Porto de Natal deve perder competitividade
A falta de equipamentos de segurança nas pilastras da Ponte Newton Navarro, para diminuir o impacto de uma possível colisão, pode diminuir a competitividade do Porto de Natal. De acordo com o capitão dos portos, Alan Kardec, e com o diretor técnico da Companhia Docas do RN, Hanna Safieh, sem as defensas nas pilastras será necessário adotar normais de segurança mais rígidas, com mais práticos e rebocadores, por exemplo, o que irá encarecer a operação no Porto de Natal. O custo benefício de usar a estrutura do porto será diminuído.
Alan Kardec afirma que isso se fará necessário a partir do término da dragagem. Atualmente, a dragagem está 97% concluída e em breve a Companhia das Docas do RN irá remeter uma solicitação para alterar a carta náutica, com novos parâmetros de profundidade e capacidade de receber navios de maior porte. O porto recebe hoje navios com capacidade de até 35 mil toneladas. Com o término da dragagem, essa capacidade subirá para navios de 50 a 60 mil toneladas. Essa mudança acarreta novos procedimentos de segurança. O capitão dos portos, Alan Kardec enviou na última semana um ofício relembrando o Governo do Estado acerca da necessidade de colocar defensas nas pilastras.
O diretor técnico da Codern, Hanna Safieh, afirma que haverá uma nova reunião entre a Companhia e o Governo do Estado para decidir um prazo para colocar os equipamentos necessários. "A Capitania está fazendo o seu papel de zelar pela segurança, mas nós esperamos resolver a questão antes que isso seja necessário", diz Hanna. Segundo o diretor da Codern, não é possível estimar qual seria o aumento dos custos no porto. De acordo com o projeto original da Ponte , seriam instalados flutuantes ao redor das principais pilastras. Esses flutuantes seriam estaiados, com estruturas de ferro responsáveis por fixá-los ao redor das pilastras. O detalhamento do projeto - que custa cerca de R$ 32 milhões - foi feito pelo Governo do Estado à época da inauguração.
Tribuna do Norte - Natal
http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/portos-e-logistica/13295-porto-de-natal-deve-perder-competitividade
TRT julga greve dos portuários como não abusiva
A greve dos trabalhadores portuários realizada em 21 de novembro último foi considerada “não abusiva” pelo Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região de São Paulo (TRT2), durante o julgamento do dissídio coletivo da categoria. O Tribunal determinou ainda o pagamento do dia parado e concedeu aos trabalhadores estabilidade de 90 dias. A paralisação ocorreu pelo fato de a Codesp não ter cumprido as cláusulas do acordo coletivo de trabalho negociado com o Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport).
A empresa alegou que o não cumprimento deveu-se à não autorização, por parte do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest). A reposição salarial de 9,64% vinha sendo cumprida pela estatal do porto.
No julgamento do dissídio coletivo da categoria, o advogado do Sindaport, Eraldo Franzese, ressalta que o Tribunal determinou a retirada da cláusula que impõe diferenciação na concessão de benefícios sociais aos trabalhadores, como o pagamento de gratificações, anuênios e quinquênios.
Educação
Já em relação ao auxílio-educação, uma das principais reivindicações dos trabalhadores, o TRT não se pronunciou quanto ao mérito, salientando que a matéria é de alçada exclusiva de negociação entre a Codesp e o sindicato dos trabalhadores.
Segundo o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, o não pronunciamento do Tribunal sobre o auxílio-educação provocou uma certa frustração, na medida em que esse benefício já é concedido em outros portos e era esperado com grande ansiedade pela categoria, tendo em vista que os gastos com educação sempre oneram bastante o orçamento das famílias. “Nós vamos continuar reivindicando esse benefício, pois entendemos como uma aspiração legítima dos trabalhadores portuários e que já é concedido em outros portos. Nós também temos direito”, enfatiza o sindicalista.
A Tribuna / Eraldo José dos Santos
http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/portos-e-logistica/13297-trt-julga-greve-dos-portuarios-como-nao-abusiva
Gargalo logístico à cadeia produtiva
Hamilton Picolotti é presidente da Confederação N
O cenário econômico positivo no Brasil que provocou o aumento do consumo interno e gerou novos negócios, principalmente dos últimos anos, se refletiu em avanços significativos na infraestrutura do País. Os desafios logísticos, pelo contrário, continuam a exigir do empresariado brasileiro soluções paliativas para não comprometer a saúde financeira de suas companhias. O gargalo atinge empresas de vários segmentos, mas os setores de bebidas é um dos que mais gastaram com logística no ano passado, segundo a pesquisa "Custos Logísticos 2011", do Instituto de Logística e Supply Chain. Enquanto a média geral de gastos foi de 8,5% em relação à receita líquida, o setor de bebidas gastou 12,1%. As deficiências da infraestrutura logística brasileira permeiam todos os setores de transporte. Rodovias, portos e aeroportos sofrem com a falta de investimento, afetando a demanda e elevando os gastos. - De acordo com o Banco Mundial, o custo da logística no Brasil equivale a 20% do PIB, o dobro dos países ricos. O setor de transporte rodoviário, responsável por 76% da mercadoria que transita no País, atinge praticamente todos os pontos do território nacional, mas, por outro lado, é o que apresenta preços de frete mais elevados. Embora ofereça baixos custos fixos, os variáveis são mais altos, podendo ter alteração de acordo com questões que estão na esfera pública. Alguns dos exemplos são os valores do combustível e da manutenção das vias. Com apenas 212 mil quilômetros de rodovias pavimentadas - enquanto a China e a Índia registram 1,5 milhão de quilômetros de estradas cada um -, o Brasil possui um alto custo de conservação de sua frota. Afinal, a qualidade das estradas afeta diretamente o desempenho do caminhão e influencia no prazo da troca de peças, realizadas antes do previsto. E os desafios não se restringem apenas à falta de aportes em infraestrutura.
A carência de um planejamento urbanístico das grandes cidades também tem impactado o setor. As restrições do tráfego de caminhões nos principais centros urbanos do País têm forçado as empresas a buscar novas soluções. Especialmente para companhias, cujos clientes estão no coração dos municípios, seguir rotas e horários restritos de circulação de veículos exige uma grande ginástica logística. A compra de caminhões comerciais leves ou alteração do horário de trabalho são algumas das alternativas, porém implica no pagamento de adicionais noturnos aos empregados e no aumento das equipes de segurança, além do custo do período em que o veículo fica parado. Apesar dos investimentos previstos pelo governo, as expectativas para o futuro não são tão animadoras. A escassez de fortíssimas altas no custo de mão de obra e os gargalos de infraestrutura serão somados aos aumentos de custos provocados pelo preço do óleo diesel, pedágio, caminhões e do salário dos motoristas e ajudantes. Com este cenário, o grande prejudicado será o Brasil, que perde competitividade frente aos países do mundo e encarece seus produtos com os altos valores logísticos embutidos.
http://www.dci.com.br/Gargalo-logistico-a-cadeia-produtiva-4-401953.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário