Mercado exportador
Para enfrentar 2012, quem vende para o exterior precisará investir em ferramentas de gestão e na busca de mercados alternativos
Jacilio Saraiva para Jornal Valor Econômico
Depois de 18 anos desenvolvendo softwares de gestão para o setor de confecção no Brasil, a Millennium, criada no bairro paulistano do Brás, decidiu cruzar fronteiras. Há um ano, iniciou exportações para a Argentina, Colômbia e Paraguai. "Cerca de 5% do faturamento vêm da exportação, mas é um valor em crescimento", afirma o diretor Rodrigo Motono, sem medo da recessão internacional.
A empresa de 200 funcionários faturou R$ 8 milhões em 2010 e planeja fechar 2011 com R$ 10 milhões de faturamento. "Investimos mais de R$ 250 mil na tropicalização dos produtos, traduções e adequação aos modelos fiscais de cada país", afirma.
A empresa de TI se insere na balança comercial positiva do Brasil que, segundo projeções do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), deve encerrar 2011 com US$ 257 bilhões em exportações. No primeiro semestre, a previsão era de US$ 228 bilhões. Os números refletem um intercâmbio comercial de US$ 480 bilhões no ano.
A participação das pequenas empresas nas exportações brasileiras ainda é pouco expressiva. Em 2010, situou-se em 1% em valor, ou cerca de US$ 2 bilhões, um crescimento de 7,6% ante o ano anterior. Cada pequeno negócio exportou, em média, US$ 171 mil em 2010, 10,5% a mais do que em 2009.
Para 2012, com o forte incremento da demanda doméstica - novos consumidores, megaeventos esportivos e investimentos públicos - e a menor procura externa, influenciada pelos entraves econômicos internacionais, a tendência entre os pequenos empreendimentos é manter a fatia de 1% de participação nas exportações ou até mesmo reduzi-la, segundo Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O número de pequenas e microempresas exportadoras manteve-se quase estável de 2009 para 2010, próximo a 12 mil companhias.
Até outubro, a balança comercial brasileira registrou recordes no acumulado de 2011 para a exportação, com US$ 212,1 bilhões, um salto de 29,3% da média diária sobre igual período do ano passado. A importação bateu nos US$ 186,8 bilhões, com aumento de 24,9% ante o mesmo período de 2010, com a corrente de comércio somando US$ 398,9 bilhões, alta de 27,2%.
Para analistas, por conta dos baques financeiros nos países desenvolvidos, os empreendedores terão um 2012 pra lá de desafiador. Será preciso investir em ferramentas de gestão, diferenciação de produtos e busca de mercados alternativos, como Ásia e África.
"O carro-chefe das exportações continua sendo as commodities, além de automóveis e aeronaves", explica Santos. "Mas, em 2011, os pequenos negócios tiveram participação expressiva em segmentos como moda, frutas, softwares, joias e bijuterias, além de produtos orgânicos."
Para José Luiz Rossi Jr., professor de economia do Insper e membro da equipe responsável pelo Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), 2012 promete ser um ano difícil para as pequenas exportadoras. "O crescimento mundial será baixo, com vários países em recessão, e os asiáticos devem ser o foco das empresas, com China e Coreia do Sul como alternativas."
Para Santos, do Sebrae, diante da crise, a diferenciação dos produtos será essencial para os pequenos negócios. "Mercadorias com a marca Brasil, em setores como moda, frutas, bebidas e produtos orgânicos, além de tecnologia da informação (TI) têm potencial de aumento nas vendas externas."
Hoje, as micro e pequenas exportadoras estão distribuídas em setores como a indústria, com 58,7% do total; comércio (34,9%) e construção civil (4,7%), além da agropecuária (1,4%) e serviços (0,3%).
Nos últimos anos, as exportações das empresas de menor porte apresentaram uma mudança na composição dos mercados de destino. Houve queda no Mercosul e União Europeia e aumento de negócios nos mercados Ásia-Pacífico e América Latina. "A África aparece como mercado emergente."
Desde a semana passada, uma missão comercial com 53 empresas brasileiras, organizada pelo MDIC e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), visita potenciais compradores em Moçambique, Angola e África do Sul. A estimativa é que sejam gerados US$ 70 milhões em negócios nos próximos 12 meses. "A palavra chave para exportar mais é competitividade", afirma Rogério Bellini, diretor de negócios da Apex-Brasil. "A pequena empresa deve sempre melhorar processos, produtos e gestão."
Foi o que fez a destilaria mineira Dedo de Prosa para ampliar o faturamento em dólares. A empresa de 19 funcionários decidiu investir na normatização e certificação de produtos e passou a exportar para a Suécia, Angola e EUA. Com uma produção de 50 mil litros de cachaça ao ano, vai fornecer a bebida para uma rede de 100 bares na Coreia do Sul, a partir de janeiro de 2012. "A certificação foi fundamental para entrar no mercado externo", afirma o gerente Décio Dias.
http://www.netmarinha.com.br/NetMarinha-Noticias.aspx?action=detail&k=723&Mercado-exportador
G7 e emergentes sofrem queda no comércio exterior, diz OCDE
O comércio exterior sofreu quedas no terceiro trimestre em quase todos os países do G7, em particular os europeus, e também em vários dos grandes emergentes, o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). As importações reunidas do G7 e do Brics diminuíram 1% nesses três meses, enquanto tinham subido 4,2% no mês anterior. A expansão das exportações registrou um claro enfraquecimento, ao passar de 4,6% entre abril e junho a 1% entre julho e setembro, anunciou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Nos três países europeus do grupo dos sete mais ricos as baixas foram generalizadas no terceiro trimestre tanto nas importações como nas exportações. Na Alemanha, a queda foi de 0,6% nas importações e 1,2% nas exportações; já na França estes índices foram de -4% e -1,2%; na Itália -4,5% e -2,5%; e -0,5% e -2,9% no Reino Unido.
Nos Estados Unidos, as compras no exterior caíram 2,7% (tinham subido 3,4% no trimestre anterior) e as vendas avançaram 2,5% (tinham subido 3,6% entre abril e junho). Canadá e Japão foram os únicos membros do G7 onde tanto as importações (+0,2% para o primeiro, +2,3% para o segundo) como as exportações (+5,7% e +8,4%) progrediram de julho a setembro.
Essa mesma tendência positiva, mas também com enfraquecimento, foi registrada no principal país emergente, a China: +2,8% para as importações e +3,2% para as exportações.
No Brasil, as compras no exterior continuaram em linha ascendente mas de forma tímida (+0,7% após +10,6% no terceiro trimestre). As vendas de mercadorias se reduziram 6,3%, enquanto tinham aumentado 5,6% nos três meses anteriores. O mesmo comportamento foi observado na África do Sul, com uma alta de 0,7% das importações e uma baixa de 2,6% das exportações. Na Índia aconteceu o contrário: corte de 4,2% das importações e expansão de 1,9% das exportações. Na Rússia caíram tanto as importações (-6,3%) como as exportações (-5,4%).
EFE
http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201111301423_EFE_80550601]
Cooperativas se mantem entre as maiores exportadoras do Paraná
Mais uma vez, seis cooperativas agropecuárias paranaenses estão entre as 40 maiores empresas exportadoras do Paraná. Isso é o que demonstra o ranking publicado pelo Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior, MDIC, referente ao período de janeiro a outubro de 2011.
A Coamo foi a empresa que mais exportou no Estado, com embarques de US$ 852,8 milhões. Isso coloca o setor cooperativista a frente de empresas de setores como o de alimentos, químico e petróleo, de automóveis e autopeças. As cooperativas C.Vale, Copacol, Lar, Copagril e Coopavel também se destacam no ranking, com um total de US$ 525,6 milhões exportados. Juntas, as seis cooperativas são responsáveis 9,4% das exportações totais do Paraná. “As cooperativas paranaenses são parceiras comerciais confiáveis e estão aptas a oferecer produtos em um mundo cada vez mais exigente por qualidade, por isso, elas têm ampliado de forma sustentável sua participação nas exportações do estado”, afirma o assessor da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar, Gilson Martins
http://www.cooperativismo.org.br/cooperativismo/noticias/noticia.asp?id=16207
Ajuda de parceiros ou tradings pode ser determinante
O desconhecimento sobre o ambiente externo e a falta de uma cultura exportadora podem ser as primeiras barreiras enfrentadas pelas micro e pequenas empresas que querem exportar impulsionadas pelas oportunidades oferecidas em uma economia globalizada.
A opção em desbravar novos mercados sozinhas, ou por intermédio de uma trading company, que em português ganhou o nome de comercial exportadora, é uma decisão que cada empreendedor deve tomar baseado no estágio de preparo do negócio e na estrutura logística disponível.
É preciso entender a melhor forma de negociar no exterior, fazer uma análise das características do produto a ser oferecido, do mercado pretendido, das barreiras existentes e das estratégias necessárias para abrir o novo ambiente de negócios.
É preciso entender melhor a forma de negociar no exterior e fazer uma análise do produto a ser oferecido
"De nada adianta um produto inovador se não tiver escala de produção, pontualidade no cumprimento dos prazos e adequação às exigências do país de destino, sejam processos de produção e embalagem ou certificações", observa Luiz Roberto Oliveira, consultor de comércio exterior da UHY Moreira Auditores, consultoria especializada em internacionalização de empresas.
"Apesar da grande evolução assistida nos últimos anos, ainda muitas micro e pequenas empresas que são contatadas via internet se dão conta apenas na hora de fechar os contratos de remessas para o exterior que não têm produção suficiente ou embalagem com informações em inglês, por exemplo", afirma.
Os consultores da área de comércio exterior observam que atualmente as micro e pequenas empresas dão os primeiros passos em direção a um processo de exportação contínuo com a ajuda de parceiros, sejam eles, entidades como a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Câmaras de Comércio, empresas especializadas em exportação e tradings, para somente depois seguir carreira solo.
"Quando opta pela exportação direta, o empresário precisa cuidar de todo o trâmite, desde a negociação com o cliente no exterior e toda a documentação até despacho, entrega e cobrança. Para tanto, é necessário investir na disponibilidade de mão de obra técnica e qualificada na empresa", diz Cristiane Ribas, Coordenadora do Núcleo Empresarial do Projeto 1ª Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e coordenadora do Programa de Extensão Industrial Exportadora (PEISX) da Apex no Estado do Paraná.
A especialista salienta, que, embora a Apex preste assistência aos empresários, consiga viabilizar a participação deles em feiras e missões internacionais, as Câmaras de Comércio supram necessidades técnicas importantes sobre os países alvos e os Correios, por meio do Exporta Fácil, ajudem a diminuir as barreiras, no caso das exportações diretas será a própria empresa que deverá responder por todas as etapas do processo exportador, incluindo muitas visitas ao exterior.
A opção pela comercial exportadora, por sua vez, traz os benefícios de repassar para um prestador de serviço experiente a responsabilidade por abrir mercados, viajar para apresentar o produto e todos os trâmites burocráticos exigidos para uma exportação. Em contrapartida, isso tem o seu custo. "A micro e pequena empresa exportadora não tem contato direto com o cliente final, não tem afinidade com o mercado e tem de repassar entre 5% e 10% do valor da operação para o agente, pelo pagamento do seu trabalho", destaca Cristiane.
Em casos específicos de menor valor agregado, pode-se negociar um custo mínimo pela operação que proporcionalmente acaba se tornando um grande percentual da venda. É tudo uma questão de contrato", afirma.
Desde 2008, a Apex conta com o projeto Tradings do Brasil, que reúne as comerciais exportadoras com sólida penetração no exterior, boa carteira de clientes e atuação em vários nichos de mercado. "Elas funcionam como um representante que entende o que o cliente espera receber, o que ajuda a filtrar as empresas com maior ou menor chance de continuidade do processo de exportação", afirma Maurício Manfre, coordenador de projetos especiais da Apex-Brasil.
"Foi a forma mais sustentável que encontramos para ajudar os micro e pequenos empresários que não tinham como operar diretamente a exportar com eficiência, com regularidade". Em 2010, as 700 comerciais exportadoras, integrantes do projeto, comercializaram no exterior cerca de US$ 3 bilhões.
Valor Econômico/Por Katia Simões Para o Valor, de São Paulo
http://portosenavios.com.br/site/noticiario/geral/13025-ajuda-de-parceiros-ou-tradings-pode-ser-determinante
Nova versão da Vitrine do Exportador será lançada no Encomex Mercosul
Com uma base de dados de 18 mil empresas, começa a funcionar, neste dia 1° de dezembro, a nova versão da Vitrine do Exportador, um serviço oferecido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com objetivo de divulgar no mercado internacional as empresas brasileiras e seus produtos. O lançamento será durante o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (3° Encomex Mercosul), evento realizado nos dias 1° e 2 de dezembro, em Curitiba-PR.
