No porto de Itajaí berço 4 que pertence ao município pode ser ativado
A forte correnteza e o assoreamento do Rio Itajaí-Açu são hipóteses levantadas como causas do problema. Além disso, o berço prejudicado possui estacas menores do que os demais cais do Porto de Itajaí. O estaqueamento do berço 1 é de 30 metros. Nos demais berços de atracação, as estacas são de 54 metros.
Apesar da situação incerta, por enquanto a Superintendência do Porto de Itajaí não fala em prejuízos econômicos:
– Os berços 2, 3 e 4 não possuem nenhum sinal de avaria. Hoje temos uma situação muito melhor do que em 2008. Mesmo com a estrutura danificada, nós teremos três berços em atividade, enquanto que em 2008 tínhamos apenas um funcionando. Se restabelecidas as condições de manobras de navios, o Porto de Itajaí não terá prejuízo em sua operação – garante Ayres.
Dragagem emergencial garantirirá atracação
O berço 4, que até o momento está inoperante por conta da pouca profundidade do Rio Itajaí-Açu em frente à estrutura, poderá ser ativado. Uma dragagem emergencial deverá ser feita no local para garantir a atracação dos navios. O rio terá de ter pelo menos 11 metros de profundidade, o que, segundo a Superintendência do Porto de Itajaí, é problema resolvido em dois dias de trabalho. Com berços 2 e 3 em plenas condições e a possível ativação do berço 4, o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) garante que não faltará espaço para as atrações em Itajaí.
– Já houve uma decisão política para que o município abra mão do berço público para que a APM Terminals opere sem prejuízo. Os navios não vão deixar de atracar em Itajaí – enfatiza o membro do CAP, Amilcar Gazaniga.
Portos e Navios
Suape bate recorde de cargas no mês de agosto
O Porto de Suape registrou recorde de movimentação de cargas no mês de agosto, superando a marca de um milhão de toneladas, e movimentação de contêineres superior a 40 mil Teus. Os números mostram, respectivamente, um crescimento de 32,1% e 46,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Com crescimento bem acima da economia de Pernambuco, o Porto mostra sua vocação para hub port, consolidando-se como um dos grandes portos brasileiros.
O acumulado do ano já indica aumento considerável em relação a 2010, cuja movimentação foi de mais de nove milhões de toneladas. Nos primeiros oito meses do mês, passaram por Suape 6,8 milhões de toneladas de cargas, o que representa 21% a mais do que no mesmo período do ano anterior. A movimentação de contêineres também cresceu, aumentando em 35%.
Segundo o vice-presidente de Suape, Frederico Amancio, é a primeira vez na história do Porto em que a movimentação do mês ultrapassa um milhão de toneladas. "Esse recorde não só ratifica Suape como um importante porto distribuidor de cargas, como reforça todas as expectativas de fecharmos o ano com mais de 10 milhões de toneladas de movimentação", afirmou.
Além disso, também houve crescimento nas operações de cabotagem, que comparadas a 2010, tiveram aumento de 32%, de janeiro a agosto de 2011. A expectativa é de que os números cresçam nos próximos anos, ainda mais com o início da operação de grandes empreendimentos estruturadores, como a Refinaria Abreu e Lima. Segundo informações do próprio porto, estima-se que Suape chegue a movimentar mais de 30 milhões de toneladas em 2013.
Guia Marítimo
Preço do frete cresceu em média 22% nos últimos cinco anos
Os custos médios com frete passaram de R$ 67,00 por tonelada em 2006 para R$ 82,00 por tonelada em 2011, um aumento de 22% para carga seca transportada em carreta, graneleiro e em rotas de 700km.
Os dados são de pesquisa divulgada pelo Instituto Ilos. O aumento dos custos pode ser atribuído à sobrecarga dos sistemas para o transporte de mercadorias, o que tem aumentado o tempo de espera e os gastos com logística no País.
O crescimento médio do volume de mercadorias transportadas no Brasil foi de 4% ao ano de 2004 a 2010, acompanhando a expansão média de 4,4% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Segundo a pesquisa, 87% de toda a carga é transportada através das rodovias, mas 42% das grandes empresas brasileiras querem reduzir o uso do modal rodoviário para o transporte de seus produtos.
