LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 15/12/2011

Fiscalização da Receita contra importação irregular de calçados terá regras mais duras

A Receita Federal vai endurecer a fiscalização na importação irregular de calçados. Até a próxima sexta-feira (16), deverão ser anunciados os novos procedimentos para o setor. Em agosto, o governo já tinha anunciado o aumento do controle nas importações de produtos têxteis e de vestuário com a Operação Panos Quentes 3.

Deverá ser firmado ainda um convênio técnico com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). O objetivo é a troca de informações entre a entidade e a Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana) para melhorar a identificação dos produtos irregulares.
Na Operação Panos Quentes 3, houve mudanças na norma de procedimentos aduaneiros, com as mercadorias submetidas a um regime especial de controle. Ou seja, os produtos passaram a ser direcionados para os canais vermelho e cinza. Com isso, as mercadorias também passaram a correr o risco de ficar retidas por 90 dias, com o prazo podendo ser prorrogado por igual período. Os procedimentos especiais são aqueles aplicados em caso de suspeita de irregularidade pelo importador.

Na importação, há quatro canais de parametrização das cargas: verde (não há conferência documental nem física da carga), amarelo (realiza-se somente a análise da documentação), vermelho (que implica a verificação documental e física) e cinza (quando há suspeita da ocorrência de fraude, situação em que a carga somente é liberada mediante apresentação de garantia pelo importador).
Agência Brasil




Governo quer criar base de exportação de autopeças no Mercosul
Marco Aurélio Garcia: "Pensamos em criar no Banco do Sul uma espécie de fundo especial para ajudar a Argentina"

A política de aumento de conteúdo nacional em setores como a produção de autopeças terá medidas para estimular a criação de bases de exportação no Brasil e na Argentina, informou ao Valor o assessor internacional da presidente Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia. Segundo Garcia, o governo brasileiro apoia a criação de um fundo para financiar fábricas no país vizinho e, para isso, Dilma decidiu apressar o envio, ao Congresso, do acordo que cria o Banco do Sul, com países do continente.

"Um dos efeitos da crise é uma desova muito grande de produtos industriais de países desenvolvidos nos mercados de países emergentes, na Argentina e no Brasil", disse Garcia, ao informar que Dilma, preocupada com os efeitos da iminente recessão mundial, quer manter relacionamento estreito com a Argentina para a atuação dos dois países no G-20, o grupo das economias mais influentes do mundo.

Em janeiro, começam a trabalhar dois grupos bilaterais, um dedicado a solucionar os atritos no comércio entre os dois países, e o outro com a tarefa de encontrar mecanismos para a "integração produtiva", em setores como aeronáutico, defesa, naval e energia, além do automotivo. O "volumoso" déficit no comércio de autopeças com o resto do mundo vai levar a uma política comum, de exigência de maior produção nacional e regional para o setor, disse Garcia.

"Queremos reduzir esse déficit em duas direções: diminuir as importações e, também, fazer com que os setores de autopeças entrem no circuito internacional de produção automobilística", afirmou o assessor. "Já existem alguns exemplos de fábricas aqui na região, que exportam peças."

A política de aumento do conteúdo nacional ou regional na fabricação de mercadorias é uma resposta também às queixas de "reprimarização" da pauta de exportação brasileira, disse Garcia. Ele ressalva que o governo vê aspectos positivos na exportação de produtos básicos, como os agrícolas, por acreditar que eles têm incorporado tenologia em sua produção.

Na impossibilidade de usar o BNDES para financiar investimentos de empresas estrangeiras fora do Brasil, o governo brasileiro se comprometeu com os argentinos em acelerar o início de funcionamento do Banco do Sul, uma instituição criada por inspiração da Venezuela, que terá capital em torno de US$ 7 bilhões, dos quais entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões poderão ser integralizados pelo Brasil.