A Vitrine do Exportador foi completamente reformulada e apresenta funções que não existiam na versão anterior. É o caso da pesquisa por região e do acesso a informações macroeconômicas (Conhecendo o Brasil) e setoriais (Setor em Destaque). Desenvolvida em formato arrojado e de fácil pesquisa, a nova versão oferece ainda o serviço Vitrine Virtual, que possibilita ao exportador customizar uma página sobre a sua empresa, nos idiomas português, inglês e espanhol. O exportador poderá inserir texto de apresentação, informações comerciais, imagens, vídeo e mapa de localização. Assim, importadores estrangeiros interessados em fazer negócios poderão acessar a Vitrine do Exportador e enviar propostas diretamente às empresas participantes por meio de formulário existente na Vitrine Virtual.
O que é a Vitrine do Exportador
A nova versão da Vitrine do Exportador busca integrar as diversas ações desenvolvidas por órgãos governamentais nesta área, de forma a potencializar e aglutinar esforços no sentido de proporcionar maior visibilidade aos exportadores brasileiros. A base de dados é atualizada mensalmente por meio da inclusão automática de novos exportadores que realizaram operações no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) ou via Declaração Simplificada de Exportação (DSE).
As empresas já integrantes também têm as suas operações atualizadas mensalmente, pelo acréscimo de novos produtos e mercados. Para dar dinamismo às informações da Vitrine do Exportador, serão mantidas as empresas que exportaram nos dois últimos exercícios – ano atual e anterior. As empresas que ainda não exportam, mas possuem potencial exportador, também podem solicitar adesão à Vitrine do Exportador. Basta acessar o site e enviar o formulário disponível em “solicite adesão”, localizado na página principal.
O projeto conta com o apoio do Departamento de Promoção Comercial (DPR) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior (Abece), além de entidades de classe como a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Outras parcerias estão sendo viabilizadas com o propósito de promover o produto em sites internacionais de negócios.
3° Encomex Mercosul
Mais de 1.400 pessoas já se inscreveram para participar do 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (3º Encomex Mercosul) que começa amanhã em Curitiba-PR. Promovido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Encomex Mercosul pretende avaliar as duas décadas de experiência do Mercosul e planejar os próximos vinte anos do bloco econômico. As inscrições são gratuitas e ainda podem ser feitas na página do evento.
Os palestrantes debaterão maneiras de facilitar o comércio entre os países do bloco econômico e tratarão de temas específicos, entre eles, crescimento econômico, inovação, competitividade, câmbio, mecanismos de financiamento e negociações com terceiros países. Haverá, inclusive, um painel especifico para discutir as relações comerciais entre Mercosul e Canadá, com a vinda de uma delegação canadense.
Haverá ainda estandes institucionais voltados para os empresários que atuam no bloco comercial e um balcão de atendimento com técnicos do MDIC para solução de dúvidas e pendências relacionadas ao comércio exterior. Empresas exportadoras do bloco irão apresentar suas experiências comerciais exitosas no Mercosul, e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) promoverão um Encontro de Negócios com empresários do bloco econômico.
Para marcar ainda o evento, os dados da balança comercial do mês de novembro e do acumulado do ano serão anunciados em entrevista coletiva, às 15h nesta quinta-feira (1º/12), durante o Encomex Mercosul. O Banco do Brasil irá aproveitar o encontro para anunciar os vencedores do Prêmio Proex Excelência.
Durante o evento, representantes de 23 estados também estarão reunidos com 15 entidades nacionais parceiras do Plano Nacional da Cultura Exportadora para validar e ajustar o planejamento para os anos 2012-2015. Serão definidos os mapas estratégicos de comércio exterior e os planos de ação com o objetivo de promover a cultura exportadora em todo o país.
Parceiros
O Encomex Mercosul é promovido pelo MDIC, juntamente com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI/PR) e a Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul do Governo do Paraná.
O evento conta com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
O Encomex Mercosul tem o apoio da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), da Federação das Associações Comerciais e Empresarias do Estado do Paraná (Faciap), da Associação Comercial do Paraná (ACP), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae-PR), da Itaipu Binacional e da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Conampe).
O objetivo é fomentar a cultura exportadora e estimular a maior participação do empresariado brasileiro no comércio internacional com a divulgação de informações estratégicas sobre exportações, mecanismos de apoio ao exportador, oportunidades de negócios, logística, inovação e financiamento.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Exportações de café por Santos registram queda de 11,5 % em outubro
As exportações de café pelo Porto de Santos registraram queda de 11,5% no mês passado, em comparação ao mesmo período de 2010. Ao todo, os terminais embarcaram 2,3 milhões de sacas do produto, contra os 2,6 milhões de sacas movimentados em outubro do ano anterior. Os números incluem café dos tipos arábica, robusta, torrado e solúvel.
Os dados integram o balanço mensal do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Apesar da redução nas exportações, outubro ainda obteve a melhor marca mensal do ano no complexo santista. Além disso, foi registrado, nesse mês, um aumento de 35,2% na receita obtida com os embarques da commodity. O volume enviado ao exterior gerou US$ 708,1 milhões. Em 2010, foram US$ 523,5 milhões.
A quantidade exportada e a receita verificada no acumulado deste ano, de janeiro a outubro, também sofreram incrementos. Os embarques cresceram 6% com a venda total de 20,9 milhões de sacas. Nos primeiros dez meses de 2010, foram 19,7 milhões.
Quanto à receita, cujo crescimento tem sido uma tendência nos últimos meses, o aumento foi de 72,7%, passando de US$ 3,3 bilhões no ano anterior para US$ 5,7 bilhões em 2011.
Com esses números, o Porto de Santos garantiu uma melhoria em sua participação nos embarques nacional, que subiu de 74,6% para 76,7%. O total nacional de janeiro a outubro foi de 27,7 milhões de sacas. Em 2010, foram 26,4 milhões de sacas. A receita do País com essas vendas, nesses dez meses do ano, chegou a US$ 7 bilhões, 61% a mais do que no ano passado (US$ 4,3 bilhões).
Depois do cais santista, os principais exportadores de café são os portos de Vitória (ES), com 15,2% de participação, e do Rio de Janeiro, 6%.
Os maiores compradores do produto brasileiro, até o último mês, foram os Estados Unidos (5,8 milhões de sacas), a Alemanha (5,1 milhões) e a Itália (2,2 milhões). Eles estão no topo da lista dos países de destino da mercadoria. Em último lugar, está a Suécia, com 496,5 mil sacas do produto.
