LEGISLAÇÃO

terça-feira, 24 de agosto de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 24/08/2010

Além da China, mudança no consumo dos EUA afeta exportação brasileira
Marta Watanabe, de São Paulo
A mudança no padrão de consumo americano ajuda a explicar as perdas crescentes da fatia brasileira na importação dos Estados Unidos nos últimos anos. A influência na alteração da demanda americana é maior nas commodities e quase irrisória nos produtos mais elaborados. Na média, porém, explica quase um terço da redução de participação brasileira, segundo estudo do departamento econômico do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O levantamento aponta que de 2004 a 2009 as exportações totais brasileiras cresceram 58%. As vendas aos americanos no mesmo período, porém, aumentaram apenas 22%. A fatia brasileira nas importações americanas caiu de 1,41% para 1,04%, o que equivale a US$ 5,6 bilhões. Segundo o levantamento, de cada dez dólares desse valor, US$ 6,90 podem ser explicados por perda de competitividade e US$ 3,10 por queda de demanda do mercado americano.

De autoria dos economistas Fernando Puga e Pedro Quaresma, o estudo do BNDES mostra que no caso dos produtos elaborados, o efeito da perda de competitividade foi muito maior. De cada dez dólares do valor correspondente à redução da fatia brasileira nos desembarques americanos de produtos elaborados, US$ 9,50 – ou 95% – foram pela perda de competitividade e US$ 0,50 – ou 5% – pela redução de demanda americana. No grupo de commodities, porém, foi a demanda que respondeu por 70% da redução de participação brasileira nas importações desses produtos pelos Estados Unidos enquanto a perda de competitividade, por 31%.

Fernando Puga, chefe do departamento de economia do BNDES, lembra que o efeito da demanda na queda dos embarques brasileiros rumo aos EUA no caso de commodities está concentrado em madeira e produtos minerais e metálicos. A importação total dos Estados Unidos de madeira caiu 63% de 2004 a 2009. No mesmo período, as compras americanas de produtos minerais e metálicos tiveram queda de 31%. Nos dois casos, diz o economista, a redução foi concentrada em 2009 e deve-se à crise imobiliária americana.

No caso dos produtos elaborados, o fator que mais pesou na queda dos embarques aos EUA foi a perda de competitividade brasileira. O estudo mostra que a menor competitividade atingiu segmentos diversos como os de maior valor agregado, como máquinas e equipamentos, além de setores tradicionais como têxteis, couros e calçados. Produtos brasileiros do setor de couro e calçados, por exemplo, tinham fatia de 15,68% das importações americanas do setor em 2004. No ano passado, a participação caiu para 7,11%. Os equipamentos de transporte também tiveram redução, de 7,54% para 3,19%.

Segundo o estudo, essa diversidade revela que o problema de competitividade dos produtos mais elaborados não está restrito à concorrência com os asiáticos, mas pode estar ligado a outros fatores, como a taxa de câmbio. A China é considerada como a maior competidora por alguns setores, como têxteis e calçados.

Para Puga, a perda de mercado nos produtos elaborados mostra a necessidade de políticas de promoção às exportações. Ele lembra que as empresas estão trabalhando atualmente para atender preferencialmente um mercado doméstico. “Mas há no setor externo um mercado importante e difícil de conquistar”, diz Puga. Para ele, é interessante ter crescimento de produção acima da demanda do mercado interno, o que gera não só melhoria de processos, como também ganho de escala e a maior competitividade necessária para o mercado internacional.

De 2004 a 2009 tanto os produtos elaborados como as commodities tiveram queda de participação nas importações americanas (ver quadro). A exceção ficou por conta do petróleo, que elevou sua participação de 0,65% para 1,01% das importações americanas do produto. Para Puga, trata-se de um aumento natural, em razão das recentes descobertas de petróleo no pré-sal e da perspectiva de forte investimentos do setor no Brasil. A tendência, diz, é que no curto e médio prazo aumente a participação de petróleo e derivados na pauta de exportações para os Estados Unidos.
Valor Econômico



Ainda há muito açúcar a ver navios nos portos
Por conta das persistentes chuvas nas regiões litorâneas do Sudeste e do Sul do país, já deixaram de ser embarcadas ao exterior, em agosto, cerca de 900 mil toneladas de açúcar nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR), as principais saídas do produto brasileiro ao exterior. Desde meados de julho, filas de navios vem se formando nos dois portos por conta da elevada demanda pelo produto brasileiro. A ocorrência das chuvas agravou esse congestionamento, uma vez que o mau tempo obriga os navios a suspenderem o carregamento.