"Pensamos em criar no Banco do Sul uma espécie de fundo especial para ajudar a Argentina nessas questões", disse Garcia, que prefere não dar detalhes, por envolverem "tecnicalidades". Segundo ele, Dilma decidiu acelerar a aprovação do banco pelo Congresso.

"Vamos mandar imediatamente o acordo de criação do Banco do Sul ao Congresso e fazer com que se possa votar o mais rápido possível o assunto", afirmou Garcia. O acordo foi aprovado pelos Congressos de Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina - o Congresso argentino aprovou o acordo em setembro, por unanimidade. Falta apenas a aprovação de mais um dos países do continente para que o banco ganhe existência legal, e, na avaliação do governo, seria politicamente inconveniente para o Brasil aprovar o banco depois do início dos trabalhos da instituição.

Os argentinos se queixam de que linhas de financiamento, como o Finame, do BNDES, dão vantagens para as companhias brasileiras no continente. Está fora de questão, até por motivos legais, estender o Finame aos vizinhos, mas o fundo no Banco do Sul poderá reduzir o desconforto na Argentina, acredita o assessor do Planalto.

Garcia espera que haja redução dos atritos na fronteira, onde a Argentina tem retido a licença de importação de carregamentos de máquinas agrícolas, alimentos e calçados por períodos bem superiores aos 60 dias autorizados pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Um grupo para discutir o tema também começará a se reunir em janeiro - o que indica que, até lá, não haverá mudanças significativas no trânsito bilateral de mercadorias

"Temos um comércio fortemente superavitário com a Argentina o que preocupa a eles e a nós também", argumentou o assessor, que tem sido interlocutor ativo com os governos vizinhos. Ele reconhece que parte das dificuldades comerciais da Argentina é fruto de políticas econômicas adotadas pelo próprio país. "Sabemos que uma das razões do superávit, que se dá em grande medida em produtos de maior valor agregado, são as transformações pelas quais a Argentina passou em décadas de políticas liberais, só revertidas nos governos Kirchner", disse Garcia.

A partir de 2015, o investimento de quase US$ 6 bilhões da Vale na produção de fertilizantes em Mendoza, na Argentina, deverá gerar exportações anuais de US$ 1 bilhão daquele país ao Brasil. "O Brasil está investindo pesadamente na Argentina", afirmou o assessor internacional da Presidência.
Valor Econômico

http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=59866





China impõe barreiras tarifárias a carros americanos


País asiático impõe tarifas para importação de carros dos Estados Unidos com potência superior a 2500 cilindradas.

O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quarta-feira (14/12) que vai levantar tarifas para barrar importações de automóveis americanos com potência superior a 2500 cilindradas.

Segundo informações da agência de notícias estatal Xinhua, as barreiras afetarão veiculos sedans e carros esportivos (SUV) vindos dos EUA.

A partir desta quinta-feira (15/12), esses automóveis terão tarifas entre 2% a 12,9%.

De acordo com o governo chinês, as montadoras americanas vêm recebendo subsídios governamentais, o que prejudica a indústria do país.

O ministério informou que as tarifas expiram em dezembro de 2013.
Brasil Econômico (redacao@brasileconomico.com.br)

http://www.brasileconomico.com.br/noticias/china-impoe-barreiras-tarifarias-a-carros-americanos_110493.html




Exportações de carne bovina aumentam faturamento em Mato Grosso

A exportação de carne bovina in natura gerou a maior receita já registrada em Mato Grosso. Nos cinco dias da segunda semana de dezembro, o Estado faturou US$ 90,2 milhões, resultando no incremento de 23,4% nas exportações. Dois fatores contribuíram para estes índices, o embarque de 16,8 mil toneladas – o maior volume exportado no ano, e a valorização do produto no mercado externo.

Em contrapartida, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações brasileiras da carne recuaram 2,8%, passando de 74,7 mil toneladas em setembro para 72,6 mil toneladas em novembro. A participação do Estado nas exportações nacionais do produto ampliou, passando de 18,2% para 23,2% em novembro.

