Exportações aumentam nas cinco regiões brasileiras
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulga hoje (13/8) os dados referentes à balança comercial das 27 unidades da federação e dos mais de 2.147 municípios que operaram no comércio exterior de janeiro a julho de 2010. As informações estão disponíveis no portal do MDIC (www.mdic.gov.br).
No período de janeiro a julho de 2010 (145 dias úteis), as exportações da região Nordeste cresceram 43% na comparação com os primeiros sete meses do ano passado, passando de US$ 6,1 bilhões para US$ 8,8 bilhões.
Na sequência, as vendas da região Sudeste cresceram 36% no mesmo período - de US$ 43,4 bilhões para US$ 59,3 bilhões, da região Norte, 19% - de US$ 5,71 bilhões para US$ 6,8 bilhões, da região Sul, 11% - de US$ 18,7 bilhões para US$ 20,8 bilhões, da região Centro-Oeste 7% - de US$ 8,7 bilhões para US$ 9,4 bilhões.
Com relação às exportações no mês de julho de 2010, a região Norte (US$ 1,4 bilhão) foi a que obteve maior variação nas vendas ao mercado externo (65%), na comparação a julho de 2009, seguida de Sudeste (US$ 9,6 bilhões), com crescimento de 28%, Sul (US$ 3,6 bilhões) com 19%, Nordeste (US$ 1,1 bilhão) com 9% e Centro-Oeste (US$ 1,5 bilhão) com 7%.
Estados
Dentre os estados, São Paulo (US$ 4,5 bilhões) foi o que mais exportou no mês de julho de 2010, seguido por Minas Gerais (US$ 2,8 bilhões) e Rio Grande do Sul (US$ 1,5 bilhão). Os próximos estados do ranking foram Paraná (US$ 1,3 bilhão), Pará (US$ 1,2 bilhão), Rio de Janeiro (US$ 1,1 bilhão) e Espírito Santo (US$ 1 bilhão).
Na comparação com julho de 2009, sete unidades da federação não tiveram variação positiva com relação a julho deste ano: Roraima (-67%), Tocantins (-34%), Rio de Janeiro (-30%), Rondônia (-17%), Piauí (-13%), Mato Grosso (-10%) e Alagoas (-4%).
Municípios
Na balança comercial dos municípios, Angra dos Reis (RJ) manteve a primeira colocação com embarques de US$ 5 bilhões nos sete primeiros meses do ano. Dentre os dez mais bem colocados nas vendas internacionais, a cidade de São Paulo (SP) aparece em segundo lugar com US$ 3,6 bilhões, seguida por Parauapebas (PA), com US$ 3,1 bilhões.
Do quarto até o décimo no ranking aparecem Santos (SP), com US$ 2,8 bilhões; São José dos Campos (SP), com US$ 2,5 bilhões; Itabira (MG), com US$ 2,47 bilhões; Paranaguá (PR), com US$ 2,45 bilhões; São Bernardo do Campo (SP), com US$ 2,1 bilhões; Vitória (ES), com US$ 2,08 bilhões; e Macaé (RJ), com US$ 2,05 bilhões.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Importadores de máquinas buscam novas linhas de crédito
A quantidade de máquinas fabricadas no Brasil não comporta a demanda existente, conforme disse Ennio Crispino, que a partir de 1º de setembro se tornará presidente da Abimei, associação de importação de máquinas. A entidade buscará linhas de crédito para o setor, além da redução do imposto sobre importação, que hoje encarece as máquinas de 45% a 50% sobre o valor de origem, conforme a edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo.
Folha de S. Paulo
Exportadores de frango pedem abertura de ação contra UE
A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) entregou ontem ao Ministério de Relações Exteriores (MRE) documento em que pede a abertura de uma ação na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra a nova legislação da União Europeia para carne fresca e suas preparações. Segundo o presidente da Ubabef, Francisco Turra, as novas regras, em vigor em maio deste ano, são protecionistas e proíbem o uso de carne salgada de frango nas preparações, impedindo que o produto importado congelado seja reprocessado e congelado novamente.
Turra explicou que as medidas são uma barreira à exportação das cerca de 200 mil toneladas de carne de frango brasileira embarcadas anualmente para a Europa, o representa cerca de US$ 450 milhões, já que todo esse volume é congelado. Segundo ele, o chefe do Departamento Econômico do MRE, ministro Carlos Rosendey, prometeu analisar o pedido rapidamente, com a possibilidade de ser encaminhado para a reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) da próxima semana.
"Não há impedimento de ordem política de entrar com esse painel [ação] na OMC [contra a União Europeia]", afirmou Turra. Ele disse que o documento entregue ao MRE apresenta um estudo técnico mostrando que a nova legislação da União Europeia privilegia a compra do frango produzido no bloco, violando algumas regras da OMC. Assim, outros países, como o Brasil, principal fornecedor de carne de frango para o bloco, são prejudicados.
A Ubabef informou que em nenhum órgão internacional foi detectado algum problema relacionado à saúde causado pela ingestão de carne de frango que passou pelo processo proibido na Europa. Além da mudança que na legislação, os exportadores brasileiros se dizem preocupados com a elevação das tarifas de importação de oito tipos de cortes de frango pela União Europeia.
Guia Marítimo
Itajaí Trade Summit reúne gigantes dos setores logístico e comércio internacional
Com previsão de reunir 8 mil visitantes, a Itajaí Trade Summit chega em sua terceira edição como o mais qualificado encontro na área de logística, transporte e comércio internacional do sul do Brasil
Há três anos, o evento é realizado na cidade de Itajaí, localizada em um dos principais complexos portuários do Brasil. Para a edição de 2010, espera-se crescimento médio de, aproximadamente, 20% no número de visitantes. Aumento deve ser impulsionado pela recuperação econômica do país
Com previsão de reunir 8 mil visitantes, a Itajaí Trade Summit chega em sua terceira edição como o mais qualificado encontro na área de logística, transporte e comércio internacional do sul do Brasil. A feira de negócios reúne executivos, diretores e técnicos de pequenas, médias e grandes empresas deste segmento.
Cerca de 60 expositores irão apresentar seus produtos e serviços no Centreventos Itajaí, em Itajaí (SC), de 15 a 17 de setembro. Entre tantos expositores de destaque, estão a Maersk, os portos de Santos, Rio Grande, Itajaí, Navegantes (Portonave), além de empresas como Teconvi, Próspera Trading, Localfrio, GTLOG, Grupo Columbia, DC Logistics, DHL, Multilog, MercoSul Line, Local Frio, entre outros.
A feira promove o intercâmbio entre empresas de diferentes portes e entidades ligadas ao setor. “O objetivo da ITS é oferecer subsídios para o desenvolvimento do setor, promover o lançamento de novos serviços, tecnologias, oferecendo ao público visitante a cadeia completa de prestadores de serviço. Exportar ou importar algo simples quando você é assessorado por empresas segmentadas e que conhecem profundamente como realizar cada etapa da atividade", comenta o organizador do evento e diretor do Portal NetMarinha, Ricardo Demasi.
Segundo a comissão organizadora do evento, a expectativa para a edição de 2010 é que a feira registre crescimento médio de 20% no número de visitantes. A previsão otimista é motivada pela recuperação econômica brasileira pós crise mundial, pelo aumento das exportações e o expressivo apoio de 35 entidades de classe ao evento.
Dados da Secretaria do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, indicam que nos sete primeiros meses de 2010, o Brasil registrou elevação de 27,1% na média diária das exportações e de 45,1% na média diária das importações. Apenas no mês de julho, o resultado acumulado das exportações somou US$ 17, 674 bi - crescimento de 30,7% comparado ao mesmo período de 2009. Já as importações, registraram aumento de 51,9%. Com estes resultados, a balança comercial brasileira fechou o último mês com superávit (diferença entre exportações e importações) de US$ 1,358 bi. De acordo com informações divulgadas pelo MDIC, este foi o segundo melhor resultado mensal do comércio externo brasileiro para julho, ficando atrás apenas do mesmo mês de 2008.
O bom momento do comércio internacional brasileiro tem reflexo na movimentação de cargas do Complexo Portuário do Itajaí, onde há três anos é realizada a Itajaí Trade Summit. Composto pelo Porto Público e demais terminais localizados em Itajaí e Navegantes, o complexo portuário quase dobrou a movimentação no primeiro semestre de 2010. Nos seis primeiros meses deste ano, o volume acumulado de embarques e desembarques atingiu 423,76 mil TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), um incremento de 78% sobre o mesmo período do ano passado. Esses números superaram 50% da meta estipulada para 2010: 800 mil TEUs ao longo dos 12 meses. Conforme divulgado pelo Porto de Itajaí, a previsão para o segundo semestre, é que o aumento na movimentação portuária seja ainda maior.
Inscrições
As inscrições para o Itajaí Trade Summit 2010 são gratuitas e podem ser feitas no site http://itajai.tradesummit.com.br/.
Sobre a feira
Destinada a profissionais de empresas exportadoras, importadoras, prestadoras de serviços e equipamentos, a Itajaí Trade Summit (ITS) é realizada pela NetMarinha, empresa que administra o maior portal de comércio internacional e logística do Brasil.
Em 2010, a feira será realizada entre 15 e 17 de setembro, das 14h às 22h, no Centreventos Itajaí, localizado na Avenida Ministro Victor Konder (Avenida Beira Rio), bairro Fazenda, em Itajaí.
Mais informações em: http://itajai.tradesummit.com.br, através do e-mail: marketing@netmarinha.com.br ou pelo telefone: (48) 3321.0248/ 3321.0249.