Segundo levantamento da Kingsman do Brasil, entre 1º e 16 de agosto foram exportados nos dois portos 1,2 milhão de toneladas da commodity, volume que foi de 2,129 milhões de toneladas em igual intervalo de 2009. Aos preços médios exportados em julho, o volume de 929 mil toneladas que não foi embarcado está avaliado em US$ 400 milhões.

"O tempo abriu há uma semana. Nos outros dias do mês, houve poucas janelas de sol", disse Luiz Teixeira da Silva Júnior, chefe do Departamento de Operação do Porto de Paranaguá e Antonina (APPA). Apesar do clima favorável nos últimos dias, a espera segue grande nos dois portos, que juntos somam 75 navios aguardando na barra. Esse número superou 90 embarcações entre o fim de julho e começo de agosto.

Até sexta-feira passada, havia na barra do porto de Santos 53 navios aguardando para embarcar 1,748 milhão de toneladas de açúcar, entre produto a granel (1,5 milhão de toneladas) e ensacado. "São esperados ainda mais 15 navios nos próximos dias", afirmou Luiz Carlos dos Santos Júnior, da Kingsman do Brasil. Segundo ele, o elevado movimento levou alguns terminais de açúcar de Santos a recusarem nomeação de mais navios até o fim de setembro próximo.

Em Paranaguá, há também 22 navios aguardando na barra para carregar 540 mil toneladas e outras três embarcações são esperadas para as próximas 48 horas. "A fila para atracar diminuiu para 20 dias, ante os 30 dias registrados ao final de julho ", informou.

Entre janeiro e julho, os embarques de açúcar mantiveram-se em expansão. Foram exportadas 13,3 milhões de toneladas da commodity, ante as 12,6 milhões de igual período de 2009. Por conta do volume maior e das cotações mais valorizadas, a receita de janeiro a julho foi de US$ 6 bilhões, ante os US$ 3,9 bilhões do mesmo intervalo de 2009.

A programação dos portos é para embarque no mês de agosto de 3,4 milhões de toneladas de açúcar. "Esse volume já chegou ao pico de 4,1 milhões de toneladas na semana passada", afirma o especialista da Kingsman.

Perspectivas de encolhimento da oferta de açúcar nos Estados Unidos fizeram os futuros da commodity subirem na sexta-feira na bolsa de Nova York. Os papéis com vencimento em março fecharam ontem em 18,79 centavos de dólar a libra-peso, valorização de 17 pontos.
Valor Econômico



Superávit da terceira semana de agosto foi de US$ 864 milhões
A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 864 milhões, com média diária de US$ 172,8 milhões, nos cinco dias úteis (16 a 22) da terceira semana de agosto de 2010. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 8,436 bilhões, com média diária de US$ 1,687 bilhão.

As exportações, no período, foram de US$ 4,650 bilhões, com média diária de US$ 930 milhões, valor 9,2% superior à média de US$ 851,7 milhões acumulada até a segunda semana. O aumento se deve a expansão das vendas de produtos básicos (24,7%), com destaque para petróleo, soja em grão, café em grão, carne de frango e farelo de soja. Nos semimanufaturados, também houve crescimento (8,6%) nas exportações de açúcar em bruto, alumínio em bruto, ferro-ligas e óleo de soja em bruto. As vendas de manufaturados decresceram (-11,2%), por conta, principalmente, de açúcar refinado, óleos combustíveis, óxidos e hidróxidos de alumínio e laminados planos.

As importações, na terceira semana de agosto, chegaram a US$ 3,786 bilhões, com média diária de US$ 757,2 milhões. Houve acréscimo de 5,9%, na comparação da média da terceira semana com a média até a segunda semana de agosto (US$ 714,7 milhões). Os destaques ficaram por conta do aumento dos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos, plásticos e obras.

Mês
No mês, as três semanas de agosto (15 dias úteis) tiveram exportações de US$ 13,167 bilhões (média diária de US$ 877,8 milhões). Na comparação pela média diária, o valor é 9,3% superior à média de US$ 803,3 milhões que foi registrada em julho deste ano. Houve aumento nas vendas de produtos básicos (19,2%) e manufaturados (3,5%), enquanto caíram as exportações de semimanufaturados (-8,3%).

A média também está 33,2% acima da que foi aferida em agosto do ano passado (US$ 659,1 milhões). Neste comparativo, houve aumento nas três categorias de produtos. Nos básicos (48,7%), os destaques ficaram por conta de minério de ferro, milho em grão, carne de frango, suína e bovina, café em grão, petróleo e fumo em folhas. Nos manufaturados (20,9%), os principais produtos vendidos foram óleos combustíveis, açúcar refinado, óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças e automóveis de passageiros. Nos semimanufaturados (20,8%) de couros e peles, açúcar em bruto, celulose, alumínio em bruto e ferro-ligas se destacaram.

As importações, no acumulado mensal, foram de US$ 10,933 bilhões (média diária de US$ 728,9 milhões). Pela média diária, o número é superior em 41,9% ao aferido em agosto de 2009 (US$ 513,7 milhões). Neste comparativo, cresceram os gastos com siderúrgicos (111%), borracha e obras (79,5%), equipamentos eletroeletrônicos (58,7%), veículos automóveis e partes (54,9%), plásticos e obras (51,2%) e combustíveis e lubrificantes (43,7%).

Já na comparação com a média diária de julho de 2010 (US$ 741,6 milhões), houve queda de 1,7% por conta da redução nas compras de adubos e fertilizantes (-30,3%), combustíveis e lubrificantes (-18,6%), instrumentos de ótica e precisão (-10,1%) e equipamentos mecânicos (-2,7%).

A corrente de comércio do mês alcançou US$ 24,1 bilhões (média diária de US$ 1,606 bilhão) e o saldo comercial foi superavitário em US$ 2,234 bilhões (média diária de US$ 148,9 milhões). Pelo resultado médio diário, o saldo da balança comercial cresceu 141,5% na comparação com o mês passado (US$ 61,7 milhões) e aumentou 2,4% em relação a agosto de 2009 (US$ 145,4 milhões).

Ano
No acumulado de janeiro a terceira semana de agosto deste ano (160 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 120,027 bilhões (média diária de US$ 750,2 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2009 (US$ 585,6 milhões), as exportações cresceram 28,1%.

As importações, no acumulado do ano, foram de US$ 108,560 bilhões, com média diária de US$ 678,5 milhões. O valor é 45% acima da média registrada no mesmo período de 2009 (US$ 467,8 milhões).

O superávit da balança comercial no ano chegou a US$ 11,467 bilhões, com média diária de US$ 71,7 milhões. Por esse critério, o número ficou 39,2% abaixo da média registrada no mesmo período do ano passado (US$ 117,8 milhões).

A corrente de comércio acumulada no mesmo período totalizou US$ 228,587 bilhões (média diária de US$ 1,428 bilhão). Pela média, o valor foi 35,6% maior que o aferido no mesmo período de 2009 (US$ 1,053 bilhão).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Vale ultrapassa Petrobras e torna-se maior exportadora
Especialistas preveem que as exportações de minério do país totalizarão US$ 19 bilhões este ano

A Vale ultrapassou pela primeira vez na história a Petrobras como maior exportadora brasileira, revelam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). De janeiro a julho, a receita de exportações da Vale somou US$ 10,142 bilhões, contra US$ 10,139 bilhões exportados pela Petrobras no mesmo período.
Em agosto, as vendas brasileiras de minério para o exterior já representam 25% do total de exportações do país no período. De janeiro até agora, o minério respondeu por 11,5% da balança comercial, contra 8,1% do petróleo bruto.

Por conta do minério, a receita com exportações na terceira semana do mês alcançou US$ 930 milhões exportações, o maior montante semanal do ano, acima da média semanal de US$ 877 milhões registrada neste ano.

Especialistas preveem que as exportações de minério do país totalizarão US$ 19 bilhões este ano, enquanto as exportações de petróleo somarão entre US$ 17 bilhões e US$ 18 bilhões.

No ano passado, a Petrobras exportou US$ 12,3 bilhões, enquanto a Vale gerou US$ 10,2 bilhões em vendas de minério para fora do país.
Valor Online



COOPERATIVAS BRASILEIRAS RECUPERAM MERCADOS NO EXTERIOR
As exportações realizadas pelas cooperativas brasileiras registraram aumento de 14%, em valor, no primeiro semestre deste ano e indicam a retomada de mercados, segundo estudo divulgado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC (Secex).
Já em volume, o aumento das vendas representa apenas 0,5% em relação ao mesmo período de 2009. De acordo com a OCB, a diferença entre a variação em valor e em quantidade reflete a tendência de recuperação dos preços das commodities no mercado internacional e o fechamento de novos negócios pelas cooperativas.
Segundo a analista de mercados da OCB, Patrícia Medeiros, houve uma recuperação das relações comerciais pós crise e estima-se, para 2010, um crescimento de 10% no valor das exportações das cooperativas, em relação ao ano passado. "No entanto, eventos climáticos adversos podem influenciar a produção, ocasionando inclusive quebra de safra em mercados concorrentes, aumentando ainda mais a demanda, o que pode favorecer as exportações do setor, como foi observado, em 2009, na Índia, em relação ao açúcar" pondera.