“Os dados de novembro confirmam o que já vinha sendo observado no setor, que, apesar do volume em 2011 destinado à exportação se encontrarem em patamares abaixo da expectativa, o alto valor obtido tem feito com que a receita gerada pelos embarques alcançasse níveis históricos”, aponta trecho do levantamento semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

De janeiro até novembro, os embarques estaduais somaram 135,9 mil toneladas, queda de 12,5% em relação ao mesmo período de 2010, quando atingiram 155,3 mil. Mesmo assim, Mato Grosso faturou 16,4% a mais que no ano anterior, atingindo US$ 719,4 milhões. Resultado do aumento de 33,0% no valor da carne exportada, que passou de US$ 3.981/tonelada (em onze meses de 2010) para US$ 5.294/tonelada.

Segundo pesquisadores do Imea, as exportações sofreram uma queda brusca em julho, quando foi imposta a barreira à entrada do produto do Estado na Rússia. Desde o mês de julho, os embarques apresentaram recuperação de 109,4%, e já se encontram em patamares superiores aos do período em que anterior ao embargo.
Só Notícias/Aline Dessbesell, de Sorrisohttp://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=48479



 
Couros: exportações movimentam US$158,8 milhões


Mas a indústria curtidora está preocupada com os desdobramentos da crise econômica européia, que provocou redução de pedidos no último trimestre, e as fracas perspectivas do mercado doméstico

As exportações brasileiras de couros e peles em novembro contabilizaram US$ 158,8 milhões, com o embarque de 26,5 mil toneladas, segundo dados contabilizados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio (Secex), do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. A receita representa crescimento de 21% em relação ao mesmo mês de 2010 e uma retração de 5% em relação a outubro.

“A receita das vendas externas nos onze meses do ano foi de US$ 1,88 bilhão, elevação de 19% em relação ao período anterior, embora o volume de couros tenha caído 1%, devido aos efeitos da crise econômica mundial”, explica o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

A expectativa de faturamento do setor para este ano é de algo em torno de US$ 2 bilhões, o que será alcançado com muito sacrifício e dificuldade para as empresas curtidoras, explica Goerlich.

“A crise européia e norte-americana com os seus reflexos negativos também em nosso mais importante mercado, a China, é preocupante, por restringir o mercado externo para o couro brasileiro. E o mercado interno, de sua parte, está saturado, sem condições de absorver eventuais aumentos de oferta” diz o presidente do CICB, lembrando que as exportações respondem por dois terços do mercado do couro brasileiro.

Paralelamente, o executivo informa que o setor vem registrando uma queda no volume de pedidos no último trimestre, fator agravado pelos entraves do chamado Custo Brasil, que tolhem a competitividade industrial: excessiva carga tributária, elevadas taxas de juros, carência de linhas de crédito para capital de giro e trâmites burocráticos, dentre outros.
Para fazer frente a este cenário desfavorável, a indústria brasileira do couro, uma das maiores exportadoras mundiais, vem diversificando cada vez mais seus mercados, tratando ainda de aumentar o leque de produtos de maior valor agregado.

Um dos exemplos que ilustra este esforço concentrado é o programa Brazilian Leather, conduzido pelo CICB em parceria com a Apex-Brasil desde 2000 e que vem apresentando resultados expressivos para a visibilidade e para aumentar o valor do couro brasileiro, alavancando os negócios do setor.

“Nos últimos onze anos, a agregação de valor e a ampliação de mercados cresceram de 30% para 70%. O número de países importadores do couro brasileiro, conseqüentemente, cresceu de 68 para quase 100”, finaliza Goerlich.

Congresso Mundial do Couro supera expectativas e destaca a importância do Brasil no cenário global

A realização do primeiro Congresso Mundial do Couro, em novembro, no Rio de Janeiro, com a presença de 356 participantes, de 26 países, demonstrou a importância do Brasil como um dos destacados players da indústria curtidora internacional.

