Repasse do FGE deve incentivar exportação
Micro e pequeno terão mais acesso ao mercado.
As micro e pequenas empresas devem ganhar fôlego para exportar. Isso porque, elas deverão ter acesso a repasses do FGE (Fundo de Garantia à Exportação), geridos pelo BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social). O Fundo - que tem como finalidade dar cobertura às garantias prestadas pela União nas operações de SCE (Seguro de Crédito à Exportação) - atenderá aos micro e pequenos empresários, que sofriam para ter acesso ao mercado.
"Com a garantia do FGE, as micro e pequenas empresas, agora, conseguem obter empréstimos públicos, o que fomenta suas exportações", explica a Assessora Especial da Camex (Câmara de Comércio Exterior), Lúcia Helena Monteiro de Sousa. Segundo ela, a medida é fundamental para viabilizar as exportações e "abre novas oportunidades para as empresas brasileiras, que desejam viabilizar suas vendas para o exterior".
Guia Marítimo
Vallourec-Sumitomo usará fábrica de MG para exportação
A francesa Vallourec em parceria com a Sumitomo do Japão inauguram hoje na cidade de Jaceaba, em Minas Gerais, um megacomplexo siderúrgico que produzirá tubos para o mercado externo, sobretudo África e Oriente Médio. Os investimentos da usina da VSB, fruto da joint venture entre as duas empresas, são de R$ 5 bilhões. Com a nova fábrica, o grupo Vallourec planeja transferir parte da produção de tubos da usina do Barreiro, em Belo Horizonte (BH) e, assim, liberar espaço para fabricar mais peças que exigem tecnologia e mão de obra especializadas e cujo grande filão são os projetos do pré-sal.
De Jaceaba, prevê a VSB, sairão 1 milhão de toneladas de aço bruto anualmente, dais quais 600 mil toneladas na forma de tubos sem costura. São peças para os setores de óleo e gás principalmente que a empresa pretende vender para países africanos, entre eles Angola, Gana, Moçambique e Tanzânia e também para o Oriente Médio. As cargas serão escoadas pelo porto de Sepetiba, no Rio.
Em pleno funcionamento, a nova fábrica permitirá que a planta da Vallourec em Belo Horizonte transfira a produção de mais de 100 mil toneladas de tubos que atualmente são produzidos ali, segundo Flávio Roberto Silva de Azevedo, diretor mundial de inovação do grupo francês.
A opção pelo Brasil, segundo o presidente mundial da Vallourec, Philippe Crouzet, em entrevista ao Valor, se baseou na disponibilidade de recursos naturais em abundância, mão de obra bem treinada e a experiência prévia que a empresa tem no Brasil desde a fusão com o grupo alemão Mannesmann, ocorrida em 2000. A Rússia era a outra possibilidade. "O Brasil é o país mais competitivo do mundo no que fazemos", ressaltou.
A Vallourec disputa mercado internacional principalmente com a japonesa - e ao mesmo tempo parceira no Brasil - Sumitomo e com a Tenaris, do grupo Techint. E centra suas críticas nas práticas das empresas chinesas de tubos, que, para o executivo francês, chegam com preços abaixo dos de mercado. A Vallourec no Brasil, junto com outras empresas, entraram com uma ação antidumping contra material chinês. "Não sou contra a competição, mas sim contra a competição injusta." Para Crouzet, o Brasil acerta em procurar incentivar política que favoreça a produção local frente a um cenário de concorrência que a China oferece.
O pequeno município de Jeceaba foi escolhido por estar próximo à mina de ferro que hoje abastece a planta de Belo Horizonte; a cidade também é cortada por linha férrea, crucial para o escoamento da produção, além de disponibilidade de água e eletricidade para o empreendimento. Os investimentos começaram em 2008 e vão até 2012. Comparado com uma fábrica de tubos que a empresa ergue em Ohio, nos EUA, esse projeto supera em tamanho e em investimento. Nos EUA, a injeção é de US$ 650 milhões.
A nova fábrica obteve um empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES para ser construída. E terá 1.500 postos de trabalho diretos e 1.500 indiretos. A presidente Dilma Rousseff é esperada para participar da inauguração hoje.