Export News
Exportações da indústria gaúcha sobem 2%
Importações industriais registraram alta de 27% em julho.
As exportações da indústria gaúcha cresceram 2,3% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 1,25 bilhão. Os segmentos de melhor desempenho foram metalurgia (167%), máquinas e equipamentos (58%) e produtos de metal (28%).
— O segmento metalmecânico foi o que mais sofreu com a crise no ano passado. A tendência é de que as exportações do setor se mantenham em elevação, mas agora em ritmo mais lento — afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, observando que o cenário externo ainda é de cautela com relação a novos investimentos.
Dos 24 setores industriais, quatro ficaram negativos na comparação com julho de 2009. As desacelerações foram registradas em derivados de petróleo e biocombustíveis (-64%), celulose e papel (-21,4%), têxteis (-11,1%) e fumo (-5,7%).
Já as importações de produtos industrializados subiram 27% na comparação de julho deste ano com o mesmo mês do ano passado e somaram US$ 1,21 bilhão no mês passado. As encomendas se concentraram em matérias-primas e bens intermediários, para atender o nível de produção aquecido pelo mercado interno, de acordo com avaliação da Fiergs.
No acumulado dos sete primeiros meses, ante o mesmo período do ano passado, as exportações industriais gaúchas cresceram 9,5%, atingindo US$ 7,2 bilhões. Já as importações avançaram 53,2% e chegaram a US$ 7,1 bilhões.
Zero Hora
Usiminas pede ação contra importações
A entrada desenfreada de aço tipo chapa grossa no mercado interno, oriunda de diversos países, levou a Usiminas a solicitar ao governo que analise a abertura de um processo antidumping contra o material importado. Após uma série de estudos sobre o impacto do aço estrangeiro sobre os negócios da siderúrgica mineira, o pedido foi entregue ao Departamento de Comércio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Sérgio Leite, vice-presidente de negócios da Usiminas, confirmou ao Valor que o pedido atinge chapa grossa de sete países - Rússia, Coreia do Sul, México, Espanha, Taiwan, Romênia e Turquia. "Demos o primeiro passo, com entrega de amplo estudo de entrada de material de 2006 a 2009; agora, vamos aguardar a análise e o parecer final do Decom", afirmou.
Até junho, segundo dados do Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), as importações de chapa grossa atingiram 220 mil toneladas, 34% superior ao de igual período do ano passado, e isso já preocupa técnicos do banco, conforme reportagem do Valor. Esse volume é mais da metade do total vendido no mercado nacional pela Usiminas de janeiro a julho - 410 mil toneladas, conforme dados do balanço financeiro da empresa.
A medida já começa a inquietar os distribuidores independentes de aços planos do país.
"Agimos como reguladores do mercado, uma vez que a Usiminas prioriza o grandes consumidores de chapa grossa e pratica o preço de venda desse produto mais elevado do mundo", afirma um executivo de uma empresa.
O preço da Usiminas, informa, é de R$ 2,23 mil a toneladas, incluindo PIS Cofins, mas sem frete, ICMS e IPI. "Esse valor é cerca de 15% superior ao preço da chapa grossa importada e internada no mercado interno", explica. "Até as siderúrgicas locais estão importando para atender seus clientes".
Segundo Leite, a empresa analisou vários aspectos de impacto na indústria nacional de aço, como forte queda de vendas e capacidade de ocupação das linhas de produção e retração nos empregos. "A partir da eclosão da crise mundial, houve expressivo aumento de aço importado, lastreado por preços baixos", diz.
Nos estudos feitos pela empresa, informa o executivo, foram constatados indícios de prática de preços abaixo do custo de produção nas siderúrgicas dos países-alvo do processo. Além disso, acrescentou, o câmbio brasileiro (segundo maior valorizado do mundo) é um fator de incentivo à importação, bem como a alta carga tributária e gargalos logísticos. "E isso encarece nossa produção e tira a competitividade do setor".
Conforme apurou o Valor, a medida visa atingir principalmente material oriundo de Rússia e Coreia do Sul. De acordo com distribuidores, esses dois países tem produtos com alta qualidade. Algumas usinas desses países, informadas da iniciativa de abertura de processo, já estariam suspendendo vendas do produto.
"Não somos contra a livre competição, mas desde que seja saudável, sem práticas desleais de concorrência no mercado", rebate Leite. Segundo ele, a indústria do aço não é a única que enfrenta uma enxurrada de produtos importados. Um exemplo é o setor de autopeças, atacado por material chinês.
Nas linhas de chapa grossa - uma fábrica em Ipatinga (MG) e outra em Cubatão (SP) - a Usiminas opera com ociosidade maior que a de outras linhas, voltadas para automotivo e linha branca. O produto é aplicado no setor naval, de óleo e gás (plataformas, gasodutos) e em máquinas agrícolas.
Valor Econômico/Ivo Ribeiro, de São Paulo
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