LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR -19/08/2010

Camex autoriza consulta à OMC sobre exportação de carne de frango para a União Européia
O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou, em reunião realizada nesta terça-feira (17/8), em Brasília (DF), autorização para a abertura das negociações no âmbito do Sistema de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre os padrões de comercialização de carne de ave ou de frango na União Européia (EU).

O secretário-executivo da Camex, Helder Chaves, e o diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Cozendey, concederam entrevista coletiva após a reunião e explicaram que a origem do pedido foi uma solicitação da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) ao Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Carne congelada
A entidade que reúne os exportadores brasileiros de frango solicita que sejam questionadas as regras que entraram em vigor na União Européia em maio deste ano (Regulamento EC 1047/09) e que modificaram os critérios para venda de produtos congelados e in natura. Segundo a Ubabef, os novos padrões adotados pela UE dificultam o acesso ao mercado europeu de produtos avícolas brasileiros.

Pelas novas regras, a carne de ave ou de frango só pode ser vendida como congelada, ultracongelada ou como fresca. Não há categorias para classificar outros produtos, o que estaria afetando a exportação brasileira de carne de frango salgada e congelada que, ao chegar ao mercado europeu, era processada e vendida como preparações de frango.

O diretor do Departamento Econômico do MRE esclareceu que, antes de entrar na fase de negociações na OMC, falta terminar a fase preparatória onde todos documentos enviados pela Ubabef serão analisados.

Declaração anticorrupção
Na reunião realizada no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Camex aprovou resolução que condiciona o apoio oficial brasileiro a exportações - por meio de financiamento ou de refinanciamento - à assinatura de uma declaração de compromisso, por parte do exportador, de que não participará de qualquer tipo de ato de corrupção e de que denunciará casos que cheguem ao seu conhecimento.

A medida será aplicada em exportações brasileiras para entidades do setor público de outros países e atende a uma recomendação da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) da qual 30 países fazem parte. O Brasil participa do comitê de anticorrupção da entidade.

Lista de Exceções
A Camex concluiu a revisão da Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum (TEC), incluindo cinco novos produtos, dentre eles: máquina separadora de ovos com capacidade para processar 36 mil ovos por hora (NCM 8433.60.21) - elevação de 0% para 14%; partes, peças e componentes para fabricação de brinquedos (NCM 9503.00.99) - redução de 20% para 2% -; e partes e acessórios para bonecos (NCM 9503.00.29). Nesse caso, a redução de 20% para 2% da alíquota faz parte do processo de reestruturação e revitalização da cadeia produtiva de brinquedos no País.

Também foi incluído na lista o item mistura de isômeros (NCM 2929.10.21) - elevação de alíquota de 14% para 28% -, que é uma das principais matérias primas utilizada na produção de espumas flexíveis de poliuretano, usadas na fabricação de colchões e estofados e na indústria automotiva. A elevação concedida deve-se à necessidade de proteção adicional à indústria doméstica, tendo em conta a pressão exercida pelas importações, objeto de práticas distorcidas de comércio em um momento crítico de desequilíbrio nos preços e relações no âmbito da cadeia produtiva.

No caso de simulador de operações de perfuração e exploração de petróleo (NCM 9023.00.00), a alíquota foi reduzida de 16% para 2%. A medida teve o objetivo viabilizar a implantação de um Centro de Treinamento que está sendo construído em Rio das Ostras (RJ). Segundo a Camex, a construção do Centro de Treinamento visa atender às plataformas de exploração de petróleo em construção, que demandarão novos técnicos ainda sem a experiência e conhecimento necessários, para indústria de perfuração de petróleo. Outro ponto considerado foi o de que a construção do centro possibilitará que o Brasil se torne referência mundial em treinamento “offshore”, evitando os custos dos treinamentos realizados no exterior e permitindo a exportação de serviços ao receber técnicos estrangeiros para treinamento.

O Conselho de Ministros ainda decidiu prorrogar a redução da alíquota do Imposto de Importação de 10% para 2% de sardinhas (Sardina pilchardus, Sardinops spp.), sardinelas (Sardinella spp.) e espadilhas (Sprattus sprattus), classificadas na NCM 0303.71.00, limitada a cargas cujas Declarações de Importação sejam registradas até o dia 30 de setembro de 2010.

Notificação sobre subsídios
O Conselho de Ministros da Camex aprovou a notificação, que será apresentada à OMC, sobre os programas de subsídios vigentes no Brasil entre 2007 e 2008. A notificação é uma obrigação dos membros da entidade, que devem informar, a cada dois anos, as medidas de incentivo em vigor no país.

Cimento
A Camex autorizou a suspensão da aplicação de direito antidumping definitivo sobre importações de cimento portland (NCM 2523.29.10 e NCM 2523.29.90) quando originárias do México e da Venezuela e destinadas aos estados do Acre, do Amazonas, de Roraima, e à região a Oeste do Pará, limitada pelo meridiano 53. A suspensão foi motivada pelo interesse nacional na preservação da estabilidade de preços.

O direito antidumping aplicado sobre as importações brasileiras do cimento portland terá vigência até julho de 2011. A medida entrou em vigor com a publicação da Resolução Camex nº 18 (27/7/2006) e posteriormente foi alterada pela Resolução Camex nº 36 (22/11/2006).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Secex promove Workshop sobre Drawback Integrado no próximo dia 10 de setembro

A capacitação faz parte de uma série, com outros eventos previstos para este ano, e tem a intenção de divulgar e promover a adesão de empresas ao benefício

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) promove, no próximo dia 10 de setembro, mais um Workshop sobre Drawback Integrado. A capacitação faz parte de uma série, com outros eventos previstos para este ano, e tem a intenção de divulgar e promover a adesão de empresas ao benefício.

O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, destaca a importância do workshop para as empresas que exportam. "Não se trata de um curso para executivos, mas sim para os funcionários das empresas que precisam se familiarizar com as operações e os processos de comércio exterior para que elas possam receber os benefícios fiscais", recomenda.

O curso será realizado entre 10h e 12h, no auditório do MDIC, na Esplanada dos Ministérios, Bloco J, térreo. As palestras serão ministradas por técnicos do Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio do endereço eletrônico: seminarios.drawback@mdic.gov.br.

Drawback Integrado
Drawback é um mecanismo de incentivo à exportação, utilizado por diversos países, que prevê a suspensão, isenção ou restituição dos tributos incidentes na importação de mercadoria utilizada na industrialização de um produto exportado ou a exportar.

Novidades neste mecanismo foram implementadas este ano com a portaria conjunta nº 467, de 25 de março de 2010, assinada pela Secex e a Secretaria da Receita Federal, e a Portaria Secex nº 10, de 24 de maio de 2010, que disciplinaram o Drawback Integrado. Nesta nova modalidade, a empresa exportadora pode receber os benefícios fiscais não apenas na importação de produtos, mas também na aquisição de insumos no mercado interno.

Aderindo a essa modalidade de Drawback, a empresa brasileira tem suspensa a incidência de Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep, Financiamento da Seguridade Social (Cofins), PIS/Pasep-Importação e Cofins-Importação. A suspensão vale pelo período de um ano, prorrogável por mais um.

Serviço:
Workshop sobre Drawback Integrado
Data: 10 de setembro
Horário: das 10h às 12h
Local: auditório do MDIC, Esplanada dos Ministérios, bloco J, térreo, Brasília/DF
MDIC


Bahia adere ao Primeira Exportação nesta sexta-feira

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, assina nesta sexta-feira (20/8) acordo de cooperação com o governo do estado da Bahia para o lançamento do programa Primeira Exportação. A assinatura do acordo acontece às 9h15, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), localizada na Rua Edístio Ponde, nº 324, Stiep, em Salvador.

Logo em seguida, Barral irá palestrar sobre o tema ‘Ações do Governo Federal para o Comércio Exterior e Perspectivas’. Na oportunidade, o secretário também estará à disposição para atender aos jornalistas presentes. Participam ainda do evento o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri, o secretário de Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, James Silva Santos Correia, e o presidente da FIEB, José Mascarenhas.

Primeira Exportação
A principal meta do programa é aumentar as exportações brasileiras com foco especial nas micro e pequenas empresas. O Primeira Exportação passa por uma fase de expansão no segundo semestre deste ano e, com o ingresso da Bahia, serão nove estados participantes: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Bahia, sendo que os quatro últimos aderiram ao programa neste mês de agosto.

Por meio da parceria entre a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as secretarias estaduais e entidades setoriais, o programa cria uma rede de agentes que presta assessoria técnica e capacitação gratuita para que micro e pequenas empresas possam realizar pela primeira vez uma operação de venda ao exterior.

Esta rede de agentes é instituída a partir de um comitê gestor, com representantes de entidades locais e nacionais envolvidas em comércio exterior. Após os interessados se candidatarem para receber a capacitação, em média, quarenta empresas por estado estão sendo selecionadas para serem atendidas.

O trabalho de assessoria técnica se divide em etapas nas quais é feito o estudo de reconhecimento de um produto para exportação, com atenção para aspectos como embalagem, formato e adequação para o transporte, além de outros. Avalia-se ainda quais são os mercados estrangeiros com maior potencial de inserção das mercadorias e quais as condições em que as empresas podem efetuar as vendas ao exterior com maior ganho.
Para saber mais, acesse: www.primeiraexportacao.desenvolvimento.gov.br
Barral na OAB-BA
Cumprindo agenda na Bahia, o secretário da Secex participa ainda de mais um ciclo de palestras sobre o tema ‘Direito e Desenvolvimento’. Barral irá falar sobre ‘O Papel do Comércio Exterior no Desenvolvimento Econômico do País’, com outros convidados, das 14h30 às 16h30, na sexta-feira, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA), no endereço Praça Teixeira de Freitas, nº 16, Piedade, em Salvador. O evento é promovido pelo MDIC em parceria com a ABDI e a OAB-BA.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC


 
Exportador brasileiro terá que cumprir convenção anti-corrupção

O governo federal vai passar a condicionar a liberação de financiamento às exportações de produtos brasileiros ao comprometimento das empresas com o combate à corrupção de funcionários públicos estrangeiros nas transações comerciais.

A partir de agora, para conseguir acesso a linha de crédito dos bancos oficiais (BNDES e Banco do Brasil) ou equalização de taxas de juros e seguro de crédito, os exportadores terão que assinar a Declaração de Compromisso do Exportar, onde garantem respeito à convenção anti-corrupção da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos), ao qual o Brasil aderiu.

De acordo com resolução da (Câmara de Comércio Exterior) publicada na edição desta quarta-feira do "Diário Oficial da União", a empresa que descumprir o compromisso, diretamente ou por meio de representante, perderá acesso aos programas do governo e dos bancos oficiais voltados à exportação.

É considerado crime passível de punição o ato de prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público estrangeiro, além dos crimes contra a administração pública estrangeira.

Ao assinar a declaração a empresa também afirma que nenhuma das pessoas envolvidas na negociação da exportação responde a processo ou já foi condenada por crime de corrupção. Se compromete ainda a informar, caso solicitado, nomes dos envolvidos no negócio, além do valor de comissões e taxas que foram pagas eles.

O documento exige também que a empresa assuma compromisso de implantar "sistema de controle interno com políticas contábeis claras e precisas que permitam mecanismos internos de verificação e comprovação da proporcionalidade e razoabilidade dos pagamentos feitos a representantes, agentes, mandatárias e outras pessoas ou organizações com as quais mantenham vínculos."
Folha de São Paulo



O peso morto do Mercosul
O Mercosul emperrado é um peso morto para o Brasil e também para as menores economias do bloco, mas poucas autoridades se dispõem a falar francamente sobre o assunto. Empresários brasileiros têm denunciado a pobreza dos acordos comerciais - nenhum com os mercados mais desenvolvidos - e as falhas da integração regional, ainda prejudicada por barreiras internas. Além desses empresários, só políticos uruguaios têm mostrado claramente o seu descontentamento. O último foi o vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, em reunião com brasileiros em Montevidéu. Se continuarem fracassando as negociações do bloco com países de fora da zona, o Mercosul deveria autorizar os dois sócios menores, isoladamente, a tentar acordos, disse Astori.

O governo uruguaio já mostrou em outras ocasiões interesse em negociar acordos por sua conta. Ao contrário dos parceiros, o Uruguai tem um acordo sobre investimentos com os EUA e seu governo chegou a insinuar, há alguns anos, a disposição de abandonar o Mercosul para buscar parcerias comerciais ambiciosas. Como o bloco é uma união aduaneira, os sócios têm uma Tarifa Externa Comum (TEC) e só podem assinar em conjunto acordos de livre comércio com países de fora da área.

Mas o custo dessa restrição tem sido muito maior que os benefícios, como sabem muitos industriais brasileiros e têm reconhecido o governo do Uruguai e, ocasionalmente, o do Paraguai. Os governantes brasileiros e argentinos têm, no entanto, insistido em manter o status de união aduaneira. A TEC, no entanto, é quase uma ficção, por causa do grande número de exceções, e o bloco mal chega a funcionar como zona de livre comércio, por causa das barreiras internas.

Uma das aberrações mais notáveis tem sido a dupla tributação de bens originários de fora da zona. São sujeitos a imposto na primeira internação e tributados de novo quando remetidos a um segundo país. O maior defensor dessa aberração era o Paraguai, porque o país não tem mar e depende dos portos dos parceiros para suas importações. Só há poucas semanas os quatro governos conseguiram decidir o fim da dupla tributação, depois de anos de tentativas.

Criado para facilitar a inserção internacional dos quatro sócios, o Mercosul deveria ter criado condições para grandes ganhos de competitividade da economia regional. Serviria, assim, como plataforma para a conquista de mercados internacionais. O trabalho seria facilitado pela força conjunta dos países do bloco. Os avanços conseguidos de fato ficaram muito longe desses objetivos.

Internamente, a integração foi bem menor do que poderia ter sido, porque nunca se formulou um programa de cadeias produtivas. Chegou-se a uma caricatura de articulação industrial, com os acordos do setor automotivo entre Brasil e Argentina. Esses acordos nunca passaram de barreiras à competição entre montadoras e fabricantes de autopeças instaladas nos dois países.

Externamente, o Mercosul estabeleceu acordos comerciais com parceiros sul-americanos, sempre concedendo vantagens importantes em termos de abertura e de prazos. Com países de fora da região só foram concluídos acordos com Israel e Egito. Outros estão na mira, quase todos com países do Oriente Médio. Além disso, o bloco iniciou há mais de dez anos negociações com a União Europeia. As conversações foram interrompidas mais de uma vez. Foram recentemente retomadas e diplomatas do Brasil e da Argentina mostram-se otimistas: desta vez o acordo deve sair. Se não saiu antes, foi em grande parte por desentendimentos entre brasileiros e argentinos.

Mas os governos do Brasil e da Argentina souberam entender-se para enterrar a negociação da Alca. Outros latino-americanos concluíram acordos com os Estados Unidos e com outras potências. O Mercosul ficou para trás. Nada mais justo que os protestos de paraguaios e uruguaios. Além do mais, o bloco poderá ficar mais emperrado, se for aceita como sócia a Venezuela de Hugo Chávez.
O Estado de São Paulo


Camex reduz tarifa de importação para componentes de brinquedos
Brasília - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu a tarifa de importação para partes e componentes de brinquedos. Esses itens, que pagavam 20% para entrarem no país, passarão a ser taxados em apenas 2%.

De acordo com o secretário executivo da Camex, Helder Chaves, a redução beneficiará a indústria nacional de brinquedos. “A medida faz parte de um plano para revigorar indústria de brinquedos, que precisa fazer frente à importação, principalmente da Ásia.”

O órgão também reduziu, de 16% para 2%, o imposto para simuladores de operações de perfuração e exploração de petróleo. Segundo a Camex, a medida tem por objetivo ajudar a construção de um centro de treinamento em Rio das Ostras (RJ) para atender às plataformas que serão usadas na extração do petróleo da camada pré-sal.

A Camex aumentou ainda, de 14% para 28%, a alíquota de importação de misturas usadas na fabricação de espumas para colchões, estofados e na indústria automotiva. O órgão também elevou para 14% a tarifa para máquinas separadoras de ovos, que até agora entravam no país sem pagar imposto. Segundo Chaves, nesses dois casos, os produtores nacionais vinham sendo prejudicados pela concorrência estrangeira.

A alíquota reduzida de 2% para a sardinha congelada foi prorrogada por mais um mês. Tradicionalmente, o produto paga 10% para ser importado. De acordo com o secretário, o governo brasileiro decidiu esperar o Mercosul julgar a redução definitiva da tarifa.

Com essas medidas, subiu de 95 para 100 o número de produtos na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul. Esse é o número máximo de itens que podem fazer parte da relação. Por fazerem parte de uma união aduaneira, todos os países do bloco precisam aplicar uma tarifa externa única aos produtos. Cada país, no entanto, pode aplicar impostos diferenciados a até 100 itens.
Agência Brasil



Camex aperta o cerco às importações de produtos que driblam barreiras de proteção comercial
Brasília - O Brasil poderá estender a aplicação de instrumentos de proteção comercial (como medidas antidumping ou compensatórias) a países que revendem mercadorias ou componentes de origem suspeita. A medida, chamada de anticircunvenção, foi aprovada hoje (17) pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).

De acordo com o secretário executivo da Camex, Helder Chaves, a medida tem como objetivo coibir a importação de produtos que são alvo de ações antidumping, mas que são comercializados como se tivessem origem em um terceiro país. Dessa forma, conseguem burlar as barreiras de proteção comercial. “Em vários casos, o país continua a receber esses produtos, mas fica impedido de aplicar a defesa comercial”, explicou Chaves.

Outra irregularidade foi constatada pela Camex com as importações de bicicletas da China. Para fugir da sobretaxa imposta pelo Brasil, os chineses vendiam as bicicletas desmontadas como peças.

O diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey, explicou que, nessas situações, o Brasil precisa abrir novos processos antidumping, que levam de 12 a 18 meses para ser concluídos. “Com a medida anticircunvenção, o país vai estender as medidas de proteção comercial mais rapidamente”, afirmou.

O dumping ocorre quando um país exporta uma mercadoria por um preço mais baixo que o custo de produção do mesmo bem no país de destino, inviabilizando a competição. Para se proteger, os países aplicam medidas antidumping, como as sobretaxas.

Na reunião desta terça-feira (17), a Camex também aprovou uma resolução anticorrupção. Os exportadores que contraírem financiamentos oficiais terão que informar o governo sobre qualquer ato de corrupção no processo de concessão do crédito. Em caso de irregularidade, o exportador não terá o financiamento cancelado, mas a análise de futuros pedidos de crédito poderá ser prejudicada.

A medida, no entanto, só vale para exportações para órgãos públicos de outros países.

Segundo Cozendey, o Brasil cumpre uma convenção da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Apesar de não fazer parte da OCDE, o país participa de um comitê de combate à corrupção nas transações internacionais. “A nova regra não tem objetivo de punir o exportador, mas de conscientizar”, declarou.
Agência Brasil



Fiesp elogia medidas anunciadas pela Câmara de Comércio Exterior
Brasília - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) elogiou a nova regulamentação da Câmara de Comércio Exterior (Camex), divulgada hoje (17). A medida, chamada de anticircunvenção, viabiliza a aplicação de instrumentos de proteção comercial (como medidas antidumping ou compensatórias) a países que revendem mercadorias ou componentes de origem suspeita.

Embora a previsão dos mecanismos tenha sido incluída na legislação brasileira em setembro de 2008, a efetivação estava condicionada à regulamentação pelo governo federal. De acordo com a Fiesp, a nova regra anunciada hoje significa um avanço importante para a preservação da eficácia das medidas de defesa comercial, aplicadas em favor da indústria brasileira.

O dumping ocorre quando um país exporta uma mercadoria por um preço mais baixo que o custo de produção do mesmo bem no país de destino, inviabilizando a competição. Para se proteger, os países aplicam medidas antidumping, como as sobretaxas.
Agência Brasil


SP é o melhor estado para frigorífico exportador, diz estudo

A maior parte dos frigoríficos exportadores de carne bovina brasileira deveria estar instalada no estado de São Paulo, conforme aponta o modelo desenvolvido pela economista Juliana Domingues Zucchi. O resultado contradiz o panorama atual. "O frigorífico hoje em dia tende a ser instalado no Centro-Oeste, onde há maior produção de carne bovina, bem como maior oferta de bois", diz Juliana.

A opção por São Paulo se dá devido à minimização dos custos advindos das vantagens do estado. Segundo Juliana, que desenvolveu o modelo em sua tese de doutorado pela Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, uma das vantagens do estado é a proximidade com o porto de Santos.

"O porto é o maior exportador de carne bovina no Brasil. Mesmo com seus problemas, ele ainda tem a melhor infraestrutura", comenta. A pesquisa Modelo locacional dinâmico para a cadeia agroindustrial da carne bovina brasileira foi orientada pelo professor José Vicente Caixeta Filho, do Departamento Departamento de Economia Administração e Sociologia da Esalq.

A economista destaca que o porto de Santos, apesar de apresentar o maior custo portuário, tem mais contêineres e melhor infraestrutura para refrigeração da carne, o que é essencial para não se desperdiçar o produto quando ele se encontra no porto.

Assim, com a localização do frigorífico mais próxima ao porto acaba sendo mais econômico em termos de custos de transporte da carne. Tanto o transporte da carne bovina até os portos como o transporte da matéria-prima até os frogoríficos são feitos atualmente, preponderantemente, pelo transporte rodoviário.

Outra vantagem de São Paulo é sua grande população, o que beneficia o aproveitamento da carne remanescente. "Nem toda carne bovina produzida é destinada aos mercados externos, parte remanescente é destinada aos mercados internos para consumo, no qual o município de São Paulo se destaca."

A pesquisa também detalhou outros aspectos, todos visando as melhores condições de custo e logística da exportação do produto, considerando o transporte e a instalação dos frigoríficos. No modelo, Juliana mostra que não são necessários muitos frigoríficos para se atender ao mercado externo. "Seriam suficientes 15 frigoríficos para se atender a demanda externa. Hoje, no Brasil, temos por volta de 29 frigoríficos habilitados à exportação nos moldes considerados no modelo, mas não sei se todos esses estão de fato exportando". Destes 15, nove deveriam estar instalados no estado de São Paulo, segundo o modelo.

Custo e cenários
Após estudar as melhores condições para a exportação da carne bovina, o modelo sugeriu um custo total mínimo de R$2,3 bilhões, dos quais 76,3% foi devido ao custo de instalação dos frigoríficos. Em seguida, vem os custos com o transporte aos mercados externos, feito majoritariamente por vias marítimas.

Esses dados se referem a um primeiro cenário, no qual foram considerados os dez principais estados exportadores da carne bovina desossada congelada brasileira. Depois, o modelo desenvolvido considerou mais três cenários. No segundo, foram considerados os seis principais estados exportadores de carne bovina, excluindo-se os estados que fazem parte da Amazônia Legal, "porque muitos países são mais exigentes quanto a procedência da carne bovina", justifica Juliana.

O terceiro e quarto cenários levaram em conta quais frigoríficos-abatedouros já instalados no País deveriam ser responsáveis pelo abastecimento dos mercados externos. Ambos consideraram as localizações atuais dos frigoríficos existentes nos seis principais estados exportadores do produto. Porém, o último cenário refere-se à projeção para 2015, com aumento de demanda externa futura por carne bovina brasileira.

Independentemente dos cenários, o estado de São Paulo apareceu no modelo como principal localização dos frigoríficos que visam primordialmente o mercado externo.
 Agência USP de Notícias





Maiores exportadoras e importadoras
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) divulgou o ranking das maiores importadoras e exportadoras gaúchas, entre janeiro e julho de 2010. Braskem, Bianchini, Bunge Alimentos, Alliance One e Brasil Foods foram, respectivamente, as empresas que mais exportaram.

Essas cinco empresas respondem por 25,6% de tudo que é exportado pelo Estado, o que demonstra a baixa diversificação da carteira de exportação gaúcha. As cinco maiores importadoras foram Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), Braskem, Toyota, Cisa Trading e Petrobras. Estas representam 54,9% de toda a importação estadual.
Portos e Navios



Três maiores siderúrgicas da China aumentam preços para setembro

Reajustes foram relativamente limitados pela cautela em torno da taxa de crescimento mais lenta do país

PEQUIM - As três maiores siderúrgicas da China, incluindo a Baosteel Group Corp., elevaram alguns de seus preços para setembro nesta semana, com os aumentos sendo relativamente limitados pela cautela em torno da taxa de crescimento mais lenta da China.

A Baosteel, a maior siderúrgica chinesa em produção, aumentou os preços para um grupo de produtos siderúrgicos elétricos entre 100 yuans (US$ 14,72) e 300 yuans (US$ 44,17) por tonelada, mas não alterou os preços de seus principais produtos - a bobina laminada frio e a bobina laminada a quente -, de acordo com um comunicado postado na página da companhia na Internet.

A Wuhan Iron & Steel Group, a terceira mais siderúrgica da China em produção, elevou os preços para setembro entre 200 yuans (US$ 29,44) e 400 yuans (US$ 58,89), afirmou o porta-voz da companhia, Bai Fang.

A Anshan Iron & Steel Group, a quarta maior siderúrgica do país, também aumentou os preços entre 200 yuans e 400 yuans, informou o jornal Shanghai Securities News.

Preços para o ferro-silício em 1.000,00 yuans (US$ 147,24) por tonelada, de acordo com o jornal. A China planeja se tornar o maior fornecedor para o mercado asiático de ferro-silíxio com alto grau de pureza, uma liga usada para produzir semicondutores e amortecedores.

A imprensa estatal afirmou que os aumentos dos preços, incluindo os promovidos pela Baosteel e Wuhan, ficaram abaixo das projeções dos analistas, sinalizando uma cautela da perspectiva da indústria.
Agência Estado

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