A Tribuna - SP
Produtor de trigo quer barrar livre importação
A cadeia produtiva do trigo, representada por entidades do Paraná e do Rio Grande do Sul, principais Estados produtores, apresentaram ontem na comissão de agricultura da Câmara de Deputados proposta de uma política de longo prazo para a produção do cereal no país.
Com um consumo anual de 10 milhões de toneladas e uma produção de cerca de 5 milhões de toneladas, o Brasil é um dos maiores importadores mundiais de trigo. Os produtores brasileiros, no entanto, enfrentam uma concorrência crônica com o trigo argentino e, nos últimos anos, também com o cereal do Paraguai e do Uruguai. Esse cenário deprime os preços do trigo no mercado interno, queixam-se os produtores.
A principal reivindicação feita na proposta apresentada à Câmara é o fim do registro automático de importação do cereal, segundo Flávio Turra, assessor técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Os produtores querem ainda que haja um controle da liberação de licenças para evitar falta de liquidez no mercado interno de trigo.
"Para a indústria comprar uma tonelada lá fora, ela precisaria comprovar a aquisição do mesmo volume internamente", diz Turra sobre a proposta que foi elaborada conjuntamente com mais de sete entidades, entre elas a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as secretarias de agricultura do Paraná e do Rio Grande do Sul e organização de cooperativas dos dois Estados.
A proposta também engloba o aumento do preço mínimo do trigo tipo pão de R$ 477 para R$ 512, além de medidas nas áreas de vigilância sanitária e meio ambiente, custeio agrícola, tributação e apoio à pesquisa.
Enquanto os produtores brasileiros buscam salvaguardas para o trigo nacional, o governo argentino anunciou mais autorização de exportação de trigo. Desde o fim de novembro, foram 2,7 milhões de toneladas autorizadas referentes apenas à safra 2010/11, o que fará com que essa temporada atinja embarques de 11,1 milhões de toneladas, a maior da década na Argentina depois dos 11,9 milhões de toneladas do ciclo 2004/05.
Valor Econômico
Siderúrgicas brasileiras reclamam do aço importado e reduzem previsão de crescimento
As importações de aço continuam preocupando as siderúrgicas instaladas Brasil e motivaram mais uma revisão das estimativas para este ano. De acordo com o Instituto Aço Brasil (IAB), a produção nacional de aço bruto deve ficar em torno de 35,2 milhões de toneladas, 7,1% a mais que no ano passado. Apesar de representar mais um recorde para o setor, o número significa uma redução de mais de 1 milhão de toneladas sobre a estimativa de crescimento feita anteriormente para este ano, de acordo com o presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes.
Os ajustes também alteraram a projeção de vendas internas, que devem atingir 21,5 milhões de toneladas este ano, 1 milhão de toneladas a menos que a projeção anterior, feita em agosto. Para as exportações, a expectativa é atingir 10,7 milhões de toneladas, 19,4% a mais do que em 2010. Ainda de acordo com o IAB, as importações devem totalizar 3,7 milhões de toneladas, 37,9% a menos que em 2010, mas "significativamente acima dos níveis históricos", se acordo com Lopes.
"No caso das importações indiretas, a grande concentração está em dois segmentos: o automotivo e o de máquinas e equipamentos. Você tem a Anfavea [Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores]e a Abimaq {Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos] como os principais responsáveis", explicou o executivo. Segundo ele, juntos, estes dois segmentos representam 80% dos 4,8 milhões de toneladas importadas indiretamente pela indústria.
O presidente do IAB ainda ressaltou que eventos como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada de 2016 e projetos de estímulo à indústria do petróleo ou da construção civil, como o Programa Minha Casa, Minha Vida, chegaram a gerar expectativas na indústria no aço, mas o setor foi surpreendido com algumas iniciativas que não priorizaram o conteúdo nacional. "Nosso consumo per capita é muito baixo no país. A nossa expectativa é que os programas especiais pudessem trazer o efeito de alavancar um crescimento sustentável. Mas tivemos a surpresa de ver que parte das obras de cobertura de alguns estádios [para a Copa do Mundo] foi contratada com aço português", lamentou.
Além do estímulo às importações, que vem sendo apontado como principal fator de desindustrialização das economias da América Latina, Mello Lopes alertou que existem outras causas para as dificuldades da siderurgia nacional. "No mundo de hoje, mais complexo e competitivo, não há espaço para ingenuidades. Precisamos ter, como o resto do mundo, uma defesa comercial eficiente; [precisamos] corrigir nossas assimetrias competitivas e a guerra fiscal é uma delas; e precisamos tirar do papel e implementar aquilo que está previsto no Programa Brasil Maior, que é o aumento do conteúdo nacional na utilização dos bens".
Os cálculos do IAB apontam que a capacidade produtiva do parque nacional é 47 milhões de toneladas, mas a ociosidade chega a representar 19 milhões de toneladas. O pesquisador Fernando Bemmenschein, da Fundação Getúlio Vargas, que trabalha em um estudo encomendado pelo setor, informou que em 2010, o Brasil importou 5,9 milhões de toneladas de aço, ou 17,9% da produção do país. "Caso todo este aço fosse substituído por aço produzido nacionalmente, o país geraria 582 mil empregos", disse ele. O estudo, que mapeia a importância do setor para a economia brasileira, ainda não está concluído.
De acordo com o empresário André Johannpeter, presidente o Conselho Diretor do Instituto, a siderurgia brasileira está sendo afetada por um conjunto de fatores, como custo da matéria-prima, alta taxa de juros no Brasil, preço da energia elétrica "no qual metade do valor é imposto", e câmbio valorizado. "Não é especificamente o preço de importados" que prejudica a indústria nacional, explicou o empresário.
Apesar do cenário, as projeções para 2012 são otimistas. O IAB espera que a produção de aço bruto no ano que vem atinja 37,5 milhões de toneladas e as vendas internas, 23,3 milhões de toneladas. Em relação a exportações, a expectativa é que somem 11 milhões de toneladas, enquanto as importações caiam para 3,6 milhões de toneladas.
"Os dados mostram que vai crescer a demanda por aço, tanto nas vendas internas quanto no consumo aparente. Existem previsões de crescimento de PIB, no Brasil, de 3,5%. No mundo, por volta de 4%. O que estamos vendo é que existe uma desaceleração. Talvez a Europa esteja em crise pela dívida dos países. Nos Estados Unidos a previsão é de crescimento do PIB de 1,5% a 1,8% no ano que vem. Caracteriza muito mais uma desaceleração do que uma crise como a que vivemos em 2008", analisou Johannpeter.
Agência Brasil
Para enfrentar 2012, quem vende para o exterior precisará investir em ferramentas de gestão e na busca de mercados alternativos
Jacilio Saraiva para Jornal Valor Econômico
Depois de 18 anos desenvolvendo softwares de gestão para o setor de confecção no Brasil, a Millennium, criada no bairro paulistano do Brás, decidiu cruzar fronteiras. Há um ano, iniciou exportações para a Argentina, Colômbia e Paraguai. "Cerca de 5% do faturamento vêm da exportação, mas é um valor em crescimento", afirma o diretor Rodrigo Motono, sem medo da recessão internacional.
A empresa de 200 funcionários faturou R$ 8 milhões em 2010 e planeja fechar 2011 com R$ 10 milhões de faturamento. "Investimos mais de R$ 250 mil na tropicalização dos produtos, traduções e adequação aos modelos fiscais de cada país", afirma.
A empresa de TI se insere na balança comercial positiva do Brasil que, segundo projeções do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), deve encerrar 2011 com US$ 257 bilhões em exportações. No primeiro semestre, a previsão era de US$ 228 bilhões. Os números refletem um intercâmbio comercial de US$ 480 bilhões no ano.
A participação das pequenas empresas nas exportações brasileiras ainda é pouco expressiva. Em 2010, situou-se em 1% em valor, ou cerca de US$ 2 bilhões, um crescimento de 7,6% ante o ano anterior. Cada pequeno negócio exportou, em média, US$ 171 mil em 2010, 10,5% a mais do que em 2009.
Para 2012, com o forte incremento da demanda doméstica - novos consumidores, megaeventos esportivos e investimentos públicos - e a menor procura externa, influenciada pelos entraves econômicos internacionais, a tendência entre os pequenos empreendimentos é manter a fatia de 1% de participação nas exportações ou até mesmo reduzi-la, segundo Carlos Alberto dos Santos, diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O número de pequenas e microempresas exportadoras manteve-se quase estável de 2009 para 2010, próximo a 12 mil companhias.
Até outubro, a balança comercial brasileira registrou recordes no acumulado de 2011 para a exportação, com US$ 212,1 bilhões, um salto de 29,3% da média diária sobre igual período do ano passado. A importação bateu nos US$ 186,8 bilhões, com aumento de 24,9% ante o mesmo período de 2010, com a corrente de comércio somando US$ 398,9 bilhões, alta de 27,2%.
Para analistas, por conta dos baques financeiros nos países desenvolvidos, os empreendedores terão um 2012 pra lá de desafiador. Será preciso investir em ferramentas de gestão, diferenciação de produtos e busca de mercados alternativos, como Ásia e África.
"O carro-chefe das exportações continua sendo as commodities, além de automóveis e aeronaves", explica Santos. "Mas, em 2011, os pequenos negócios tiveram participação expressiva em segmentos como moda, frutas, softwares, joias e bijuterias, além de produtos orgânicos."
Para José Luiz Rossi Jr., professor de economia do Insper e membro da equipe responsável pelo Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), 2012 promete ser um ano difícil para as pequenas exportadoras. "O crescimento mundial será baixo, com vários países em recessão, e os asiáticos devem ser o foco das empresas, com China e Coreia do Sul como alternativas."
Para Santos, do Sebrae, diante da crise, a diferenciação dos produtos será essencial para os pequenos negócios. "Mercadorias com a marca Brasil, em setores como moda, frutas, bebidas e produtos orgânicos, além de tecnologia da informação (TI) têm potencial de aumento nas vendas externas."
Hoje, as micro e pequenas exportadoras estão distribuídas em setores como a indústria, com 58,7% do total; comércio (34,9%) e construção civil (4,7%), além da agropecuária (1,4%) e serviços (0,3%).
Nos últimos anos, as exportações das empresas de menor porte apresentaram uma mudança na composição dos mercados de destino. Houve queda no Mercosul e União Europeia e aumento de negócios nos mercados Ásia-Pacífico e América Latina. "A África aparece como mercado emergente."
Desde a semana passada, uma missão comercial com 53 empresas brasileiras, organizada pelo MDIC e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), visita potenciais compradores em Moçambique, Angola e África do Sul. A estimativa é que sejam gerados US$ 70 milhões em negócios nos próximos 12 meses. "A palavra chave para exportar mais é competitividade", afirma Rogério Bellini, diretor de negócios da Apex-Brasil. "A pequena empresa deve sempre melhorar processos, produtos e gestão."
Foi o que fez a destilaria mineira Dedo de Prosa para ampliar o faturamento em dólares. A empresa de 19 funcionários decidiu investir na normatização e certificação de produtos e passou a exportar para a Suécia, Angola e EUA. Com uma produção de 50 mil litros de cachaça ao ano, vai fornecer a bebida para uma rede de 100 bares na Coreia do Sul, a partir de janeiro de 2012. "A certificação foi fundamental para entrar no mercado externo", afirma o gerente Décio Dias.
http://www.netmarinha.com.br/NetMarinha-Noticias.aspx?action=detail&k=723&Mercado-exportador
G7 e emergentes sofrem queda no comércio exterior, diz OCDE
O comércio exterior sofreu quedas no terceiro trimestre em quase todos os países do G7, em particular os europeus, e também em vários dos grandes emergentes, o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). As importações reunidas do G7 e do Brics diminuíram 1% nesses três meses, enquanto tinham subido 4,2% no mês anterior. A expansão das exportações registrou um claro enfraquecimento, ao passar de 4,6% entre abril e junho a 1% entre julho e setembro, anunciou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Nos três países europeus do grupo dos sete mais ricos as baixas foram generalizadas no terceiro trimestre tanto nas importações como nas exportações. Na Alemanha, a queda foi de 0,6% nas importações e 1,2% nas exportações; já na França estes índices foram de -4% e -1,2%; na Itália -4,5% e -2,5%; e -0,5% e -2,9% no Reino Unido.
Nos Estados Unidos, as compras no exterior caíram 2,7% (tinham subido 3,4% no trimestre anterior) e as vendas avançaram 2,5% (tinham subido 3,6% entre abril e junho). Canadá e Japão foram os únicos membros do G7 onde tanto as importações (+0,2% para o primeiro, +2,3% para o segundo) como as exportações (+5,7% e +8,4%) progrediram de julho a setembro.
Essa mesma tendência positiva, mas também com enfraquecimento, foi registrada no principal país emergente, a China: +2,8% para as importações e +3,2% para as exportações.