Na opinião do presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e do International Council of Tanners (ICT, sigla em inglês para Conselho Internacional dos Curtumes), Wolfgang Goerlich, “o evento superou todas as nossas expectativas, tornando-se um marco em nível mundial”.

O congresso foi organizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil em parceria com o International Council of Tanners (ICT, sigla em inglês para Conselho Internacional dos Curtumes), entidade internacional que representa mais de 80% da indústria curtidora mundial, em conjunto com a Couromoda.

O Congresso Mundial do Couro reuniu mais de 40 palestrantes e debatedores, entre personalidades, pesquisadores e líderes empresariais da cadeia mundial. Dividindo experiências, compartilhando dados inéditos e analisando mercados e oportunidades, os especialistas puderam mostrar aos participantes do congresso os caminhos mais promissores e em ascensão para a indústria do couro.

No balanço dos onze meses deste ano, China e Hong Kong, Itália e Estados Unidos foram os principais destinos do couro nacional; Brasil também aumenta embarques para Alemanha, Coréia do Sul, México, Vietnã, Hungria, Portugal, Uruguai e Espanha

De janeiro a novembro de 2011, os principais mercados do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, com US$ 562,4 milhões (29,8% de participação e aumento de 10%); Itália, com US$ 423,83 milhões (22,5% de participação e elevação de 20%); e Estados Unidos, com US$ 209,5 milhões (11,1% e crescimento de 23%).

Nos onze meses do ano, Alemanha com US$ 82,8 milhões (4,4% de participação e aumento de 63%), Coréia do Sul, com US$ 62,65 milhões (3% e 61% de crescimento), México (US$ 55,43 milhões, incremento de 46%), Vietnã (US$ 52,26 milhões, elevação de 17%) e Hungria (US$ 35,52 milhões, 131%) foram importantes destinos das exportações brasileiras.

Entre outros países que aumentaram as aquisições do produto nacional figuram Taiwan (Formosa, US$ 34,42 milhões, 100%), Portugal (US$ 21,9 milhões, 43%), Uruguai (US$ 20,82 milhões, 165%) e Espanha (US$ 15,94 milhões, 78%).


Ranking dos estados exportadores de janeiro a novembro de 2011

O Relatório do CICB informa no balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros nos onze meses do ano, em comparação ao acumulado de 2010, a liderança do Rio Grande do Sul (US$ 457,68 milhões, 24,3% de participação) como maior exportador nacional, seguido por São Paulo (US$ 409,71 milhões, 21,7% de participação), Paraná (US$ 210,94 milhões, 34%) e Goiás (US$ 171,6 milhões, 9,1%).

Os demais estados no ranking nacional são Ceará (US$ 164,86 milhões), Bahia (US$ 118,26 milhões), Minas Gerais (US$ 92,2 milhões), Mato Grosso (US$ 80,8 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 73,23 milhões) e Santa Catarina (US$ 46,47 milhões).
Secex/MDCI/CICB
http://www.beefpoint.com.br/mypoint/60846/post.aspx?idPost=3968





Como a Tramontina quer conquistar a China


Na contramão do atual fluxo de comércio internacional, a empresa pretende se consolidar no mercado chinês como fornecedora de produtos “premium”
Por Pedro Pereira

Embora tenha completado 100 anos em 2011, a Tramontina mostra que tem vitalidade para continuar em busca de novos mercados – inclusive em ambientes aparentemente inóspitos. Neste ano, a empresa entrou no mercado de seu principal concorrente mundial, a China. “Não foi uma quantidade muito grande, mas a presença lá é importante. Há um mercado crescente para produtos premium na China”, explica Clóvis Tramontina, presidente do conselho administrativo da empresa. Ele explica que o país oriental é pródigo na produção de larga escala, mas que ainda comete pecados básicos em termos de qualidade. “Para ganhar dos chineses nós apostamos em design e qualidade”, revela.

