Maersk, MSC e CMA CGM se unem contra piratas
Companhias cruzarão informações para reduzir incidência de pirataria.
A Maersk Line, a MSC e a CMA CGM - consideradas as três maiores companhias de transporte marítimo de cargas conteinerizadas - anunciaram que unirão forças para compater a pirataria no Golfo de Aden e Oceano Índico.
As companhias declararam que iriam trocar informações relativas a medidas de segurança, políticas e procedimentos, atuando em conjunto para garantir que o problema seja abordado por toda a indústria.
Em abril de 2009, o Maersk Alabama foi abordado por piratas da Somália, e outra embarcação da CMA CGM também foi vítima de ataques na região do Golfo de Aden.
"Nossa primeira e principal preocupação é a segurança de nossas tribulações. A pirataria continua a ser um problema para o setor marítimo e, se quisermos enfrentá-lo de maneira eficaz, nós, como armadores devemos cooperar," afirmaram as companhias em comunicado conjunto.
As três operadoras concordam quanto à importância de implementar melhores práticas de gestão para uma navegação segura na área onde os piratas somalianos continuam a atacar e saquear navios. O apoio à presença de navios militares no Golfo de Aden e manobras legais para garantir que os piratas sejam julgados e condenados pelos crimes também foi manifestado.
"As causas deste problema não poderão ser resolvidas de um dia para o outro. Portanto, é imperativo que as forças navais tenham um mandato forte e dinâmico para se equiparar às constantes mudanças na situação da região. É também vital que os atos de pirataria não fiquem impunes, por isso a necessidade de um enquadramento jurídico adequado para processar os criminosos", ressaltaram.
As transportadoras disseram também apoiar propostas para soluções regionais, como a implementação de guarda costeira e possíveis corredores de trânsito para o leste da África.
Guia Marítimo
Porto recebe equipamento de última geração
O Porto de Antonina dará inicio nesta semana a montagem de um novo guindaste multifuncional para carga e descarga de mercadorias. O equipamento tem capacidade para movimentar 104 toneladas de produtos diversos, cerca de 25 toneladas de grãos por vez e até 34 contêineres por hora. Com ele, o complexo deve dobrar a velocidade das operações e reduzir pela metade o tempo em que os navios ficam atracados no terminal.
A aquisição faz parte do Programa de Investimentos do Terminal Portuário da Ponta do Félix, empresa privada que tem concessão para realizar movimentações em Antonina, conforme acordo com a Administração dos Portos Públicos do Paraná. O modelo de terra Mobile Harbor Crane (também conhecido como MHC), de última geração, é fabricado pela empresa suíça Liebherr e custou aproximadamente R$ 12 milhões.
Segundo o superintendente Mario Lobo Filho, o equipamento, assim como todo o maquinário e demais investimentos em infraestrutura feitos pelas empresas concessionárias, pertencerão aos portos paranaenses no futuro. "É importante lembrar que toda melhoria feita tanto pela Ponta do Felix, em Antonina, como pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá, reflete na atração de novos negócios, maiores receitas e mais empregos nos nossos portos públicos".
Além do guindaste, o Terminal Ponta do Felix recebeu novas empilhadeiras e pás carregadeiras. "Estamos nos preparando para a grande demanda de navios, principalmente os carregados com açúcar e fertilizantes, que devem chegar ao terminal até o fim de 2010. Recentemente, a Appa determinou Antonina como alternativa ao Porto de Paranaguá na movimentação destes produtos e com isso esperamos receber, em média, 20 embarcações com estas cargas por mês", afirma o diretor-presidente da empresa, Luiz Henrique Tessuti Dividino.
Na segunda-feira, foi assinada a ordem de serviço 148/2010, que prevê que navios carregados com fertilizantes tenham atracação preferencial para iniciar a movimentação em Paranaguá e, assim que atingirem as condições operacionais de calado necessárias, completem a descarga do produto em Antonina. A medida deve promover aumento nas contratações de trabalhadores portuários e movimentar R$ 1 milhão por mês na economia da cidade.
Dragagem
As obras de dragagem para manutenção da profundidade do canal de acesso ao terminal da Ponta do Félix já foram anunciadas pela Appa e devem marcar a consolidação do complexo portuário paranaense - com ações complementares entre os portos de Paranaguá e Antonina. A minuta do edital de dragagem está quase concluída e aguarda o licenciamento ambiental. A expectativa é iniciar as obras até o fim do ano.
"Será estabelecida profundidade de 9,5 metros, medida que há mais de 10 anos não é alcançada naquele trecho. Atualmente a profundidade é de 7 metros e não permite a operação de navios cujo calado supere esse valor", explica o diretor do Porto de Antonina, Paulo Moacyr Rocha Filho. "Queremos atrair novos negócios e consolidar Antonina no cenário nacional. Os investimentos em equipamentos e obras de infraestrutura são essenciais neste sentido", completa ele.
Até o fim de 2010, o porto de Antonina contará com um novo armazém multicargas, com capacidade para 17 mil toneladas de grãos e um pátio de armazenagem de contêineres vazios. A Administração dos Portos do Paraná realiza ainda, estudos de viabilidade, em conjunto com a Agência Nacional de Transporte Aquaviário, para instalações futuras de indústrias ligadas a exploração do petróleo da camada Pré-Sal.
A Tribuna
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