LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 9 de março de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 09/03/2012



Barreira argentina prejudica indústria têxtil
Rafael Vigna, de Blumenau (SC)
EDSON PELENCE/DIVULGAÇÃO/JC
Pimentel acredita que Brasil pode exigir medidas contra o país vizinho
Pimentel acredita que Brasil pode exigir medidas contra o país vizinho
As barreiras comerciais impostas pela Argentina às exportações brasileiras foram tema de encontros de entidades do setor têxtil em Blumenau (SC). Durante a Feira Internacional Texfair Home o assunto tem preocupado empresas que dependem das compras do país vizinho - o principal mercado externo do ramo de cama, mesa e banho - para manter uma fatia já bastante reduzida nos embarques. O diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, não descartou o ingresso de um pedido de intervenção junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Pimentel considera que os atrasos na liberação de licenças de exportação, anunciadas no início do ano pelo governo argentino, confirmaram os maiores temores do mercado. Prazos que eram previstos para 60 dias já se aproximam de 100 dias e afetam as relações comerciais entre os países. “A Argentina é um caso sério e que ao longo dos últimos anos atuou de forma prejudicial ao Mercosul. Sem dúvida cabem medidas da OMC.”

Segundo o dirigente, o Brasil chegou a responder por 50% das importações de têxteis para Argentina. Em seis anos, a fatia foi reduzida a 25%. Enquanto isso, a China, que no mesmo período detinha apenas 4%, hoje lidera o ranking de entradas no país vizinho com quase 30% de participação.

De acordo com o presidente dos Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário (Sintex), Ulrich Kuhn, não há escapatória para as exportações do setor em 2012. Sem competitividade para investir na abertura de mercados, a principal expectativa é a projeção de aumento de 4,5% do consumo interno.

Para os fabricantes nacionais, preservar os embarques é considerado fundamental para as estratégias comerciais de longo prazo. No caso da Karsten, explica a coordenadora de Exportações, Bianka Einckenberg, mercados tradicionais como EUA e Europa foram substituídos por países da América Latina e da África. Segundo Bianka, a manutenção da política exportadora pode ser importante para preservar benefícios também no mercado interno.
“Quem exporta possui benefícios que podem ser aplicados no mercado interno, como taxas reduzidas para os financiamentos de tecnologia.”

Com 6% do faturamento anual garantidos pelos embarques, o diretor de exportações da Altenburg, Rafael Schatz, classifica como “heroicas” as empresas que continuam no comercio exterior. A busca argentina pela preservação de um saldo positivo de US$ 10 bilhões na balança comercial em 2012 reduz ainda mais as expectativas do setor. “Perdemos um parceiro comercial há 30 dias. Era o mercado mais importante e simplesmente sumiu. Dos cerca de 20 clientes regulares, apenas dois compareceram na Texfair para realizar contatos e muito preocupados com os rumos das relações”, resume.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=88237





  Brasil quer aumentar exportações para a China

  • Segundo Temer, o Brasil quer aumentar as exportações de carne para a China. “Pudemos enfatizar o nosso interesse em aumentar as nossas exportações de carnes de aves, de carne bovina e de porco”, disse o vice-presidente. Ele informou que a questão das exportações chinesas para o Brasil, que têm crescido nos últimos meses, também foi tratada. “Também solicitamos que fosse feito, pelos chineses, um eventual dimensionamento das suas exportações para o Brasil.”
    Temer disse ainda que, além das carnes, o Brasil também tem interesse em vender aviões da Embraer para a China. O mercado de aviões executivos na China é um dos que mais crescem no mundo e o Brasil tem interesse em vender os jatos Legacy da Embraer para os chineses.
    Outro ponto tratado na reunião foi o Programa Ciência sem Fronteiras que prevê o envio de estudantes brasileiros para especialização no exterior. A intenção é que 100 estudantes brasileiros possam estudar na China e o mesmo número de estudantes chineses possa vir estudar no Brasil.
    De acordo com o vice-presidente, os dois países querem trabalhar em conjunto na formulação de políticas no âmbito do Brics – grupo formado pelo Brasil, pela Índia, China, Rússia e África do Sul – e também no G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo.
    O vice-primeiro-ministro chinês, Wang Qishan, disse que seu país tem interesse em fazer mais investimentos no Brasil, principalmente, na área de infraestrutura. Os chineses também querem aumentar a cooperação na área de ciência e tecnologia, especialmente na área de nanotecnologia.
  • Por NetMarinha



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