LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 23/12/2011

BB bate recorde no crédito a comércio exterior

Agência Estado
Os empréstimos para financiamento de comércio exterior bateram recorde histórico este ano no Banco do Brasil. No acumulado de 2011 até o dia 15 de dezembro, as operações em Adiantamentos sobre Contrato de Câmbio (ACC) e sobre Cambiais Entregues (ACE) alcançaram US$ 17 bilhões, as maiores da história do banco público. O recorde histórico anual havia sido registrado em 2007, quando foram liberados US$ 15,09 bilhões.

A previsão é que até o encerramento do mês o volume dessas linhas chegue a US$ 17,6 bilhões.

O total contratado em ACC e ACE de janeiro a novembro de 2011 teve alta de 42% na comparação com igual período do ano passado. O desempenho também é superior ao das exportações brasileiras, que cresceram 29,2% neste mesmo intervalo em relação a 2010
http://www.dgabc.com.br/News/5933262/bb-bate-recorde-no-credito-a-comercio-exterior.aspx




QUÍMICOS PODERÃO TER MAIOR TAXA DE IMPORTAÇÃO


Os produtos químicos deverão ter taxas de importação elevadas. Eles foram citados pelo ministro da Fazenda, Guigo Mantega, como possíveis integrantes da lista brasileira de artigos que terão maior imposto para entrar no País, segundo decisão tomada pelos presidentes dos países do Mercosul em reunião em Montevidéu, no Uruguai. Cada país poderá solicitar ao bloco a elevação de tarifa para 200 produtos, em até 35%, medida tomada para proteger os mercados da invasão de importados diante do cenário de crise econômica internacional. Até então, as quatro nações precisavam cobrar uma tarifa externa comum para importação de terceiros países.
Mantega citou têxteis, bens de capital e produtos químicos como áreas nas quais pode haver aumento de taxas. O Brasil importa vários químicos do mundo árabe, como insumos para fertilizantes e petroquímicos, mas o CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, acredita que é cedo para dizer se a decisão afetará a importação do mundo árabe. Isso porque a lista especificando os produtos ainda não está definida. A diretora de comércio exterior da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Denise Mazzaro Naranjo, acredita que fertilizantes e petroquímicos não terão imposto aumentado.

As importações brasileiras de produtos químicos orgânicos do mercado árabe somaram US$ 7,1 milhões entre janeiro e novembro deste ano, com itens como nimesulida, estireno, melamina, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Já as importações de químicos inorgânicos, onde estão ácidos fosfóricos, fluoretos de alumínio, ficaram em US$ 126,8 milhões de período. Há ainda outros produtos químicos que são importados pelo Brasil dos árabes e que são classificados de outra maneira - não em orgânicos ou inorgânicos - pelo governo.

Naranjo acredita que o ministro citou os produtos químicos como passíveis de aumento de tarifas em função do alto déficit comercial do setor. Entre janeiro e novembro deste ano, explica a diretora, o saldo negativo da balança do segmento estava em US$ 25 bilhões. Ela explica, no entanto, que esse déficit não ocorre apenas pela importação de produtos que causam danos ao mercado, mas também pela compra de itens necessários ao Brasil, que não são produzidos aqui. Naranjo acredita que, para definição dos artigos com aumento de tarifa, o governo consultará a indústria, por meio de preenchimento de formulários, e após a avaliação da demanda, pedirá ou não a elevação na tarifa.

Atualmente já existe uma lista de exceções tarifárias no Mercosul, de 100 produtos para cada país. Essa variação, no entanto, pode ser tanto para baixo quanto para cima. Já a decisão tomada na ultima reunião do bloco contempla apenas aumento de tarifas, temporariamente. "Ações pontuais no âmbito tarifário por razões de desequilíbrio comercial derivado da conjuntura econômica internacional", assim os países justificaram a decisão. Além disso, o Brasil tem compromisso com a Organização Mundial do Comércio (OMC) de respeitar tetos tarifários para cada produto.
Agência Anba




Brasil supera EUA nas vendas de soja para China até novembro

O Brasil superou os Estados Unidos como maior exportador de soja para a China, embarcando 19,8 milhões de toneladas no acumulado dos 11 primeiros meses do ano, alta de 6,8 por cento ante 2010, segundo dados da alfândega chinesa divulgados nesta quarta-feira.

No mesmo período, os EUA exportaram para o mercado chinês 18,75 milhões de toneladas, 0,24 por cento acima do verificado em 2010.

No acumulado do ano até novembro, a China importou um total de 47 milhões de toneladas. O país é o maior comprador mundial da oleaginosa.

No mês passado, o país importou 34,8 por cento menos da oleaginosa dos Estados Unidos do que há um ano, com a oferta da América do Sul reduzindo a participação dos EUA no mercado chinês - o Brasil colheu uma safra recorde em 10/11.

Em novembro, a China importou 2,467 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos, o que coloca os norte-americanos no caminho para reassumirem a liderança do mercado chinês em dezembro.

A mudança no mercado ocorre no início do pico das vendas dos EUA, em novembro e dezembro.

As importações chinesas do Brasil tiveram aumento de 92 por cento ante o ano anterior, com 1,33 milhão de toneladas, e as da Argentina saltaram 87,6 por cento, para 1,7 milhão de toneladas. Nesse período, as exportações brasileiras tendem a diminuir, já que o país está na entressafra.

A China importou um total de 5,69 milhões de toneladas em novembro -segundo maior nível de importação mensal já visto. Os esmagadores aumentaram as importações para reabastecer os baixos estoques domésticos, com a melhoria das margens de moagem.

Há a expectativa de que as importações de soja pela China em 2011 caíssem pela primeira vez desde 2004, devido à liberação de um largo volume de estoques de soja e óleo comestível, com Pequim buscando frear a inflação dos alimentos no primeiro semestre do ano.

A China deve importar 52 milhões de toneladas de soja em 2011, 5,1 por cento abaixo de 2010, de acordo com uma estimativa feita pelo Centro Nacional de Informação de Grãos e Oleaginosas da China. (CNGOIC, na sigla em inglês).
Agência Estado




Mercosul ressuscita e reage contra invasão estrangeira


Quando completou 20 anos, o Mercado Comum do Sul (Mercosul) passava por um de seus piores momentos, segundo analistas argentinos. Cansado de levar empurrões portenhos no comércio bilateral, o Brasil reagiu. Até então, nunca antes tinha ocorrido represália comercial tão forte do Brasil contra os “hermanos”. Foi quando ocorreu a imposição de licenças não automáticas para a importação de veículos. Embora a medida fosse aplicada a outros fornecedores, a Argentina seria o país mais prejudicado. Desde o início da união aduaneira, os dois maiores sócios do bloco regional usam mecanismos não tarifários para controlar os fluxos de comércio de produtos sensíveis. Mas, desta vez, a ampliação das licenças não automáticas afetou 21% das importações argentinas de produtos de origem brasileira. Já a decisão brasileira atingiu metade do volume de veículos importados pelo País. O impasse foi superado com a folclórica “vontade política”, uma vez que o marco institucional que o Mercosul oferece não está dando espaço de negociação esperado por seus membros. Isso foi em maio de 2011.

Pois em Montevidéu, em mais uma reunião de cúpula do grupo, a presidente Dilma Rousseff manifestou preocupação com a crise econômica internacional e com as propostas conservadoras para solucioná-la. Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai acordaram em praticar mecanismos para proteger a economia da região, diante da perspectiva de recessão global, que deve levar à escassez de crédito nos mercados externos e à fuga de capitais. Por isso, os membros do Mercosul ampliaram a lista de produtos que poderão ter a Tarifa Externa Comum (TEC) elevada para até 35%, limite máximo permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo Dilma Rousseff, a crise que reduz a demanda da indústria manufatureira dos países asiáticos tem provocado, junto com a desvalorização cambial, uma ameaça para a indústria regional. De fato, o bloco precisa de mais parceiros, defendeu Dilma, numa alusão ao pedido de adesão da Venezuela como sócio pleno, aspiração que está parada no Senado do Paraguai, um dos assuntos debatidos durante a cúpula. É fundamental incorporar países do porte da Venezuela, pois fortalecerão o bloco e é algo estratégico do ponto de vista da economia e da geopolítica internacional. O Mercosul criou um mecanismo novo, pelo qual poderá tomar decisões imediatas, com vistas a proteger determinados setores de importações consideradas prejudiciais à indústria local. Atualmente, a tarifa de importação média aplicada para produtos de países de fora do Mercosul é de 13%. Com a lista, os sócios poderão elevar a tarifa para até 35%. O novo mecanismo deve proteger a indústria nacional dos países-membros da concorrência, por vezes, desleal dos produtos procedentes do Sudeste Asiático, sobretudo da República Popular da China. Os produtos chineses têm ingressado no Brasil e demais países da região com uma vantagem competitiva impossível de ser batida, sobretudo em virtude do câmbio fixo adotado por aquele país. É que a cotação do yuan está em patamares excessivamente baixos, além dos incentivos concedidos pelo governo chinês aos seus exportadores.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=82153





Exportação de mel atinge US$ 65,23 milhões em 2011

De janeiro a novembro, o país enviou ao exterior 20,6 mil toneladas de mel, com receita de US$ 65,2 milhões. Os números demonstram aumento de 24,1% em valor e 17,8% em peso, em relação ao mesmo período de 2010, segundo levantamento do Sebrae. O preço médio pago pelo produto exportado foi de US$ 3,16/kg, crescimento de 0,6% na comparação com o ano passado.

São Paulo lidera a lista dos estados brasileiros exportadores, com 5,3 toneladas, ao preço de US$ 3,19 o quilo e valor total de US$ 16,9 milhões. Em segundo lugar vem o Rio Grande do Sul, com 3,9 toneladas, US$ 3,08 o quilo e US$ 12,1 milhões. Em terceiro, aparece o Ceará, com 3,6 toneladas, US$ 3,14 o quilo e US$ 11,5 milhões. O Piauí está em quarto lugar, com 3,3 toneladas e US$ 10,9 milhões. Este estado foi o que conseguiu vender o mel por melhor preço, US$ 3,23 por quilo.

O resultado reflete a realidade da Cooperativa Mista dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Coomapi), no Piauí. A produção de mel saltou de 176 toneladas, em 2010, para 400 toneladas, em 2011. Para o gerente administrativo da Coomapi, Paulo José da Silva, o crescimento decorre de mudanças internas como aumento da florada, melhoria técnica por parte dos produtores brasileiros e crescimento do consumo do alimento pelos brasileiros.

Paulo também aponta aspectos externos. Recentemente, a União Europeia, por meio de uma norma, proibiu a entrada, nos países membros, de produtos geneticamente modificados, a exemplo do milho e da soja. A medida, segundo ele, possibilitou maior abertura de mercado a produtos que não enfrentam esse tipo de problema, como o Nordeste brasileiro. Nosso mel é de produção orgânica e silvestre, destaca.
Conexao Maritima




Paranaguá vai exportar trigo paranaense na entressafra


O Porto de Paranaguá (PR) readequou a operação do corredor de exportação para atender aos produtores paranaenses de trigo neste final de ano. De acordo com a Appa (Admnistração dos Portos de Paranaguá e Antonina), as adaptações logísticas no terminal foram determinadas pelo governo do Paraná.

Ajustes - Durante o período de entressafra, nos meses de novembro, dezembro e janeiro, o Corredor de Exportação do Porto passa por manutenção. Mas, para atender ao pedido dos cerealistas, serão feitos os ajustes que permitirão o escoamento do trigo.

Em uma primeira etapa serão exportadas 60 mil toneladas de trigo da Associação das Empresas Cerealistas do Estado do Paraná (Acepar). Já está previsto o embarque de mais 40 mil toneladas de trigo a serem exportadas por outra cooperativa paranaense.

De janeiro a novembro, o Porto de Paranaguá exportou 682 mil toneladas de trigo. No ano passado, foram 734 mil toneladas e a expectativa é que, com as movimentações dos produtores paranaenses neste fim de ano, o porto ultrapasse essa marca na exportação do produto.

O trigo paranaense que será exportado ficará no armazém 12, que acaba de ser reformado pela Appa. Foram cumpridas todas as normas exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tornando o armazém apto a prestar serviços de armazenagem de cargas de alimentos e matérias-primas utilizadas na indústria de alimentos.
Conexao Maritima




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