LEGISLAÇÃO

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 27/12/2011

Portos de SC crescem apesar de greve

Apesar de um ano marcado por uma enchente e a paralisação por 23 dias das operações do porto de Itajaí, no Litoral Norte catarinense, os portos de Santa Catarina tiveram crescimento na movimentação de cargas em comparação com 2010. O destaque foi o porto de Imbituba, no Sul do Estado, que movimentou 16,91% de cargas a mais de janeiro a novembro de 2011 em comparação com o ano passado.

De janeiro a novembro, o porto de Imbituba movimentou mais de 2 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado haviam sido transportadas 1,7 milhões de toneladas em cargas pelo terminal. O granel sólido é a principal carga movimentada no porto. O terminal passa por uma fase de investimentos. Em junho, novos portêineres foram instalados. O investimento foi feito pela Santos Brasil, arrendatária do terminal de contêineres e carga geral, no valor de US$ 15 milhões.

"O porto de Imbituba não é mais uma promessa, é realidade. Nossa administração sempre trabalhou para o crescimento e ele já está acontecendo. Estamos nos preparando para que em 2012 este saldo positivo seja maior, refletindo o desenvolvimento do porto e da cidade", disse Jeziel Pamato de Souza, administrador do porto de Imbituba.

Já em Itajaí, a paralisação dos conferentes, que durou 23 dias em novembro, e as enchentes que levaram o terminal a ficar fechado por uma semana em setembro prejudicaram o resultado de movimentação de cargas em 2011. Segundo o diretor-executivo do porto, Robert Grantham, não será possível ultrapassar a meta de 1 milhão de TEUS (unidade do contêiner de 20 pés) estipulada para este ano.

De janeiro a novembro, Itajaí movimentou 896 mil TEUS. A previsão, segundo Grantham, é que com a retomada das atividades em dezembro o terminal movimente até 970 mil TEUS. No ano passado, foram movimentados 957 mil TEUS, informou o diretor.

"Vamos ter um pequeno crescimento, mas dificilmente vamos atingir a meta de ultrapassar 1 milhão", disse o diretor. Segundo Grantham, o porto de Itajaí vinha em um ritmo forte de crescimento até ser paralisado pelos eventos da chuva e da greve.

Santa Catarina teve em 2011 a estreia do porto de Itapoá, no extremo Norte do Estado. O primeiro navio comercial atracou no dia 16 de junho. Desta data até novembro, o terminal movimentou 45.894 contêineres e 116 embarcações atracadas. A meta para 2012 é realizar a movimentação de 250 mil contêineres. A conclusão da estrada estadual de acesso, que demorou além do previsto, deve ajudar Itapoá a atingir a meta. O trecho ainda não está completamente asfaltado, mas os caminhões de carga já trafegam pela via e deixaram de utilizar a rota alternativa que passava por dentro da cidade.

O porto de São Francisco do Sul, que também fica no Litoral Norte do Estado, não fechou balanço sobre a movimentação de cargas no período. Em novembro, o terminal atingiu o recorde na movimentação com 1.156.492 de toneladas.
Valor Econômico





Retomada do porto dá novo fôlego para Antonina


O crescimento das atividades do porto se reflete nos cofres públicos. Segundo o prefeito de Antonina, Carlos Augusto Machado, a retomada mudou a arrecadação do município, que deixaria de ganhar R$ 1 milhão por ano sem o terminal da Ponta do Félix. “No ano passado o porto estava parado. Hoje ele paga uma média de R$ 85 mil por mês de ISS [Imposto Sobre Serviço]”, afirma. O valor corresponde a 40% do ISS arrecadado por Antonina, que tem uma receita total de R$ 33 milhões por ano. “Do imposto com o porto aplicamos 26% em saúde e 25% em educação. Os outros 49% são destinados para recursos livres. Essa arrecadação acaba ajudando a prefeitura em todos os sentidos, principalmente nas pequenas obras. Toda a nossa rede pluvial está comprometida pelas enchentes de março e esses recursos são usados nessas obras”, afirma o prefeito. (OE)

Caminhoneiro gera receita o ano todo

Com o Porto de Antonina funcionando durante os dias de semana e o ano todo, empresários viram uma oportunidade de lucrar não apenas com os turistas que vêm à cidade nos fins de semana ou no verão. Durval Freire Neto, que mora a 50 metros da entrada do terminal de Ponta do Félix, onde já trabalhou, abriu uma lanchonete para servir os funcionários que trabalham no porto, mas principalmente os caminhoneiros que ficam na entrada da Ponta do Félix aguardando a vez de carregar ou descarregar.

Em vez das refeições típicas litorâneas, Freire colocou em seu cardápio pratos comuns nos restaurantes de postos de gasolina – chuleta com polenta, virado de feijão, sanduíches e outros. Cada prato custa no máximo R$ 8. “Abro a lanchonete às 7 da manhã e não fecho antes da meia-noite. Com isso tem serviço para todos da minha família”, diz.

A maioria dos hotéis da cidade foi planejada para receber turistas. Mas, segundo André José Pereira Maurício, da diretoria da Associação dos Empreen­dedores de Serviços Turísticos de Antonina (Aestur), o novo cenário está forçando mudanças. “Hoje a movimentação do turismo ainda está reduzida e, por necessidade, tivemos de nos adaptar”, diz.
Maurício é proprietário do hotel Capelista, com 20 quartos, em que a movimentação portuária durante a semana já supera a turística nos fins de semana. “Eu alugo em média cinco quartos nos fins de semana para um público mais exigente, que vem com a família e quer conforto durante todo o dia”, afirma. “Em compensação, de segunda a sexta, que eram dias parados, a lotação vive quase completa e me preocupo apenas com pernoite e café da manhã. Muito mais fácil”, compara. Os hóspedes dos dias úteis nem ligam para computador com internet ou para a “pracinha”, a área em que os visitantes podem relaxar.

Maurício cobra a mesma diária independentemente do dia da semana, e a estratégia compensou: se o empresário dependesse apenas do turismo, ele precisaria de 16 fins de semana – ou seja, quatro meses – para ter o mesmo faturamento que consegue com os pernoites de segunda a sexta no período de um mês. (OE)

A retomada do Porto de Antonina, que fecha 2011 como o melhor ano de sua história, movimentando 1,1 milhão de toneladas – 47% a mais que em 2004, no auge do porto, e quatro vezes o volume do ano passado –, está reaquecendo a economia da cidade litorânea. Empreendedores que atendiam apenas turistas estão reorientando seus negócios, de olho na geração de empregos provocada pelo terminal da Ponta do Félix.

Paulo Pacholeck, presidente da Associação Comercial e Industrial Portuária de Antonina (Acipa), estima que cerca de 40% da movimentação financeira da cidade seja resultado da atividade portuária. Na época do porto parado, a movimentação era praticamente zero e o turismo alavancava a economia. Depois das enxurradas de março de 2011, o turismo entrou em queda, mas ainda é responsável ao menos 30% da movimentação da cidade; o restante vem do dinheiro do funcionalismo público, dos pensionistas e do comércio. “O bom desempenho do porto se reflete diretamente no comércio da cidade. Se tem trabalho no porto, consequentemente há mais trabalho nos mercados, armazéns, casas lotéricas”, diz.

Empregos

Hoje, o terminal de cargas de Ponta do Félix emprega diretamente 750 trabalhadores e, indiretamente, mais 300 pessoas na cidade de quase 19 mil habitantes. Nos períodos de baixa, principalmente em 2009, o terminal chegou a ter apenas 170 trabalhadores, de acordo com Jean Rodrigues da Veiga, presidente do Sindicato dos Estivadores local. Nesse período a cidade sofreu um grande impacto financeiro negativo. “A vocação da cidade sempre foi portuária. Em 1780 Antonina já exportava erva-mate. Trabalhar no porto é o que o antoninense sabe fazer de melhor, mas entre 2008 e 2009, quando não havia trabalho, todo mundo teve de se virar”, diz Pacholeck.

Nesse período, muitos trabalhadores portuários deixaram a cidade em busca de emprego em lugares como Santos (SP) e Itajaí (SC). Os mais jovens foram tentar a sorte em Curitiba. Para quem ficou em Antonina, o jeito foi fazer bicos na construção civil, serviços de pintura para funcionários da prefeitura e para os aposentados da cidade, ou tentar arrumar um emprego no comércio.
Agora o bom desempenho do porto causa um efeito colateral na cidade: a falta de mão de obra no comércio. O empresário Wilson Clio, que está montando uma panificadora, não consegue encontrar funcionários. “O rapaz que iria trabalhar como padeiro desistiu para trabalhar no porto. Agora estou procurando um novo profissional, mas está difícil”, conta. Essa reviravolta na economia trouxe de volta muitos antoninenses que tinham saído da cidade, que também já “importa” mão de obra. O construtor Alexandre da Rosa, po exemplo, saiu de Fazenda Rio Grande (região metropolitana de Curitiba) para trabalhar em Antonina, na reforma do hospital da cidade.
Gazeta do Povo (PR)
http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/13432-retomada-do-porto-da-novo-folego-para-antonina




HP e Maersk Line assinam contrato de serviços de mais de US$ 150 milhões


são paulo - A Hewlett-Packard (HP) fechou contrato com a Maersk Line, a maior empresa de transporte de cargas do mundo, para a prestação de serviços de infraestrutura. O acordo está avaliado em mais de US$ 150 milhões e dará suporte à estratégia de crescimento da empresa, além da renovação da área de tecnologia da informação (TI) e serviços do armador. O contrato é de cinco anos e a HP ajudará a Maersk Line a tornar-se uma Empresa Instant-On, utilizando os data centers habilitados para serviços em nuvem da HP, além do HP Workplace Services para aperfeiçoar sua infraestrutura de TI. -

"A Maersk Line opera em um setor muito competitivo da indústria, que exige inovação para criar uma infraestrutura de tecnologia ágil e que necessitamos para nos mantermos líderes", disse Adam Gade, diretor de Tecnologia da Informação da Maersk Line. "O escopo global da HP, combinado com a sua experiência comprovada em padronização de tecnologia para grandes empresas, vai nos ajudar a entregar maior valor ao nosso negócio e nos dar suporte para permanecermos como a empresa de transporte de cargas mais confiável do mundo."

A HP criará um ambiente de computação em nuvem privada para aplicações distribuídas e locais usando as soluções de cloud computing da empresa. Este ambiente cria uma infraestrutura de tecnologia flexível e segura, que permite à Maersk Line se antecipar às necessidades de negócio e fortalecer a sua capacidade de competir globalmente.

A HP assumirá também a função da Central de Serviços na Maersk Line e oferecerá a solução Workplace Services para fazer a manutenção de todos os dispositivos de computação da empresa, como PCs (desktops e notebooks), para os cerca de 38 mil usuários que estão espalhados em mais de 100 países. Como parte do contrato, a HP absorverá os profissionais da equipe de tecnologia da Maersk Line.

Suporte

A HP oferecerá suporte e monitoração para a Maersk Line utilizando o seu modelo de entrega flexível e escalonável de locais globais que usam processos padronizados para suporte de baixo custo. "Como líder global no setor, a Maersk Line está realizando uma mudança significativa nos mercados e requer uma base tecnológica confiável para dar suporte a esses esforços", disse Mike Nefkens, vice-presidente sênior e diretor-geral da HP Enterprise Services para Europa, Oriente Médio e África.
"Para ajudar a alcançar a estratégia global da empresa, a HP aplicará o seu conhecimento e experiência em computação em nuvem no gerenciamento de ambientes tecnológicos complexos, permitindo que os líderes internos de TI ampliem o suporte."
DCI/bruno de oliveira
http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/13431-hp-e-maersk-line-assinam-contrato-de-servicos-de-mais-de-us-150-milhoes




Três Lagoas poderá contar com porto seco e fluvial


A Prefeitura de Três Lagoas (MS) contratou uma empresa especializada, a E3 Engenharia Ltda, para desenvolver estudos técnicos e econômicos, com a finalidade de subsidiar a administração municipal quanto à viabilidade da instalação de um Porto Seco-Entreposto Aduaneiro do Interior (EADI) e de um porto fluvial em Três Lagoas. A empresa, contratada pelo valor de R$ 149.736, terá 60 dias para apresentar o levantamento desse estudo.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Garcia de Souza, a habilitação de um porto seco é altamente viável para uma cidade importadora e exportadora, como é o caso de Três Lagoas. “Esse empreendimento vai facilitar a operação de transporte para as empresas instaladas e vai melhorar ainda mais o posicionamento da cidade no país. É um projeto altamente viável, logo, espero que o estudo comprove a sua necessidade”, ressaltou.

O diretor de Logística da secretaria, Diógenes Marques, explicou que o Porto Seco EADI é um terminal intermodal terrestre diretamente ligado por estrada, via férrea ou aérea. “É um terminal alfandegário de uso público, destinado à armazenagem e à movimentação de mercadorias importadas, ou destinadas à exportação, sendo utilizado como facilitador das operações de comércio exterior”, comentou.
Jornal do Povo
http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/13412-tres-lagoas-podera-contar-com-porto-seco-e-fluvial


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