LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Exportações de cooperativas atingem aumento recorde de 32%

Brasília (23 de setembro) - Nos primeiros oito meses de 2011, as exportações de cooperativas apresentaram crescimento de 32% sobre igual período de 2010, alcançando um total de US$ 3,89 bilhões. Considerando a série histórica, iniciada em 2005, este foi o maior resultado alcançado para o período em análise. Em relação à participação na pauta, considerando os oito primeiros meses do ano, as exportações das cooperativas passaram de 1,9%, em 2005, para o patamar de 2,3% em 2011. O saldo positivo (diferença de exportações e importações) chegou a US$ 3,677 bilhões de janeiro a agosto de 2011, outro resultado recorde para o período, superando em 31,9% o de 2010, quando atingiu US$ 2,787 bilhões. Em relação à corrente de comércio (soma das exportações e importações), o período de janeiro a agosto deste ano também foi o que apresentou o melhor resultado da série, US$ 4,120 bilhões. Uma expansão de 32,1%, em relação ao mesmo período de 2010.

Exportações

Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas destacam-se os do agronegócio: açúcar refinado (com vendas de US$ 699 milhões, representando 17,9% do total exportado pelas cooperativas); soja em grãos (US$ 513,4 milhões, 13,2%); açúcar em bruto (US$ 480,1 milhões, 12,3%); e café em grãos (US$ 457,0 milhões, 11,7%).

No período comparativo em análise, entre os principais produtos exportados, houve crescimento significativo nos seguintes itens: trigo (525,4%, de US$ 38,6 milhões para US$ 241,5 milhões); café em grão (133,1%, de US$ 196 milhões para US$ 457 milhões); e etanol (55,7%, de US$ 170,1 milhões para US$ 264,8 milhões); além de arroz semibranqueado, não parboilizado, polido ou brunido (4.453,8%, de US$ 141,7 mil para US$ 6,4 milhões); e outros feijões comuns, secos, em grãos (1.596,6%, de US$ 341 mil para US$ 5,8 milhões).

Em relação aos mercados de destino, as vendas externas das cooperativas alcançaram, no período de janeiro a agosto de 2011, 128 países. Em igual período de 2010, este número foi de 129 países. Por conta de sua participação no total das vendas do setor, merecem destaque os seguintes destinos: China (vendas de US$ 476,5 milhões, representando 12,2% do total); Emirados Árabes (US$ 389,9 milhões, 10%); Alemanha (US$ 353,5 milhões, 9,1%); Estados Unidos (US$ 281,3 milhões, 7,2%); e Países Baixos (US$ 199,8 milhões, 5,1%).
Nos primeiros oito meses de 2011, das 27 Unidades da Federação, 20 realizaram exportações por meio de cooperativas, três a mais que em igual período de 2010. O Paraná foi o estado com maior valor de exportações, US$ 1,331 bilhões, 34,2% do total das exportações deste segmento. Em seguida ficaram São Paulo (US$ 1,311 milhões, 33,7%); Minas Gerais (US$ 476,7 milhões, 12,2%); Rio Grande do Sul (US$ 292,1 milhões, 7,5%); e Santa Catarina (US$ 182,1 milhões, 4,7%).

Nos oito primeiros meses de 2011, 168 empresas cooperativas realizaram exportações: seis exportaram valores acima de US$ 100 milhões; três exportaram valores entre US$ 50 e 100 milhões; 31 exportaram entre US$ 10 e 50 milhões; 17, entre US$ 5 e 10 milhões; 48, entre 1 e 5 milhões; e 63 empresas efetuaram vendas externas abaixo de US$ 1 milhão.

Importações

Nas importações, também houve expansão de 33,8% nas compras externas efetuadas por cooperativas de janeiro a agosto deste ano, se comparadas ao mesmo período do ano passado, passando de US$ 165,6 milhões para US$ 221,6 milhões. Sob a ótica das importações, a participação na pauta é 0,3%. Entre os principais produtos importados pelas cooperativas nos primeiros oito meses de 2011, destacam-se os seguintes: cloretos de potássio (com compras de US$ 39,5 milhões, representando 17,8% do total importado pelas cooperativas); cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, 10,7%); malte não torrado (US$ 17,7 milhões, 8,0%); e diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 17,2 milhões, 7,7%).

No período em análise, entre os principais produtos importados, houve crescimentos significativos nos seguintes itens: feijões comuns, secos, em grãos (1.383,0%, de US$ 153,6 mil para US$ 2,3 milhões); máquinas para fiação de matérias têxteis (731,8%, de US$ 966,4 mil para US$ 8 milhões); óleo de girassol (+352,2%, de US$ 236 mil para US$ 1,1 milhão); diidrogeno-ortofosfato de amônio (314,8%, de US$ 4,1 milhões para US$ 17,2 milhões).

As compras externas das cooperativas foram originárias, no período de janeiro a agosto de 2011, de 43 países. Em igual período de 2010, foram 42 países de origem. Por conta de sua participação no total das compras do setor, merecem destaque: Argentina (compras de US$ 38,9 milhões, representando 17,5% do total); Alemanha (US$ 36,5 milhões, 16,5%); Rússia (US$ 19,0 milhões, 8,6%); e Estados Unidos (US$ 16,0 milhões, 7,2%).

De janeiro a agosto de 2011, das 27 Unidades da Federação , 13 realizaram importações por meio de cooperativas, uma a menos que em 2010.

O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, US$ 101,8 milhões, representando 45,9% do total das importações deste segmento. Em seguida aparecem: Santa Catarina (US$ 38,6 milhões, 17,4%); São Paulo (US$ 35,1 milhões, 15,8%); e Goiás (US$ 15,7 milhões, 7,1%).

O Mato Grosso do Sul foi o estado que apresentou o maior crescimento no período comparativo (5.022,2%, de US$ 88,3 mil para US$ 4,5 milhões), seguido por: Espírito Santo (532,7%, de US$ 8,4 mil para US$ 53,3 mil); Mato Grosso (254,9%, de US$ 2,1 milhões para US$ 7,4 milhões); e Bahia (228,0%, de US$ 166,1 mil para US$ 544,7 mil).

No período, 118 cooperativas realizaram importações: seis importaram valores na faixa entre US$ 10 e 50 milhões; seis importaram valores na faixa entre US$ 5 e 10 milhões; dezessete entre US$ 1 e 5 milhões; e oitenta e nove cooperativas realizaram compras externas abaixo de US$ 1 milhão. Cabe ressaltar que a maioria das cooperativas importadoras tem suas atividades relacionadas com o setor agropecuário, tendo importado insumos agrícolas (fertilizantes, ração, entre outros insumos).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC

 
 

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