"A capacidade de transporte já está praticamente esgotada há alguns anos, então crescer 4% ao ano é um desafio e tanto", afirmou Paulo Fleury, CEO do Instituto Ilos, no Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro. "A fabricação de caminhões cresce 12% ao ano. Nunca houve um crescimento assim. Há uma espera de seis a doze meses para conseguir comprar um veículo novo. O País não estava preparado, foi um lado ruim do crescimento do PIB".
Fleury contou que entre as décadas de 80 e 90, a média de fabricação de caminhões era de 50 mil unidades por ano. Hoje, o número de caminhões fabricados está em quase 200 mil ao ano. "Isso está batendo com a capacidade das montadoras. Vamos ter que importar caminhão se a economia não der uma esfriada, a não ser que os projetos de novas fábricas comecem a produzir veículos para atender a demanda", previu o CEO do Ilos.
De acordo com o estudo, 18% das empresas declararam ter dificuldade de contratar serviços de transporte, devido à falta de frete. Como resultado dos problemas para conseguir caminhões, caminhoneiros autônomos trabalham com sobrepeso e jornadas excessivas, de até 48h sem dormir, e transportadoras voltam a colocar veículos velhos para rodar nas estradas.
A idade média da frota de caminhões brasileira é de 22 anos, enquanto a da frota americana é de apenas 7 a 8 anos, lembrou Fleury. "O Brasil usa caminhão muito mais do que deveria. Temos uma matriz desbalanceada. Não temos grandes projetos ferroviários, por exemplo, para entrar em operação. Ainda são só projetos", alertou o especialista em logística. A pesquisa do Instituto Ilos foi realizada com 100 entre as mil maiores empresas no País.
Agência Estado
ITS 2011 e Fórum Netmarinha serão adiados
A comissão organizadora do ITS 2011 (4o Itajaí Trade Summit) informa que o evento será transferido para nova data, devido a enchente em Itajaí e região. A feira e o Fórum Netmarinha seriam realizados entre 14 e 16 de setembro de 2011, no Centreventos Itajaí, conhecido como Pavilhão da Marejada, em Itajaí (SC). A decisão da comissão organizadora foi tomada a partir de um pedido feito pela Secretária de Turismo Maria Valdete Orci de Campos e do Prefeito de Itajaí Sr. Jandir Bellini.
Os expositores e visitantes pré-cadastrados já foram avisados pela comissão organizadora. Será definida nova data em conjunto com os expositores e divulgada posteriormente para a imprensa e visitantes. (A redação)
http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/geral/11582-comunicado-a-imprensa-its-2011-e-forum-netmarinha-serao-adiados
Logística custa 8,5% às empresas
Rio (AE) - As empresas brasileiras gastam 8,5% de sua receita com logística, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Ilos. No agronegócio o impacto é ainda maior, 13,3% da receita. Em 2005, os gastos com logística consumiam 7,4% da receita líquida das empresas. "Era esperado que as empresas conseguissem diminuir esses custos", disse Maurício Lima, autor do estudo e diretor de Capacitação do Instituto Ilos, durante o Fórum Internacional de Logística. "O porcentual pode parecer pouco significativo, mas é uma conta que vai direto para o resultado. Em comparação ao lucro dessas empresas, a participação é enorme".
Os custos com logística corresponderam a 10,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, o equivalente a R$ 391 bilhões. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o montante gasto com logística corresponde a 7,7% do PIB americano. Lima explica que a relação entre o custo da logística e o PIB costuma diminuir conforme o desenvolvimento do país. "O Brasil diminuiu um pouco essa relação, mas ela começa a esbarrar na questão da infraestrutura. O modal rodoviário ganha importância", contou.
A matriz de transporte brasileira está 65% baseada no escoamento via rodovias. Nos Estados Unidos, o modal rodoviário corresponde a apenas 28,7% do transporte de produtos e mercadorias. "Se o modal de transportes do Brasil fosse igual ao dos Estados Unidos em termos de distribuição, a economia seria de R$ 90 bilhões", afirmou Lima. "Mas precisaria de anos de investimento em infraestrutura. Mesmo confrontando com a Rússia, a Índia e a China, o Brasil está muito atrás, inclusive na malha rodoviária. Temos uma infraestrutura Pequena".
