LEGISLAÇÃO

sábado, 31 de março de 2012




Pedidos para elevação temporária de Imposto de Importação podem ser feitos até segunda


Brasília  – Termina, nesta segunda-feira (2/4), o prazo para que empresas ou entidades representativas do setor privado enviem, à Câmara de Comércio Exterior (Camex), os pedidos de elevação temporária do Imposto de Importação com base na Decisão CMC 39/11 do Mercosul. O documento permite aumentar a tarifa de importação de até cem produtos, respeitando o limite máximo de elevação permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Para apresentar a solicitação, é preciso preencher o formulário, que está no anexo I da Resolução Camex n° 5 de 2012. Entre as informações solicitadas estão dados sobre caracterização da mercadoria, alteração pretendida, além de níveis de oferta e demanda. A Camex lembra que os pleitos devem ser acompanhados da versão digitalizada de todo o material apresentado em meio físico. Os pedidos devem ser encaminhados à Secretaria Executiva da Camex (veja endereço abaixo).

Terminado o prazo, os pedidos serão avaliados tecnicamente. “Os critérios utilizados para a análise técnica serão compatíveis com o Plano Brasil Maior e outras políticas públicas prioritárias. Entre elas estão: a promoção do investimento produtivo e do esforço tecnológico de inovação das empresas nacionais. Também serão levados em conta os impactos em preços. A decisão final sobre a lista caberá ao Conselho de Ministros da Camex”, informa o secretário executivo da Camex, Emilio Garofalo Filho.

Ele lembra ainda que, além de fazer a análise dos pedidos, o Grupo Técnico sobre Alterações Temporárias da Tarifa Externa Comum do Mercosul (GTAT-TEC) também irá acompanhar os efeitos das alterações adotadas. O GTAT-TEC, presidido pela Secretaria Executiva da Camex, é formado por representantes dos ministérios que compõe a Camex: do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que a preside; Casa Civil; das Relações Exteriores; da Fazenda; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Planejamento, Orçamento e Gestão; e do Desenvolvimento Agrário.


Decisão CMC 39/11
A Decisão CMC nº 39/11 do Conselho Mercado Comum do Mercosul (CMC) não se confunde com a Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) em vigor e que possibilita flexibilizar a alíquota de outros cem produtos. A Decisão CMC nº 39/11 vale para os países membros do Mercosul e não tem vigência automática, por ser um Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 18.

A decisão deverá ser internalizada na legislação dos países e, posteriormente, o governo brasileiro ainda terá que aguardar o prazo de 30 dias antes de enviar a lista para os demais sócios do bloco econômico. Cada país, então, deverá encaminhar aos demais um formulário específico sobre a elevação tarifária e estes terão 15 dias úteis para eventual negativa acompanhada de fundamentação objetiva. Só depois deste prazo, se não houver oposição, o país estará autorizado a adotar a medida.
Serviço:

Endereço para encaminhar os pedidos: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Esplanada dos Ministérios, Bloco J, sala 702, Brasília-DF, CEP: 70053-900.

E-mail para solicitar informações adicionais: camex@mdic.gov.br
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



sexta-feira, 30 de março de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 30/03/2012




Brasil e Argentina discutem acordo sobre importação de carne


Ministério da Agricultura diz que acordo bilateral é de natureza política e não deverá ser um instrumento jurídico – Foto: Ronald Mendes
Ministério da Agricultura diz que acordo bilateral é de natureza política e não deverá ser um instrumento jurídico – Foto: Ronald Mendes
O diretor de Assuntos Comerciais da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Benedito Rosa do Espírito Santo, reúne-se nesta sexta, dia 30, em Buenos Aires, com o subsecretário de Coordenação Política do Ministério da Agricultura da Argentina, Gustavo Alvarez. Os dois países vão iniciar as discussões do acordo que prevê a retirada dos entraves às importações de carne brasileira e o estabelecimento de uma cota mensal entre um mil a 3,5 mil toneladas de carne.
O Ministério da Agricultura explica em nota que o acordo bilateral é de natureza política e não deverá ser um instrumento jurídico. O cumprimento se dará por meio da liberação das guias de importação até o volume acertado entre os governos. O acordo foi acertado há duas semanas, quando o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, foi a Buenos Aires para discutir com o ministro argentino Norberto Yahuar a suspensão das licenças automáticas e as restrições às importações da carne suína brasileira.
Até o ano passado a Argentina era o quarto principal destino das exportações brasileiras de carne suína, respondendo por 8% do volume embarcado. Os dados do Ministério da Agricultura mostram que no mês passado, quando a suspensão das licenças automáticas de importação entrou em vigor, as vendas de carne suína para o mercado argentino despencaram 83,3%. Neste mês de março o volume exportado para a Argentina é praticamente zero.




Governo tem plano contra burocracia na exportação
Pimentel quer unir Brics contra países ricos 

Redação AB, com informações da Reuters, UOL e Agência Estado 

O ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, que participa da cúpula dos Brics em Nova Délhi, na Índia, disse à agência de notícias Reuters que o Brasil vai pressionar os países emergentes, incluindo a China, para denunciarem políticas monetárias injustas praticadas pela Europa e pelos Estados Unidos, colocando em foco um confronto global sobre desequilíbrios econômicos. 

Pimentel revelou que a presidente Dilma Rousseff pretende criar sistema para reduzir a burocracia para exportadores e importadores. Hoje é preciso obter a aprovação de até 17 órgãos de governo diferentes para enviar produtos para fora do Brasil ou trazê-los do exterior. Um organismo único supervisionaria essas transações. 

Segundo a Reuters, o Brasil tem culpado o excesso global de liquidez pelo fato do real ser uma das moedas mais sobrevalorizadas do mundo. Críticos afirmam que o Brasil e a presidente Dilma Rousseff estão usando países ricos como bode expiatório para a sua própria indústria ineficiente e outros problemas domésticos. Impostos e custos trabalhistas altos, além de uma infraestrutura pobre, contribuíram para tornar o Brasil um dos lugares mais caros e difíceis do mundo para fazer negócio. 

Pimentel negou que o Brasil lidere uma eclosão de protecionismo e disse que a tarifa máxima de 35% permitida pela OMC baseou-se numa estrutura hoje obsoleta para a economia global, quando muitas moedas tinham seu valor fixo, e que essa tarifa já não permite uma proteção adequada. 

"Hoje, uma taxa de câmbio mal equilibrada facilmente esteriliza esses 35%", afirmou, sugerindo que uma solução seria permitir que países apliquem sobretaxa ou multa sobre importações de países que mantêm moedas artificialmente fracas, ou cujas moedas depreciaram em certa porcentagem ao longo do tempo. 
http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/13551/Governo%20tem%20plano%20contra%20burocracia%20na%20exporta%C3%A7%C3%A3o





CNI: índices de importação crescerão mais que os de exportação em 2012

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o coeficiente de importação da indústria nacional, que mede a participação de bens importados no consumo de produtos industriais no País, crescerá mais do que o indicador de exportação, que corresponde à participação dos embarques brasileiros na produção industrial. Para a CNI, o governo federal precisa atuar fortemente para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no cenário internacional.
A pesquisa, que analisou 27 setores, aponta que praticamente um em cada cinco produtos industriais consumidos no Brasil em 2011 foi importado – nível recorde. O coeficiente de penetração de importações, que considera tanto o consumo final das pessoas quanto o de insumos pela indústria, mostra que 19,8% dos bens industrializados no País vieram de fora, alta de 2 pontos percentuais frente o desempenho de 2010. Além disso, nada menos do que 21 dos 27 segmentos pesquisados apresentaram elevação no coeficiente de 2011 frente a 2010. No período, os maiores crescimentos foram das indústrias ópticos, informática e eletrônicos (sobretudo equipamentos de comunicação, como celulares), derivados de petróleo e biocombustíveis.
A participação de insumos importados na indústria brasileira – matérias primas, máquinas e equipamentos – também bateu recorde no ano passado, atingindo um percentual de 21,7%, crescimento de 2,6 pontos percentuais sobre 2010 e 0,4 ponto percentual acima do registrado em 2008, resultado mais alto até então da série histórica. Além disso, 24 dos 27 setores analisados registraram expansão no coeficiente. No período, os segmentos de informática, eletrônicos e ópticos alcançaram a maior alta de consumo de importados na produção.
Ao mesmo tempo, a participação das exportações no valor da produção industrial chegou a 19,8% em 2011, alta de dois 2 percentuais na comparação com 2010. Trata-se do segundo aumento anual consecutivo no coeficiente de exportação. Ainda assim, o índice está abaixo do valor recorde de 2004, quando a participação das vendas externas no valor da produção industrial atingiu 22,9%.
Na indústria de transformação, em especial, o coeficiente de exportação cresceu 1,1 ponto percentual em relação a 2010, atingindo 15% no ano passado. Os segmentos que tiveram melhor evolução foram o de metalurgia, de máquinas e equipamentos e têxteis. No entanto, a participação das vendas externas no valor da produção desse mercado está 6,6 pontos percentuais abaixo do valor do recorde da série, alcançado em 2004. Já o coeficiente do setor extrativo, que é altamente exportador, caiu 0,7 ponto percentual, fechando 2011 em 73,8% – o valor registrado em 2010 foi o recorde da série.
Em nota divulgada junto com a pesquisa, Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, atribuiu o recorde à valorização cambial, a alta no consumo interno e ao chamado Custo Brasil, que se somaram aos incentivos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) às importações a infraestrutura deficiente e os juros altos. Castelo Branco previu ainda que a tendência é aumento do coeficiente este ano.
Célio Hirakuta, professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), compartilha da opinião da CNI. “Ao contrário dos países desenvolvidos, o mercado consumidor brasileiro continuará aquecido este ano, o que deverá impulsionar as compras de bens industrializados de outros países”, avalia. Segundo Hirakuta, é provável que o ritmo de importação acelere a partir do segundo semestre, quando os Estados Unidos e a Zona do Euro deverão apresentar sinais mais sólidos de recuperação da atividade econômica. “Com a atual instabilidade da economia mundial, o mundo inteiro busca proteger o mercado interno e estimular as exportações, o que aumenta a concorrência do mercado internacional e os preços dos produtos. Países como o Brasil, cuja demanda interna se encontra em alta, estão na mira dos exportadores”, avalia.
De certa forma, dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados na segunda-feira corroboram as projeções de Castelo Branco e Hirakuta. No acumulado do ano, enquanto as exportações cresceram 6,3% (para US$ 50,4 bilhões), as importações se expandiram 9% (para US$ 48,9 bilhões).
http://www.exportnews.com.br/2012/03/cni-indices-de-importacao-crescerao-mais-que-os-de-exportacao-em-2012/



