momento o município de São Bernardo do Campo na listagem dos municípios que mais desenvolvem produtos industrializados para o mercado exterior no Brasil. As demais localidades se destacaram na classificação pela exportação de matérias primas, principalmente minérios, ou possuem portos onde são embarcados produtos.
Os dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, demonstram que as exportações de São José dos Campos aumentaram 75,69% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. O volume negociado chegou a um total de US$ 652 milhões, sendo este o mês de melhor desempenho na balança comercial da cidade.
O mês de agosto foi responsável por 25,2% do total do volume acumulado neste ano. No mesmo período, em 2010, os números alcançados foram de US$ 371 milhões. Em relação a julho desse ano, o mês de agosto apresentou um acréscimo de US$ 374 milhões, o que representa aumento de 135%.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, os números são o reflexo do reaquecimento do mercado internacional do setor automotivo e aeronáutico, em especial na Argentina e nos EUA. a partir do início do segundo semestre, o que produziu novas oportunidades de negócios para as empresas destes setores instaladas em São José. A lista dos produtos mais exportados é liderada por aviões, veículos, aparelhos de transmissão de telefonia celular, peças para aviões, helicópteros, autopeças e produtos médicos.
http://www.dci.com.br/Sao-Jose-e-a-2%C2%AA-maior-exportadora-de-produtos-industrializados-do-Pais-8-391199.html
Venda de algodão aos árabes cresce 146%
Venda de algodão aos árabes cresce 146%: Brasil vai exportar 800 mil toneladas de algodão
Créditos: DivulgaçãoAs exportações brasileiras de algodão aos países árabes avançaram 146% em valor entre janeiro e agosto de 2011 sobre o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as vendas passaram de US$ 4,4 milhões para US$ 10,8 milhões. "No ano passado o algodão estava bem mais barato", diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Sérgio De Marco.
De fato, as vendas em volume também cresceram, mas em proporção menor. Saíram de 2,6 mil toneladas, de janeiro a agosto de 2010, para 3,7 mil toneladas em igual período deste ano, avanço de 30%. O maior importador, no mundo árabe, foi o Marrocos, com 2,7 mil toneladas, ou US$ 9,2 milhões. De Marco lembra que o volume é pequeno diante do total que o País deve exportar em algodão neste ano, 800 mil toneladas, mas afirma que o segmento está olhando com atenção para este começo de importação dos marroquinos.
O presidente da Abrapa acredita que as compras do Marrocos foram motivadas pela qualidade do algodão brasileiro. Ele lembra que o produto conquistou conceito de qualidade no exterior. Segundo ele, também deve ter pesado, na importação, o preço. De Marco acredita que os marroquinos tenham conseguido um preço mais barato para o algodão brasileiro. "Possivelmente estamos tirando mercado da Austrália, do Paquistão", afirma ele. O Marrocos tem uma vasta indústria de confecção, incluindo fabricação de grifes européias.
Na outra mão, também o Brasil importou mais algodão do mundo árabe. Mas o algodão comprado foi do Egito, país que tem tradição em produzir um algodão de fibra longa, voltado para produtos de alto padrão. O Brasil gastou US$ 11 milhões com compra de algodão egípcio de janeiro a agosto, com avanço de 375% sobre o mesmo período do ano passado, quando as compras estavam em US$ 2,3 milhões. Desembarcaram no Brasil 2,1 mil toneladas de algodão egípcio até agosto, contra 926 toneladas nos oito primeiros meses do ano passado. O crescimento, em volume, foi de 127%.
Até maio deste ano, o Brasil mantinha zerada, para determinada quota, a tarifa de importação do algodão, visando o abastecimento do mercado interno, já que alguns estados brasileiros tiveram quebra de safra. A situação, porém, já está normalizada. De acordo com De Marco, neste ano o Brasil deve colher 1,75 milhão de toneladas, sendo que a indústria nacional vai consumir 900 toneladas e cerca de 800 mil toneladas serão exportadas. Com isso, deve faltar pouco algodão no mercado, cerca de 50 mil toneladas. A colheita de algodão foi concluída neste mês de setembro e o plantio da próxima safra começa em dezembro.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
http://www.agrosoft.org.br/agropag/219311.htm
Embarque de gado em pé volta a crescer no País
Brasil exportou 32,4 mil cabeças em agosto, um aumento de 102% sobre o mês de julho
Marcelo Beledeli
Alan Bastos/Divulgação/JC
Apesar do resultado positivo, receita foi 36% inferior à apurada em agosto do ano passadoOs embarques de gado em pé voltaram a crescer em agosto, depois de apresentar o menor resultado dos últimos quatro anos em julho. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgadas pela Scot Consultoria, no mês passado o Brasil exportou 32,4 mil cabeças, um aumento de 102% na comparação com o desempenho de julho, quando foram embarcadas 16 mil, o menor volume desde 2007.