No Brasil, as compras no exterior continuaram em linha ascendente mas de forma tímida (+0,7% após +10,6% no terceiro trimestre). As vendas de mercadorias se reduziram 6,3%, enquanto tinham aumentado 5,6% nos três meses anteriores. O mesmo comportamento foi observado na África do Sul, com uma alta de 0,7% das importações e uma baixa de 2,6% das exportações. Na Índia aconteceu o contrário: corte de 4,2% das importações e expansão de 1,9% das exportações. Na Rússia caíram tanto as importações (-6,3%) como as exportações (-5,4%).
EFE
http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201111301423_EFE_80550601]
Cooperativas se mantem entre as maiores exportadoras do Paraná
Mais uma vez, seis cooperativas agropecuárias paranaenses estão entre as 40 maiores empresas exportadoras do Paraná. Isso é o que demonstra o ranking publicado pelo Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior, MDIC, referente ao período de janeiro a outubro de 2011.
A Coamo foi a empresa que mais exportou no Estado, com embarques de US$ 852,8 milhões. Isso coloca o setor cooperativista a frente de empresas de setores como o de alimentos, químico e petróleo, de automóveis e autopeças. As cooperativas C.Vale, Copacol, Lar, Copagril e Coopavel também se destacam no ranking, com um total de US$ 525,6 milhões exportados. Juntas, as seis cooperativas são responsáveis 9,4% das exportações totais do Paraná. “As cooperativas paranaenses são parceiras comerciais confiáveis e estão aptas a oferecer produtos em um mundo cada vez mais exigente por qualidade, por isso, elas têm ampliado de forma sustentável sua participação nas exportações do estado”, afirma o assessor da Gerência Técnica e Econômica da Ocepar, Gilson Martins
http://www.cooperativismo.org.br/cooperativismo/noticias/noticia.asp?id=16207
Ajuda de parceiros ou tradings pode ser determinante
O desconhecimento sobre o ambiente externo e a falta de uma cultura exportadora podem ser as primeiras barreiras enfrentadas pelas micro e pequenas empresas que querem exportar impulsionadas pelas oportunidades oferecidas em uma economia globalizada.
A opção em desbravar novos mercados sozinhas, ou por intermédio de uma trading company, que em português ganhou o nome de comercial exportadora, é uma decisão que cada empreendedor deve tomar baseado no estágio de preparo do negócio e na estrutura logística disponível.
É preciso entender a melhor forma de negociar no exterior, fazer uma análise das características do produto a ser oferecido, do mercado pretendido, das barreiras existentes e das estratégias necessárias para abrir o novo ambiente de negócios.
É preciso entender melhor a forma de negociar no exterior e fazer uma análise do produto a ser oferecido
"De nada adianta um produto inovador se não tiver escala de produção, pontualidade no cumprimento dos prazos e adequação às exigências do país de destino, sejam processos de produção e embalagem ou certificações", observa Luiz Roberto Oliveira, consultor de comércio exterior da UHY Moreira Auditores, consultoria especializada em internacionalização de empresas.
"Apesar da grande evolução assistida nos últimos anos, ainda muitas micro e pequenas empresas que são contatadas via internet se dão conta apenas na hora de fechar os contratos de remessas para o exterior que não têm produção suficiente ou embalagem com informações em inglês, por exemplo", afirma.
Os consultores da área de comércio exterior observam que atualmente as micro e pequenas empresas dão os primeiros passos em direção a um processo de exportação contínuo com a ajuda de parceiros, sejam eles, entidades como a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Câmaras de Comércio, empresas especializadas em exportação e tradings, para somente depois seguir carreira solo.
"Quando opta pela exportação direta, o empresário precisa cuidar de todo o trâmite, desde a negociação com o cliente no exterior e toda a documentação até despacho, entrega e cobrança. Para tanto, é necessário investir na disponibilidade de mão de obra técnica e qualificada na empresa", diz Cristiane Ribas, Coordenadora do Núcleo Empresarial do Projeto 1ª Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e coordenadora do Programa de Extensão Industrial Exportadora (PEISX) da Apex no Estado do Paraná.
A especialista salienta, que, embora a Apex preste assistência aos empresários, consiga viabilizar a participação deles em feiras e missões internacionais, as Câmaras de Comércio supram necessidades técnicas importantes sobre os países alvos e os Correios, por meio do Exporta Fácil, ajudem a diminuir as barreiras, no caso das exportações diretas será a própria empresa que deverá responder por todas as etapas do processo exportador, incluindo muitas visitas ao exterior.
A opção pela comercial exportadora, por sua vez, traz os benefícios de repassar para um prestador de serviço experiente a responsabilidade por abrir mercados, viajar para apresentar o produto e todos os trâmites burocráticos exigidos para uma exportação. Em contrapartida, isso tem o seu custo. "A micro e pequena empresa exportadora não tem contato direto com o cliente final, não tem afinidade com o mercado e tem de repassar entre 5% e 10% do valor da operação para o agente, pelo pagamento do seu trabalho", destaca Cristiane.
Em casos específicos de menor valor agregado, pode-se negociar um custo mínimo pela operação que proporcionalmente acaba se tornando um grande percentual da venda. É tudo uma questão de contrato", afirma.
Desde 2008, a Apex conta com o projeto Tradings do Brasil, que reúne as comerciais exportadoras com sólida penetração no exterior, boa carteira de clientes e atuação em vários nichos de mercado. "Elas funcionam como um representante que entende o que o cliente espera receber, o que ajuda a filtrar as empresas com maior ou menor chance de continuidade do processo de exportação", afirma Maurício Manfre, coordenador de projetos especiais da Apex-Brasil.
"Foi a forma mais sustentável que encontramos para ajudar os micro e pequenos empresários que não tinham como operar diretamente a exportar com eficiência, com regularidade". Em 2010, as 700 comerciais exportadoras, integrantes do projeto, comercializaram no exterior cerca de US$ 3 bilhões.
Valor Econômico/Por Katia Simões Para o Valor, de São Paulo
http://portosenavios.com.br/site/noticiario/geral/13025-ajuda-de-parceiros-ou-tradings-pode-ser-determinante
Nova versão da Vitrine do Exportador será lançada no Encomex Mercosul
Com uma base de dados de 18 mil empresas, começa a funcionar, neste dia 1° de dezembro, a nova versão da Vitrine do Exportador, um serviço oferecido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), com objetivo de divulgar no mercado internacional as empresas brasileiras e seus produtos. O lançamento será durante o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (3° Encomex Mercosul), evento realizado nos dias 1° e 2 de dezembro, em Curitiba-PR.