Lima alertou que seriam necessários investimentos da ordem de 2% do PIB, cerca de R$ 70 bilhões, apenas em 2011, para atender ao aumento da demanda por transportes. "No PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão previstos R$ 20 bilhões (em investimentos) em infraestrutura de transporte em geral, mas na prática o governo nunca consegue gastar tudo isso, então deve ficar em R$ 16 bilhões", calculou.
FRETE
O estudo do Instituto Ilos foi realizado com cem das mil maiores empresas do País e mostra ainda que os custos médios com frete passaram de R$ 67,00 por tonelada em 2006 para R$ 82,00 por tonelada em 2011, um aumento de 22% para carga seca transportada em carreta, graneleiro e em rotas de 700km. O aumento dos custos pode ser atribuído à sobrecarga dos sistemas para o transporte de mercadorias, o que tem aumentado o tempo de espera e os gastos com logística no país.
O crescimento médio do volume de mercadorias transportadas no Brasil foi de 4% ao ano de 2004 a 2010, acompanhando a expansão média de 4,4% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Segundo a pesquisa, 87% de toda a carga é transportada através das rodovias, mas 42% das grandes empresas brasileiras querem reduzir o uso do modal rodoviário para o transporte de seus produtos. "A capacidade de transporte já está praticamente esgotada há alguns anos, então crescer 4% ao ano é um desafio e tanto", afirmou Paulo Fleury, CEO do Instituto Ilos, no Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro.
Tribuna do Norte (RN) Natal
Porto de Itajaí avalia danos
Rebaixamento das vigas e da plataforma de sustentação coloca em risco as operações
O temor de que a enchente que atingiu o Vale do Itajaí na última semana pudesse trazer consequências ao Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu se confirmou. Durante uma avaliação da estrutura portuária, descobriu-se que o berço número 1 teve rebaixamento das vigas e da plataforma de sustentação, o que pode colocar em risco as operações. A tragédia de 2008 já serviu de alerta. Naquele ano, dois berços de atracação foram destruídos pela cheia. Ontem à tarde, o ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, fez uma visita de emergência ao porto para verificar a situação.
O berço que sofreu avarias, inaugurado em 2009, foi construído pela empresa holandesa APM Terminals, arrendatária do Porto de Itajaí, ao custo de R$ 70 milhões. O desnível na estrutura seria de 15 a 20 centímetros, mas a preocupação da superintendência é com a possível progressão do afundamento. Desde ontem o local está sendo monitorado.
– Nós já convocamos a Secretaria Especial de Portos (SEP) e a empresa contratada pela APM Terminals para realizar a obra, que é de São Paulo. Nesta terça-feira (hoje) de manhã, os técnicos já estarão aqui para realizar a vistoria. Por enquanto não há condições de se dizer o que realmente aconteceu – afirma o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior.
Após a enchente de 2008, a reconstrução do Porto de Itajaí foi paga com recursos do governo federal. Desta vez, porém, o custo deverá ser coberto pela APM Terminals. A empresa afirma que a estrutura tem seguro e garantia da construtora contra danos:
– O berço 1 já estava em construção durante a enchente de 2008 e resistiu. Antes de tirarmos conclusões, vamos esperar as informações dos técnicos – explica o superintende da APM, Walter Joss, acrescentando que engenheiros da empresa avaliarão os estragos.
Canal de acesso pode receber reforço
O ministro da Secretaria Especial de Portos anunciou que o canal de acesso ao Complexo Portuário deverá receber reforço de dragagem. A enchente que alagou cidades do Vale do Itajaí pode ter carregado sedimentos para o fundo do Rio Itajaí-Açu, o que diminui a profundidade e dificulta as manobras de grandes navios. Por enquanto, as operações seguem suspensas no Complexo Portuário.
O PORTO
- O Porto de Itajaí tem quatro berços de atracação, onde os navios encostam para serem carregados ou descarregados
- Os berços 1 e 2 são administrados pela empresa arrendatária, a APM Terminals
- Os berços 3 e 4 são públicos, mantidos pela superintendência do Complexo Portuário
Jornal de Santa Catarina
A forte correnteza e o assoreamento do Rio Itajaí-Açu são hipóteses levantadas como causas do problema. Além disso, o berço prejudicado possui estacas menores do que os demais cais do Porto de Itajaí. O estaqueamento do berço 1 é de 30 metros. Nos demais berços de atracação, as estacas são de 54 metros.