Para Crouzet, o empreendimento é uma mostra de que a Vallourec tem uma visão de longo prazo e otimista em relação à demanda por energia no mundo. O período de desaceleração das economias desenvolvidas não representa nesse momento risco de recessão muito menos de nova forte freada, como a de 2008/2009. "A crise é hoje mais financeira do que na economia real. O que há é menor expansão na Europa e oscilaçoes nos EUA. "Nossa visão é de longo prazo e a demanda por energia no mundo continua crescendo", afirmou.
No Brasil, o grupo francês Vallourec tem a subsidiária V&M do Brasil, que é líder na fabricação de tubos de aço sem costura. É integrada em matéria-primas -- minério de ferro e carvão vegetal. Ela opera a usina do Barreiro, com capacidade de fazer 550 mil toneladas ao ano, distribuídas em tubos petrolíferos, automotivos, estruturais e para energia e indústria.
Presente em mais de 20 países, o grupo está apto a fazer 3 milhões de toneladas de tubos por ano.
Portos e Navios
Consumo chinês de carne bovina crescerá 50%
A evolução da renda dos chineses vai incentivar o consumo de proteínas, principalmente o de carne bovina. Zan Linsen, diretor do Centro Nacional do Desenvolvimento de Carne Bovina na China, diz que em 2015 o consumo médio de carne bovina deverá atingir 10 quilos per capita -o atual é de 6,7 quilos. Se a previsão se confirmar, a China terá de abater mais 20 milhões de cabeças de gado por ano -quase metade do abate atual do Brasil. As importações, que atingem 20% do consumo, deverão crescer ainda mais nos próximos anos. Zan diz que a produção de carne bovina vem crescendo muito e ocupando novos espaços na dieta dos chineses. Há duas décadas, o consumo de carne suína dominava a alimentação dos chineses, somando 95% do consumo de proteínas. Esse percentual caiu para 65% atualmente. Assim como ocorre com a carne bovina, o consumo de frango, de carneiro e de carne suína também cresce rapidamente, exigindo fortes investimentos das empresas. O Shiyang Group, que possui dois frigoríficos na região de Xian, está abrindo mais quatro para chegar ao mercado de varejo. O maior consumo de proteínas na China exigirá uma alimentação de melhor qualidade para os animais, o que forçará o país a importar mais componentes para rações.
As importações ocorrerão principalmente porque o crescimento da produção de carnes ocorre via empresas, que já dominam 35% desse segmento. A produção, antes de fundo de quintal, passa a ser feita em grande escala. E esse novo sistema exige o uso de ração de melhor qualidade, à base de soja, diz Zan. Esse novo cenário, além de abrir as portas da exportação de carnes de qualidade do Brasil para a China, deverá elevar também as importações de soja pelos chineses, segundo ele. A população rural da China é de 600 milhões de pessoas, que consomem 26 quilos de carne por ano, em média. Na cidade, onde o poder de compra é seis vezes maior do que no campo, o consumo é de 40 quilos.
Porto de Santos
Mais frigoríficos vão exportar para o Peru
O Departamento Internacional (DPINT), da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) conseguiu habilitar mais dois frigoríficos brasileiros para atuar no mercado externo. Tratam-se do Frigon (Irmãos Gonçalves), de Rondônia e do Frigorífico Silva, de Santa Maria (RS), que segundo comunicado recebido do Ministério da Agricultura (Mapa), estão habilitados a exportar carne bovina para o Peru.
"O DPINT tem a preocupação principal da inclusão no mercado externo dos pequenos e médios frigoríficos brasileiros que, assim, encontram um mercado alternativo para a colocação do seu produto, além de propiciar aos importadores um leque maior de fornecedores brasileiros. Apesar de ter sido criado há pouco tempo, esse setor da Abrafrigo tem habilitado suas empresas exportadoras filiadas para diversos países", disse o presidente-executivo da entidade, Péricles Salazar. A nossa estratégia é a de continuar ampliando o número de empresas e de novos mercados para elas", explica Salazar.
Brazil Modal
Agosto fecha com saldo comercial de US$ 3,873 bilhões
As exportações mensais, pelo resultado médio diário, tiveram evolução de 30,1% na comparação com agosto de 2010 (US$ 874,4 milhões) e de 7,3% em relação a julho deste ano (US$ 1,059 bilhão). Já as importações tiveram crescimento de 26,6% sobre a média de agosto do ano passado (US$ 765,6 milhões) e de 6,4% sobre a de julho de 2011 (US$ 910,3 milhões).
A corrente de comércio (soma das exportações e importações) em agosto alcançou US$ 48,443 bilhões (resultado diário de US$ 2,106 bilhões). Pela média, houve aumento de 28,4% no comparativo com o mesmo mês do ano passado (US$ 1,64 bilhão) e alta de 6,9% em relação a julho último (US$ 1,97 bilhão).
Semanas
A quarta semana de agosto, com cinco dias úteis (22 a 28), teve saldo positivo na balança comercial de US$ 837 milhões, com média diária de US$ 167,4 milhões. A corrente de comércio foi de US$ 10,547 bilhões, com média de US$ 2,156 bilhões por dia útil. As exportações, no período, foram de US$ 5,692 bilhões, com média diária de US$ 1,165 bilhão. As importações foram de US$ 4,855 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 971 milhões.
Com três dias úteis (29 a 31), a quinta semana de agosto registrou superávit US$ 739 milhões, com média diária de US$ 246,3 milhões. No período, a corrente de comércio somou US$ 6,107 bilhões, com média diária de US$ 2,035 bilhões. As exportações foram de US$ 3,423 bilhões, com média diária de US$ 1,141 bilhão e as importações totalizaram US$ 2,684 bilhões, com média de US$ 894,7 milhões.
Ano
De janeiro a agosto deste ano (168 dias úteis), as vendas ao exterior totalizaram US$ 166,713 bilhões (média diária de US$ 992,3 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2010 (US$ 755,1 milhões), as exportações cresceram 31,4%. As importações foram de US$ 146,754 bilhões, com média diária de US$ 873,5 milhões. O valor está 27,4% acima da média registrada no mesmo período de 2010 (US$ 685,5 milhões).
No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial já chega a US$ 19,959 bilhões, com o resultado médio diário de US$ 118,8 milhões. No mesmo período de 2010, o superávit foi de US$ 11,618 bilhões, com média de US$ 69,6 milhões. Pela média, houve aumento de 70,8% no comparativo entre os dois períodos. A corrente de comércio soma, em 2011, US$ 313,467 bilhões, com média diária de US$ 1,865 bilhão. O valor é 29,5% maior que a média aferida no mesmo período no ano passado (US$ 1,44 bilhão).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
OPERAÇÃO VOO LIVRE – Receita Federal investiga fraude na entrada de bagagens no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro
A Receita Federal do Brasil (RFB) deflagrou hoje (01/09) a “Operação Voo Livre”, com o objetivo de combater organização criminosa suspeita de fraudar o fisco.A Operação Voo Livre, realizada conjuntamente pela Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal, apura indícios de prática de diversos crimes cometidos pela organização criminosa investigada, dentre eles o de contrabando e descaminho.
As ações ocorrem no Rio de Janeiro, onde estão sendo cumpridos 39 mandados de busca e apreensão nas empresas e residências dos suspeitos.
As investigações conjuntas tiveram início em 2008 e constatou-se que o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão era utilizado como porta de entrada para produtos de origem estrangeira sem o devido recolhimento do Imposto de Importação. Com a intermediação de funcionários de empresas prestadoras de serviço que atuam no aeroporto, servidores da Receita Federal não vistoriavam as bagagens de determinados passageiros de voos internacionais, facilitando desta forma a prática de crimes de contrabando e descaminho.
O Superintendente Adjunto da Receita Federal no Rio de Janeiro, Marcus Vinícius Vidal Pontes, participará de entrevista coletiva às 11:00 no auditório da Superintendência da Policia Federal no Rio de Janeiro, onde serão repassadas outras informações relativas à operação Voo Livre.
Assessoria de Comunicação Social - Ascom/RFB
Nenhum comentário:
Postar um comentário