Os talheres enviados para a China, por exemplo, são de madeira tratada e podem ser colocados na lavadora de louça. “Eles não têm isso. É claro que vão copiar, mas faz parte. Precisamos estar sempre inventando. Enquanto eles estiverem copiando, não tem problema. Ganha quem for mais rápido”, acredita Clóvis.

A indústria chinesa é alvo, inclusive, de investigação pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento. No ano passado, a Tramontina solicitou que o órgão averiguasse a diferença com relação aos valores de exportação cobrados por fabricantes de outros países. A Itália, por exemplo, remete talheres aos Estados Unidos ao preço de US$ 39,22 por quilo, enquanto os chineses enviam talheres ao Brasil a US$ 3,48 por quilo.
“O governo fala em proteger o mercado nacional. O objetivo não é esse, e sim buscar as mesmas condições de competição”, explica Tramontina. Ele acredita que o governo poderia adotar critérios técnicos para liberar a entrada de outros produtos. “Tem panelas que são levadas pelo vento – e nem precisa ser nosso minuano”, brinca, para explicar que o ideal seria o cliente poder optar por produtos de diferentes preços, mas com qualidade assegurada.

Crescimento

Clóvis Tramontina se empolga ao falar dos resultados da empresa. Não é pra menos: o crescimento das vendas foi de 17% em 2011 e a receita bruta chegou a R$ 2,8 bilhões. Números que só reforçam o otimismo para 2012, quando a empresa busca um crescimento de 15% e um faturamento superior a R$ 2,3 bilhões.

Para isso, a Tramontina está aumentando a capacidade de produção de algumas unidades. Em Carlos Barbosa, a empresa trabalha na ampliação da fábrica de carrinhos de mão, que saltará dos atuais 4 mil m² e produção de 15 mil unidades por mês para 10 mil m² e 50 mil unidades por mês. Enquanto isso, em Farroupilha, a fábrica de panelas de inox receberá investimento de R$ 38 milhões para aumentar sua produção das atuais 280 mil unidades por mês para 400 mil.

Também em Carlos Barbosa, a fábrica de panelas de alumínio com antiaderente receberá, nos próximos três anos, um investimento de R$ 35 milhões para triplicar sua produção – que hoje é de 100 mil unidades por dia. A planta, que tem 40 mil m², contará com área total de 142 mil m².

Clóvis Tramontina foi o palestrante de hoje no encontro Tá na Mesa, promovido pela Federasul, em Porto Alegre.
http://www.amanha.com.br/home-internas/2814-como-a-tramontina-quer-conquistar-a-china




 
Exportação de café acumula receita de quase US$ 1 bilhão até novembro


Mais 500 mil sacas de café saíram do Porto de Vitória movimentando uma receita em novembro de mais de US$ 107 milhões. No acumulado do ano, esse valor já soma quase US$ 1 bi, aproximando-se da expectativa do CCCV.

O Espírito Santo continua desfrutando do bom ano de 2011 no que se refere à produção e exportação de café. Após superar, no fim de outubro, o volume exportado em 2010, enviando para o exterior 4.878.400 sacas do grão, o Porto de Vitória embarcou no mês de novembro mais 509.251 sacas. As informações são do relatório divulgado mensalmente pelo Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), que segue em anexo.

Foram 344.134 sacas de café arábica, 130.792 de conilon e 34.325 sacas de café solúvel exportadas no mês de novembro. Ao todo, 1.591 contêineres transportaram o volume, que gerou uma receita de US$ 107.036.242,95. O preço médio mensal da saca de 60 quilos foi de US$ 210,18, assim sendo: US$ 243,19 para o café arábica, US$ 130,51 para o conilon e US$ 182,84 para o solúvel.

Segundo Luiz Polese, presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), a expectativa é de que 2011 entre para a história da cafeicultura capixaba como o ano de maior volume exportado, com cerca de 5,8 milhões de sacas, e também de maior receita gerada, em torno de US$ 1 bilhão. O ano já soma 5.405.940 sacas exportadas, movimentando uma receita de US$ 982.767.436,90.

