Navios de fertilizante terão preferência ao optar pelo Porto de Antonina
A Administração dos Portos do Paraná determinou ações complementares entre os terminais de Paranaguá e Antonina, referentes ao desembarque de fertilizantes. A Ordem de Serviço 148/2010, assinada pelo superintendente Mario Lobo Filho, prevê que navios carregados com este tipo de produto tenham atracação preferencial para iniciar a movimentação em Paranaguá e, assim que atingirem as condições operacionais de calado necessárias, completem a descarga do produto em Antonina.
O objetivo é dar agilidade às operações e diminuir o tempo de espera das embarcações, oferecendo uma alternativa que diminua os custos das empresas armadoras, donas dos navios, e dos importadores de fertilizante. Com isso, os usuários podem escolher entre esperar a vez em Paranaguá - para usar um dos dois berços que regularmente são exclusivos para a carga - ou usar um terceiro berço, em que teriam preferência de atracação, e apenas iniciar a movimentação no Porto de Paranaguá, concluindo a operação em Antonina.
Segundo Lobo Filho, a medida terá validade até a realização das obras de dragagem, previstas para acontecerem até o final do ano. "Daremos início à dragagem de manutenção do canal de acesso ao terminal da Ponta do Félix, em Antonina, assim que obtivermos a licença ambiental. Será estabelecida profundidade de 9,5 metros e, com isso, não será necessária a descarga inicial em Paranaguá", explica o superintendente. Hoje, a profundidade no canal é de 7 metros e não permite a operação de navios cujo calado supere esse valor, como acontece quando estão com carga completa.
VANTAGENS: A expectativa da Appa é que a mudança diminua em até 40% o período que as embarcações aguardam na baia de Paranaguá (atualmente até 12 dias) e atraia os navios que estão na fila para atracação no porto de Santos. A economia com os gastos para manter uma única embarcação no mar, enquanto espera, pode chegar a US$ 40 mil por dia, dependendo do tipo e tamanho do navio.
"A alteração na rota, que é muito pequena, já que os dois terminais estão muito próximos, será vantajosa porque os usuários serão beneficiados com a redução do tempo de espera sem perder as vantagens logísticas que os portos públicos do Paraná oferecem", destaca o diretor do Porto de Antonina, Paulo Moacyr Rocha Filho. "Antonina está a 40 km de Paranaguá, via rodovia, o que garante que as cargas sejam transportadas com facilidade para o interior ou para os armazéns de Paranaguá", completa.
O Terminal Portuário da Ponta do Félix, empresa privada que tem concessão para realizar movimentações em Antonina, prevê receber até 10 navios de fertilizantes por mês e se prepara para o aumento nas operações. "Neste mês de setembro, receberemos um novo guindaste e uma série de equipamentos necessários para embarque e desembarque de graneis sólidos. Temos armazéns e toda uma estrutura de retaguarda pronta para atender a demanda", adianta o diretor presidente, Luiz Henrique Tessuti Dividino.
EMPREGOS: A determinação deve promover um aumento nas contratações de trabalhadores portuários e movimentar a economia de Antonina. De acordo com o prefeito da cidade, Carlos Augusto Marchado, sindicatos ligados às atividades já se organizam e os comerciantes locais estão animados com as possibilidades de aumento nas vendas. "Estimamos um incremento de mais de R$ 1 milhão por mês, que devem dar fôlego novo ao comércio e ao setor de serviços", conta.
"É um ciclo virtuoso de emprego e renda. Um único navio de fertilizantes gera centenas de empregos na descarga, no transporte e na armazenagem dos produtos. Estes trabalhadores comem nos nossos restaurantes, abastecem os caminhões nos nossos postos, compram nas nossas lojas. O dinheiro circula e mais pessoas são contratadas para atender nos restaurantes, postos e lojas, por exemplo.", detalha o prefeito.
O departamento jurídico da Appa já analisa a possibilidade do pagamento do ISS (Imposto Sobre Serviços) à prefeitura de Antonina, como é realizado em Paranaguá por determinação do governador Orlando Pessuti. A intenção é repassar parte da arrecadação tarifária do porto para o município.
APPA
Lufthansa Cargo lança novo sistema de refrigeração para cargas
Novo container refrigerado da companhia apresenta inovações para o transporte seguro de cargas frigoríficas
A Lufthansa Cargo, empresa de transporte aéreo de cargas, desenvolveu um novo container refrigerado para atender ao mercado de produtos sensíveis à temperatura, o Opticooler.
O sistema de refrigeração se diferencia dos demais por não precisar usar gelo seco para manter as temperaturas baixas. Com a novidade, produtos que não podem entrar em contato com o dióxido de carbono também podem ser transportados com segurança. O container de refrigeração também registra a temperatura do interior durante toda a viagem, e disponibiliza estas informações ao cliente mediante solicitação.
Estas inovações permitem um raio de ação sensivelmente maior do que os containers clássicos, além de auxiliar as empresas a cumprir as exigências das autoridades sanitárias quanto à documentação completa das normas vigentes para o transporte de cargas frigorificadas.
“Os negócios com carga sensível à temperatura cresceram acima da média, apesar da crise mundial de 2009”, explica Andreas Otto, diretor de produto e vendas da Lufthansa Cargo. “Ajustamos o container às necessidades individuais dos clientes. Dessa forma, garantimos serviços rápidos e flexíveis aliados a segurança e confiabilidade máximas”, conclui.
Os Opticooler já estão em atividade na malha aérea da empresa desde o final de agosto.
Porta Transporta Brasil
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