Porto retoma todas as exportações da cooperativa Coamo
A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa da América Latina, retomará todas as suas movimentações via Porto de Paranaguá. A empresa paranaense, presente também nos estados de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, estava realizando parte de suas exportações de carga refrigerada através do terminal catarinense de São Francisco.
Segundo o presidente da empresa, José Aroldo Gallassini, melhorias na infraestrutura portuária, aumento no número de janelas públicas de atracação e possibilidade de receber navios maiores, motivaram a decisão do grupo.
“Nos próximos meses, praticamente 99% de toda nossa produção será exportados por Paranaguá. A movimentação de farelo de soja, soja e milho já é feita através do terminal, que sempre ofereceu os menores custos e que permite preço do frete bem abaixo dos demais portos brasileiros. A intenção é movimentar também nossa linha de margarinas”, afirma Gallasini.
Para o diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, João Batista Lopes dos Santos, a retomada das exportações de margarina foi possível graças ao comprometimento do Governo do Paraná em promvoer melhorias constantes, como a ampliação da capacidade da subestação da Copel em Paranaguá. “Hoje, o Terminal de Contêineres de Paranaguá, o TCP, conta com três mil tomadas para os contêineres refrigerados, o maior número do país. O governador Orlando Pessuti tem demonstrado preocupação em garantir que a Copel consiga acompanhar o crescimento do setor e entende a necessidade de ampliar o fornecimento de energia”, disse.
Em 2009, a Coamo respondeu por 11% do total exportado por todas as cooperativas do Brasil, juntas. A empresa reúne mais de 22 mil cooperados e atua tanto no campo quanto em atividades industriais de esmagamento e refinaria de óleo, hidrogenação e fabricação de margarinas. São 112 unidades de produção, incluindo a indústria de esmagamento de soja e o armazém portuário em Paranaguá, que terá capacidade ampliada.
Uma reunião entre a diretoria da Coamo e da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), adiantou o investimento de R$ 10 milhões na construção de duas esteiras rolantes que ligarão a indústria e o armazém da empresa até a faixa portuária. “Cada uma terá capacidade de movimentar 1,5 toneladas de grãos por hora, o que garantirá agilidade a todo o processo de embarque”, contou Gallassini.
O superintendente da Appa, Mario Lobo Filho, destacou a decisão da Coamo de concentrar a movimentação de dois tipos diferentes de cargas em Paranaguá: grãos e produtos refrigerados. “É o reconhecimento de que o porto não é mais exclusivamente graneleiro, apesar de continuarmos líderes nacionais na exportação de farelos e oferecermos uma série de vantagens aos exportadores de grãos. O fortalecimento na logística e a ampliação do perfil econômico do terminal fizeram com que Paranaguá assumisse a liderança também na exportação de congelados, madeira e óleos vegetais, por exemplo”, diz Lobo Filho.
A Tribuna
Viracopos sobe no ranking mundial
O Aeroporto Internacional de Viracopos subiu 198 posições no ranking mundial de número de passageiros divulgado anualmente pelo Conselho Internacional de Aeroportos (ACI). Dessa forma, o aeroporto saltou do 483º lugar para o 285º posto, entre os 1.354 aeroportos de todo o planeta que são pesquisados.
Viracopos foi ainda o que registrou maior aumento no fluxo de passageiros entre os 50 principais aeroportos da América Latina. De acordo com os dados da entidade, Viracopos teve 3.542.994 embarques e desembarques em 2009, o que representa um crescimento de 181% sobre o ano anterior, quando foram 1.257.257 usuários.
O segundo aeroporto com maior crescimento entre os 50 principais da América Latina, por exemplo, foi o Santos Dumont, no Ride Janeiro, que registrou aumento de 40,6% no período.
Como a movimentação de passageiros manteve um ritmo de crescimento no primeiro semestre deste ano — a informação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) é de que mais de 2,404 milhões de embarques e desembarques foram registrados —, a perspectiva é de que o aeroporto encerre 2010 com um movimento de mais de 5 milhões de passageiros.
Quando atingir esse fluxo, Viracopos passará a integrar o grupo de aeroportos considerados como os mais importantes do planeta — o último a integrar este contingente é o aeroporto de Heraklion, na Grécia, na 225ª posição.
“É o montante (5 milhões de passageiros) que a ACI atualmente estipula como o mínimo para comprovar um porte considerável do aeroporto com um fluxo consistente de passageiros”, assinala a diretora de comunicação da ACI, Nancy Gautier.
Queda - Ela aponta que em 2009, o mundo vivenciou um período de queda de 1,8% na movimentação de passageiros, ainda por conta da crise econômica global.
Entretanto, a aviação regional foge da tendência. “Regiões como o Oriente Médio e a Ásia tiveram aeroportos com crescimento bastante substanciais. O índice de Viracopos pode ser considerado extremamente alto”, aponta Nacy.
Os dados da ACI ainda apontam que Viracopos é o sétimo aeroporto em relação ao movimento de cargas na América Latina, apesar do volume de mercadorias importadas e exportadas ter caído no ano passado. Foram 184.746 toneladas movimentadas por meio do terminal campineiro.
Em relação ao número de pousos e decolagens, o aeroporto ocupa a 39ª posição no continente, com 55.261 movimentações no período.
Expansão - Na opinião do vice-presidente da Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo (Aviesp), Marcelo Matera, o aquecimento de Viracopos pode ser atribuído ao aumento no número de voos oferecidos no aeroporto. “Desde que a Azul tomou Viracopos como base, todas as companhias aéreas passaram a dar mais a atenção para Campinas e o Interior de São Paulo. O número de destinos acessíveis por Viracopos cresceu bastante e agora é possível até mesmo ir para a Europa com o voo da TAP”, analisa.
Para Matera, o aeroporto está se configurando como a principal porta de saída para viajantes de todo o Interior de São Paulo. “O Interior do Estado responde por 23% do faturamento do turismo nacional. E todo esse público prefere voar por Viracopos por conta da praticidade em relação a Congonhas e Cumbica”, justifica.
A necessidade de expansão de Viracopos é, inclusive, um dos principais temas da campanha eleitoral 2010, tanto na disputa estadual como nacional.
Mudanças surpreendem quem viaja por Campinas - Aumento de voos e estrutura são alguns dos atrativos. Não é só a quantidade de destinos que mudou completamente no Aeroporto Internacional de Viracopos. Para quem não viajava há muito tempo pelo local, o aeroporto parece estar bastante diferente. É o que diz o engenheiro químico Hélio Hilário Ferreira. Morador de Vargem Grande Paulista, ele não embarcava em Viracopos desde 2005. “Parece até outro aeroporto. Está bem mais movimentado e tão confortável quanto Cumbica ou Congonhas”, afirma.
A estrutura do aeroporto também atrai o empresário catarinense André Milanês. Acostumado a viajar de Porto Alegre para Recife com parada em um dos aeroportos na Grande São Paulo, ele agora prefere fazer o mesmo trajeto com conexão em Campinas. “É um aeroporto menos tumultuado e em que não acontece tanto atraso”, considera.
Até mesmo quem passa pela primeira vez por Viracopos se surpreende com o que vê. A professora Regiane Balaben admite que desconhecia a existência de tantos voos saindo pelo aeroporto. “É muito bem estruturado. Para quem mora no Interior é muito mais fácil vir aqui do que ir até São Paulo”, diz.
Crescimento aumenta a necessidade de reformas - Falta de estacionamento e demora representam gargalos. Com o crescimento que vem sendo registrado em Viracopos, alguns gargalos estruturais começam a aparecer e exigir soluções rápidas. É o caso do estacionamento que sofre com a falta de vagas.
Segundo a Infraero, circulam diariamente no aeroporto cerca de 3 mil veículos e existem 1,2 mil vagas divididas em quatro espaços: um estacionamento principal, em frente à seção de embarque e desembarque, e três bolsões.
Por isso, é comum ver veículos estacionados em locais proibidos, principalmente nos horários de pico.
Uma intervenção rápida pode ampliar em 700 vagas a capacidade, mas o início das obras depende de processo licitatório.
A retomada dos voos internacionais ocorrida em julho também foi marcada por transtornos aos passageiros. Quem desembarcou nas duas primeiras semanas de voos da TAP Portugal chegou a aguardar até três horas para ser atendido pela Polícia Federal. O tempo de espera foi reduzido depois que a equipe de atendimento foi reforçada e o sistema de internet foi aprimorado.
Outra demanda é pela instalação de um juizado especial para o atendimento de passageiros, a exemplo do que recentemente aconteceu em outros cinco aeroportos brasileiros.
“Viracopos teve um crescimento significativo nos últimos anos e está se aproximando do patamar do Aeroporto Santos Dumont, por exemplo, que foi contemplado com a medida. Portanto, existe demanda para a instalação de um juizado especial aqui capaz de solucionar problemas pontuais”, afirma a advogada Joanna Paes de Barros e Oliveira, especialista em responsabilidade civil, do escritório Emerenciano, Baggio e Associados.
Infraero: elevação foi mantida em 2010 - Os dados apontados pelo levantamento do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) são um pouco diferentes dos apresentados mensalmente em balanços realizados pela Infraero.
De acordo com a empresa estatal, em 2009, o total de passageiros verificados no aeroporto de Campinas foi de 3.364.300 passageiros. Em 2008, o total foi de 1.084.059 embarques e desembarques. Dessa forma, o crescimento de um ano para o outro seria de 210%, ainda maior daquele aferido pela entidade suíça. Apesar das diferenças verificadas, a ACI também apresenta a Infraero como fonte de informações. A empresa estatal confirma que os dados válidos são os divulgados pelo boletim mensal que é repassado à imprensa.
Pelos dados da Infraero, o aumento de passageiros continuou no primeiro semestre, foram 2.404.194 embarcando e desembarcando, um avanço de 93,27% sobre os seis primeiros meses do ano passado.
Correio Popular - SP
Brasil libera importação de aeronaves com imposto zero
Desde a última semana, o setor aeronáutico brasileiro está livre do Imposto de Importação para trazer do exterior aeronaves e aparelhos de treinamento de voo. A eliminação da alíquota foi determinada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) e públicado no Diário Oficial da União na última sexta-feira (6).
Também estão sujeitas à alíquota zero produtos fabricados em conformidade com especificações técnicas e normas de homologação aeronáuticas, utilizados na fabricação, reparação e manutenção de aeronaves no Brasil.
A alteração, de acordo com a Camex, foi decorrente de uma proposta brasileira submetida ao Mercosul e já aprovada pelos países do bloco econômico. Resta saber quais serão os mercados nos quais o Brasil irá buscar esses equipamentos.
portogente
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