Em novembro, 20,66% das exportações foram destinadas aos Estados Unidos, seguidos pela Eslovênia, que importou 8,87% das sacas, e pelo México, que recebeu 8,23%. Esses são, aliás, os principais importadores do café que saiu do Porto de Vitória em 2011, com exceção da Eslovênia, que dá lugar à Alemanha
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=184882





Cai o imposto de importação de bens sem similar nacional

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu ontem o imposto de importação para 298 bens de capital e de telecomunicações e informática. Os itens, que não têm produção nacional, terão a alíquota reduzida para 2% até 31 de dezembro de 2012. O imposto original para bens de capital é de 14% e para bens de informática e telecomunicação, de 16%. A decisão visa reduzir o custo dos investimentos no país.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que preside a Camex, os investimentos relacionados à importação destes bens estão estimados em US$ 4,6 bilhões enquanto que a importação dos equipamentos deve somar US$ 570 milhões. Os produtos serão importados principalmente da Alemanha (26%), Itália (16%), Estados Unidos (13%) e Japão (11%). Os setores mais beneficiados são os de mineração, siderúrgico e de autopeças.

O MDIC informou que entre os principais projetos estão a construção de uma usina de pelotização, de um concentrador e de um novo "mineroduto", elevando a capacidade de produção para 30,5 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano; a instalação de uma nova fábrica de motores, com capacidade para produzir 120 mil unidades por ano; a implantação de um metrô monotrilho em São Paulo; uma nova fábrica de biocombustíveis; aumento da produção de pneus de engenharia civil; expansão de parque fabril de peças para veículos.
O Tempo - MG





O agronegócio segura a balança comercial – mas há luzes amarelas para 2012

Paulo Costa_Revista Exame

A balança comercial do agronegócio brasileiro continua a ser a maior responsável pelos sucessivos superávits registrados pelo comércio exterior total do Brasil. O saldo comercial do setor nos primeiros dez meses do ano (Janeiro a Outubro de 2011) totalizou US$ 65,3 bilhões, 22,7% superior ao registrado no período equivalente de 2010.

Aqui vem o primeiro sinal de alerta: na comparação entre os dois períodos, as importações cresceram mais (31,4%) do que as exportações (24,2%)! Se o total exportado foi suficiente para assegurar o bom desempenho comercial do agronegócio, temos que estudar alguns aspectos no desempenho comercial que merecem atenção, por refletirem mudanças importantes no mercado global.

Somente dois dos cinco principais grupos de produtos exportados pelo agro registraram aumento do volume (menos de 5% nos dois casos), o que significa que tal ganho é consequencia da alta dos preços desses produtos no decorrer deste ano. O próprio MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao analisar os resultados de Outubro e o acumulado de 2011 revela preocupação: “A expansão de 24,2% nas vendas totais ocorreu, fundamentalmente, em função da elevação do preço médio de exportação, que subiu em todos os principais setores exportadores do agronegócio”.

Mas os preços já estão caindo e as perspectivas para 2012 não são animadoras em vários segmentos. A cotação média de uma cesta de produtos registrou, em Fevereiro deste ano, seu maior nível dos últimos dois anos e meio, estimulando produtores do mundo todo a ampliar a área cultivada. Alguns efeitos de aumento da produção já se fazem sentir. Em Outubro, o Índice de Preços de Alimentos calculado pela FAO (U.N. Food and Agriculture Organization) atingiu seu ponto mais baixo dos últimos meses e, confirmando-se sua previsão de que a produção mundial de cereais em 2011 alcançará o recorde de 2,32 bilhões de toneladas, os preços continuarão a cair.