O resultado de agosto foi o segundo melhor do ano, perdendo apenas para fevereiro, quando foram comercializadas 46 mil cabeças. O faturamento foi de US$ 37,8 milhões. No entanto, de acordo com Alex Santos, analista da Scot Consultoria, apesar do resultado positivo, os números ainda estão abaixo do desempenho esperado para o período. O volume embarcado é 41% menor do que o registrado em igual período do ano passado, quando foram exportados 55 mil bovinos vivos. A receita foi 36% menor.
De janeiro a agosto, o Brasil já exportou 238,6 mil cabeças de bovinos vivos, volume 43,3% menor que no mesmo período do ano passado. O faturamento totalizou US$ 255,8 milhões. Desse total, 97% dos animais foram exportados pelo Pará, e o restante (cerca de 7 mil cabeças) pelo Rio Grande do Sul.
No Estado, a maior empresa exportadora de bovinos em pé, a Angus Trading, de Pelotas, realizou dois embarques no ano, um em janeiro (3.824 animais), para a Líbia, e o outro em maio (1.904 exemplares), para o Líbano. Em todo o ano de 2010, segundo Mauricio Diez, diretor interino da companhia, foram feitas quatro exportações, totalizando 26.042 animais. Apenas em setembro, um único embarque enviou 7,8 mil cabeças para a Turquia.
Um dos fatores apontados por Diez para a redução das exportações brasileiras de animais vivos é a taxa de câmbio, que não tem favorecido o País. "Nos últimos dias, felizmente, temos experimentado uma reação positiva nesse sentido, visto que as últimas cotações feitas para fechamento de contratos de câmbio estão apresentando um aumento significativo", comenta. Além disso, o diretor interino lembra que a empresa, em 2010, ampliou sua carteira de clientes, somando Egito e Turquia aos mercados compradores do gado gaúcho.
De acordo com Zilmar Moussalle, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs), os compradores internacionais estão evitando o gado brasileiro devido aos altos preços dos animais neste ano. "Coincidentemente, ao mesmo tempo em que houve essa redução nas exportações, as indústrias não tiveram problemas de oferta de matéria-prima", aponta. Segundo Moussalle, mesmo que os volumes exportados continuem crescendo nos próximos meses, não deverão faltar animais para os frigoríficos. "Agora é a época em que muitos criadores tiram o gado da pastagem para plantar culturas de verão, como soja e milho, então a indústria estará bem abastecida."
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=73398
Soja puxa aumento das exportações
Puxadas por soja e derivados, açúcar e etanol e carnes, as exportações do agronegócio brasileiro dispararam em agosto. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, os embarques do setor totalizaram US$ 9,8 bilhões, 34,7% mais que no mesmo mês do ano passado.
Com o forte incremento, as vendas ao exterior somaram US$ 61,5 bilhões nos primeiros oito meses de 2011, um incremento de 23,9% em relação a igual intervalo de 2010. No período de 12 meses encerrado em agosto, o valor chegou a US$ 88,3 bilhões, aumento de 24,8% na comparação com o ano móvel anterior. Os superávits da balança do agronegócios também cresceram. Em agosto foi de US$ 8,3 bilhões, nos primeiros oito meses de 2011 alcançou US$ 50,2 bilhões e nos 12 meses até agosto foi de US$ 72 bilhões.
O chamado complexo soja, que inclui grão, farelo e óleo, lidera as exportações do campo nacional em todas as listas. Impulsionados pela forte demanda da China e pelos preços elevados no mercado internacional, os embarques atingiram US$ 1,7 bilhão no mês passado, 53,6% acima de agosto do ano passado, e passaram acumular altas de 32,9% na comparação entre os primeiros oito meses de 2011 e 2010, para US$ 17,8 bilhões, e de 31,6% na relação entre os intervalos de 12 meses, para US$ 21,5 bilhões.
Já o complexo sucroalcooleiro, que inclui açúcar e etanol, rendeu US$ 2,2 bilhões em agosto, 45,2% mais que no mesmo mês de 2010, US$ 9,9 bilhões de janeiro a agosto, salto 23,3% sobre os oito primeiros meses do ano passado, e US$ 15,7 bilhões nos 12 meses até agosto, aumento de 28,2% em relação ao ano móvel anterior. Apenas em agosto, os embarques brasileiros de etanol, escasso no país neste ano, renderam US$ 215 milhões, quase 80% mais que em agosto de 2010.
As exportações de carnes (bovina, de frango e suína) perderam fôlego por causa da Rússia a dezenas de frigoríficos do Brasil (ver matéria acima), mas mesmo assim cresceram 8,4% em agosto, para US$ 1,4 bilhão, 13,7% de janeiro a agosto, para US$ 10,2 bilhões, e 12,1% nos 12 meses até agosto, para US$ 14,9 bilhões.
Entre os destinos das exportações brasileiras do agronegócio, a China aparece com cada vez mais destaque. Entre setembro de 2010 e agosto de 2011, as vendas do Brasil para o país asiático somaram US$ 10,5 bilhões, uma participação de 15,3% no valor total exportado pelo setor e com aumento de 29% sobre os 12 meses até agosto de 2010.
Valor Econômico
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/soja-puxa-aumento-das-exportacoes,20110919073658_W_503,20090313114400_K_069.aspx
Abinee quer aumentar imposto de eletroeletrônico importado
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, pleiteia que o governo estenda para outros setores - em especial, o eletroeletrônico - a medida de elevar o IPI para veículos importados e, também, para montadoras instaladas no país que não atenderem à exigência de ter ao menos 65% de componentes nacionais e de fazer investimentos em inovação tecnológica, como forma de proteger a indústria automotiva brasileira, formalizada nesta quinta-feira, 15/09.
Segundo Barbato, medidas como esta deveriam ser estendidas a outros setores industriais que estão sofrendo com a exacerbada valorização do Real frente ao Dólar e com as importações de bens acabados, principalmente, vindas da China. "Este é o caso do nosso setor eletroeletrônico que vem há anos enfrentando um déficit em sua balança, que tem crescido em ritmo galopante, especialmente, nos últimos anos em função do desajuste cambial", diz.
Para sustentar o pleito, dados da Abinee apontam que, em 2010, o déficit do setor atingiu US$ 27 bilhões, e, neste ano, ultrapassará a casa dos US$ 33 bilhões. As distorções provocadas pelo câmbio, que afetam a competitividade no mercado interno e externo, podem ser constatadas, também, pelo desempenho das exportações e das importações do setor nos últimos dois anos. "Enquanto as exportações de 2010 permaneceram no mesmo patamar de 2009, as importações superaram em 40% as realizadas no ano anterior", salienta Barbato.
Ele lembra que a entidade já apresentou ao governo propostas para compensar o impacto nocivo causado pelo real valorizado. Entre as reivindicações está a elevação temporária da alíquota do Imposto de Importação para produtos que tenham similar nacional de segmentos da indústria eletroeletrônica, utilizando os limites permitidos pela OMC.
Outra proposta trata da desoneração da contribuição patronal ao INSS da parcela exportada da produção dos bens do setor eletroeletrônico, nos moldes do setor de software. "O fato é que estamos num processo crescente de desindustrialização e precisamos urgentemente de ações que garantam a competitividade das nossas empresas, o desenvolvimento do país, e a manutenção dos empregos aqui no nosso território", conclui o presidente da Abinee.
Convergência Digital
Na tentativa de inibir a demanda por carros importados neste final de semana, por conta da perspectiva de aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), descontos que eram praticados há até três dias desapareceram.
O novo Veloster, da Hyundai, que acaba de chegar ao mercado nacional, já está cerca de R$ 2 mil mais caro do que o preço praticado na pré-venda. O modelo mais caro sai por R$ 77,9 mil.
Por outro lado, consumidores correram para tentar comprar os modelos ainda com o preço mais em conta. A rede de concessionárias da Hyundai, por exemplo, viu as vendas aumentarem mais de 70% no final de semana. O médico Carlos Gun, que adquiriu o seu na pré-venda, correu para uma concessionária, preocupado com o IPI. “Se tiver que pagar mais 28% de imposto eu desisto”.
Novos investimentos - O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse que o Brasil deverá ter, em breve, notícias de novos investimentos para o setor automotivo. “É um momento para atrair investimentos e inovar a indústria nacional. Minha avaliação é que teremos investimentos novos para a indústria automobilística no Brasil”.
Sobre a crítica da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), de que é inconstitucional a alta imediata do IPI e que seriam necessários 90 dias para a medida entrar em vigor, Mercadante afirmou que “o princípio de noventa dias é para a criação de novos impostos e não para uma mudança de alíquota”.
O ministro afirmou que o governo está aberto para buscar soluções para aqueles fabricantes que tiverem interesse de produzir no País, “com criação de empregos e desenvolvimento tecnológico”. Mercadante disse que um dos objetivos do governo “é mudar a postura do Brasil em relação à inovação tecnológica”.
Na última quinta-feira, o governo anunciou o aumento a partir da última sexta-feira (16) de 30 pontos porcentuais no IPI de automóveis e caminhões para montadoras que não cumprirem determinados requisitos, como utilizar, no mínimo, 65% de conteúdo nacional ou regional (Mercosul).
Por quê - Entenda a notícia. Para tentar se proteger dos preços bem mais baixos dos carros chineses, coreanos e japoneses, o Governo aumenta o imposto desses carros, o que acarreta uma corrida contra o tempo para a aquisição destes veículos antes do IPI valer.
O Povo - CE
Linhas para exportação vão superar recordes
A expectativa para o final de 2011 é de que as exportações brasileiras atinjam US$ 257 bilhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Junto ao crescimento da produção, eleva também a demanda por crédito. Com 37,4% de participação no mercado de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE), o Banco do Brasil estima que este será o melhor ano para o segmento, ao superar o recorde de US$ 15 bilhões em 2007. O Banco do Nordeste espera atingir US$ 950 milhões, volume excedente em 35,7 % ao ano de 2010, que somou US$ 700 milhões contratados. Apesar de vantajosa, o crédito exige análise criteriosa por parte do empresário, principalmente em momentos de oscilação do dólar, apontam analistas de comércio exterior.