O complexo sucroalcooleiro lidera o ranking das exportações, tanto em valor FOB como em quantidade. Com vendas na casa de US$ 749 milhões, o grupo inclui açúcar refinado (cana e beterraba), açúcar em bruto e álcool etílico. As exportações dos açúcares de cana em bruto obtiveram crescimento de 92% em relação aos primeiros seis meses de 2009, justamente em decorrência da quebra da safra indiana no ano anterior.

A segunda posição é ocupada pelos produtos do complexo soja, que registraram vendas entre janeiro e junho de US$ 606 milhões. Em seguida, está o complexo carnes com incremento de 28% nos valores exportados (US$ 365 milhões) e 1,8% em volume (179 mil toneladas).

Em relação aos países, China, Alemanha, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Arábia Saudita, nessa ordem, foram os principais mercados de destino das exportações das cooperativas brasileiras no primeiro semestre.
De acordo com nota da OCB, no que diz respeito às 140 cooperativas exportadoras foi possível detectar a recuperação de importantes mercados, como Estados Unidos, Japão e Rússia. Por outro lado, as relações comerciais ganharam espaço em países da Ásia. Do total exportado, 13,7% corresponderam às compras chinesas.

"A pauta de exportações das cooperativas é majoritariamente agropecuária. Dessa forma, a China é um fator decisivo no novo ciclo de alta das commodities, tendo em vista que a retomada nos preços internacionais está sendo impulsionada pela expansão da relação comercial com os países emergentes, como consequência do aumento da demanda interna por alimentos" conclui a analista de mercados da OCB.
Editorial Aduaneiras



O nó do banco para exportador
Há uma pedra no caminho para o lançamento do EXIM Brasil, o banco de fomento à exportação, que terá capacidade de emprestar até US$ 100 bilhões, alavancagem equivalente a dez vezes o seu capital inicial. Previsto para outubro, o início das operações do EXIM Brasil - que será uma subsidiária integral do BNDES - ainda depende de uma solução política: o Ministério da Fazenda precisa concordar com a criação de uma seguradora estatal voltada apenas às exportações. Esse processo foi atropelado pela decisão do ministro Guido Mantega de criar em julho uma megaestatal de seguros, que iria atuar em diversas áreas, de projetos de infraestrutura a exportações.
A ideia original era que essa nova seguradora seria voltada apenas para o comércio externo, sendo instituída por uma medida provisória (MP). Mas, ao incluir outros setores no texto, a Fazenda tornou-se alvo de várias críticas das seguradoras privadas e teve de recuar, admitindo enviar o tema na forma de projeto de lei. Com a previsível demora na tramitação de um projeto do gênero no Congresso, uma saída está sendo negociada pelo Ministério do Desenvolvimento e o BNDES com a Fazenda. Por ela, o presidente Lula retira a parte de exportações do projeto que está em fase de elaboração e, paralelamente, é editada uma MP criando a seguradora de crédito às exportações brasileiras.
Nicomex



Exportador vê a hidrovia como alternativa para o agronegócio
Além da soja, o aumento da exportação do milho também tem esbarrado nas dificuldades logísticas para escoar o produto. O cereal tem baixo custo e, portanto, sofre ainda mais os efeitos da péssima infraestrutura, comenta o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Teixeira Mendes.
Em sua avaliação, a solução para o agronegócio brasileiro é a hidrovia. "Nos Estados Unidos, onde as distâncias são semelhantes às do Brasil, 60% da soja é transportada pelo Rio Mississippi, por exemplo." Hoje, apenas 5% da soja brasileira é transportada por hidrovia.

Os produtores têm tentado encontrar alternativas para escoar a produção, especialmente pelos portos do Norte. Nesse caso, uma pequena parcela da produção do Mato Grosso começa a ser transportada pelo Rio Madeira, mas a capacidade é limitada por causa do tamanho dos portos. No caso do milho, a carga está sendo exportada pelo Porto de Itacoatiara, no Rio Amazonas, diz o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Milho, Nelson Kowalski. Até chegar lá, a carga segue de caminhão até Porto Velho, depois é colocado em barcas e segue pelo Rio Madeira até Itacoatiara. De lá vai para o exterior.

A soja também tem feito esse percurso. A produção de Goiás começa a seguir pela Ferrovia Norte-Sul, até o Porto de Itaqui, no Maranhão.
O Estado de S. Paulo

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