Depois de atingir sua cotação mais alta em Junho, o preço do milho já caiu 20%, enquanto a soja está sendo negociada a um valor 19% menor do que a cotação máxima alcançada no decorrer deste ano. Devemos recordar que o complexo soja lidera as exportações do agronegócio brasileiro. O setor sucro-alcooleiro não vai trazer boas surpresas. Os mais pessimistas esperam para 2012-13 uma safra de cana-de-açúcar tão ruim como a desta temporada que se finda. Mesmo que se recupere 10 a 12% de produção, que é o mais comentado nesta altura das projeções, os preços de açúcar estão a níveis baixos com expectativas nada animadoras. Pior é que, para o ano que entra, as importações de etanol podem superar em volume e em valores o total a ser exportado!

Temos que esperar e torcer para que a produção brasileira seja grande em tamanho novamente, o que é muito provável no caso da soja e milho (o trigo vai ser muito deficitário, como sempre) e que café, suco de laranja e os produtos pecuários continuem ajudando o agro a sustentar nossa balança. Não é hora de pânico mas as condições econômicas internacionais não tendem a ajudar nossa causa e a esperança é que os países emergentes (particularmente a China, que de emergente já tem muito pouco…) e novos mercados equilibrem um pouco uma demanda internacional que também pode cair.
http://www.porkworld.com.br/posts/post/o-agronegocio-segura-a-balanca-comercial-mas-ha-luzes-amarelas-para-2012





BRICS agirão em conjunto para atenuar efeitos da crise financeira mundial

Brasília  – Os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Antonio Patriota (Relações Exteriores), reunidos, em Genebra, na tarde de hoje com os ministros de Indústria e Comércio da China, Chen Deming, Rússia, Elvira Nabiullina, África do Sul, Rob Davies, e Índia, Anand Sharma, comprometeram-se a agir em conjunto para tentar reduzir os efeitos da crise financeira na economia mundial. Os cincos países formam o chamado grupo dos BRICS. Para os ministros, além do crescimento do fluxo comercial entre os cinco países, é preciso considerar o potencial crescente de cooperação em investimentos.

"Aprofundar e aumentar a cooperação econômica dos BRICS pode servir não apenas aos nossos interesses comuns, mas para ajudar a promover o crescimento da economia global", afirmaram em nota divulgada ao final do encontro. Os ministros ainda se posicionaram contra o protecionismo e definiram os subsídios "dados aos produtores pelas economias desenvolvidas, particularmente no setor agrícola, uma das formas mais danosas de protecionismo". Para o ministro Fernando Pimentel, a discussão realizada hoje interessa a todo o mundo diante da capacidade dos BRICS de influenciar os fluxos comerciais globais.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Casa Civil prepara nova medida provisória do Reporto por mais 4 anos

A medida provisória (MP) que estenderá o Reporto por mais quatro anos está na Secretaria da Casa Civil para publicação. A informação foi transmitida pelo ministro dos Portos, José Leônidas Cristino, durante audiência pública realizada nesta terça à tarde pela Subcomissão de Portos da Câmara Federal, em Brasília.

O Reporto (Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária) é um instrumento baixado em 2004 para garantir a redução do custo Brasil, dando maior celeridade às operações portuárias. Ele garante isenção de tributos para importação de equipamentos que movimentam cargas, desde que não existam similares no mercado nacional. Renovado duas vezes, o regime termina no dia 31.

Segundo o presidente da Subcomissão de Portos, deputado federal Alberto Mourão (PSDB-SP), “o ministro disse que conversará com o Ministério da Fazenda para incluir os redex (recintos especiais para despacho aduaneiro de exportação) na medida”. De acordo com o deputado, nada foi dito sobre a inclusão dos aparelhos doVTMIS (sistema de monitoramento de navio), um pedido pessoal de Cristino feito ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Fernando Pimentel.

O novo período em que o Reporto irá vigorar também não foi comentado no evento. No entanto, A Tribuna recebeu a informação do secretário executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Matheus Miller. Ele foi comunicado por membros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão do MDIC, de que a medida será ampliada por quatro anos.
A Tribuna

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