O ACC se caracteriza como a principal linha para o exportador e funciona como uma antecipação de recursos em moeda nacional (R$), por conta de uma exportação futura. Já o ACE é uma antecipação em reais após o embarque da mercadoria. Segundo números do Banco Central até julho, disponibilizados em real, o saldo de ACC é de R$ 37,283 bilhões, alta de 27% ante dezembro de 2010, quando ficou em R$ 29,351 bilhões. Em relação a julho de 2010, o saldo é superior em 24,6%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), empréstimos por ACC são extremamente vantajosos para o exportador. "O custo é baixo, pois é vinculado às taxas de juros internacional [Libor], e não paga Imposto sobre Operações Financeiras [IOF] Além disso, é desburocratizada e ágil". Os números do Banco Central revelam, inclusive, alta nas concessões diárias entre julho de 2011 e de 2010, de 55,6%, para R$ 335 milhões.
O presidente da AEB explica que na situação atual, de oscilação do dólar, o empresário precisa realizar uma análise do melhor momento para solicitar o empréstimo, porque a taxa de câmbio é fixada no fechamento do contrato. "Com alta do dólar, o impacto é negativo para quem fechou, porque a taxa não muda ".
O gerente-executivo da Diretoria de Negócios Internacionais do Banco do Brasil, Wladimir Olchenski, afirma que há sensibilidade ao preço da moeda. "Quando o dólar aumenta, elevam as contratações, principalmente no middle market (médias empresas), que aproveitam o momento para obter o crédito. As grandes não são tão sensíveis, porque têm política de crédito definida". O volume de contratações do BB permite que a instituição financeira alcance 37,4% de participação. "Tem havido uma demanda maior e há ampliação dos negócios. Isto dentro da política do banco de dar mais suporte ao exportador com o aumento da balança comercial".
O executivo explica que 2007 foi o melhor ano da carteira, com saldo de US$ 15 bilhões e 32% de participação no mercado. Em 2008 atingiu US$ 13 bilhões e em 2009 US$ 10 bilhões. "Trabalhamos com a expectativa de superar 2007. Este será o melhor ano. Até o final da primeira quinzena de setembro, o volume chegou a US$ 13,100 bilhões, superando todo o volume anual de 2008".
Com atuação regional, o Banco do Nordeste apresenta expansão significativa em crédito para exportação. Para Fernando Passos, superintendente de finanças do banco, a demanda por ACC e ACE cresce 25% ao ano desde 2007. "O que a gente tem verificado é que a economia do Nordeste avança e junto as empresas que destinam produtos para a exportação".
Ao final da primeira quinzena de 2011, o volume de recursos contratados chega a US$ 570 milhões, acréscimo de 24% ante igual período de 2010.
Passos conta que no fechamento de 2011 os recursos concedidos devem ser superiores em 35% ao último ano, quando somou US$ 700 milhões. "Como intensifica o volume em novembro por causa do Natal em diversos países, deve chegar a US$ 950 milhões no final do ano".
Diário do Comércio e Indústria
Superávit da terceira semana de setembro é de US$ 1,2 bilhão
Brasília (19 de setembro) – A balança comercial da terceira semana de setembro – com cinco dias úteis (12 a 18) - fechou com superávit de US$ 1,213 bilhão e média diária de US$ 242 milhões. As exportações foram de US$ 5,944 bilhões (média diária de US$ 1,188 bilhão) e as importações, de US$ 4,731 bilhões (média diária de US$ 946 milhões).
No acumulado do mês, as exportações chegam a US$ 12,776 bilhões (média diária de US$ 1,161 bilhão) e as importações a US$ 10,244 bilhões (média diária de US$ 931 milhões). Como consequência, o saldo comercial (diferença entre as duas operações) foi positivo em US$ 2,532 bilhões (média diária de US$ 230 milhões) e a corrente de comércio (soma de exportações e importações) chegou a US$ 23,020 bilhões (média diária de US$ 2,092 bilhões).
Ano
De janeiro à terceira semana de setembro, o superávit foi de US$ 22,492 bilhões e a média por dia útil, de US$ 125 milhões. O valor é 80,8% maior que o registrado no mesmo período de 2010, na comparação pela média diária.
Considerando o mesmo critério comparativo, a corrente de comércio do período também aumentou (28,9%), alcançando os US$ 336,488 bilhões (média diária de US$ 1,879 bilhão) deste ano.
Nas exportações, que foram de US$ 179,490 bilhões (média diária de US$ 1 bilhão), o acréscimo foi de 31,3%. Também considerando o mesmo período do ano passado e o resultado médio diário do período, as importações do acumulado deste ano aumentaram 26,3%, chegando a US$ 156,998 bilhões (média diária de US$ 877 milhões.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Drible ao embargo russo
A Rússia, que era o principal comprador da carne suína produzida no Brasil, decidiu reduzir drasticamente a compra do produto brasileiro. Mas os produtores mineiros de suínos encontraram uma forma de driblar o embargo e as exportações já estão em trajetória crescente. A receita com suínos abatidos em Minas para o exterior chegou a US$ 7,3 milhões no mês passado. A alta foi de 51,8% na comparação registrada em julho.
Segundo o superintendente da Subsecretaria do Agronegócio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, a reação das exportações da carne suína do estado, mesmo com redução das vendas para o mercado russo, ocorre porque houve fortalecimento de mercados diferenciados, como Hong Kong, Ucrânia, Albânia, Singapura e Equador ( estes representando 87% das vendas), além de outros 20 destinos. O superintendente observa que mesmo com o embargo oficial à carne suína de apenas três estados brasileiros – Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso – praticamente todo o comércio de carnes do Brasil com a Rússia foi interrompido, inclusive o de Minas Gerais.
“O fator decisivo para a obtenção dessa cifra no mês passado foi o aumento do volume de embarques para outros países”, observa o superintendente. Os embarques alcançaram 3,2 mil toneladas em agosto, um aumento de 37,8% em relação ao volume do mês anterior.
Segundo Albanez, os dados das exportações mineiras de suínos de agosto são positivos também na comparação com o registrado em igual mês do ano passado. Frente a agosto de 2010, a receita teve crescimento de 12,7% e os embarques subiram 16,9%.
Boas Expectativas- A previsão é de que as exportações para a Rússia irão se normalizar, e nesse caso os ganhos com a carne suína serão ainda maiores que antes da suspensão do comércio. De acordo com Albanez, o anúncio de que o governo russo vai liberar as compras de carne bovina de um frigorífico de Goiás, um de São Paulo e dois do Mato Grosso do Sul reforça a expectativa de normalização das exportações de suínos.
O presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), João Bosco Martins de Abreu, também acredita na retomada do aumento da receita das vendas externas da carne. Ele comenta que o mercado esteve quase paralisado durante um longo período, o que é confirmado por dados da Sub-Secretaria do Agronegócio: em 2010 , a receita das exportações foi de US$ 82,2 milhões. Neste ano, até agosto, o movimento foi de US$ 34,5 milhões. Neste ano, até agosto, o movimento foi de US$ 34,5 milhões, equivalentes a 42% da cifra registrada em todo o ano anterior.
“Constatamos agora um esboço de reação, e um dos sinais da mudança de cenário foi a melhoria das cotações da carne suína no mercado interno em função do aumento do volume exportado”.
REAÇÃO EM CURSO
Exportações de carne de suínos dos criadores mineiros (em agosto)
Receita Embarques em Toneladas
US$ 7,3 milhões 3,2 mil
(+ 51,8%)* (+ 37,8%)*
*Alta na comparação com Julho. Dados: Seapa/MDIC
Agenda- Na quinta-feira, às 14h30, poderão atualizar seus conhecimentos sobre a suinocultura moderna e o meio ambiente em palestra ministrada pelo diretor técnico da Planosui Serviços Ambientais, professor de pós-graduação especialista em tratamento de efluentes líquidos e perito ambiental Flúvio Eleodoro Marcos, na sede da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), em BH. Informações: pelo e-mail asemg@asemg.com.br ou telefone (31) 3371 – 1580.
O Estado de Minas
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/drible-ao-embargo-russo,20110919143631_S_928,20081118093812_F_643.aspx
Investimento em inovação pode abrir portas no exterior
Gustavo Machado
são paulo - "Se nossas empresas não pensarem a inovação em nível global, elas morrerão. Por que o Brasil é um mercado global, elas morrerão, por que o Brasil é um mercado global". Com a afirmação taxativa, Bruno Moreira, Diretor da Inventta, finalizou sua apresentação no Comitê de Inovação, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Bruno Moreira relaciona a dificuldade que os manufaturados brasileiros têm em adentrar mercados internacionais devido aos altos custos de produção. Segundo ele, a falta de competitividade mundial será solucionada caso as empresas decidirem investir em inovação tecnológica e processual. "É preciso melhorar os processos de produção, aprimorar produtos. O que é novo é inovador. Caso isso não ocorra, o empresário perderá o mercado nacional também", alerta Moreira.
Fabio Klein, diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Embraco, durante o comitê na Amcham, apresentou o caso da companhia nacional. Fabricantes de compressores para refrigeradores, a Embraco é líder mundial no setor. De acordo com Klein, a posição veio devido ao espírito inovador da empresa. "Por questão de sobrevivência, a Embraco se internacionalizou", conta.
Klein afirma que apenas 3% do faturamento são destinados a pesquisa e desenvolvimento (P&D). O valor é suficiente para manter na Universidade Federal de Santa Catarina o laboratório Pólo, do qual saíram mais de 1050 patentes. O desenvolvimento de novos e melhores produtos deu gradativamente a liderança do mercado. Klein reclama que, atualmente, seus concorrentes possuem baixo custo de produção e imitam os produtos da companhia. "Tínhamos quatro concorrentes que enfraqueceram. Agora eles são chineses."
José Ricardo Roriz Coelho, Diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Depecom) da Fiesp, diz apenas 0,5% do faturamento é suficiente para que empresas de baixa tecnologia consigam produtos inovadores. Segundo o diretor, para companhias de alta tecnologia, o valor destinado fica entre 8% e 10%. "A inovação é um instrumento de competitividade e muitas empresas não precisam comprometer grande parte de seu faturamento em P&D", afirma.
A preocupação dos executivos, no entanto, está longe de ser atendida pelas empresas brasileiras. Segundo dados do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), 1,16% do Produto Interno Bruto (PIB) foi destinado à inovação. Deste montante, as entidades privadas contribuíram com menos de 50% do total, enquanto o poder público investiu o equivalente a 0,61% de toda riqueza produzida pelo País em 2009. O índice coloca o Brasil muito atrás dos países desenvolvidos e alguns emergentes. Coreia (3,3%), Japão (3,23%), Estados Unidos (2,62%) e China (1,46%), por exemplo, possuem maior participação do setor privado.
De acordo com Felipe Couto, do Centro Internacional de Inovação (C2i), programa da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), explica que muitas empresas têm aversão a risco, preferindo não destinar largas quantidades de dinheiro em projetos que podem não dar certo. "O dispêndio de capital gera entraves nas companhias. Por isso auxiliamos o acesso ao crédito", diz. Couto, no entanto, afirma que a iniciativa de desenvolver linhas de pesquisa e desenvolvimento devolverá o investimento ao longo do tempo. "Empresas que inovam mais, exportam mais", avisa.
Criado em 2009, o C2i já prestou consultoria para mais de 200 empresas. 22 duas delas conseguiram linha de crédito junto a Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), tido como o BNDES da inovação. O total destinado chega a R$ 45 milhões.
Felipe Couto e Bruno Moreira criticam a falta de agressividade do empresariado brasileiro frente à necessidade de inovar. "Muitos se interessam pela área, mas poucos implementam os projetos", diz o gestor do C2i. "As empresas ao descreverem sua visão e valores, dizem prezar pela inovação. Em sua maioria, o discurso fica apenas no papel", critica Moreira.
Couto avisa que a China é um concorrente que pode enfraquecer produtores nacionais não apenas no mercado externo, mas em seu próprio país. "Os custos de produção dificultam a exportação e o câmbio facilita a importação. É preciso se diferenciar no mercado interno também", diz.
http://www.dci.com.br/Investimento-em-inovacao-pode-abrir-portas-no-exterior-6-391251.html
São José é a 2ª maior exportadora de produtos industrializados do País
júlio ottoboni
São José dos Campos - São José dos Campos conquistou na última sexta-feira uma colocação histórica dentro do cenário de exportações brasileiras, ficando apenas atrás de São Paulo. A cidade foi classificada como a segunda maior em vendas externas dentro do ranking nacional dos maiores municípios exportadores de produtos industrializados. A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), mesmo com a crise no setor aeronáutico, foi decisiva. - São José ultrapassou neste momento o município de São Bernardo do Campo na listagem dos municípios que mais desenvolvem produtos industrializados para o mercado exterior no Brasil. As demais localidades se destacaram na classificação pela exportação de matérias primas, principalmente minérios, ou possuem portos onde são embarcados produtos.
Os dados, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, demonstram que as exportações de São José dos Campos aumentaram 75,69% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. O volume negociado chegou a um total de US$ 652 milhões, sendo este o mês de melhor desempenho na balança comercial da cidade.
O mês de agosto foi responsável por 25,2% do total do volume acumulado neste ano. No mesmo período, em 2010, os números alcançados foram de US$ 371 milhões. Em relação a julho desse ano, o mês de agosto apresentou um acréscimo de US$ 374 milhões, o que representa aumento de 135%.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, os números são o reflexo do reaquecimento do mercado internacional do setor automotivo e aeronáutico, em especial na Argentina e nos EUA. a partir do início do segundo semestre, o que produziu novas oportunidades de negócios para as empresas destes setores instaladas em São José. A lista dos produtos mais exportados é liderada por aviões, veículos, aparelhos de transmissão de telefonia celular, peças para aviões, helicópteros, autopeças e produtos médicos.
http://www.dci.com.br/Sao-Jose-e-a-2%C2%AA-maior-exportadora-de-produtos-industrializados-do-Pais-8-391199.html
Venda de algodão aos árabes cresce 146%
Venda de algodão aos árabes cresce 146%: Brasil vai exportar 800 mil toneladas de algodão
Créditos: DivulgaçãoAs exportações brasileiras de algodão aos países árabes avançaram 146% em valor entre janeiro e agosto de 2011 sobre o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as vendas passaram de US$ 4,4 milhões para US$ 10,8 milhões. "No ano passado o algodão estava bem mais barato", diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Sérgio De Marco.
De fato, as vendas em volume também cresceram, mas em proporção menor. Saíram de 2,6 mil toneladas, de janeiro a agosto de 2010, para 3,7 mil toneladas em igual período deste ano, avanço de 30%. O maior importador, no mundo árabe, foi o Marrocos, com 2,7 mil toneladas, ou US$ 9,2 milhões. De Marco lembra que o volume é pequeno diante do total que o País deve exportar em algodão neste ano, 800 mil toneladas, mas afirma que o segmento está olhando com atenção para este começo de importação dos marroquinos.
O presidente da Abrapa acredita que as compras do Marrocos foram motivadas pela qualidade do algodão brasileiro. Ele lembra que o produto conquistou conceito de qualidade no exterior. Segundo ele, também deve ter pesado, na importação, o preço. De Marco acredita que os marroquinos tenham conseguido um preço mais barato para o algodão brasileiro. "Possivelmente estamos tirando mercado da Austrália, do Paquistão", afirma ele. O Marrocos tem uma vasta indústria de confecção, incluindo fabricação de grifes européias.
Na outra mão, também o Brasil importou mais algodão do mundo árabe. Mas o algodão comprado foi do Egito, país que tem tradição em produzir um algodão de fibra longa, voltado para produtos de alto padrão. O Brasil gastou US$ 11 milhões com compra de algodão egípcio de janeiro a agosto, com avanço de 375% sobre o mesmo período do ano passado, quando as compras estavam em US$ 2,3 milhões. Desembarcaram no Brasil 2,1 mil toneladas de algodão egípcio até agosto, contra 926 toneladas nos oito primeiros meses do ano passado. O crescimento, em volume, foi de 127%.
Até maio deste ano, o Brasil mantinha zerada, para determinada quota, a tarifa de importação do algodão, visando o abastecimento do mercado interno, já que alguns estados brasileiros tiveram quebra de safra. A situação, porém, já está normalizada. De acordo com De Marco, neste ano o Brasil deve colher 1,75 milhão de toneladas, sendo que a indústria nacional vai consumir 900 toneladas e cerca de 800 mil toneladas serão exportadas. Com isso, deve faltar pouco algodão no mercado, cerca de 50 mil toneladas. A colheita de algodão foi concluída neste mês de setembro e o plantio da próxima safra começa em dezembro.
Agência de Notícias Brasil-Árabe
http://www.agrosoft.org.br/agropag/219311.htm
Embarque de gado em pé volta a crescer no País
Brasil exportou 32,4 mil cabeças em agosto, um aumento de 102% sobre o mês de julho
Marcelo Beledeli
Alan Bastos/Divulgação/JC
Apesar do resultado positivo, receita foi 36% inferior à apurada em agosto do ano passadoOs embarques de gado em pé voltaram a crescer em agosto, depois de apresentar o menor resultado dos últimos quatro anos em julho. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgadas pela Scot Consultoria, no mês passado o Brasil exportou 32,4 mil cabeças, um aumento de 102% na comparação com o desempenho de julho, quando foram embarcadas 16 mil, o menor volume desde 2007.
O resultado de agosto foi o segundo melhor do ano, perdendo apenas para fevereiro, quando foram comercializadas 46 mil cabeças. O faturamento foi de US$ 37,8 milhões. No entanto, de acordo com Alex Santos, analista da Scot Consultoria, apesar do resultado positivo, os números ainda estão abaixo do desempenho esperado para o período. O volume embarcado é 41% menor do que o registrado em igual período do ano passado, quando foram exportados 55 mil bovinos vivos. A receita foi 36% menor.
De janeiro a agosto, o Brasil já exportou 238,6 mil cabeças de bovinos vivos, volume 43,3% menor que no mesmo período do ano passado. O faturamento totalizou US$ 255,8 milhões. Desse total, 97% dos animais foram exportados pelo Pará, e o restante (cerca de 7 mil cabeças) pelo Rio Grande do Sul.
No Estado, a maior empresa exportadora de bovinos em pé, a Angus Trading, de Pelotas, realizou dois embarques no ano, um em janeiro (3.824 animais), para a Líbia, e o outro em maio (1.904 exemplares), para o Líbano. Em todo o ano de 2010, segundo Mauricio Diez, diretor interino da companhia, foram feitas quatro exportações, totalizando 26.042 animais. Apenas em setembro, um único embarque enviou 7,8 mil cabeças para a Turquia.
Um dos fatores apontados por Diez para a redução das exportações brasileiras de animais vivos é a taxa de câmbio, que não tem favorecido o País. "Nos últimos dias, felizmente, temos experimentado uma reação positiva nesse sentido, visto que as últimas cotações feitas para fechamento de contratos de câmbio estão apresentando um aumento significativo", comenta. Além disso, o diretor interino lembra que a empresa, em 2010, ampliou sua carteira de clientes, somando Egito e Turquia aos mercados compradores do gado gaúcho.
De acordo com Zilmar Moussalle, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs), os compradores internacionais estão evitando o gado brasileiro devido aos altos preços dos animais neste ano. "Coincidentemente, ao mesmo tempo em que houve essa redução nas exportações, as indústrias não tiveram problemas de oferta de matéria-prima", aponta. Segundo Moussalle, mesmo que os volumes exportados continuem crescendo nos próximos meses, não deverão faltar animais para os frigoríficos. "Agora é a época em que muitos criadores tiram o gado da pastagem para plantar culturas de verão, como soja e milho, então a indústria estará bem abastecida."