A Vitrine do Exportador foi completamente reformulada e apresenta funções que não existiam na versão anterior. É o caso da pesquisa por região e do acesso a informações macroeconômicas (Conhecendo o Brasil) e setoriais (Setor em Destaque). Desenvolvida em formato arrojado e de fácil pesquisa, a nova versão oferece ainda o serviço Vitrine Virtual, que possibilita ao exportador customizar uma página sobre a sua empresa, nos idiomas português, inglês e espanhol. O exportador poderá inserir texto de apresentação, informações comerciais, imagens, vídeo e mapa de localização. Assim, importadores estrangeiros interessados em fazer negócios poderão acessar a Vitrine do Exportador e enviar propostas diretamente às empresas participantes por meio de formulário existente na Vitrine Virtual.
O que é a Vitrine do Exportador
A nova versão da Vitrine do Exportador busca integrar as diversas ações desenvolvidas por órgãos governamentais nesta área, de forma a potencializar e aglutinar esforços no sentido de proporcionar maior visibilidade aos exportadores brasileiros. A base de dados é atualizada mensalmente por meio da inclusão automática de novos exportadores que realizaram operações no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) ou via Declaração Simplificada de Exportação (DSE).
As empresas já integrantes também têm as suas operações atualizadas mensalmente, pelo acréscimo de novos produtos e mercados. Para dar dinamismo às informações da Vitrine do Exportador, serão mantidas as empresas que exportaram nos dois últimos exercícios – ano atual e anterior. As empresas que ainda não exportam, mas possuem potencial exportador, também podem solicitar adesão à Vitrine do Exportador. Basta acessar o site e enviar o formulário disponível em “solicite adesão”, localizado na página principal.
O projeto conta com o apoio do Departamento de Promoção Comercial (DPR) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), da Associação Brasileira de Empresas de Comércio Exterior (Abece), além de entidades de classe como a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Outras parcerias estão sendo viabilizadas com o propósito de promover o produto em sites internacionais de negócios.
3° Encomex Mercosul
Mais de 1.400 pessoas já se inscreveram para participar do 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (3º Encomex Mercosul) que começa amanhã em Curitiba-PR. Promovido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Encomex Mercosul pretende avaliar as duas décadas de experiência do Mercosul e planejar os próximos vinte anos do bloco econômico. As inscrições são gratuitas e ainda podem ser feitas na página do evento.
Os palestrantes debaterão maneiras de facilitar o comércio entre os países do bloco econômico e tratarão de temas específicos, entre eles, crescimento econômico, inovação, competitividade, câmbio, mecanismos de financiamento e negociações com terceiros países. Haverá, inclusive, um painel especifico para discutir as relações comerciais entre Mercosul e Canadá, com a vinda de uma delegação canadense.
Haverá ainda estandes institucionais voltados para os empresários que atuam no bloco comercial e um balcão de atendimento com técnicos do MDIC para solução de dúvidas e pendências relacionadas ao comércio exterior. Empresas exportadoras do bloco irão apresentar suas experiências comerciais exitosas no Mercosul, e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) promoverão um Encontro de Negócios com empresários do bloco econômico.
Para marcar ainda o evento, os dados da balança comercial do mês de novembro e do acumulado do ano serão anunciados em entrevista coletiva, às 15h nesta quinta-feira (1º/12), durante o Encomex Mercosul. O Banco do Brasil irá aproveitar o encontro para anunciar os vencedores do Prêmio Proex Excelência.
Durante o evento, representantes de 23 estados também estarão reunidos com 15 entidades nacionais parceiras do Plano Nacional da Cultura Exportadora para validar e ajustar o planejamento para os anos 2012-2015. Serão definidos os mapas estratégicos de comércio exterior e os planos de ação com o objetivo de promover a cultura exportadora em todo o país.
Parceiros
O Encomex Mercosul é promovido pelo MDIC, juntamente com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI/PR) e a Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul do Governo do Paraná.
O evento conta com patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
O Encomex Mercosul tem o apoio da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), da Federação das Associações Comerciais e Empresarias do Estado do Paraná (Faciap), da Associação Comercial do Paraná (ACP), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae-PR), da Itaipu Binacional e da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Conampe).
O objetivo é fomentar a cultura exportadora e estimular a maior participação do empresariado brasileiro no comércio internacional com a divulgação de informações estratégicas sobre exportações, mecanismos de apoio ao exportador, oportunidades de negócios, logística, inovação e financiamento.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Exportações de café por Santos registram queda de 11,5 % em outubro
As exportações de café pelo Porto de Santos registraram queda de 11,5% no mês passado, em comparação ao mesmo período de 2010. Ao todo, os terminais embarcaram 2,3 milhões de sacas do produto, contra os 2,6 milhões de sacas movimentados em outubro do ano anterior. Os números incluem café dos tipos arábica, robusta, torrado e solúvel.
Os dados integram o balanço mensal do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Apesar da redução nas exportações, outubro ainda obteve a melhor marca mensal do ano no complexo santista. Além disso, foi registrado, nesse mês, um aumento de 35,2% na receita obtida com os embarques da commodity. O volume enviado ao exterior gerou US$ 708,1 milhões. Em 2010, foram US$ 523,5 milhões.
A quantidade exportada e a receita verificada no acumulado deste ano, de janeiro a outubro, também sofreram incrementos. Os embarques cresceram 6% com a venda total de 20,9 milhões de sacas. Nos primeiros dez meses de 2010, foram 19,7 milhões.
Quanto à receita, cujo crescimento tem sido uma tendência nos últimos meses, o aumento foi de 72,7%, passando de US$ 3,3 bilhões no ano anterior para US$ 5,7 bilhões em 2011.
Com esses números, o Porto de Santos garantiu uma melhoria em sua participação nos embarques nacional, que subiu de 74,6% para 76,7%. O total nacional de janeiro a outubro foi de 27,7 milhões de sacas. Em 2010, foram 26,4 milhões de sacas. A receita do País com essas vendas, nesses dez meses do ano, chegou a US$ 7 bilhões, 61% a mais do que no ano passado (US$ 4,3 bilhões).
Depois do cais santista, os principais exportadores de café são os portos de Vitória (ES), com 15,2% de participação, e do Rio de Janeiro, 6%.
Os maiores compradores do produto brasileiro, até o último mês, foram os Estados Unidos (5,8 milhões de sacas), a Alemanha (5,1 milhões) e a Itália (2,2 milhões). Eles estão no topo da lista dos países de destino da mercadoria. Em último lugar, está a Suécia, com 496,5 mil sacas do produto.