Apesar da situação incerta, por enquanto a Superintendência do Porto de Itajaí não fala em prejuízos econômicos:
– Os berços 2, 3 e 4 não possuem nenhum sinal de avaria. Hoje temos uma situação muito melhor do que em 2008. Mesmo com a estrutura danificada, nós teremos três berços em atividade, enquanto que em 2008 tínhamos apenas um funcionando. Se restabelecidas as condições de manobras de navios, o Porto de Itajaí não terá prejuízo em sua operação – garante Ayres.
Dragagem emergencial garantirirá atracação
O berço 4, que até o momento está inoperante por conta da pouca profundidade do Rio Itajaí-Açu em frente à estrutura, poderá ser ativado. Uma dragagem emergencial deverá ser feita no local para garantir a atracação dos navios. O rio terá de ter pelo menos 11 metros de profundidade, o que, segundo a Superintendência do Porto de Itajaí, é problema resolvido em dois dias de trabalho. Com berços 2 e 3 em plenas condições e a possível ativação do berço 4, o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) garante que não faltará espaço para as atrações em Itajaí.
– Já houve uma decisão política para que o município abra mão do berço público para que a APM Terminals opere sem prejuízo. Os navios não vão deixar de atracar em Itajaí – enfatiza o membro do CAP, Amilcar Gazaniga.
Portos e Navios
Suape bate recorde de cargas no mês de agosto
O Porto de Suape registrou recorde de movimentação de cargas no mês de agosto, superando a marca de um milhão de toneladas, e movimentação de contêineres superior a 40 mil Teus. Os números mostram, respectivamente, um crescimento de 32,1% e 46,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Com crescimento bem acima da economia de Pernambuco, o Porto mostra sua vocação para hub port, consolidando-se como um dos grandes portos brasileiros.
O acumulado do ano já indica aumento considerável em relação a 2010, cuja movimentação foi de mais de nove milhões de toneladas. Nos primeiros oito meses do mês, passaram por Suape 6,8 milhões de toneladas de cargas, o que representa 21% a mais do que no mesmo período do ano anterior. A movimentação de contêineres também cresceu, aumentando em 35%.
Segundo o vice-presidente de Suape, Frederico Amancio, é a primeira vez na história do Porto em que a movimentação do mês ultrapassa um milhão de toneladas. "Esse recorde não só ratifica Suape como um importante porto distribuidor de cargas, como reforça todas as expectativas de fecharmos o ano com mais de 10 milhões de toneladas de movimentação", afirmou.
Além disso, também houve crescimento nas operações de cabotagem, que comparadas a 2010, tiveram aumento de 32%, de janeiro a agosto de 2011. A expectativa é de que os números cresçam nos próximos anos, ainda mais com o início da operação de grandes empreendimentos estruturadores, como a Refinaria Abreu e Lima. Segundo informações do próprio porto, estima-se que Suape chegue a movimentar mais de 30 milhões de toneladas em 2013.
Guia Marítimo
Preço do frete cresceu em média 22% nos últimos cinco anos
Os custos médios com frete passaram de R$ 67,00 por tonelada em 2006 para R$ 82,00 por tonelada em 2011, um aumento de 22% para carga seca transportada em carreta, graneleiro e em rotas de 700km.
Os dados são de pesquisa divulgada pelo Instituto Ilos. O aumento dos custos pode ser atribuído à sobrecarga dos sistemas para o transporte de mercadorias, o que tem aumentado o tempo de espera e os gastos com logística no País.
O crescimento médio do volume de mercadorias transportadas no Brasil foi de 4% ao ano de 2004 a 2010, acompanhando a expansão média de 4,4% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Segundo a pesquisa, 87% de toda a carga é transportada através das rodovias, mas 42% das grandes empresas brasileiras querem reduzir o uso do modal rodoviário para o transporte de seus produtos.
"A capacidade de transporte já está praticamente esgotada há alguns anos, então crescer 4% ao ano é um desafio e tanto", afirmou Paulo Fleury, CEO do Instituto Ilos, no Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro. "A fabricação de caminhões cresce 12% ao ano. Nunca houve um crescimento assim. Há uma espera de seis a doze meses para conseguir comprar um veículo novo. O País não estava preparado, foi um lado ruim do crescimento do PIB".
Fleury contou que entre as décadas de 80 e 90, a média de fabricação de caminhões era de 50 mil unidades por ano. Hoje, o número de caminhões fabricados está em quase 200 mil ao ano. "Isso está batendo com a capacidade das montadoras. Vamos ter que importar caminhão se a economia não der uma esfriada, a não ser que os projetos de novas fábricas comecem a produzir veículos para atender a demanda", previu o CEO do Ilos.
De acordo com o estudo, 18% das empresas declararam ter dificuldade de contratar serviços de transporte, devido à falta de frete. Como resultado dos problemas para conseguir caminhões, caminhoneiros autônomos trabalham com sobrepeso e jornadas excessivas, de até 48h sem dormir, e transportadoras voltam a colocar veículos velhos para rodar nas estradas.
A idade média da frota de caminhões brasileira é de 22 anos, enquanto a da frota americana é de apenas 7 a 8 anos, lembrou Fleury. "O Brasil usa caminhão muito mais do que deveria. Temos uma matriz desbalanceada. Não temos grandes projetos ferroviários, por exemplo, para entrar em operação. Ainda são só projetos", alertou o especialista em logística. A pesquisa do Instituto Ilos foi realizada com 100 entre as mil maiores empresas no País.
Agência Estado
ITS 2011 e Fórum Netmarinha serão adiados
A comissão organizadora do ITS 2011 (4o Itajaí Trade Summit) informa que o evento será transferido para nova data, devido a enchente em Itajaí e região. A feira e o Fórum Netmarinha seriam realizados entre 14 e 16 de setembro de 2011, no Centreventos Itajaí, conhecido como Pavilhão da Marejada, em Itajaí (SC). A decisão da comissão organizadora foi tomada a partir de um pedido feito pela Secretária de Turismo Maria Valdete Orci de Campos e do Prefeito de Itajaí Sr. Jandir Bellini.
Os expositores e visitantes pré-cadastrados já foram avisados pela comissão organizadora. Será definida nova data em conjunto com os expositores e divulgada posteriormente para a imprensa e visitantes. (A redação)
http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/geral/11582-comunicado-a-imprensa-its-2011-e-forum-netmarinha-serao-adiados
Logística custa 8,5% às empresas
Rio (AE) - As empresas brasileiras gastam 8,5% de sua receita com logística, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Ilos. No agronegócio o impacto é ainda maior, 13,3% da receita. Em 2005, os gastos com logística consumiam 7,4% da receita líquida das empresas. "Era esperado que as empresas conseguissem diminuir esses custos", disse Maurício Lima, autor do estudo e diretor de Capacitação do Instituto Ilos, durante o Fórum Internacional de Logística. "O porcentual pode parecer pouco significativo, mas é uma conta que vai direto para o resultado. Em comparação ao lucro dessas empresas, a participação é enorme".
Os custos com logística corresponderam a 10,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, o equivalente a R$ 391 bilhões. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o montante gasto com logística corresponde a 7,7% do PIB americano. Lima explica que a relação entre o custo da logística e o PIB costuma diminuir conforme o desenvolvimento do país. "O Brasil diminuiu um pouco essa relação, mas ela começa a esbarrar na questão da infraestrutura. O modal rodoviário ganha importância", contou.
A matriz de transporte brasileira está 65% baseada no escoamento via rodovias. Nos Estados Unidos, o modal rodoviário corresponde a apenas 28,7% do transporte de produtos e mercadorias. "Se o modal de transportes do Brasil fosse igual ao dos Estados Unidos em termos de distribuição, a economia seria de R$ 90 bilhões", afirmou Lima. "Mas precisaria de anos de investimento em infraestrutura. Mesmo confrontando com a Rússia, a Índia e a China, o Brasil está muito atrás, inclusive na malha rodoviária. Temos uma infraestrutura Pequena".
Lima alertou que seriam necessários investimentos da ordem de 2% do PIB, cerca de R$ 70 bilhões, apenas em 2011, para atender ao aumento da demanda por transportes. "No PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão previstos R$ 20 bilhões (em investimentos) em infraestrutura de transporte em geral, mas na prática o governo nunca consegue gastar tudo isso, então deve ficar em R$ 16 bilhões", calculou.
FRETE
O estudo do Instituto Ilos foi realizado com cem das mil maiores empresas do País e mostra ainda que os custos médios com frete passaram de R$ 67,00 por tonelada em 2006 para R$ 82,00 por tonelada em 2011, um aumento de 22% para carga seca transportada em carreta, graneleiro e em rotas de 700km. O aumento dos custos pode ser atribuído à sobrecarga dos sistemas para o transporte de mercadorias, o que tem aumentado o tempo de espera e os gastos com logística no país.
O crescimento médio do volume de mercadorias transportadas no Brasil foi de 4% ao ano de 2004 a 2010, acompanhando a expansão média de 4,4% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB) no período. Segundo a pesquisa, 87% de toda a carga é transportada através das rodovias, mas 42% das grandes empresas brasileiras querem reduzir o uso do modal rodoviário para o transporte de seus produtos. "A capacidade de transporte já está praticamente esgotada há alguns anos, então crescer 4% ao ano é um desafio e tanto", afirmou Paulo Fleury, CEO do Instituto Ilos, no Fórum Internacional de Logística, no Rio de Janeiro.
Tribuna do Norte (RN) Natal
Porto de Itajaí avalia danos
Rebaixamento das vigas e da plataforma de sustentação coloca em risco as operações
O temor de que a enchente que atingiu o Vale do Itajaí na última semana pudesse trazer consequências ao Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu se confirmou. Durante uma avaliação da estrutura portuária, descobriu-se que o berço número 1 teve rebaixamento das vigas e da plataforma de sustentação, o que pode colocar em risco as operações. A tragédia de 2008 já serviu de alerta. Naquele ano, dois berços de atracação foram destruídos pela cheia. Ontem à tarde, o ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, fez uma visita de emergência ao porto para verificar a situação.
O berço que sofreu avarias, inaugurado em 2009, foi construído pela empresa holandesa APM Terminals, arrendatária do Porto de Itajaí, ao custo de R$ 70 milhões. O desnível na estrutura seria de 15 a 20 centímetros, mas a preocupação da superintendência é com a possível progressão do afundamento. Desde ontem o local está sendo monitorado.
– Nós já convocamos a Secretaria Especial de Portos (SEP) e a empresa contratada pela APM Terminals para realizar a obra, que é de São Paulo. Nesta terça-feira (hoje) de manhã, os técnicos já estarão aqui para realizar a vistoria. Por enquanto não há condições de se dizer o que realmente aconteceu – afirma o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Júnior.
Após a enchente de 2008, a reconstrução do Porto de Itajaí foi paga com recursos do governo federal. Desta vez, porém, o custo deverá ser coberto pela APM Terminals. A empresa afirma que a estrutura tem seguro e garantia da construtora contra danos:
– O berço 1 já estava em construção durante a enchente de 2008 e resistiu. Antes de tirarmos conclusões, vamos esperar as informações dos técnicos – explica o superintende da APM, Walter Joss, acrescentando que engenheiros da empresa avaliarão os estragos.
Canal de acesso pode receber reforço
O ministro da Secretaria Especial de Portos anunciou que o canal de acesso ao Complexo Portuário deverá receber reforço de dragagem. A enchente que alagou cidades do Vale do Itajaí pode ter carregado sedimentos para o fundo do Rio Itajaí-Açu, o que diminui a profundidade e dificulta as manobras de grandes navios. Por enquanto, as operações seguem suspensas no Complexo Portuário.
O PORTO
- O Porto de Itajaí tem quatro berços de atracação, onde os navios encostam para serem carregados ou descarregados
- Os berços 1 e 2 são administrados pela empresa arrendatária, a APM Terminals
- Os berços 3 e 4 são públicos, mantidos pela superintendência do Complexo Portuário
Jornal de Santa Catarina
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