Comércio Exterior tem início de ano agitado

O ano de 2012 começou agitado, com a criação de novas regras e procedimentos que afetam o acesso de importações ao mercado brasileiro. No final de janeiro, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou nova resolução que institui o Grupo Técnico sobre Alterações Temporárias da Tarifa Externa Comum do Mercosul (GTAT- TEC). Tal grupo tem como missão analisar pleitos voltados à proteção de setores da indústria doméstica, por meio da elevação temporária do imposto de importação (II) de 100 produtos, com prazo para apresentação de pedidos vigente até o dia 02 de abril próximo.
Em um contexto de maior atratividade do mercado nacional a produtos importados, a possibilidade de proteção, em casos em que desequilíbrios comerciais fiquem caracterizados, é bem recebida por setores da indústria mais afetados pela pressão de importações, sobretudo de produtos provenientes da China e do sudeste asiático.
Segmentos da economia dependentes de importações, por outro lado, ficam preocupados ante a perspectiva de terem seu negócio afetado pelo aumento de impostos de importação, com impactos econômicos muitas vezes significativos, fruto de um procedimento confidencial, não sujeito ao contraditório.
A reunião da Camex de fevereiro resultou na criação do Grupo Técnico de Avaliação de Interesse Público (GTIP), grupo que tende a alterar a dinâmica dos processos de defesa comercial.
O GTIP exercerá função distinta à do GTAT-TEC, função essa circunscrita à análise dos impactos da aplicação de direitos antidumping e compensatórios (anti-subsídios) sobre setores da indústria afetados por eventual aplicação de tais direitos.
Investigações antidumping e anti-subsídios são conduzidas pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) que elabora parecer determinando a aplicação ou não de direitos antidumping e compensatórios, após análise de dados apresentados no decorrer de um intenso processo investigatório.
O parecer do Decom é estritamente técnico e não considera os impactos econômicos mais amplos que a futura restrição às importações acarretará sobre o setor envolvido. Por exemplo, falta de capacidade produtiva, eventuais aumentos sobre os preços de insumos e aspectos concorrenciais não são considerados na análise. Avaliação mais ampla acerca dos referidos impactos econômicos ficava sob a responsabilidade de outro grupo, o Grupo Técnico de Defesa Comercial (GTDC), que, na prática, apenas ratificava o parecer do Decom nos casos de recomendação pela aplicação de direitos antidumping e compensatórios.
Já o recém-criado GTIP, grupo integrado por representantes dos sete ministérios que compõem a Camex, institucionaliza o procedimento de análise da suspensão ou alteração de medidas antidumping e compensatórias provisórias e definitivas por razões de interesse público.
A institucionalização da cláusula do “interesse público” nos processos de defesa comercial aproxima o sistema brasileiro do europeu. Este inclui a cláusula do “interesse comunitário”, que pode impedir a imposição de medidas antidumping e compensatórias mesmo ante a determinação positiva da prática desleal de comércio, do dano à indústria considerada e do nexo causal entre os dois elementos.
No caso europeu, a análise do interesse comunitário integra todas as decisões e, junto com a determinação positiva de dumping, dano e nexo causal, é um requisito para a aplicação do direito antidumping. Na prática, são poucos os casos onde a Comissão Européia concluiu não ser do interesse da União Européia a aplicação de medidas de defesa comercial. Exemplos de casos onde a cláusula foi aplicada são investigações anti-dumping envolvendo importações de salmão do Chile e álbuns fotográficos.
Ainda, no caso europeu, o pouco recurso à cláusula do interesse comunitário deve-se, sobretudo, à falta de organização dos setores afetados pelas medidas, ou seja, dos importadores e usuários do produto em questão. No caso brasileiro, a organização desses setores e sua conduta pró-ativa também será fundamental.
Com a publicação da Resolução 13 da Camex, de 1o de março de 2012, pedidos de suspensão ou alteração de medidas antidumping e compensatórias deverão ser apresentados à Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, que coordenará a apreciação dos elementos de fato e de direito que amparam o pedido.
Trata-se de inovação importante que permitirá a maior participação do Ministério da Fazenda nesse processo por meio da Seae, que, até então, exercia participação tímida em processos de defesa comercial.
Um ponto de destaque é a possibilidade de qualquer membro do GTIP, ou outro órgão da Administração Pública Federal, solicitar, “a qualquer tempo”, informações necessárias à análise. Essa previsão legal tem potencial para gerar confusão tanto para as partes envolvidas, como para a administração pública.
Em todo caso, a criação do GTIP e a institucionalização da cláusula do interesse público são sinais positivos para importadores e setores da indústria dependentes das importações, os quais serão mais ouvidos sob o novo mecanismo. A SEAE deverá também trazer elementos da sua experiência em questões concorrenciais para a defesa comercial.
Em resumo, enquanto a criação do GTAT-TEC gerou preocupações para os setores dependentes do fluxo continuo de importações, o recém-criado GTIP sinaliza que suas preocupações serão mais ouvidas muito embora em contexto distinto, o dos processos antidumping e compensatórios.

Adriana Dantas é sócia do BM&A - Barbosa Müssnich & Aragão e lidera a prática de Comércio Internacional.
Revista Consultor Jurídico, 29 de março de 2012



Factoring internacional amplia possibilidades de crédito às exportações
por Redação *
A despeito de medidas cambiais e leilões de dólares promovidos pelo governo na última semana, o mercado está carente de mecanismos que ampliem a competitividade dos produtos exportáveis brasileiros.

Nesse sentido, o factoring de exportação representa uma alternativa que, sem necessidade de intervenção governamental ou subsídios, amplia e agiliza a oferta de crédito, especialmente para os pequenos e médios empresários.

Em 2010, o factoring movimentou € 1,7 trilhão no mundo, com um crescimento médio de 11% nos últimos 12 anos. O factoring internacional é o segmento que mais ampliou suas atividades e já representa 15% do volume global.

Taiwan e China são os principais utilizadores do factoring de exportação, representado juntos 29% do volume mundial. No Brasil, o quadro ainda é muito restrito. A participação do País no total global do factoring de exportação é de apenas 3%. Na movimentação interna do setor, o factoring internacional se limita a 0,1% do total movimentado.

Para o presidente da Associação Nacional de Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring (Anfac), Luiz Lemos Leite, além de receber praticamente à vista o valor de seus créditos, o exportador conta com uma cadeia de serviços que envolve a análise de risco do importador, negociação no mercado de câmbio brasileiro das condições de fechamento da operação, assim como assessoria em trâmites como despacho aduaneiro, obtenção de guia de exportação, contratação do embarque e fechamento de câmbio.

“O factoring internacional oferece, sobretudo ao pequeno e médio empresário, uma opção concreta de atender às suas necessidades e aspirações de expandir seus negócios internacionalmente”, avalia. “Com a globalização e a simplificação dos processos, vem ganhando espaço crescente nas transações internacionais. Nesse momento em que os bancos estão afetados pela crise, tem sido fundamental para manter o mercado alimentado, principalmente na Europa”, aponta.
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=63580


PORTOS E LOGÍSTICA - 30/03/2012






Exportação de grãos pelo Porto de Paranaguá cresce 37% no primeiro trimestre 
O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, exportou, de janeiro até agora, 3,4 milhões de toneladas de grãos


Exportação de grãos pelo Porto de Paranaguá cresce 37% no primeiro trimestre

O volume é 37% superior ao registrado no ano passado. O embarque diário realizado no corredor tem sido de 65 mil toneladas, em média.


Considerando apenas a exportação de soja, no primeiro trimestre foram embarcadas pelo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, 1,6 milhão de toneladas. O volume é 117% superior ao registrado em 2011 no mesmo período. Já o farelo de soja apresentou alta de 43% em relação a 2011, totalizando 1,1 milhão de toneladas exportadas.


O secretário de infraestrutura e logística, José Richa Filho, dando cumprimento ao Plano de Governo, determinou que a administração da Appa trabalhe nos projetos de expansão da capacidade estática do Porto para melhor atender a safra de grãos.


“Nos próximos 60 dias estaremos fechando o escopo das melhorias a serem executadas no corredor de exportação em caráter emergencial e para os próximos anos”, afirmou o secretário.

Um dos projetos de expansão dos portos paranaenses visa substituir quatro armazéns de carga geral que existem hoje no cais de Porto de Paranaguá. Juntos, eles somam capacidade estática de 54 mil toneladas. A obra de modernização prevê a construção, na mesma área, de dois armazéns graneleiros com capacidade estática de 195 mil toneladas e rendimento operacional de duas mil toneladas por hora.


Por outro lado, a Appa trabalha ainda no projeto de modernização e repotenciamento do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, com o objetivo de elevar os níveis de produtividade, redução de perdas e principalmente atendimento das exigências ambientais e de controle de zoonoses.


Mudanças - Desde o inicio do Governo Beto Richa, várias mudanças foram implementadas nos portos paranaenses para bem atender a safra de grãos. Ações como a ampliação na capacidade estática do sistema e a melhoria no sincronismo das atividades logísticas permitiram que o complexo do Corredor de Exportação melhorasse seu desempenho.


A criação da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado do Paraná (SEIL) também contribuiu neste processo, possibilitando a integração das demandas do setor portuário, ferroviários e dos sistemas de acesso.


Além disso, a Appa, em sintonia com o Plano Nacional de Logística Portuária, esta finalizando o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento dos Portos do Paraná. Neste plano, serão estabelecidos em conjunto com o Conselho de Autoridade Portuária (CAP), os investimentos públicos e privados para aplicação em curto, médio e longo prazos. A intenção é definir o Plano de Ocupação de Áreas para projetar o porto das próximas décadas.




Receita Federal no Porto de Belém fiscaliza indústrias e lança R$ 16,9 milhões em créditos

Ao longo deste ano, a fiscalização da Alfândega da Receita Federal do porto de Belém já lançou R$ 16,9 milhões entre Imposto de Importação (II), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), contribuições (PIS/Pasep e Cofins) e multas. O alvo principal foram as empresas industriais (90%) que não respeitaram a legislação tributária referente à renúncia fiscal com suspensão de tributos.
Na renúncia fiscal, a União se abstém de cobrar tributos em troca de contrapartida do contribuinte, que, no caso do comércio exterior, geralmente, é a exportação dos bens produzidos.
No primeiro trimestre deste ano, a fiscalização da Alfândega ampliou seu raio de atuação para o sul do estado do Pará e, entre abril e junho, estenderá ainda mais, com a inclusão de ações nas demais regiões do Estado.
Fonte: Receita Federal


TRIBUTOS





ICMS menor agrada municípios da região

Proposta de redução da alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços é do secretário Ricardo Barros

A proposta de redução da alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), num percentual de até 20%, visando atrair empreendimentos industriais no interior, repercutiu bem entre secretários de indústria e comércio na região. A proposta lançada nesta semana pelo secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, que tornar as cidades mais atraentes para os investidores.

Em evento realizado em Curitiba, Barros apresentou um estudo técnico que aponta alternativas para compensar os custos de logística das empresas que se instalam nos municípios mais distantes da infraestrutura ou do mercado consumidor. Os índices de referência para as cidades beneficiadas, ainda não são divulgados. A assessoria de Imprensa do órgão disse ontem que isso está em negociação com a Secretaria da Fazenda.

Consultados pela Tribuna, secretários municipais, avaliam que tudo que for viabilizado para tornar mais competitivas as cidades do interior em relação à capital é válido.

“A logística em Curitiba e região metropolitana favorece os investidores, com a proximidade do Porto de Paranaguá, aeroporto, rodovias duplicadas; os empresários também levam em conta a capacidade de consumo”, pondera o secretário de Indústria e Comércio de Arapongas, Homero Bazana.

O perfil de Arapongas, segundo ele, não se enquadra na proposta apresentada agora pelo Estado. “Estamos no meio do eixo Londrina-Maringá e somos servidos por uma boa infraestrutura de transportes”, argumenta Bazana.

Para o secretário de Indústria, Comércio e Agricultura de Apucarana, Ivo Gilberto Martins, que também participou do encontro com Ricardo Barros, a proposta é muito boa. “No caso específico de Apucarana, a proposta não irá garantir uma redução de ICMS em níveis mais elevados, pois os critérios que definem o índice são o IDH e as distâncias do município do Porto de Paranaguá e do anel rodoviário de integração”, revela Ivo Martins.



Adiada votação do ICMS único para importados

Durou mais de três horas nesta quarta-feira (28) o debate do projeto de resolução do Senado (PRS 72/10) que uniformiza as alíquotas do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados. Ao final, os integrantes da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) decidiram adiar a votação para a próxima semana, período durante o qual o projeto ficará em vista coletiva.

O desafio para os integrantes da CCJ será o de resolver se a forma de implementação dessas medidas fiscais fere ou não a Constituição Federal.

O relator da matéria, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), está convencido da inconstitucionalidade da aplicação de alíquota zero de ICMS aos bens e mercadorias importados por meio de projeto de resolução do Senado. Ele recomendou a rejeição e o arquivamento do PRS 72/10.

Com base no artigo 155, §2º, inciso XII, alínea “g” da Constituição, Ferraço sustentou que o Senado Federal não pode regular isoladamente - via projeto de resolução - a concessão e revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais. Essa tarefa seria de competência privativa do Congresso Nacional, devendo, portanto, ser submetida à aprovação da maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado por meio de projeto de lei complementar.

- A exigência de lei complementar, cujo processo legislativo é mais complexo do que o das leis ordinárias, explica-se porque a concessão de incentivos de ICMS pelos estados e o Distrito Federal envolve valores fundamentais da República, como a autonomia estadual, o pacto federativo e a redução das desigualdades regionais e sociais – considerou Ferraço, advertindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem declarado a inconstitucionalidade de normas editadas sem observar esse requisito constitucional.

Voto em separado

O mesmo artigo da Constituição que fundamentou a rejeição de Ferraço ao PRS 72/10 foi invocado no voto em separado do senador Armando Monteiro (PTB-PE) para declarar a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade do projeto. Amparado, porém, no inciso IV, o senador por Pernambuco assegurou que resolução do Senado Federal “é o instrumento por excelência para a fixação de alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais”.

Para reforçar sua defesa do projeto, citou duas resoluções do Senado (22, de 1989, e 95, de 1996) que regulam alíquotas do ICMS, estão em vigor e não foram contestadas pelo STF.

- Não procede o argumento de que o projeto trata de benefícios fiscais no âmbito do ICMS e que, por esse motivo, teria de ser veiculado por lei complementar. O PRS 72/10, ao estabelecer alíquota interestadual de ICMS para produtos provenientes do exterior que não sofram agregação de valor no estado de importação, cuida apenas da partilha da arrecadação do tributo entre os entes federativos nessas operações. O gravame sofrido pelo contribuinte de fato permanece o mesmo, já que a alíquota incidente será sempre a interna do estado de destino – ponderou Armando Monteiro.

Depois de analisada pelo CCJ, a proposta será submetida à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Simone Franco
Fonte: Agência Senado
Associação Paulista de Estudos Tributários



Fisco define procedimento para restituir IOF


A Receita Federal estabeleceu o procedimento para as empresas poderem fazer a compensação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) devido em operações de hedge. O contrato de hedge protege o valor a receber de exportações em razão da variação cambial.

O procedimento consta do Ato Declaratório Executivo (ADE) nº 1, da Coordenadoria Especial de Ressarcimento, Compensação e Restituição da Receita Federal. A norma foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial.

De acordo com o texto, as empresas deverão apresentar ao Fisco os formulários anexos na Instrução Normativa nº 900, de 2008, e fazer o pedido de ressarcimento ou compensação por meio do programa eletrônico PER/DCOMP. Esse programa já é usado pelas companhias em relação a outros tributos federais.

A alíquota do IOF nas operações de hedge é de 1%. A compensação do imposto nessas operações foi regulamentada pela Receita Federal por meio da Instrução Normativa nº 1.256, publicada este mês. As empresas começaram a recolher o IOF sobre o hedge em janeiro.

Laura Ignacio
Fonte: Valor Econômico
Associação Paulista de Estudos Tributários

Comissão aprova isenção tributária para peças de máquinas usadas em portos

A Comissão de Viação e Transportes aprovou nesta quarta-feira (28) o Projeto de Lei 2128/11, do deputado Alberto Mourão (PSDB-SP), que concede isenção tributária para a aquisição ou importação de peças de reposição de máquinas utilizadas em portos, quando as peças tiverem valor inferior a 20% do equipamento a que se destinam.

A proposta altera a Lei 11.033/04, que institui o Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). Pela legislação atual, somente peças com valor superior a 20% das máquinas a que se destinam contam com a suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do PIS/Pasep, da Cofins e do Imposto de Importação, quando for o caso.

O projeto estabelece que, no caso da aquisição ou importação de peça de valor correspondente a menos de 20% do valor da máquina ou equipamento para o qual se destina, o Poder Executivo pode estabelecer obrigações acessórias, a fim de conceder a suspensão de tributos.

Lara Haje
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Associação Paulista de Estudos Tributários



Unificação de ICMS sobre produtos importados tende a beneficiar Rio Grande

Em discussão no Senado, a unificação do percentual de ICMS sobre produtos importados entre os portos tende a devolver a Rio Grande cargas que migraram para Itajaí.
No mesmo período, Rio Grande – que cobra 12% – aumentou o volume de mercadorias em 121%. Proposta que tramita no Senado estabelece alíquota única de 4% de ICMS nas operações interestaduais de produtos importados. Com isso, acaba a chamada guerra dos portos, deflagrada para aumentar a arrecadação.

Se a medida for aprovada, produtos da indústria petroquímica, têxtil, metalmecânica e de autopeças poderão voltar a entrar em maior volume pelo terminal gaúcho.

Apesar da resistência de Estados que concedem benefícios, como Santa Catarina e Espírito Santo, o governo federal quer a aprovação urgente da proposta. Ontem, a resolução foi apreciada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde teve pedido de vista. Com isso, a votação foi adiada para a próxima semana.

A possível unificação da tarifa de ICMS irá beneficiar o porto de Rio Grande e a indústria gaúcha. A medida acabará com um subterfúgio de Estados de baixar o valor da importação e cobrá-lo na hora de transferir para outro comprador.

Dessa forma, explica o secretário estadual da Fazenda, Odir Tonollier, Santa Catarina não poderá mais importar um produto cobrando menos ICMS e, ao vendê-lo ao Rio Grande do Sul, incluir o imposto na nota.

Conforme o secretário, produtos como resinas plásticas e outros componentes acabavam importados por Santa Catarina e resultavam em altos preços para o comprador.

Com o fim da guerra dos portos, será possível também atrair novos clientes para a Metade Sul. Hoje, indústrias do norte gaúcho, de setores como metalmecânico e autopeças, optam pelos terminais catarinenses para trazer produtos.

Uma das dificuldades para terminar com a distorção é a perda dos Estados que concedem benefícios. Santa Catarina e Espírito Santo, por exemplo, exigem compensação para aceitar a alíquota unificada.

O incentivo à importação contraria os recentes esforços do governo federal para evitar competição desleal com a indústria nacional.

Embora seja defendida pelos Estados que promovem a redução de tributos para importação como geradora de emprego, a medida é atacada pela Federação das Indústrias de São Paulo, que calcula em 1 milhão de empregos a perda de vagas com esse tipo de iniciativa.

A queixa é a de que a redução de impostos sobre importados cria emprego no entorno dos portos, mas destrói postos de trabalho nas linhas de produção nacionais.

Fonte:Zero Hora/JOANA COLUSSI e RAFAEL DIVERIO





SC apresenta a Mantega proposta de alíquota do ICMS na importação de mercadorias


Foto: Fernanda Cardoso Rodrigues / SAN
A transição para a nova alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para importados será gradual e iniciará a partir do próximo ano. Esta foi a confirmação que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu ao governador Raimundo Colombo, em audiência nesta quinta-feira (29), em Brasília.
O percentual a ser descontado anualmente, até atingir os 4% propostos pela Resolução 72 do Senado Federal, ainda precisa ser acertado, bem como a lista de produtos que ficarão isentos da alteração na taxa. Aço, polímero e têxteis cercarão as próximas discussões. "Conseguimos chegar a um consenso em relação à transição e agora vamos construir em conjunto a lista de produtos que não podem ser impactados. Precisamos proteger a economia catarinense, sendo que somos o maior produtor têxtil da América Latina", salientou Colombo.
Na próxima semana, o governador retorna a Brasília para conversa com deputados e senadores catarinenses, antes da aprovação da medida pelo Senado. A alíquota de 6% proposta inicialmente por Santa Catarina foi recusada por Mantega que, em contrapartida, concordou com a política de compensação por meio de financiamento para obras de infraestrutura e logística. "Investindo em obras essenciais, principalmente de rodovias e acesso aos portos, conseguiremos diminuir os custos operacionais das empresas instaladas no Estado", expressou Colombo.
Acompanhado dos secretários da Fazenda, Nelson Serpa; e de Articulação Nacional, João Matos, o governador também propôs o decréscimo de um ponto percentual ao ano, visando minimizar as perdas de arrecadação, calculadas em cerca de R$ 1 bilhão. No entanto, os demais estados impactados deverão ser ouvidos até o consenso.

Plano de Investimentos
O governador apresentou a Mantega um plano de investimentos no estado por meio de financiamento para compensar as perdas com a uniformização do ICMS. "O plano de financiamento seria para melhorar a logística do estado e melhorar o operacional. Seria melhorar uma série de rodovias e obras importantes, incluindo [obras] na área de energia. Além disso, para ações sociais na área de saúde e prisional", destacou.


CARROS





Carros: Fernando Pimentel deve anunciar novo regime automotivo


SÃO PAULO - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, deve anunciar um novo regime automotivo, com o objetivo de aumentar o conteúdo nacional dos veículos e diminuir oIPI  (Imposto sobre Produtos Industrializados).
De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, o novo regime contará com uma tabela de pontuação para as montadoras instaladas no Brasil. Com isso, as fabricantes que acumularem mais pontos terão maior redução na cobrança do IPI.
Critérios
Segundo a assessoria, embora não tenha uma data confirmada para ser anunciado, o novo regime dará pontos para as montadoras que tiverem maiorconteúdo nacional.
Com o novo regime automotivo, o desconto pode chegar a 100%, dependendo da pontuação atingida, porém, não será fácil para as montadoras atingirem esse percentual.
Outro critério que será utilizado para gerar a pontuação será o investimento em pesquisa e desenvolvimento. As montadoras que investirem mais em novas tecnologias poderão ser beneficiadas.


IPI sobre carros importados terá sistema de pontuação, diz jornal
Montadoras vão precisar seguir critérios para terem desconto sobre o imposto
O novo regime automotivo brasileiro em relação ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em carros importados começa a tomar forma. De acordo com reportagem do jornalista Clovis Rossi, da Folha, será na forma de tabela de pontuação para cada montadora que pretende se instalar no pais.
O desconto em cima dos 30 pontos percentuais, pagos por modelos importados desde dezembro, seria dado de acordo com uma “tablita”.
O critério principal para acumular pontos diz respeito ao conteúdo nacional adotado nos carros, já que o principal objetivo do governo é estimular investimentos nacionais oriundo das montadoras, principalmente as asiáticas. Depois, o segundo passo para crescer na “tablita” está o aporte em pesquisa e desenvolvimento.
Modelos sustentáveis – os que menos poluem – e elétricos também ganham ponto. Porém, segundo a matéria, o mercado de carros elétricos para o governo brasileiro ainda é irrelevante.
O regime automotivo deve ser apresentado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, na próxima semana e não terá restrições relevantes. Com isso, em abril o sistema de pontos e o novo regime já poderia entrar em vigor.