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=73398
Soja puxa aumento das exportações
Puxadas por soja e derivados, açúcar e etanol e carnes, as exportações do agronegócio brasileiro dispararam em agosto. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, os embarques do setor totalizaram US$ 9,8 bilhões, 34,7% mais que no mesmo mês do ano passado.
Com o forte incremento, as vendas ao exterior somaram US$ 61,5 bilhões nos primeiros oito meses de 2011, um incremento de 23,9% em relação a igual intervalo de 2010. No período de 12 meses encerrado em agosto, o valor chegou a US$ 88,3 bilhões, aumento de 24,8% na comparação com o ano móvel anterior. Os superávits da balança do agronegócios também cresceram. Em agosto foi de US$ 8,3 bilhões, nos primeiros oito meses de 2011 alcançou US$ 50,2 bilhões e nos 12 meses até agosto foi de US$ 72 bilhões.
O chamado complexo soja, que inclui grão, farelo e óleo, lidera as exportações do campo nacional em todas as listas. Impulsionados pela forte demanda da China e pelos preços elevados no mercado internacional, os embarques atingiram US$ 1,7 bilhão no mês passado, 53,6% acima de agosto do ano passado, e passaram acumular altas de 32,9% na comparação entre os primeiros oito meses de 2011 e 2010, para US$ 17,8 bilhões, e de 31,6% na relação entre os intervalos de 12 meses, para US$ 21,5 bilhões.
Já o complexo sucroalcooleiro, que inclui açúcar e etanol, rendeu US$ 2,2 bilhões em agosto, 45,2% mais que no mesmo mês de 2010, US$ 9,9 bilhões de janeiro a agosto, salto 23,3% sobre os oito primeiros meses do ano passado, e US$ 15,7 bilhões nos 12 meses até agosto, aumento de 28,2% em relação ao ano móvel anterior. Apenas em agosto, os embarques brasileiros de etanol, escasso no país neste ano, renderam US$ 215 milhões, quase 80% mais que em agosto de 2010.
As exportações de carnes (bovina, de frango e suína) perderam fôlego por causa da Rússia a dezenas de frigoríficos do Brasil (ver matéria acima), mas mesmo assim cresceram 8,4% em agosto, para US$ 1,4 bilhão, 13,7% de janeiro a agosto, para US$ 10,2 bilhões, e 12,1% nos 12 meses até agosto, para US$ 14,9 bilhões.
Entre os destinos das exportações brasileiras do agronegócio, a China aparece com cada vez mais destaque. Entre setembro de 2010 e agosto de 2011, as vendas do Brasil para o país asiático somaram US$ 10,5 bilhões, uma participação de 15,3% no valor total exportado pelo setor e com aumento de 29% sobre os 12 meses até agosto de 2010.
Valor Econômico
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/soja-puxa-aumento-das-exportacoes,20110919073658_W_503,20090313114400_K_069.aspx
Abinee quer aumentar imposto de eletroeletrônico importado
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, pleiteia que o governo estenda para outros setores - em especial, o eletroeletrônico - a medida de elevar o IPI para veículos importados e, também, para montadoras instaladas no país que não atenderem à exigência de ter ao menos 65% de componentes nacionais e de fazer investimentos em inovação tecnológica, como forma de proteger a indústria automotiva brasileira, formalizada nesta quinta-feira, 15/09.
Segundo Barbato, medidas como esta deveriam ser estendidas a outros setores industriais que estão sofrendo com a exacerbada valorização do Real frente ao Dólar e com as importações de bens acabados, principalmente, vindas da China. "Este é o caso do nosso setor eletroeletrônico que vem há anos enfrentando um déficit em sua balança, que tem crescido em ritmo galopante, especialmente, nos últimos anos em função do desajuste cambial", diz.
Para sustentar o pleito, dados da Abinee apontam que, em 2010, o déficit do setor atingiu US$ 27 bilhões, e, neste ano, ultrapassará a casa dos US$ 33 bilhões. As distorções provocadas pelo câmbio, que afetam a competitividade no mercado interno e externo, podem ser constatadas, também, pelo desempenho das exportações e das importações do setor nos últimos dois anos. "Enquanto as exportações de 2010 permaneceram no mesmo patamar de 2009, as importações superaram em 40% as realizadas no ano anterior", salienta Barbato.
Ele lembra que a entidade já apresentou ao governo propostas para compensar o impacto nocivo causado pelo real valorizado. Entre as reivindicações está a elevação temporária da alíquota do Imposto de Importação para produtos que tenham similar nacional de segmentos da indústria eletroeletrônica, utilizando os limites permitidos pela OMC.
Outra proposta trata da desoneração da contribuição patronal ao INSS da parcela exportada da produção dos bens do setor eletroeletrônico, nos moldes do setor de software. "O fato é que estamos num processo crescente de desindustrialização e precisamos urgentemente de ações que garantam a competitividade das nossas empresas, o desenvolvimento do país, e a manutenção dos empregos aqui no nosso território", conclui o presidente da Abinee.
Convergência Digital
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