A Tribuna - SP
Produtor de trigo quer barrar livre importação
A cadeia produtiva do trigo, representada por entidades do Paraná e do Rio Grande do Sul, principais Estados produtores, apresentaram ontem na comissão de agricultura da Câmara de Deputados proposta de uma política de longo prazo para a produção do cereal no país.
Com um consumo anual de 10 milhões de toneladas e uma produção de cerca de 5 milhões de toneladas, o Brasil é um dos maiores importadores mundiais de trigo. Os produtores brasileiros, no entanto, enfrentam uma concorrência crônica com o trigo argentino e, nos últimos anos, também com o cereal do Paraguai e do Uruguai. Esse cenário deprime os preços do trigo no mercado interno, queixam-se os produtores.
A principal reivindicação feita na proposta apresentada à Câmara é o fim do registro automático de importação do cereal, segundo Flávio Turra, assessor técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). Os produtores querem ainda que haja um controle da liberação de licenças para evitar falta de liquidez no mercado interno de trigo.
"Para a indústria comprar uma tonelada lá fora, ela precisaria comprovar a aquisição do mesmo volume internamente", diz Turra sobre a proposta que foi elaborada conjuntamente com mais de sete entidades, entre elas a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as secretarias de agricultura do Paraná e do Rio Grande do Sul e organização de cooperativas dos dois Estados.
A proposta também engloba o aumento do preço mínimo do trigo tipo pão de R$ 477 para R$ 512, além de medidas nas áreas de vigilância sanitária e meio ambiente, custeio agrícola, tributação e apoio à pesquisa.
Enquanto os produtores brasileiros buscam salvaguardas para o trigo nacional, o governo argentino anunciou mais autorização de exportação de trigo. Desde o fim de novembro, foram 2,7 milhões de toneladas autorizadas referentes apenas à safra 2010/11, o que fará com que essa temporada atinja embarques de 11,1 milhões de toneladas, a maior da década na Argentina depois dos 11,9 milhões de toneladas do ciclo 2004/05.
Valor Econômico
Siderúrgicas brasileiras reclamam do aço importado e reduzem previsão de crescimento
As importações de aço continuam preocupando as siderúrgicas instaladas Brasil e motivaram mais uma revisão das estimativas para este ano. De acordo com o Instituto Aço Brasil (IAB), a produção nacional de aço bruto deve ficar em torno de 35,2 milhões de toneladas, 7,1% a mais que no ano passado. Apesar de representar mais um recorde para o setor, o número significa uma redução de mais de 1 milhão de toneladas sobre a estimativa de crescimento feita anteriormente para este ano, de acordo com o presidente executivo do instituto, Marco Polo de Mello Lopes.
Os ajustes também alteraram a projeção de vendas internas, que devem atingir 21,5 milhões de toneladas este ano, 1 milhão de toneladas a menos que a projeção anterior, feita em agosto. Para as exportações, a expectativa é atingir 10,7 milhões de toneladas, 19,4% a mais do que em 2010. Ainda de acordo com o IAB, as importações devem totalizar 3,7 milhões de toneladas, 37,9% a menos que em 2010, mas "significativamente acima dos níveis históricos", se acordo com Lopes.
"No caso das importações indiretas, a grande concentração está em dois segmentos: o automotivo e o de máquinas e equipamentos. Você tem a Anfavea [Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores]e a Abimaq {Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos] como os principais responsáveis", explicou o executivo. Segundo ele, juntos, estes dois segmentos representam 80% dos 4,8 milhões de toneladas importadas indiretamente pela indústria.
O presidente do IAB ainda ressaltou que eventos como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada de 2016 e projetos de estímulo à indústria do petróleo ou da construção civil, como o Programa Minha Casa, Minha Vida, chegaram a gerar expectativas na indústria no aço, mas o setor foi surpreendido com algumas iniciativas que não priorizaram o conteúdo nacional. "Nosso consumo per capita é muito baixo no país. A nossa expectativa é que os programas especiais pudessem trazer o efeito de alavancar um crescimento sustentável. Mas tivemos a surpresa de ver que parte das obras de cobertura de alguns estádios [para a Copa do Mundo] foi contratada com aço português", lamentou.
Além do estímulo às importações, que vem sendo apontado como principal fator de desindustrialização das economias da América Latina, Mello Lopes alertou que existem outras causas para as dificuldades da siderurgia nacional. "No mundo de hoje, mais complexo e competitivo, não há espaço para ingenuidades. Precisamos ter, como o resto do mundo, uma defesa comercial eficiente; [precisamos] corrigir nossas assimetrias competitivas e a guerra fiscal é uma delas; e precisamos tirar do papel e implementar aquilo que está previsto no Programa Brasil Maior, que é o aumento do conteúdo nacional na utilização dos bens".
Os cálculos do IAB apontam que a capacidade produtiva do parque nacional é 47 milhões de toneladas, mas a ociosidade chega a representar 19 milhões de toneladas. O pesquisador Fernando Bemmenschein, da Fundação Getúlio Vargas, que trabalha em um estudo encomendado pelo setor, informou que em 2010, o Brasil importou 5,9 milhões de toneladas de aço, ou 17,9% da produção do país. "Caso todo este aço fosse substituído por aço produzido nacionalmente, o país geraria 582 mil empregos", disse ele. O estudo, que mapeia a importância do setor para a economia brasileira, ainda não está concluído.
De acordo com o empresário André Johannpeter, presidente o Conselho Diretor do Instituto, a siderurgia brasileira está sendo afetada por um conjunto de fatores, como custo da matéria-prima, alta taxa de juros no Brasil, preço da energia elétrica "no qual metade do valor é imposto", e câmbio valorizado. "Não é especificamente o preço de importados" que prejudica a indústria nacional, explicou o empresário.
Apesar do cenário, as projeções para 2012 são otimistas. O IAB espera que a produção de aço bruto no ano que vem atinja 37,5 milhões de toneladas e as vendas internas, 23,3 milhões de toneladas. Em relação a exportações, a expectativa é que somem 11 milhões de toneladas, enquanto as importações caiam para 3,6 milhões de toneladas.
"Os dados mostram que vai crescer a demanda por aço, tanto nas vendas internas quanto no consumo aparente. Existem previsões de crescimento de PIB, no Brasil, de 3,5%. No mundo, por volta de 4%. O que estamos vendo é que existe uma desaceleração. Talvez a Europa esteja em crise pela dívida dos países. Nos Estados Unidos a previsão é de crescimento do PIB de 1,5% a 1,8% no ano que vem. Caracteriza muito mais uma desaceleração do que uma crise como a que vivemos em 2008", analisou Johannpeter.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário