Ritmo de alta da indústria chinesa desacelera em julho
SÃO PAULO - A produção industrial da China aumentou a uma taxa anual de 13,4% em julho, percentual ligeiramente inferior aos 13,7% registrados no mês anterior. No acumulado dos sete primeiros meses de 2010, o aumento da produção foi de 17% perante o mesmo intervalo de 2009. No primeiro semestre, essa taxa tinha sido de 17,6%.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas do país, todos os 39 setores industriais tiveram alta na produção no confronto anual. As variações mais expressivas ocorreram nos ramos de maquinário geral (21%) e de máquinas e equipamentos elétricos (18,5%).
Em termos de produtos, a fabricação de veículos cresceu 17,1% e a de cimento aumentou 16,6% na mesma comparação. A produção de petróleo subiu 6,4% e a geração de energia elétrica avançou 11,5%.
Valor OnLine - SP
Açúcar e carnes registram principais altas nas exportações do agronegócio
As vendas internacionais do agronegócio, em julho, seguiram a tendência apontada no mês anterior, com aumento expressivo dos embarques do complexo sucroalcooleiro (44,3%) e carnes (22,4%). A balança comercial do setor, divulgada nesta quarta-feira (11), mostra que as exportações totalizaram US$ 7,329 bilhões, representando crescimento de 16,6% em relação ao mesmo período de 2009. As importações aumentaram 42%, chegando a US$ 1,13 bilhão. Com isso, o superávit do comércio de produtos agropecuários foi de US$ 6,198 bilhões, 12,87% superior ao registrado no mesmo mês do último ano.
Outros produtos que alavancaram as exportações no último mês foram os florestais (21,9%), café (32,4%), couros, produtos de couro e peleteria (31,7%) e animais vivos (65%).
A receita das exportações de carnes (bovina, suína e de aves) passou de US$ 1,04 bilhão em julho de 2009 para US$ 1,273 bilhão no último mês. As exportações dos principais itens do setor apresentaram crescimento no período. Destaque para o valor arrecadado com os embarques de carne bovina in natura, que foram 46,8% superiores (de US$ 278 milhões para US$ 408 milhões). O bom desempenho é resultado da alta de 18,6% no preço médio e do incremento de 23,8% na quantidade embarcada.
O crescimento dos preços do açúcar (30%) e do álcool (37,3%) influenciou de maneira positiva as vendas do complexo sucroalcooleiro. O volume de açúcar aumentou 24,9%, enquanto o valor foi 62,3% superior ao registrado no sétimo mês de 2009, com US$ 1,236 bilhão.
Destinos - No que se refere aos blocos econômicos e às regiões de destinos das exportações do agronegócio, os valores aumentaram para Oriente Médio (29,9%), Nafta (18,1%), África (14,7%), Aladi (70,8%) e Mercosul (28,2%).
Sete meses - De janeiro a julho de 2010, as exportações do agronegócio tiveram alta de 12,1% em relação ao valor exportado no mesmo período de 2009, somando US$ 42,302 bilhões. As importações também apresentaram variação positiva (36,7%), totalizando US$ 7,211 bilhões. O saldo comercial do agronegócio aumentou de US$ 32,453 bilhões para US$ 35,091 bilhões.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Acordo põe pressão em exportadores brasileiros
Exportadores brasileiros devem voltar a enfrentar a concorrência da Colômbia no mercado da Venezuela assim que os países andinos retomarem seu fluxo comercial, após reatarem relações diplomáticas ontem. Os presidentes Hugo Chávez e Juan Manuel Santos reuniram-se ontem para discutir a normalização dos laços comerciais e diplomáticos. O encontro avançou pela noite.
Mas, para as empresas com negócios na Venezuela, a concorrência colombiana preocupa, mas menos do que a desaceleração do próprio mercado venezuelano.
As importações totais da Venezuela caíram entre janeiro e março 41,1% na comparação com o mesmo período de 2009, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) da Venezuela.
As vendas brasileiras este ano estão também longe da marca recorde de 2008. Naquele ano, as exportações para a Venezuela passaram dos US$ 5 bilhões. Em 2010, pelo ritmo registrado até junho, pode ficar em torno de US$ 3,5 bilhões.
A economia venezuelana deve encolher este ano 3% - seria a única da América do Sul a ter recessão no ano. O país sofreu um baque em suas receitas com a queda acentuada do preço do petróleo desde 2008, quando o barril chegou aos US$ 140. O preço se recuperou um pouco, mas ainda é pouco mais que a metade do pico registrado dois anos atrás. Isso reduziu a demanda interna na Venezuela.
Empresários brasileiros conseguiram ganhar algum mercado na Venezuela após o presidente Hugo Chávez ter determinado, em julho de 2009, um virtual congelamento nas importações de produtos da Colômbia. A Venezuela vinha sendo até então um dos principais mercados para a Colômbia. A interrupção das compras foi uma reação de Chávez a um acordo firmado pelo então presidente colombiano, Álvaro Uribe, com os EUA que prevê um aumento nas tropas americanas em bases militares em solo colombiano.
Segundo Fernando Portela, da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela, o Brasil substituiu em parte as vendas de açúcar, café e boi vivo que a Colômbia vinha fazendo para a Venezuela. Empresas da Argentina, Uruguai, Equador e Nicarágua, entre outros países da região também ampliaram sua participação no mercado do país. Os ganhos do Brasil e dos demais por causa da disputa diplomática, no entanto, ficaram aquém das perdas pela recessão na Venezuela.
Em termos de logística, a Colômbia é um parceiro muito mais favorável à Venezuela que a maioria dos outros "novos" fornecedores. Uma operação de importação da Colômbia de alguns itens, por estrada, levava em alguns casos apenas 24 horas. As vendas do Brasil, por navio, chegam a levar 20 dias, diz Portela.
Marcos de Moura e Souza - Valor Econômico
Empresas vão receber apoio técnico para exportações 11/08/2010
Acordo entre o governo do Paraná e o Mdic vai prestar acompanhamento técnico a micro, pequenas e médias empresas para concretizarem suas vendas para o mercado externo
O secretário do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, esteve nesta segunda-feira (09/08) em Curitiba. No Palácio das Araucárias, Barral assinou acordo de cooperação com o governador Orlando Pessuti e o Secretário estadual de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgilio Moreira Filho, que possibilitará acompanhamento técnico para micro, pequenas e médias empresas instaladas no estado, na exportação de seus produtos. Atualmente, 150 mil micro e pequenas empresas contam com a isenção do ICMS no estado.
De acordo com Barral, a estimativa é que 30 empresas sejam atendidas no estado. "O programa também busca desenvolver as parcerias locais, pois, envolve universidades, e nos ajuda a identificar onde estão alguns gargalos para a exportação das pequenas empresas", completa. Cem alunos de universidades do estado serão treinados para se tornarem consultores.
O secretário Virgílio Moreira Filho explicou que, além das dificuldades burocráticas e de logística, a maioria das micro e pequenas empresas do Paraná não conhecem o mercado exportador.
"Este programa incute nos empresários a cultura exportadora. Algumas empresas acham que o custo da transação é caro. Vamos mostrar que elas podem ter um novo mercado, que é o mercado externo", afirmou.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior revelam que, no primeiro semestre deste ano, o Paraná exportou US$ 6,4 bilhões, 12,31% a mais do que no mesmo período do ano passado. O saldo das importações e exportação também teve resultado positivo no período, totalizando US$ 642 milhões.
As empresas interessadas devem se inscrever no site www.primeiraexportacao.desenvolvimento.gov.br e participar de processo seletivo para ingressar no projeto.
De acordo com a coordenadora-geral do Desenvolvimento de Programas de Apoio às Exportações, Cândida Maria Cervieri, são exigidos alguns requisitos mínimos. "As empresas têm que ter capacidade gerencial e financeira e produtos que tenham escala e determinada qualidade para estar no mercado internacional".
Segundo Barral, a expectativa é que, até fim do ano, 300 empresas de sete polos tecnológicos do País participem do programam criado há dois anos. Atualmente, são atendidas cerca de 150 empresas de Pernambuco, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Norte, que desenvolvem desde atividades de artesanato, até a produção de equipamentos tecnológicos.
Agência Paraná de Notícias
Missão brasileira vai à China para importar mais máquinas
Empresários brasileiros solicitam a entidades de comércio exterior que realizem missões empresariais para elevar o número de fornecedores chineses de máquinas e equipamentos, tecnologia e eletrônica. "Os empresários solicitaram à Amcham (Câmara Americana de Comércio) que tornasse possível uma missão compradora, ou seja, que facilitasse o contato entre as empresas do País e distribuidores chineses, para que os polos industriais se tornem mais modernos e competitivos", declarou ao DCI a gerente de Comércio Exterior da entidade, Camila Moura.
De acordo com Marcelo Vitorino, diretor Comercial da Damco, a missão condiz com o crescimento das exportações e da importância da China para o comércio brasileiro. "As empresas participantes da missão querem conhecer mais o mercado chinês, abrir portas do mercado brasileiro e, ao mesmo tempo, fazer contatos para posteriormente inserirem seus produtos na China", declarou o diretor.
"Com a missão, as importações tendem a aumentar no curto prazo e prejudicar ainda mais a balança brasileira. Contudo, no longo prazo as expectativas são de inversão e um aumento significativo nas exportações e queda nas importações", afirmou.
Os setores de máquinas e equipamentos, autopeças, computadores, engenharia civil, infraestrutura e produtos químicos e eletrônicos devem ser beneficiadas com a missão.
"O objetivo é aproximar esses setores e agregar bastante valor aos produtos que serão vendidos posteriormente. É uma missão focada em desenvolver negócios e apoiar empresários, tendo em vista a importância mundial da China hoje e no futuro", aponta Marcelo Vitorino.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), no primeiro semestre do ano passado foram comprados da China US$ 6, 768 bilhões, enquanto no mesmo período deste ano o Brasil já importou US$ 10,760 bilhões.
O saldo comercial, no entanto, ainda foi favorável para o Brasil em US$ 2,7 bilhões no primeiro semestre de 2010.
"Nós devemos ampliar as importações provenientes da China em 20% neste ano em comparação com 2009. Para 2011, a previsão é de crescimento ainda na mesma base (20%), depois disso não sabemos se haverá uma inversão nas rotas de comércio, passando a importação ser maior por parte da China desses produtos", pontuou Vitorino.
"Eu não vejo limite para crescimento, em função do comércio pequeno da presença na China. Se compararmos o fluxo entre China e Europa é muito superior. Temos um potencial difícil de medir para a entrada de produtos brasileiros na China", relata.
"O preço chinês é mais vantajoso do que qualquer país do mundo. Por isso vamos comprar de lá. As compras da China não irão prejudicar o mercado interno, pelo contrário, vamos reerguer o mercado", frisa Vitorino.
"Além de todo o suporte durante a missão, o grande diferencial é que ofereceremos uma preparação prévia para que os participantes possam entender o complexo mercado chinês, principalmente no que diz respeito às questões tributárias, logísticas e culturais", destaca Moura. Outra facilidade proporcionada pela Amcham é a presença de um tradutor/intérprete por empresa participante ao longo da viagem, o que facilita a abordagem e a rapidez dos contatos e contratos de negócios sejam concluídos.
A primeira etapa da missão, que tem início em 11 de outubro, será em Hong Kong, que possui uma economia marcada por políticas de mercado mais livres que as chinesas e tem como setores destacados equipamentos eletrônicos e informática. Os empresários brasileiros na ocasião irão visitar a Global Source Electronics and Components China Sourcing Fair e a Hong Kong Electronic Fair, duas das maiores feiras de tecnologia do país.
Net Marinha Com informações DCI
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