Apex-Brasil realiza rodadas de negócios
CURITIBA - A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promoveu quase 150 encontros de negócios entre oito comerciais exportadoras do Projeto Brasil Trade e 30 micro e pequenas indústrias do Paraná e região durante o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex Mercosul), realizado em Curitiba, nos dias 1º e 2 de dezembro pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A Apex-Brasil também participou do evento com um estande para atendimento às empresas, em que foram apresentados os serviços e produtos oferecidos pela Agência
A Apex-Brasil participou, ainda, de dois painéis de discussão durante o Encomex Mercosul. O primeiro, sobre a atuação da Rede Ibero-americana de Organizações de Promoção de Comércio Exterior (RedIbero), presidida pela Agência. As ações e estratégias da organização foram apresentadas pelo supervisor da Unidade de Cooperação e Articulação Internacional da Agência, Mauro Rocha, com a participação de representantes da Fundación ExportAr, da Argentina, da Uruguay XXI, do Uruguai, da Rediex, do Paraguai e da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). “A RedIbero é um espaço importante para a discussão e troca de experiências entre as agências de promoção da região”, disse Mauro Rocha.
O coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex-Brasil, Marcos Lélis, e o gerente do Setor de Integração e Comércio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Antoni Estevadeorda, debateram cenários e perspectivas de negócios para a América do Sul. Segundo Lélis, o atual crescimento dos preços das commodities traz uma forte entrada de divisas para os países latino-americanos, que faz bem às economias, mas traz também a valorização cambial, que apresenta desafios ao setor de manufaturas. “O caminho para enfrentar o desafio de aumentar a agregação de valor e tornar as economias da América do Sul mais competitivas passa pela integração das cadeias produtivas dos países e pela intensificação do comércio intra-regional, medidas que qualificam melhor a pauta exportadora, fortalecem os mercados e os protegem contra outros concorrentes, como a China”, analisa.
Brasil Trade
As rodadas de negócios promoveram a aproximação entre as empresas paranaenses (que, em sua maioria, ainda não exportam) com comerciais exportadoras que já atuam no mercado internacional. “O objetivo é promover um encontro de interesses em que as comerciais exportadoras ajudarão as indústrias a adequarem seus produtos ao mercado internacional e a concretizar suas exportações”, explica o coordenador de Projetos Especiais da Apex-Brasil, Maurício Manfré.
A comercial exportadora Magplast, por exemplo, se reuniu com empresas da região que ainda não exportam, mas têm produtos adequados e interessantes para mercados específicos. “Conhecemos um fabricante local de cosméticos com boa qualidade, boa apresentação, devidamente registrados na Anvisa e adequados a mercados como o angolano”, informa o diretor da Magplast, Marcelo Rollemberg. Segundo ele, a empresa tem capacidade e perfil para exportar, mas ainda não está no comércio exterior por falta de conhecimento dos mercados. “É aqui que entramos com nossa experiência internacional e com as oportunidades de negócios que poderemos gerar por meio dos nossos contatos em diversos países.
Essa é uma pequena indústria que poderá começar a exportar em breve e, no futuro, até se instalar em outro país”, avalia Rollemberg, que espera negociar também móveis e produtos de papel reciclado a partir dos contatos feitos em Curitiba.
A Magplast participa do projeto Brasil Trade desde quando este foi criado, em 2008, e já esteve em mais de 20 rodadas de negócios organizadas pela Apex-Brasil em vários estados brasileiros e em países como Angola, África do Sul e Dubai. É uma das empresas instaladas no Centro de Negócios de Miami, de onde busca redes de varejo norte-americanas para produtos específicos como o guaraná em pó da Amazônia.
A AG Intertrade, empresa de Curitiba especializada em exportação de madeira e materiais de construção, também participou da rodada e fez contato com várias indústrias ainda não exportadoras. “Gostamos muito do produto de uma fabricante de mangueiras, tubos e conexões plásticas, com a qual poderemos vir a trabalhar”, disse a representante da comercial exportadora, Cláudia Gil.
A curitibana SBS possui, entre seus clientes, fabricantes de todo o Brasil e exporta alimentos, cosméticos e têxteis para Equador, Bolívia, Panamá, Estados Unidos, Ilhas Maurício, Moçambique, África do Sul e Kuwait. “Nas rodadas de negócios, fazemos contato com empresas que querem apenas nos vender seus produtos para exportarmos e também com aquelas que querem uma assessoria para ingressar no mercado internacional. Oferecemos os dois serviços, dependendo do produto e do perfil da empresa”, explica o diretor da SBS, Luis Augusto Cordeiro, que, no encontro do Encomex Mercosul, fez prospecções de negócios que espera concretizar nos próximos meses.
A fabricante de cosméticos La Vertuan, de Santa Catarina, participou da rodada em busca da primeira exportação. “Estamos nos preparando para exportar com apoio do MDIC e de uma universidade e ainda não conhecíamos esse modelo de reunião”, disse a diretora de Marketing Liana Vertuan. “Foi uma boa surpresa poder fazer cinco reuniões na mesma tarde sem ter que visitar cada uma das comerciais exportadoras”. A La Vertuan produz cosméticos que aliam tecnologia com princípios ativos naturais e investe em uma linha com apelo exótico para o mercado exterior. “Estamos desenvolvendo novos produtos com ingredientes amazônicos como guaraná e açaí, adequando embalagens e já registramos no INPI uma nova marca que será usada no mercado externo”, informa a empresária, que saiu da rodada com a perspectiva de fechar contrato com uma das comerciais exportadoras do Brasil Trade.
Balança Comercial
O Encomex Mercosul foi aberto pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, que afirmou que “o Mercosul é uma realidade e precisa ser fortalecido, desenvolvido e protegido”. Ele disse ainda que, há vinte anos, antes dos acordos comerciais, “a pauta de exportação brasileira nos países do bloco econômico era fraca e tímida, e hoje é possível ver ganhos concretos”.
Os números da balança comercial brasileira foram analisados em entrevista coletiva durante o evento em Curitiba por Alessandro Teixeira e pela secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres. As exportações brasileiras em novembro (US$ 21,8 bilhões) registraram recorde na comparação com os resultados anteriores para este mês. As importações (US$ 21,2 bilhões) também bateram o recorde da série histórica de novembro, assim como a corrente de comércio (US$ 43 bilhões). O saldo comercial foi de US$ 583 milhões no período, o dobro do valor aferido em novembro do ano passado (US$ 291 milhões).
http://www.netmarinha.com.br/NetMarinha-Noticias.aspx?action=detail&k=751&Apex-Brasil-realiza-rodadas-de-negocios-
Renault e Electrolux apostam na América do Sul
CURITIBA - Durante o Encontro de Comércio Exterior, realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em Curitiba, foi apresentado o painel "A Contribuição do Comércio Intra e Extrabloco para o Crescimento Econômico do Mercosul" com a participação da Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, do Diretor de Relações Institucionais, Governamentais e RSE da Renault Nissan, Antonio C. Prataviera Calcagnotto e do Gerente de Negócios Internacionais da Electrolux do Brasil, Celso Ronaldo da Silva
Cibele Balaci
Representantes da Renault e Electrolux junto com Tatiana Prazeres do MDIC
O Grupo Renault é o maior exportador do Paraná e terceiro maior do Brasil, já faturou 5 bilhões de dólares em importações e exportações em 2011. A fábrica em São José dos Pinhais, será ampliada e a meta é produzir 360 mil veículos por ano, cem mil à mais do que a produção atual. Antonio Calcagnoto afirmou que a aposta é no intercâmbio comercial, disse que a internacionalização da fábrica brasileira é crescente, importa peças e exporta motores para os carros que rodam no mundo todo. Também estão sendo desenvolvidos motores elétricos, lançados no exterior a preços acessíveis, com exceção do mercado brasileiro, que estará circulando por aqui provavelmente em 10 anos. O Brasil é o terceiro mercado da Renault, depois de França e Alemanha.
Antonio Calcagnoto também falou de dificuldades, mencionou que as importações da Argentina, principal comprador na América do Sul, instituiu o licenciamento não automático, atrasando em 60 dias a entrada dos carros brasileiro no mercado vizinho. Antonio enfatizou que o custo logístico em todos os modais é o que mais incomoda, e contribui para o custo de produção de um automóvel no Brasil ser mais do que o dobro do custo do mesmo produzido na Romênia.
Celso Ronaldo da Silva, da Eletrolux, apresentou dados atuais da indústria de eletrodomésticos, com faturamento de 15 bilhões de dólares anuais e 40 milhões de produtos ao ano, vê a América Latina como um mercado em expansão. Há 10 anos, a América do Sul respondia por 8% do faturamento da empresa, em 2011 já representa 20% e a meta é crescer mais 20 % ao ano no continente.
Celso falou da evolução no desenvolvimento de produtos da marca, atualmente os refrigeradores Eletrolux consomem 70% menos energia do que há 15 anos atrás. Também comentou sobre a internacionalização da empresa sueca, que em 1990 só vendia no Brasil produtos fabricados no exterior e hoje possui fábricas no Brasil, Chile e Argentina.
http://www.netmarinha.com.br/NetMarinha-Noticias.aspx?action=detail&k=756&Renault-e-Electrolux-apostam-na-America-do-Sul
Vendas para exterior crescem 37% em Sinop; soja lidera ranking
Só Notícias/Karoline Kuhn
As exportações de produtos sinopenses para o mercado exterior resultaram, entre janeiro e outubro, em US$ 137,6 milhões em negócios (37,41% a mais em relação ao mesmo período de 2010), segundo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sendo que 69,36% do montante contabilizado é resultado da venda de soja (grãos incluindo triturados), o que corresponde a US$ 95,4 milhões.
Só Notícias apurou que são pelo menos 17 produtos industrializados em Sinop exportados - grãos, carnes e madeiras. O milho é o segundo mais vendido com negócios que chegam a R$ 20,9 milhões. Na relação, há também as carnes desossadas de boi, com US$ 11,3 milhões; tripas do animal, com US$ 2,2 milhões e, outras miudezas comestíveis de bovino, com US$ 1,6 milhões.
A China é o principal comprador com negócios que totalizaram US$ 68,7 milhões. Em seguida, aparece a Tailândia, com US$ 9,5 milhões. Irã e Rússia compraram US$ 6,3 milhões cada. Já Hong Kong e Taiwan totalizam US$ 5,6 milhões cada uma. A relação tem ainda mais 23 destinos.
Os números dos negócios de novembro ainda serão divulgados pelo ministério.
http://www.sonoticias.com.br/noticias/2/140792/vendas-para-exterior-crescem-37-em-sinop-soja-lidera-ranking/
Audiência pública discutirá quarta-feira a implantação e funcionamento de ZPEs
Empresas a serem instaladas nas ZPEs poderão sofrer efeitos da crise, alerta Miguel Corrêa.A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio realiza audiência pública nesta quarta-feira para debater a implantação e o funcionamento das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). A reunião visa a discutir o regime das ZPEs no Brasil e suas limitações, apresentando informações sobre a situação atual destas entidades no País. Segundo o autor do requerimento da audiência, deputado Miguel Corrêa (PT-MG), a Comissão buscará o entendimento e a convergência das propostas apresentadas pelos Poderes Legislativo e Executivo para a efetiva implantação e funcionamento das ZPEs.
Miguel Corrêa afirma que a atual conjuntura econômica internacional “tem imposto enormes desafios ao setor produtivo nacional e as empresas a serem instaladas nas Zonas de Processamento de Exportação não estão imunes a estes desafios”.
Ele lembra que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, declarou publicamente que já estão em andamentos estudos para a revisão da Lei das ZPEs. Ao mesmo tempo, diz Corrêa, vários parlamentares apresentaram proposições legislativas exatamente para alterar as regras para implantação de ZPEs, bem como para a criação de novas ZPEs.
Foram convidados para a audiência:
-o subchefe adjunto da Subchefia da Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidênca da República, Aldemar de Miranda Torres;
-o secretário adjunto da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Dyogo Henrique de Oliveira;
- a diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentável do
Ministério do Meio Ambiente, Laura Silvia Valente de Macedo;
- o diretor do Departamento de Temas Econômicos e Especiais da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ernesto Carrara Júnior;
-o diretor de Prospecção, Normas e Análise dos Fundos do Ministério da Integração Nacional, José Wanderley Uchoa Barreto;
-o secretário-executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Gustavo Saboia Fontenele e Silva.
Agência Câmara de Notícias
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/INDUSTRIA-E-COMERCIO/206398-AUDIENCIA-PUBLICA-DISCUTIRA-QUARTA-FEIRA-A-IMPLANTACAO-E-FUNCIONAMENTO-DE-ZPES.html
Exportação de carne de frango sobe 23,5% no ano, para US$ 766 milhões
SÃO PAULO - As exportações de carne de frango do país alcançaram 358,7 mil toneladas e renderam US$ 766,3 milhões em novembro, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef). O volume embarcado cresceu 12,1% em relação ao mesmo mês de 2010, enquanto a receita foi 23,5% maior em igual comparação.
Com os resultados de novembro, os embarques somaram 3,59 milhões de toneladas nos primeiros onze meses de 2011, 2,51% acima que no mesmo período do ano passado. Já o faturamento apresenta crescimento de 21,4% nesta relação. A expectativa da Ubabef é que as exportações de carne de frango totalizem 3,9 milhões de toneladas neste ano, 2,7% mais que em 2010, e registrem faturamento de US$ 8,2 bilhões, alta de 20,6%. Se confirmados, nas duas frentes serão quebrados novos recordes históricos.
“Apesar dos sérios problemas enfrentados pelo setor, como a greve no Porto de Itajaí, o embargo russo e a redução nos embarques para alguns mercados, a qualidade do frango brasileiro e a excelência do nosso status sanitário permitiram ao país alcançar um bom desempenho das exportações”, afirma Francisco Turra, presidente-executivo da Ubabef, em comunicado. Para 2012, Turra prega cautela, tendo em vista a crise financeira em países desenvolvidos, sobretudo europeus. Mas espera que o ritmo de crescimento observado em 2011 se repita.
Valor Econômico
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=59408
Brasil exporta 4,5% mais farelo de soja de janeiro a novembro ante 2010
O Brasil exportou 1,2 milhão de toneladas de farelo de soja em novembro, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O faturamento chegou a US$445,9 milhões.
O volume foi 13,1% menor que o embarcado em outubro, mas aumentou 13,6% na comparação com novembro do ano passado. A receita por sua vez diminuiu 18,2% em relação a outubro, mas foi 6,7% maior que o registrado em novembro de 2010.
No acumulado de janeiro a novembro deste ano, o país exportou 13,35 milhões de toneladas de farelo de soja, 4,5% mais que em igual período de 2010. O preço médio da tonelada do produto exportado no último mês ficou em US$371,00, frente a US$395,00 em outubro.
No mercado interno, segundo levantamento da Scot Consultoria, a tonelada do alimento está cotada, em média, em R$667,00 em São Paulo.
http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=48253
De olho em demais regiões mundiais, Mercosul deixa de estreitar relações com América Latina
“Crise de identidade” ainda não parece resolvida no bloco e foi discutida nos painéis do Encomex
Para aumentar e diversificar suas opções e possibilidades de acesso ao mercado exterior, o Mercosul sabe que não pode se resumir a firmar novos acordos de redução de barreiras tarifárias só com regiões vizinhas ao Cone Sul. O bloco, portanto, busca aproximações para além do continente, de olho em mercados do Oriente Médio, Europa e Ásia.
Entretanto, vinte anos após a formação do bloco, seus países-membros (Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil) ainda não entraram em um consenso sobre se essa expansão deve ser acelerada ou se antes deve-se priorizar diminuir as disparidades internas do bloco. A primeira tese é defendida pelo Brasil e Argentina, enquanto uruguaios e paraguaios seriam os beneficiados pela segunda. A entrada de produtos estrangeiros de outros blocos na região do Mercosul impediria que a indústria das economias mais frágeis pudessem se desenvolver devido à forte concorrência.
Essa “crise de identidade” ainda não parece resolvida no bloco, que este ano chega aos vinte anos, foi discutida nos painéis do Encomex (Encontro de Comércio Exterior) Mercosul. O evento, realizado entre a última quinta e sexta-feira (01/12 a 02/12), reuniu representantes dos quatro países para debater as perspectivas do bloco após 20 anos de sua fundação.
MDIC/Divulgação
Evento em Curitiba debateu as perspectivas do Mercosul após 20 anos de sua criação
Na reunião, os representantes do Paraguai, por exemplo, afirmam que não têm interesse em aceitar novas adesões para o grupo, preferindo "fortalece-lo" antes. A entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul depende exclusivamente da aprovação do senado paraguaio, após ter sido aprovada por todos os outros três integrantes.
"Existe uma intenção clara de fortalecer o Mercosul e integrar as cadeias produtivas dos países membros", afirmou Sebastian Bogado, adido comercial do Paraguai no Brasil, em entrevista ao Opera Mundi. "A gente quer atrair investimento estrangeiros de todos os países, é claro, mas principalmente do Mercosul", completou.
Pró-expansão
Mas os outros membros das economias mais fortes permanecem atentos aos outros mercados. O comércio entre Canadá e Mercosul, por exemplo, foi tema único de um painel no Encomex, onde se ressaltou boa relação comercial entre as partes nos últimos anos e as perspectivas de negócios daqui pra frente.
Os números exemplificam ainda mais a intenção do Mercosul em comercializar com outros continentes. Estima-se que as exportações entre Mercosul e o restante do mundo, excluindo a América Latina, deverá crescer 3,7% em cinco anos.
América Latina
Na América Latina, o Mercosul possui acordos com as demais nações. No entanto, muitos desses contratos foram firmados ou idealizados por apenas um de seus membros, antes mesmo de o bloco ser criado. Com a criação do grupo, esses acordos apenas foram adaptados para atender seus quatro integrantes.
No comércio da região latina, alguns países contestam as barreiras impostas principalmente por Argentina e Brasil. "Há barreiras ainda, não negamos. Mas seguimos trabalhando juntamente com os países do bloco para derrubar essas barreiras", afirmou Mercedes Rial, técnica do Departamento de Promoção Comercial e Desenvolvimento de Competitividade da ALADI (Associação Latina Americana de Integração).
A relação do Mercosul com a própria América Latina foi tema também da palestra de Natalia Fingermann, coordenadora do Curso de Bacharelado em Relações Internacionais do Centro Universitário Senac.
Em entrevista ao Opera Mundi, Natália afirmou que o empresário brasileiro prefere comercializar com a Europa ou com os Estados Unidos a ter que se virar para seus vizinhos territoriais.
"Talvez isso mude com essa crise financeira que não acaba nunca. Mas é realmente uma questão cultural do empresário brasileiro. Ele nem se preocupa em aprender o espanhol, pois acha que é uma obrigação eles entenderem o português. Quando você quer investir em um mercado é muito importante você ter o domínio do idioma, ainda mais porque o espanhol é falado por toda a região da América Latina. Sinto que falta uma vontade brasileira em se aproximar dos países da América do Sul", apontou.
Enquanto os países do Mercosul se aproximam de regiões em crise ou potencialmente mais próximas ao epicentro do desastre econômico que aflige a Europa e os Estados Unidos, a solução pode estar em seus próprios vizinhos continentais. Para isso, no entanto, precisa estreitar as relações na região.
"A solução para isso é investir mais no intercâmbio de pessoas entre esses países. Tanto por meio de universidades como por empresas para que essas barreiras sejam rompidas", concluiu Natália.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/18327/de+olho+em+demais+regioes+mundiais+mercosul+deixa+de+estreitar+relacoes+com+america+latina.shtml
Incremento de 51% nas exportações do setor da borracha
O setor da borracha no Rio Grande do Sul exportou US$ 341 milhões nos nove primeiros meses do ano, o que representou um incremento de 51% na comparação com igual período de 2010, segundo informou o presidente do Sinborsul e do grupo Vipal, Arlindo Paludo. Os pneumáticos participaram com 44% do total das vendas, com US$ 151 milhões, liderando a pauta os pneumáticos para motocicletas. O principal destino foi a Argentina, com US$ 38,8 milhões, sendo os pneumáticos para ônibus e caminhões o principal produto. Já as exportações de matéria-prima de borracha totalizaram US$ 182 milhões (53% do total das vendas), sendo o principal produto a borracha de estireno-butadieno em forma primária. O principal destino foi os EUA, com US$ 67 milhões. Finalmente, as exportações gaúchas de artefatos de borracha atingiram US$ 8 milhões nos três primeiros trimestres de 2011, liderando as vendas, como principal produto, o item outras obras de borracha vulcanizada não endurecida, do qual a Argentina foi o principal importador, com US$ 2 milhões.
Borracha II
O resultado é inferior quando as vendas são medidas em reais, em função, principalmente, da valorização do câmbio no período. Por este critério, o crescimento de 51% se reduz para 30%. Por outro lado, os principais indicadores deixam claro o processo de desaceleração do setor de borracha do Estado nos últimos meses, refletindo o desaquecimento global da economia. O nível de atividade registrou queda de 1,44% nos primeiros nove meses do ano, principalmente pela retração nas variáveis relacionadas ao mercado de trabalho, como emprego, horas trabalhadas e massa de salário. Embora o faturamento do setor ainda apresente taxa de crescimento de 2,3% no período de janeiro a setembro de 2011, a desaceleração é acentuada. Após a queda de 17% no período da crise de 2008/2009, o setor se recuperou e terminou o ano de 2010 com 21% de expansão. Desde então, porém, o faturamento entrou em declínio e, em 12 meses, está com expansão de 4,7%. Além da menor atividade econômica interna e externa, outro motivo para o decréscimo é a elevada base de comparação que foi o resultado do ano passado, conclui Paludo.
Vaquinha Mimosa
Pode ser um pouco desumano, mas os tempos da vaquinha Mimosa morreram. Vaca tem é que dar leite e, quanto mais, melhor. Cada vez mais a mecanização e automação tomará conta das fazendas de leite e tem que ser assim, não só por falta de mão de obra, mas porque os produtores precisam aumentar a produtividade, ganhar dinheiro e tornar a propriedade atrativa para que seus filhos não abandonem o campo. O ponto de vista é de Leandro Einsfeld, diretor-geral da Sulinox, empresa de equipamentos para o setor leiteiro, informando que, em 2012, a empresa deverá lançar novos equipamentos destinados a aumentar a produtividade e os lucros dos produtores de leite. O executivo disse que tem “sonhos muito grandes para 2012”.
Soja
Para preocupação dos produtores, os preços da soja estão contidos na Bolsa de Chicago, cuja movimentação determina o valor do grão no mundo. A tendência, inclusive, é de baixa. Mas o Brasil, que está plantando nova safra, vendeu muita soja da safra anterior, em novembro. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o País embarcou 1,759 milhão de toneladas de soja para o exterior em novembro. Em 2010, no mesmo mês, embarcamos apenas 301 toneladas. “Nunca na história o Brasil exportou tanta soja em novembro como agora em 2011”, segundo Daniele Siqueira, analista de mercado da Farias Toigo Capital Corretora.
Rolha
A empresa portuguesa produtora de rolhas Juvenal Cortiças comemorou 10 anos de instalação no Brasil, entre as cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi, na Serra gaúcha. Enólogos e produtores de vinhos participaram de um jantar com o presidente do grupo, Henrique Ribeiro, que veio especialmente de Portugal.
Soldadores
A Refap, que recebeu importante financiamento para as novas instalações de retirada do enxofre do combustível que produz, destinou grande cifra para a formação de soldadores e caldeireiros, mão de obra inexistente no Estado, e que tinha que ser preparada em outros estados. Um projeto já está em andamento e, hoje, às 16h, na refinaria, será assinado convênio com a Escola Técnica José César de Mesquita, de Porto Alegre, para a formação de mais soldadores e caldeireiros, segundo o diretor Vicente Rauber.
Vinhas velhas
O que poderá ser um dos melhores vinhos da vinícola Almadén, de Livramento, ainda não chegou ao mercado e já ganhou Medalha de Prata no IV Concurso Internacional Tannat al Mundo, realizado entre os dias 28 e 30 de novembro, em Montevidéu. O Almadén Vinhas Velhas Tannat 2010, que será lançado em 2012, um projeto pessoal do enólogo Adriano Miolo, com as primeiras vinhas plantadas pela National Distillers, em Livramento, há 35 anos, inaugurando a Região da Campanha para a moderna vitivinicultura brasileira, concorreu com tannats do mundo inteiro. Outro tannat da Miolo, o Reserva Tannat 2010, também da Campanha, teve melhor sorte, ganhou Medalha de Ouro, mas esta questão entre os dois o tempo vai decidir. A Miolo foi a única empresa de fora do Uruguai que recebeu distinção.
Intercâmbio
O grupo de agências de intercâmbio S7 Study vai participar, dos dias 5 a 7, em Miami, do ICEF Workshop. O evento reúne escolas de idiomas e agências selecionadas pelo International Consultants for Education and Fairs. O convite para participar da edição americana ocorre poucos meses após o lançamento da quarta agência especializada do grupo, a Estados Unidos Brasil. “Para os três dias de evento, já temos 38 reuniões agendadas com instituições de ensino dos dois países”, informa o sócio-diretor Sandro Saltz, que irá a Miami. Atualmente, a Estados Unidos Brasil oferece cursos em 18 escolas e a Canadá Travel possui parceria com 32.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=80417
O curinga no jogo entre Brasil e Argentina
O encontro entre as presidentes Dilma Rousseff, do Brasil, e Cristina Kirchner, da Argentina, no fim da semana, em Caracas, resultou nessa nova sigla, que terá uma coloração nova para as empresas habituadas a outras siglas já vistas nesses últimos 25 anos de aproximação entre os vizinhos. O Mecanismo de Integração Produtiva inventado pelas chefes de Estado traz ecos remotos do Pice, o Programa de Integração e Cooperação Econômica com que os então presidentes José Sarney e Raúl Alfonsin ensaiaram, em 1986, a anunciada integração das duas economias.
O Pice foi embrião do Mercosul, que seria impulsionado anos depois pelos sucessores Fernando Collor e Carlos Menem, e já previa a identificação de setores complementares nas duas economias e estímulo governamental para coordenação das cadeias produtivas dos dois países - ideia que não sobreviveu às políticas de mercado que vieram a seguir. O governo Lula ressuscitou o tema em 2003. Chegou a criar um "Programa de Substituição Competitiva de Importações" (outra sigla, o PSCI) para estimular a compra, por empresas brasileiras, de insumos e componentes nos países vizinhos, com quem o Brasil tem crônico superávit no comércio.
O PSCI pouco contribuiu para aumentar as compras brasileiras de bens argentinos, embora seu uso constasse do pacote de anúncios e 14 acordos que marcou a primeira viagem de Dilma como presidente ao exterior, para a Argentina, em fevereiro. As estratégias das montadoras de automóveis ainda são o maior motor do comércio bilateral, no qual o setor automotivo tem mantido uma participação próxima a 40%. Atrás das compras de autos, peças e partes vêm as compras de trigo, as quais não se pode atribuir a nenhum esforço competitivo de substituição de importações.
Dilma e Cristina Kirchner buscam suavizar atritos
Dilma levou em sua bagagem para Caracas uma lista de queixas pela demora argentina em liberar produtos como calçados, máquinas agrícolas e alimentos nas aduanas, com retenções de produtos acima dos 60 dias permitidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Levou também a convicção de que o Brasil, em geral, vem ganhando no comércio bilateral, o qual já acumula um superávit, neste ano, de quase US$ 5,4 bilhões em favor dos exportadores brasileiros. O governo brasileiro não quer briga com a Argentina, mas a discricionariedade nas alfândegas torna esquisita qualquer conversa de "integração de cadeias produtivas".
Há semanas, acabou em frustração o que pareceu, a princípio, ser sinal de boa vontade do governo Kirchner, ao enviar, antes da posse, o novo embaixador argentino para Brasília, Luis Maria Kreckler, e o secretário de Indústria, Eduardo Bianchi. Duríssimas, as autoridades argentinas não cogitaram baixar barreiras a produtos do Brasil e levantaram sua própria listas de queixas, apontando os pés de barro brasileiros, que mantêm restrições burocráticas também para produtos como pêssegos e vinhos.
O tom de beligerância chegou a ameaçar o começo da reunião entre Dilma e Cristina, na sexta-feira, quando a presidente argentina deu a palavra à ministra do Comércio, Débora Giorgi, que se queixou das retenções de automóveis do país nas alfândegas brasileiras. Dilma contemporizou, deixando claro que quer soluções, não problemas. As duas presidentas, que terminaram o encontro aos sorrisos, delegaram mais uma vez aos técnicos a tarefa de resolver a encrenca, em curto prazo.
A poucos dia da posse como presidente reeleita, Cristina não revelou até hoje quem mandará em sua política econômica, e os principais atores nessa área disputam entre si para mostrar quem melhor serviria aos desígnios da chefe. O governo brasileiro se resignou a esperar até que o cenário se torne mais claro, para tentar remover os pontos irritantes mais aparentes. A nova aposta, e é isso que a sigla MIF abriga, é forçar o setor privado dos dois países a se reunir e buscar fórmulas de convivência.
Vai dar trabalho. A Argentina conseguiu superar a crise de 2001 e crescer impressionantes 7,6% anuais desde então com uma política de forte intervenção estatal e intentos de substituição de importações, e nem mesmo a ameaça inflacionária a estimula a mudar de práticas.
Dilma tem ainda como charme a promessa de apoio aos argentinos nas licitações e serviços para a Copa e a Olimpíada. É de se esperar, porém, que ela não tente intervir nessas áreas como prometeu em Caracas fazer em relação à Petrobras, de quem exigiu nova extensão do prazo para acolher como sócia a venezuelana PDVSA na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
O ritmo natural do mercado aproxima as duas economias (comemorou-se em Brasília a compra de parte da Usiminas pela argentina Techint), mas é lento para suavizar os atritos de políticas econômicas de perfis ainda bem distintos. Com o MIP, busca-se um caminho para a boa convivência até agora distante em setores como o de eletrodomésticos, têxteis, calçados, laticínios, vinhos, e outros. Não é nova essa carta posta na mesa pelas presidentes, e não parece se encaixar sem muito esforço no jogo dos dois países.
Valor Econômico
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/o-curinga-no-jogo-entre-brasil-e-argentina,20111205091241_G_905,20081118093812_F_643.aspx
Nova onda de importados ameaça indústria
RIO DE JANEIRO - O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) alerta que o agravamento da crise internacional deve fazer com que a economia brasileira enfrente nova onda de produtos importados em 2012. A redução da demanda nos países avançados deve fazer com que os produtos europeus sejam direcionados a países em melhores condições, a preços mais baratos.
A China também deve perder mercado internacionalmente e aumentar as remessas de manufaturados para o Brasil. "Mesmo que haja aumento de competitividade da indústria brasileira por um câmbio mais desvalorizado, os produtos da Europa e da China vão chegar com preços mais baixos", alerta o economista-chefe Rogério Cesar de Souza. "O empresário brasileiro vai ter de se valer muito do mercado interno, mas sabe que a concorrência ficou mais forte."
A indústria brasileira teve um ano difícil, de resultados pífios para a produção, o que influenciou o emprego industrial, que chega ao fim de 2011 com tendência de queda, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como resultado, a contribuição da indústria para o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre pode ser nula ou negativa.
Enquanto a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) estima um PIB industrial de crescimento zero no terceiro trimestre, o Iedi prevê queda de 0,6%. "Se fizermos uma relação entre produção e valor agregado, a participação da indústria no PIB deve ficar entre -0,5% e -0,7%", estima Souza.
A produção industrial recuou 0,6% em outubro ante setembro, a terceira queda consecutiva. O reflexo foi sentido no mercado de trabalho. Enquanto a Pesquisa Mensal de Emprego apontou queda na desocupação em outubro, puxada pelo comércio e serviços, a indústria voltou a cortar 23 mil vagas.
"O primeiro semestre do ano que vem deve ser difícil para a economia brasileira e principalmente para a indústria", diz Alessandro Teixeira, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento. A pasta vai fortalecer ações para proteger a produção do País da crise internacional, seja com a defesa da indústria, promoção comercial ou atração de investimentos, mas o mercado interno deve ajudar na recuperação. "Sabemos que o mercado interno vai continuar aquecido, com demanda importante, e para isso cada vez mais a indústria e os serviços têm de estar preparados para aproveitar essa oportunidade", afirma.
Segundo Roberto Pires Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o horizonte começa a melhorar em 2012, graças à política monetária do Banco Central, com a redução na taxa básica de juros. Mas ainda é necessário que o governo comece a investir em infraestrutura, de forma que puxe investimentos privados. "Sem uma indicação do setor público, o privado não vem atrás. Um gasto do setor público, por reduzir externalidades, faz com que o setor privado se beneficie e corra atrás do movimento para aproveitar oportunidades que estão se abrindo. Isso é o que vai fazer com que a economia saia desse voo de galinha", avalia Messenberg.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prevê alta de 2,7% na produção industrial em 2012 e de 1% em 2011. Para o PIB, espera crescimento de 3,1% este ano e de 3,2% no próximo. "Essas previsões de crescimento medíocre mostram que um país que não zela pela robustez de sua indústria não tem como crescer e gerar riquezas", diz Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
O Estado de São Paulo
Lápis de exportador de Taiwan é barrado pelo MDIC
Desde o início do ano, em função da valorização do real e da redução da demanda mundial, o governo tem reforçado a área de defesa comercial para proteger a indústria nacional.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) barrou a entrada de lápis de madeira, preto e colorido, importados pelo Brasil do maior exportador do produto em Taiwan. A área de defesa comercial do governo concluiu que o certificado de origem do produto é falso. A principal etapa de produção, na verdade, se dá na China. Esse é o segundo produto barrado pelo MDIC por certificação falsa de origem. O primeiro foram imãs de ferrite que também tinham certificado de Taiwan, mas eram fabricados na China.
A decisão será publicada amanhã no Diário Oficial da União (DOU). A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, disse à Agência Estado que o exportador taiwanês, cujo nome não foi revelado, informou que comprava as minas de grafite da China e montava os lápis em Taiwan. "Pela Resolução 80, os critérios não caracterizam origem de Taiwan", explicou Tatiana. Como punição, todas as licenças de importação para compra do produto desse exportador serão indeferidas. Segundo o MDIC, essas licenças representam 22% do valor importado em lápis de madeira de Taiwan no primeiro semestre deste ano.
A investigação foi aberta no fim de agosto a pedido da Faber Castell, principal produtor brasileiro de lápis. O diretor de Marketing da empresa, Carlos Zuccolo, disse que a suspeita surgiu porque as importações brasileiras de lápis de Taiwan cresceram muito nos últimos dois anos. "Taiwan tem uma capacidade instalada muito menor do que chegava no Brasil", explicou. "Temos a liderança do mercado por causa da qualidade do nosso produto. Queremos ter certeza de que o produto concorrente tenha o mesmo rigor de produção", afirmou.
Investigações
Para driblar as sobretaxas aplicadas pelo governo nas importações onde foi constatada a prática dumping, exportadores de outros países e importadores brasileiros se utilizam de mecanismos como a emissão de certificado de origem falso ou da chamada circunvenção (quando as peças são montadas em outros países antes de serem exportados para fugir da sobretaxa). As sobretaxas aplicadas sobre as importações de lápis da China, de mais de 200%, estão em vigor deste 1996. Ainda assim a China continua sendo o principal fornecedor de lápis para o Brasil.
A proibição este ano das importações de ímãs de ferrite (usados em alto-falantes), com certificados de origem de Taiwan, foi o primeiro caso de certificado falso de origem no Brasil. O MDIC abriu dez investigações de denúncias de certificados fraudulentos em 2011. O processo de lápis de madeira é o terceiro concluído pelo governo. Os dois primeiros envolviam as importações de imãs de ferrite. Taiwan responde por metade das investigações abertas quando se diz respeito à declaração falsa de origem. Desde o início do ano, em função da valorização do real e da redução da demanda mundial, o governo tem reforçado a área de defesa comercial para proteger a indústria nacional.
AGÊNCIA ESTADO
http://acritica.uol.com.br/noticias/Lapis-exportador-Taiwan-barrado-MDIC_0_603540051.html
Primeira semana de dezembro teve superávit de US$ 319 milhões
Brasília (5 de dezembro) – Na primeira semana de dezembro (1° a 4), com dois dias úteis, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 3,251 bilhões, com média diária de US$ 1,625 bilhão. Houve superávit, no período, de US$ 319 milhões, com média de US$ 159,5 milhões por dia útil.
As vendas brasileiras ao mercado externo foram de US$ 1,785 bilhão (média diária de US$ 892,5 milhões). Pela média, houve redução de 1,9% em relação ao resultado do mês de dezembro de 2010 (US$ 909,5 milhões). Houve retração nas exportações de produtos básicos (-10,3%) por conta, principalmente, de minério de ferro e milho em grão. Por outro lado, cresceram as vendas de semimanufaturados (12,8%), com destaque para catodos de cobre, óleo de soja em bruto, couros e peles, celulose, semimanufaturados de ferro e aço e açúcar em bruto. Também aumentaram os embarques de manufaturados (6,1%), com crescimentos em etanol, motores e geradores, açúcar refinado e automóveis de passageiros.
Na comparação com a média do mês de novembro deste ano, a queda foi de 18% (US$ 1,088 bilhão). Houve diminuição nas vendas de produtos básicos (-25,3%), semimanufaturados (-22,6%) e manufaturados (-4,7%).
As aquisições no exterior, na primeira semana de dezembro, foram de US$ 1,466 bilhão (média de US$ 733 milhões). Houve aumento de 8,3% na comparação com a média de dezembro do ano passado (US$ 677,1 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (80,7%), cereais e produtos de moagem (77,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (45,8%), siderúrgicos (30,7%), aparelhos eletroeletrônicos (30,6%), instrumentos de ótica e precisão (16,8%) e equipamentos mecânicos (13,3%).
Já sobre o resultado verificado em novembro passado (US$ 1,059 bilhão), apontou-se retração de 30,8%, com diminuição das importações de combustíveis e lubrificantes (-73,6%), veículos automóveis e partes (-53,6%), farmacêuticos (-34,5%), adubos e fertilizantes (-29%) e plásticos e obras (-28,4%).
Acumulado do Ano
De janeiro até a primeira semana de dezembro, o superávit da balança comercial chega a US$ 26,293 bilhões (média diária de US$ 113,8 milhões). O resultado é 70,8% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 66,6 milhões). Nos 231 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 445,102 bilhões (média diária de US$ 1,926 bilhão), com aumento de 26,5% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,523 bilhão).
No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 235,697 bilhões (média diária de US$ 1,020 bilhão), resultado 28,3% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 795,1 milhões. O resultado anual acumulado das importações também está 24,4% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 728,5 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 209,404 bilhões (média diária de US$ 906,5 milhões).
Acesse a nota completa sobre o resultado semanal.
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
CURITIBA - A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promoveu quase 150 encontros de negócios entre oito comerciais exportadoras do Projeto Brasil Trade e 30 micro e pequenas indústrias do Paraná e região durante o 3º Encontro de Comércio Exterior do Mercosul (Encomex Mercosul), realizado em Curitiba, nos dias 1º e 2 de dezembro pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A Apex-Brasil também participou do evento com um estande para atendimento às empresas, em que foram apresentados os serviços e produtos oferecidos pela Agência
A Apex-Brasil participou, ainda, de dois painéis de discussão durante o Encomex Mercosul. O primeiro, sobre a atuação da Rede Ibero-americana de Organizações de Promoção de Comércio Exterior (RedIbero), presidida pela Agência. As ações e estratégias da organização foram apresentadas pelo supervisor da Unidade de Cooperação e Articulação Internacional da Agência, Mauro Rocha, com a participação de representantes da Fundación ExportAr, da Argentina, da Uruguay XXI, do Uruguai, da Rediex, do Paraguai e da Associação Latino-Americana de Integração (ALADI). “A RedIbero é um espaço importante para a discussão e troca de experiências entre as agências de promoção da região”, disse Mauro Rocha.
O coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex-Brasil, Marcos Lélis, e o gerente do Setor de Integração e Comércio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Antoni Estevadeorda, debateram cenários e perspectivas de negócios para a América do Sul. Segundo Lélis, o atual crescimento dos preços das commodities traz uma forte entrada de divisas para os países latino-americanos, que faz bem às economias, mas traz também a valorização cambial, que apresenta desafios ao setor de manufaturas. “O caminho para enfrentar o desafio de aumentar a agregação de valor e tornar as economias da América do Sul mais competitivas passa pela integração das cadeias produtivas dos países e pela intensificação do comércio intra-regional, medidas que qualificam melhor a pauta exportadora, fortalecem os mercados e os protegem contra outros concorrentes, como a China”, analisa.
Brasil Trade
As rodadas de negócios promoveram a aproximação entre as empresas paranaenses (que, em sua maioria, ainda não exportam) com comerciais exportadoras que já atuam no mercado internacional. “O objetivo é promover um encontro de interesses em que as comerciais exportadoras ajudarão as indústrias a adequarem seus produtos ao mercado internacional e a concretizar suas exportações”, explica o coordenador de Projetos Especiais da Apex-Brasil, Maurício Manfré.
A comercial exportadora Magplast, por exemplo, se reuniu com empresas da região que ainda não exportam, mas têm produtos adequados e interessantes para mercados específicos. “Conhecemos um fabricante local de cosméticos com boa qualidade, boa apresentação, devidamente registrados na Anvisa e adequados a mercados como o angolano”, informa o diretor da Magplast, Marcelo Rollemberg. Segundo ele, a empresa tem capacidade e perfil para exportar, mas ainda não está no comércio exterior por falta de conhecimento dos mercados. “É aqui que entramos com nossa experiência internacional e com as oportunidades de negócios que poderemos gerar por meio dos nossos contatos em diversos países.
Essa é uma pequena indústria que poderá começar a exportar em breve e, no futuro, até se instalar em outro país”, avalia Rollemberg, que espera negociar também móveis e produtos de papel reciclado a partir dos contatos feitos em Curitiba.
A Magplast participa do projeto Brasil Trade desde quando este foi criado, em 2008, e já esteve em mais de 20 rodadas de negócios organizadas pela Apex-Brasil em vários estados brasileiros e em países como Angola, África do Sul e Dubai. É uma das empresas instaladas no Centro de Negócios de Miami, de onde busca redes de varejo norte-americanas para produtos específicos como o guaraná em pó da Amazônia.
A AG Intertrade, empresa de Curitiba especializada em exportação de madeira e materiais de construção, também participou da rodada e fez contato com várias indústrias ainda não exportadoras. “Gostamos muito do produto de uma fabricante de mangueiras, tubos e conexões plásticas, com a qual poderemos vir a trabalhar”, disse a representante da comercial exportadora, Cláudia Gil.
A curitibana SBS possui, entre seus clientes, fabricantes de todo o Brasil e exporta alimentos, cosméticos e têxteis para Equador, Bolívia, Panamá, Estados Unidos, Ilhas Maurício, Moçambique, África do Sul e Kuwait. “Nas rodadas de negócios, fazemos contato com empresas que querem apenas nos vender seus produtos para exportarmos e também com aquelas que querem uma assessoria para ingressar no mercado internacional. Oferecemos os dois serviços, dependendo do produto e do perfil da empresa”, explica o diretor da SBS, Luis Augusto Cordeiro, que, no encontro do Encomex Mercosul, fez prospecções de negócios que espera concretizar nos próximos meses.
A fabricante de cosméticos La Vertuan, de Santa Catarina, participou da rodada em busca da primeira exportação. “Estamos nos preparando para exportar com apoio do MDIC e de uma universidade e ainda não conhecíamos esse modelo de reunião”, disse a diretora de Marketing Liana Vertuan. “Foi uma boa surpresa poder fazer cinco reuniões na mesma tarde sem ter que visitar cada uma das comerciais exportadoras”. A La Vertuan produz cosméticos que aliam tecnologia com princípios ativos naturais e investe em uma linha com apelo exótico para o mercado exterior. “Estamos desenvolvendo novos produtos com ingredientes amazônicos como guaraná e açaí, adequando embalagens e já registramos no INPI uma nova marca que será usada no mercado externo”, informa a empresária, que saiu da rodada com a perspectiva de fechar contrato com uma das comerciais exportadoras do Brasil Trade.
Balança Comercial
O Encomex Mercosul foi aberto pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, que afirmou que “o Mercosul é uma realidade e precisa ser fortalecido, desenvolvido e protegido”. Ele disse ainda que, há vinte anos, antes dos acordos comerciais, “a pauta de exportação brasileira nos países do bloco econômico era fraca e tímida, e hoje é possível ver ganhos concretos”.
Os números da balança comercial brasileira foram analisados em entrevista coletiva durante o evento em Curitiba por Alessandro Teixeira e pela secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres. As exportações brasileiras em novembro (US$ 21,8 bilhões) registraram recorde na comparação com os resultados anteriores para este mês. As importações (US$ 21,2 bilhões) também bateram o recorde da série histórica de novembro, assim como a corrente de comércio (US$ 43 bilhões). O saldo comercial foi de US$ 583 milhões no período, o dobro do valor aferido em novembro do ano passado (US$ 291 milhões).
http://www.netmarinha.com.br/NetMarinha-Noticias.aspx?action=detail&k=751&Apex-Brasil-realiza-rodadas-de-negocios-
Renault e Electrolux apostam na América do Sul
CURITIBA - Durante o Encontro de Comércio Exterior, realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em Curitiba, foi apresentado o painel "A Contribuição do Comércio Intra e Extrabloco para o Crescimento Econômico do Mercosul" com a participação da Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, do Diretor de Relações Institucionais, Governamentais e RSE da Renault Nissan, Antonio C. Prataviera Calcagnotto e do Gerente de Negócios Internacionais da Electrolux do Brasil, Celso Ronaldo da Silva
Cibele Balaci
Representantes da Renault e Electrolux junto com Tatiana Prazeres do MDIC
O Grupo Renault é o maior exportador do Paraná e terceiro maior do Brasil, já faturou 5 bilhões de dólares em importações e exportações em 2011. A fábrica em São José dos Pinhais, será ampliada e a meta é produzir 360 mil veículos por ano, cem mil à mais do que a produção atual. Antonio Calcagnoto afirmou que a aposta é no intercâmbio comercial, disse que a internacionalização da fábrica brasileira é crescente, importa peças e exporta motores para os carros que rodam no mundo todo. Também estão sendo desenvolvidos motores elétricos, lançados no exterior a preços acessíveis, com exceção do mercado brasileiro, que estará circulando por aqui provavelmente em 10 anos. O Brasil é o terceiro mercado da Renault, depois de França e Alemanha.
Antonio Calcagnoto também falou de dificuldades, mencionou que as importações da Argentina, principal comprador na América do Sul, instituiu o licenciamento não automático, atrasando em 60 dias a entrada dos carros brasileiro no mercado vizinho. Antonio enfatizou que o custo logístico em todos os modais é o que mais incomoda, e contribui para o custo de produção de um automóvel no Brasil ser mais do que o dobro do custo do mesmo produzido na Romênia.
Celso Ronaldo da Silva, da Eletrolux, apresentou dados atuais da indústria de eletrodomésticos, com faturamento de 15 bilhões de dólares anuais e 40 milhões de produtos ao ano, vê a América Latina como um mercado em expansão. Há 10 anos, a América do Sul respondia por 8% do faturamento da empresa, em 2011 já representa 20% e a meta é crescer mais 20 % ao ano no continente.
Celso falou da evolução no desenvolvimento de produtos da marca, atualmente os refrigeradores Eletrolux consomem 70% menos energia do que há 15 anos atrás. Também comentou sobre a internacionalização da empresa sueca, que em 1990 só vendia no Brasil produtos fabricados no exterior e hoje possui fábricas no Brasil, Chile e Argentina.
http://www.netmarinha.com.br/NetMarinha-Noticias.aspx?action=detail&k=756&Renault-e-Electrolux-apostam-na-America-do-Sul
Vendas para exterior crescem 37% em Sinop; soja lidera ranking
Só Notícias/Karoline Kuhn
As exportações de produtos sinopenses para o mercado exterior resultaram, entre janeiro e outubro, em US$ 137,6 milhões em negócios (37,41% a mais em relação ao mesmo período de 2010), segundo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sendo que 69,36% do montante contabilizado é resultado da venda de soja (grãos incluindo triturados), o que corresponde a US$ 95,4 milhões.
Só Notícias apurou que são pelo menos 17 produtos industrializados em Sinop exportados - grãos, carnes e madeiras. O milho é o segundo mais vendido com negócios que chegam a R$ 20,9 milhões. Na relação, há também as carnes desossadas de boi, com US$ 11,3 milhões; tripas do animal, com US$ 2,2 milhões e, outras miudezas comestíveis de bovino, com US$ 1,6 milhões.
A China é o principal comprador com negócios que totalizaram US$ 68,7 milhões. Em seguida, aparece a Tailândia, com US$ 9,5 milhões. Irã e Rússia compraram US$ 6,3 milhões cada. Já Hong Kong e Taiwan totalizam US$ 5,6 milhões cada uma. A relação tem ainda mais 23 destinos.
Os números dos negócios de novembro ainda serão divulgados pelo ministério.
http://www.sonoticias.com.br/noticias/2/140792/vendas-para-exterior-crescem-37-em-sinop-soja-lidera-ranking/
Audiência pública discutirá quarta-feira a implantação e funcionamento de ZPEs
Empresas a serem instaladas nas ZPEs poderão sofrer efeitos da crise, alerta Miguel Corrêa.A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio realiza audiência pública nesta quarta-feira para debater a implantação e o funcionamento das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). A reunião visa a discutir o regime das ZPEs no Brasil e suas limitações, apresentando informações sobre a situação atual destas entidades no País. Segundo o autor do requerimento da audiência, deputado Miguel Corrêa (PT-MG), a Comissão buscará o entendimento e a convergência das propostas apresentadas pelos Poderes Legislativo e Executivo para a efetiva implantação e funcionamento das ZPEs.
Miguel Corrêa afirma que a atual conjuntura econômica internacional “tem imposto enormes desafios ao setor produtivo nacional e as empresas a serem instaladas nas Zonas de Processamento de Exportação não estão imunes a estes desafios”.
Ele lembra que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, declarou publicamente que já estão em andamentos estudos para a revisão da Lei das ZPEs. Ao mesmo tempo, diz Corrêa, vários parlamentares apresentaram proposições legislativas exatamente para alterar as regras para implantação de ZPEs, bem como para a criação de novas ZPEs.
Foram convidados para a audiência:
-o subchefe adjunto da Subchefia da Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidênca da República, Aldemar de Miranda Torres;
-o secretário adjunto da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, Dyogo Henrique de Oliveira;
- a diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentável do
Ministério do Meio Ambiente, Laura Silvia Valente de Macedo;
- o diretor do Departamento de Temas Econômicos e Especiais da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ernesto Carrara Júnior;
-o diretor de Prospecção, Normas e Análise dos Fundos do Ministério da Integração Nacional, José Wanderley Uchoa Barreto;
-o secretário-executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Gustavo Saboia Fontenele e Silva.
Agência Câmara de Notícias
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/INDUSTRIA-E-COMERCIO/206398-AUDIENCIA-PUBLICA-DISCUTIRA-QUARTA-FEIRA-A-IMPLANTACAO-E-FUNCIONAMENTO-DE-ZPES.html
Exportação de carne de frango sobe 23,5% no ano, para US$ 766 milhões
SÃO PAULO - As exportações de carne de frango do país alcançaram 358,7 mil toneladas e renderam US$ 766,3 milhões em novembro, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef). O volume embarcado cresceu 12,1% em relação ao mesmo mês de 2010, enquanto a receita foi 23,5% maior em igual comparação.
Com os resultados de novembro, os embarques somaram 3,59 milhões de toneladas nos primeiros onze meses de 2011, 2,51% acima que no mesmo período do ano passado. Já o faturamento apresenta crescimento de 21,4% nesta relação. A expectativa da Ubabef é que as exportações de carne de frango totalizem 3,9 milhões de toneladas neste ano, 2,7% mais que em 2010, e registrem faturamento de US$ 8,2 bilhões, alta de 20,6%. Se confirmados, nas duas frentes serão quebrados novos recordes históricos.
“Apesar dos sérios problemas enfrentados pelo setor, como a greve no Porto de Itajaí, o embargo russo e a redução nos embarques para alguns mercados, a qualidade do frango brasileiro e a excelência do nosso status sanitário permitiram ao país alcançar um bom desempenho das exportações”, afirma Francisco Turra, presidente-executivo da Ubabef, em comunicado. Para 2012, Turra prega cautela, tendo em vista a crise financeira em países desenvolvidos, sobretudo europeus. Mas espera que o ritmo de crescimento observado em 2011 se repita.
Valor Econômico
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=59408
Brasil exporta 4,5% mais farelo de soja de janeiro a novembro ante 2010
O Brasil exportou 1,2 milhão de toneladas de farelo de soja em novembro, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O faturamento chegou a US$445,9 milhões.
O volume foi 13,1% menor que o embarcado em outubro, mas aumentou 13,6% na comparação com novembro do ano passado. A receita por sua vez diminuiu 18,2% em relação a outubro, mas foi 6,7% maior que o registrado em novembro de 2010.
No acumulado de janeiro a novembro deste ano, o país exportou 13,35 milhões de toneladas de farelo de soja, 4,5% mais que em igual período de 2010. O preço médio da tonelada do produto exportado no último mês ficou em US$371,00, frente a US$395,00 em outubro.
No mercado interno, segundo levantamento da Scot Consultoria, a tonelada do alimento está cotada, em média, em R$667,00 em São Paulo.
http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=48253
De olho em demais regiões mundiais, Mercosul deixa de estreitar relações com América Latina
“Crise de identidade” ainda não parece resolvida no bloco e foi discutida nos painéis do Encomex
Para aumentar e diversificar suas opções e possibilidades de acesso ao mercado exterior, o Mercosul sabe que não pode se resumir a firmar novos acordos de redução de barreiras tarifárias só com regiões vizinhas ao Cone Sul. O bloco, portanto, busca aproximações para além do continente, de olho em mercados do Oriente Médio, Europa e Ásia.
Entretanto, vinte anos após a formação do bloco, seus países-membros (Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil) ainda não entraram em um consenso sobre se essa expansão deve ser acelerada ou se antes deve-se priorizar diminuir as disparidades internas do bloco. A primeira tese é defendida pelo Brasil e Argentina, enquanto uruguaios e paraguaios seriam os beneficiados pela segunda. A entrada de produtos estrangeiros de outros blocos na região do Mercosul impediria que a indústria das economias mais frágeis pudessem se desenvolver devido à forte concorrência.
Essa “crise de identidade” ainda não parece resolvida no bloco, que este ano chega aos vinte anos, foi discutida nos painéis do Encomex (Encontro de Comércio Exterior) Mercosul. O evento, realizado entre a última quinta e sexta-feira (01/12 a 02/12), reuniu representantes dos quatro países para debater as perspectivas do bloco após 20 anos de sua fundação.
MDIC/Divulgação
Evento em Curitiba debateu as perspectivas do Mercosul após 20 anos de sua criação
Na reunião, os representantes do Paraguai, por exemplo, afirmam que não têm interesse em aceitar novas adesões para o grupo, preferindo "fortalece-lo" antes. A entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul depende exclusivamente da aprovação do senado paraguaio, após ter sido aprovada por todos os outros três integrantes.
"Existe uma intenção clara de fortalecer o Mercosul e integrar as cadeias produtivas dos países membros", afirmou Sebastian Bogado, adido comercial do Paraguai no Brasil, em entrevista ao Opera Mundi. "A gente quer atrair investimento estrangeiros de todos os países, é claro, mas principalmente do Mercosul", completou.
Pró-expansão
Mas os outros membros das economias mais fortes permanecem atentos aos outros mercados. O comércio entre Canadá e Mercosul, por exemplo, foi tema único de um painel no Encomex, onde se ressaltou boa relação comercial entre as partes nos últimos anos e as perspectivas de negócios daqui pra frente.
Os números exemplificam ainda mais a intenção do Mercosul em comercializar com outros continentes. Estima-se que as exportações entre Mercosul e o restante do mundo, excluindo a América Latina, deverá crescer 3,7% em cinco anos.
América Latina
Na América Latina, o Mercosul possui acordos com as demais nações. No entanto, muitos desses contratos foram firmados ou idealizados por apenas um de seus membros, antes mesmo de o bloco ser criado. Com a criação do grupo, esses acordos apenas foram adaptados para atender seus quatro integrantes.
No comércio da região latina, alguns países contestam as barreiras impostas principalmente por Argentina e Brasil. "Há barreiras ainda, não negamos. Mas seguimos trabalhando juntamente com os países do bloco para derrubar essas barreiras", afirmou Mercedes Rial, técnica do Departamento de Promoção Comercial e Desenvolvimento de Competitividade da ALADI (Associação Latina Americana de Integração).
A relação do Mercosul com a própria América Latina foi tema também da palestra de Natalia Fingermann, coordenadora do Curso de Bacharelado em Relações Internacionais do Centro Universitário Senac.
Em entrevista ao Opera Mundi, Natália afirmou que o empresário brasileiro prefere comercializar com a Europa ou com os Estados Unidos a ter que se virar para seus vizinhos territoriais.
"Talvez isso mude com essa crise financeira que não acaba nunca. Mas é realmente uma questão cultural do empresário brasileiro. Ele nem se preocupa em aprender o espanhol, pois acha que é uma obrigação eles entenderem o português. Quando você quer investir em um mercado é muito importante você ter o domínio do idioma, ainda mais porque o espanhol é falado por toda a região da América Latina. Sinto que falta uma vontade brasileira em se aproximar dos países da América do Sul", apontou.
Enquanto os países do Mercosul se aproximam de regiões em crise ou potencialmente mais próximas ao epicentro do desastre econômico que aflige a Europa e os Estados Unidos, a solução pode estar em seus próprios vizinhos continentais. Para isso, no entanto, precisa estreitar as relações na região.
"A solução para isso é investir mais no intercâmbio de pessoas entre esses países. Tanto por meio de universidades como por empresas para que essas barreiras sejam rompidas", concluiu Natália.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/18327/de+olho+em+demais+regioes+mundiais+mercosul+deixa+de+estreitar+relacoes+com+america+latina.shtml
Incremento de 51% nas exportações do setor da borracha
O setor da borracha no Rio Grande do Sul exportou US$ 341 milhões nos nove primeiros meses do ano, o que representou um incremento de 51% na comparação com igual período de 2010, segundo informou o presidente do Sinborsul e do grupo Vipal, Arlindo Paludo. Os pneumáticos participaram com 44% do total das vendas, com US$ 151 milhões, liderando a pauta os pneumáticos para motocicletas. O principal destino foi a Argentina, com US$ 38,8 milhões, sendo os pneumáticos para ônibus e caminhões o principal produto. Já as exportações de matéria-prima de borracha totalizaram US$ 182 milhões (53% do total das vendas), sendo o principal produto a borracha de estireno-butadieno em forma primária. O principal destino foi os EUA, com US$ 67 milhões. Finalmente, as exportações gaúchas de artefatos de borracha atingiram US$ 8 milhões nos três primeiros trimestres de 2011, liderando as vendas, como principal produto, o item outras obras de borracha vulcanizada não endurecida, do qual a Argentina foi o principal importador, com US$ 2 milhões.
Borracha II
O resultado é inferior quando as vendas são medidas em reais, em função, principalmente, da valorização do câmbio no período. Por este critério, o crescimento de 51% se reduz para 30%. Por outro lado, os principais indicadores deixam claro o processo de desaceleração do setor de borracha do Estado nos últimos meses, refletindo o desaquecimento global da economia. O nível de atividade registrou queda de 1,44% nos primeiros nove meses do ano, principalmente pela retração nas variáveis relacionadas ao mercado de trabalho, como emprego, horas trabalhadas e massa de salário. Embora o faturamento do setor ainda apresente taxa de crescimento de 2,3% no período de janeiro a setembro de 2011, a desaceleração é acentuada. Após a queda de 17% no período da crise de 2008/2009, o setor se recuperou e terminou o ano de 2010 com 21% de expansão. Desde então, porém, o faturamento entrou em declínio e, em 12 meses, está com expansão de 4,7%. Além da menor atividade econômica interna e externa, outro motivo para o decréscimo é a elevada base de comparação que foi o resultado do ano passado, conclui Paludo.
Vaquinha Mimosa
Pode ser um pouco desumano, mas os tempos da vaquinha Mimosa morreram. Vaca tem é que dar leite e, quanto mais, melhor. Cada vez mais a mecanização e automação tomará conta das fazendas de leite e tem que ser assim, não só por falta de mão de obra, mas porque os produtores precisam aumentar a produtividade, ganhar dinheiro e tornar a propriedade atrativa para que seus filhos não abandonem o campo. O ponto de vista é de Leandro Einsfeld, diretor-geral da Sulinox, empresa de equipamentos para o setor leiteiro, informando que, em 2012, a empresa deverá lançar novos equipamentos destinados a aumentar a produtividade e os lucros dos produtores de leite. O executivo disse que tem “sonhos muito grandes para 2012”.
Soja
Para preocupação dos produtores, os preços da soja estão contidos na Bolsa de Chicago, cuja movimentação determina o valor do grão no mundo. A tendência, inclusive, é de baixa. Mas o Brasil, que está plantando nova safra, vendeu muita soja da safra anterior, em novembro. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, o País embarcou 1,759 milhão de toneladas de soja para o exterior em novembro. Em 2010, no mesmo mês, embarcamos apenas 301 toneladas. “Nunca na história o Brasil exportou tanta soja em novembro como agora em 2011”, segundo Daniele Siqueira, analista de mercado da Farias Toigo Capital Corretora.
Rolha
A empresa portuguesa produtora de rolhas Juvenal Cortiças comemorou 10 anos de instalação no Brasil, entre as cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi, na Serra gaúcha. Enólogos e produtores de vinhos participaram de um jantar com o presidente do grupo, Henrique Ribeiro, que veio especialmente de Portugal.
Soldadores
A Refap, que recebeu importante financiamento para as novas instalações de retirada do enxofre do combustível que produz, destinou grande cifra para a formação de soldadores e caldeireiros, mão de obra inexistente no Estado, e que tinha que ser preparada em outros estados. Um projeto já está em andamento e, hoje, às 16h, na refinaria, será assinado convênio com a Escola Técnica José César de Mesquita, de Porto Alegre, para a formação de mais soldadores e caldeireiros, segundo o diretor Vicente Rauber.
Vinhas velhas
O que poderá ser um dos melhores vinhos da vinícola Almadén, de Livramento, ainda não chegou ao mercado e já ganhou Medalha de Prata no IV Concurso Internacional Tannat al Mundo, realizado entre os dias 28 e 30 de novembro, em Montevidéu. O Almadén Vinhas Velhas Tannat 2010, que será lançado em 2012, um projeto pessoal do enólogo Adriano Miolo, com as primeiras vinhas plantadas pela National Distillers, em Livramento, há 35 anos, inaugurando a Região da Campanha para a moderna vitivinicultura brasileira, concorreu com tannats do mundo inteiro. Outro tannat da Miolo, o Reserva Tannat 2010, também da Campanha, teve melhor sorte, ganhou Medalha de Ouro, mas esta questão entre os dois o tempo vai decidir. A Miolo foi a única empresa de fora do Uruguai que recebeu distinção.
Intercâmbio
O grupo de agências de intercâmbio S7 Study vai participar, dos dias 5 a 7, em Miami, do ICEF Workshop. O evento reúne escolas de idiomas e agências selecionadas pelo International Consultants for Education and Fairs. O convite para participar da edição americana ocorre poucos meses após o lançamento da quarta agência especializada do grupo, a Estados Unidos Brasil. “Para os três dias de evento, já temos 38 reuniões agendadas com instituições de ensino dos dois países”, informa o sócio-diretor Sandro Saltz, que irá a Miami. Atualmente, a Estados Unidos Brasil oferece cursos em 18 escolas e a Canadá Travel possui parceria com 32.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=80417
O curinga no jogo entre Brasil e Argentina
O encontro entre as presidentes Dilma Rousseff, do Brasil, e Cristina Kirchner, da Argentina, no fim da semana, em Caracas, resultou nessa nova sigla, que terá uma coloração nova para as empresas habituadas a outras siglas já vistas nesses últimos 25 anos de aproximação entre os vizinhos. O Mecanismo de Integração Produtiva inventado pelas chefes de Estado traz ecos remotos do Pice, o Programa de Integração e Cooperação Econômica com que os então presidentes José Sarney e Raúl Alfonsin ensaiaram, em 1986, a anunciada integração das duas economias.
O Pice foi embrião do Mercosul, que seria impulsionado anos depois pelos sucessores Fernando Collor e Carlos Menem, e já previa a identificação de setores complementares nas duas economias e estímulo governamental para coordenação das cadeias produtivas dos dois países - ideia que não sobreviveu às políticas de mercado que vieram a seguir. O governo Lula ressuscitou o tema em 2003. Chegou a criar um "Programa de Substituição Competitiva de Importações" (outra sigla, o PSCI) para estimular a compra, por empresas brasileiras, de insumos e componentes nos países vizinhos, com quem o Brasil tem crônico superávit no comércio.
O PSCI pouco contribuiu para aumentar as compras brasileiras de bens argentinos, embora seu uso constasse do pacote de anúncios e 14 acordos que marcou a primeira viagem de Dilma como presidente ao exterior, para a Argentina, em fevereiro. As estratégias das montadoras de automóveis ainda são o maior motor do comércio bilateral, no qual o setor automotivo tem mantido uma participação próxima a 40%. Atrás das compras de autos, peças e partes vêm as compras de trigo, as quais não se pode atribuir a nenhum esforço competitivo de substituição de importações.
Dilma e Cristina Kirchner buscam suavizar atritos
Dilma levou em sua bagagem para Caracas uma lista de queixas pela demora argentina em liberar produtos como calçados, máquinas agrícolas e alimentos nas aduanas, com retenções de produtos acima dos 60 dias permitidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Levou também a convicção de que o Brasil, em geral, vem ganhando no comércio bilateral, o qual já acumula um superávit, neste ano, de quase US$ 5,4 bilhões em favor dos exportadores brasileiros. O governo brasileiro não quer briga com a Argentina, mas a discricionariedade nas alfândegas torna esquisita qualquer conversa de "integração de cadeias produtivas".
Há semanas, acabou em frustração o que pareceu, a princípio, ser sinal de boa vontade do governo Kirchner, ao enviar, antes da posse, o novo embaixador argentino para Brasília, Luis Maria Kreckler, e o secretário de Indústria, Eduardo Bianchi. Duríssimas, as autoridades argentinas não cogitaram baixar barreiras a produtos do Brasil e levantaram sua própria listas de queixas, apontando os pés de barro brasileiros, que mantêm restrições burocráticas também para produtos como pêssegos e vinhos.
O tom de beligerância chegou a ameaçar o começo da reunião entre Dilma e Cristina, na sexta-feira, quando a presidente argentina deu a palavra à ministra do Comércio, Débora Giorgi, que se queixou das retenções de automóveis do país nas alfândegas brasileiras. Dilma contemporizou, deixando claro que quer soluções, não problemas. As duas presidentas, que terminaram o encontro aos sorrisos, delegaram mais uma vez aos técnicos a tarefa de resolver a encrenca, em curto prazo.
A poucos dia da posse como presidente reeleita, Cristina não revelou até hoje quem mandará em sua política econômica, e os principais atores nessa área disputam entre si para mostrar quem melhor serviria aos desígnios da chefe. O governo brasileiro se resignou a esperar até que o cenário se torne mais claro, para tentar remover os pontos irritantes mais aparentes. A nova aposta, e é isso que a sigla MIF abriga, é forçar o setor privado dos dois países a se reunir e buscar fórmulas de convivência.
Vai dar trabalho. A Argentina conseguiu superar a crise de 2001 e crescer impressionantes 7,6% anuais desde então com uma política de forte intervenção estatal e intentos de substituição de importações, e nem mesmo a ameaça inflacionária a estimula a mudar de práticas.
Dilma tem ainda como charme a promessa de apoio aos argentinos nas licitações e serviços para a Copa e a Olimpíada. É de se esperar, porém, que ela não tente intervir nessas áreas como prometeu em Caracas fazer em relação à Petrobras, de quem exigiu nova extensão do prazo para acolher como sócia a venezuelana PDVSA na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
O ritmo natural do mercado aproxima as duas economias (comemorou-se em Brasília a compra de parte da Usiminas pela argentina Techint), mas é lento para suavizar os atritos de políticas econômicas de perfis ainda bem distintos. Com o MIP, busca-se um caminho para a boa convivência até agora distante em setores como o de eletrodomésticos, têxteis, calçados, laticínios, vinhos, e outros. Não é nova essa carta posta na mesa pelas presidentes, e não parece se encaixar sem muito esforço no jogo dos dois países.
Valor Econômico
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/o-curinga-no-jogo-entre-brasil-e-argentina,20111205091241_G_905,20081118093812_F_643.aspx
Nova onda de importados ameaça indústria
RIO DE JANEIRO - O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) alerta que o agravamento da crise internacional deve fazer com que a economia brasileira enfrente nova onda de produtos importados em 2012. A redução da demanda nos países avançados deve fazer com que os produtos europeus sejam direcionados a países em melhores condições, a preços mais baratos.
A China também deve perder mercado internacionalmente e aumentar as remessas de manufaturados para o Brasil. "Mesmo que haja aumento de competitividade da indústria brasileira por um câmbio mais desvalorizado, os produtos da Europa e da China vão chegar com preços mais baixos", alerta o economista-chefe Rogério Cesar de Souza. "O empresário brasileiro vai ter de se valer muito do mercado interno, mas sabe que a concorrência ficou mais forte."
A indústria brasileira teve um ano difícil, de resultados pífios para a produção, o que influenciou o emprego industrial, que chega ao fim de 2011 com tendência de queda, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Como resultado, a contribuição da indústria para o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre pode ser nula ou negativa.
Enquanto a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) estima um PIB industrial de crescimento zero no terceiro trimestre, o Iedi prevê queda de 0,6%. "Se fizermos uma relação entre produção e valor agregado, a participação da indústria no PIB deve ficar entre -0,5% e -0,7%", estima Souza.
A produção industrial recuou 0,6% em outubro ante setembro, a terceira queda consecutiva. O reflexo foi sentido no mercado de trabalho. Enquanto a Pesquisa Mensal de Emprego apontou queda na desocupação em outubro, puxada pelo comércio e serviços, a indústria voltou a cortar 23 mil vagas.
"O primeiro semestre do ano que vem deve ser difícil para a economia brasileira e principalmente para a indústria", diz Alessandro Teixeira, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento. A pasta vai fortalecer ações para proteger a produção do País da crise internacional, seja com a defesa da indústria, promoção comercial ou atração de investimentos, mas o mercado interno deve ajudar na recuperação. "Sabemos que o mercado interno vai continuar aquecido, com demanda importante, e para isso cada vez mais a indústria e os serviços têm de estar preparados para aproveitar essa oportunidade", afirma.
Segundo Roberto Pires Messenberg, coordenador do Grupo de Análises e Previsões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o horizonte começa a melhorar em 2012, graças à política monetária do Banco Central, com a redução na taxa básica de juros. Mas ainda é necessário que o governo comece a investir em infraestrutura, de forma que puxe investimentos privados. "Sem uma indicação do setor público, o privado não vem atrás. Um gasto do setor público, por reduzir externalidades, faz com que o setor privado se beneficie e corra atrás do movimento para aproveitar oportunidades que estão se abrindo. Isso é o que vai fazer com que a economia saia desse voo de galinha", avalia Messenberg.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) prevê alta de 2,7% na produção industrial em 2012 e de 1% em 2011. Para o PIB, espera crescimento de 3,1% este ano e de 3,2% no próximo. "Essas previsões de crescimento medíocre mostram que um país que não zela pela robustez de sua indústria não tem como crescer e gerar riquezas", diz Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
O Estado de São Paulo
Lápis de exportador de Taiwan é barrado pelo MDIC
Desde o início do ano, em função da valorização do real e da redução da demanda mundial, o governo tem reforçado a área de defesa comercial para proteger a indústria nacional.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) barrou a entrada de lápis de madeira, preto e colorido, importados pelo Brasil do maior exportador do produto em Taiwan. A área de defesa comercial do governo concluiu que o certificado de origem do produto é falso. A principal etapa de produção, na verdade, se dá na China. Esse é o segundo produto barrado pelo MDIC por certificação falsa de origem. O primeiro foram imãs de ferrite que também tinham certificado de Taiwan, mas eram fabricados na China.
A decisão será publicada amanhã no Diário Oficial da União (DOU). A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, disse à Agência Estado que o exportador taiwanês, cujo nome não foi revelado, informou que comprava as minas de grafite da China e montava os lápis em Taiwan. "Pela Resolução 80, os critérios não caracterizam origem de Taiwan", explicou Tatiana. Como punição, todas as licenças de importação para compra do produto desse exportador serão indeferidas. Segundo o MDIC, essas licenças representam 22% do valor importado em lápis de madeira de Taiwan no primeiro semestre deste ano.
A investigação foi aberta no fim de agosto a pedido da Faber Castell, principal produtor brasileiro de lápis. O diretor de Marketing da empresa, Carlos Zuccolo, disse que a suspeita surgiu porque as importações brasileiras de lápis de Taiwan cresceram muito nos últimos dois anos. "Taiwan tem uma capacidade instalada muito menor do que chegava no Brasil", explicou. "Temos a liderança do mercado por causa da qualidade do nosso produto. Queremos ter certeza de que o produto concorrente tenha o mesmo rigor de produção", afirmou.
Investigações
Para driblar as sobretaxas aplicadas pelo governo nas importações onde foi constatada a prática dumping, exportadores de outros países e importadores brasileiros se utilizam de mecanismos como a emissão de certificado de origem falso ou da chamada circunvenção (quando as peças são montadas em outros países antes de serem exportados para fugir da sobretaxa). As sobretaxas aplicadas sobre as importações de lápis da China, de mais de 200%, estão em vigor deste 1996. Ainda assim a China continua sendo o principal fornecedor de lápis para o Brasil.
A proibição este ano das importações de ímãs de ferrite (usados em alto-falantes), com certificados de origem de Taiwan, foi o primeiro caso de certificado falso de origem no Brasil. O MDIC abriu dez investigações de denúncias de certificados fraudulentos em 2011. O processo de lápis de madeira é o terceiro concluído pelo governo. Os dois primeiros envolviam as importações de imãs de ferrite. Taiwan responde por metade das investigações abertas quando se diz respeito à declaração falsa de origem. Desde o início do ano, em função da valorização do real e da redução da demanda mundial, o governo tem reforçado a área de defesa comercial para proteger a indústria nacional.
AGÊNCIA ESTADO
http://acritica.uol.com.br/noticias/Lapis-exportador-Taiwan-barrado-MDIC_0_603540051.html
Primeira semana de dezembro teve superávit de US$ 319 milhões
Brasília (5 de dezembro) – Na primeira semana de dezembro (1° a 4), com dois dias úteis, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 3,251 bilhões, com média diária de US$ 1,625 bilhão. Houve superávit, no período, de US$ 319 milhões, com média de US$ 159,5 milhões por dia útil.
As vendas brasileiras ao mercado externo foram de US$ 1,785 bilhão (média diária de US$ 892,5 milhões). Pela média, houve redução de 1,9% em relação ao resultado do mês de dezembro de 2010 (US$ 909,5 milhões). Houve retração nas exportações de produtos básicos (-10,3%) por conta, principalmente, de minério de ferro e milho em grão. Por outro lado, cresceram as vendas de semimanufaturados (12,8%), com destaque para catodos de cobre, óleo de soja em bruto, couros e peles, celulose, semimanufaturados de ferro e aço e açúcar em bruto. Também aumentaram os embarques de manufaturados (6,1%), com crescimentos em etanol, motores e geradores, açúcar refinado e automóveis de passageiros.
Na comparação com a média do mês de novembro deste ano, a queda foi de 18% (US$ 1,088 bilhão). Houve diminuição nas vendas de produtos básicos (-25,3%), semimanufaturados (-22,6%) e manufaturados (-4,7%).
As aquisições no exterior, na primeira semana de dezembro, foram de US$ 1,466 bilhão (média de US$ 733 milhões). Houve aumento de 8,3% na comparação com a média de dezembro do ano passado (US$ 677,1 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (80,7%), cereais e produtos de moagem (77,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (45,8%), siderúrgicos (30,7%), aparelhos eletroeletrônicos (30,6%), instrumentos de ótica e precisão (16,8%) e equipamentos mecânicos (13,3%).
Já sobre o resultado verificado em novembro passado (US$ 1,059 bilhão), apontou-se retração de 30,8%, com diminuição das importações de combustíveis e lubrificantes (-73,6%), veículos automóveis e partes (-53,6%), farmacêuticos (-34,5%), adubos e fertilizantes (-29%) e plásticos e obras (-28,4%).
Acumulado do Ano
De janeiro até a primeira semana de dezembro, o superávit da balança comercial chega a US$ 26,293 bilhões (média diária de US$ 113,8 milhões). O resultado é 70,8% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 66,6 milhões). Nos 231 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 445,102 bilhões (média diária de US$ 1,926 bilhão), com aumento de 26,5% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,523 bilhão).
No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 235,697 bilhões (média diária de US$ 1,020 bilhão), resultado 28,3% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 795,1 milhões. O resultado anual acumulado das importações também está 24,4% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 728,5 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 209,404 bilhões (média diária de US$ 906,5 milhões).
Acesse a nota completa sobre o resultado semanal.
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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