LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 16/09/2010

Milho faz Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá atingir recorde de caminhões
O movimento de caminhões carregados com grãos no Pátio Público de Triagem do Porto de Paranaguá foi recorde em agosto. Passaram 36,4 mil veículos para a verificação documental e física da carga. Os caminhões transportaram 1,2 milhões de toneladas de soja, milho e farelo, para serem exportados via Paranaguá. A média diária de veículos recebidos ultrapassou 1,1 mil e representou 40% mais que o alcançado no mesmo mês do ano passado, quando foram cerca de 470 caminhões por dia.

Segundo o gerente da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), César Elias Simão, o recorde se deve, principalmente, ao aumento na exportação de milho. “Em julho, foram classificados 5.522 caminhões com o produto. Em agosto, este número subiu para 11.906. A classificação do milho transportado via trem cresceu de 590 vagões para mais de 4 mil, nos dois últimos meses”.

Desde o início do ano, passaram pelo pátio 230.427 caminhões, com 7,7 milhões de toneladas de grãos - números que já superam o registrado em todo o ano passado (202 mil veículos e 7,1 milhões de toneladas de carga). “Este aumento é prova da recuperação da economia mundial após a crise financeira, que prejudicou o comércio internacional de commodities. É resultado, ainda, da força da nossa agricultura e do reconhecimento do nosso porto como o maior exportador de grãos do país”, ressalta o superintendente dos Portos do Paraná, Mario Lobo Filho.

“O Pátio de Triagem é o portão de entrada dos grãos que serão exportados. As cargas passam por rigorosa inspeção de qualidade. Além dos caminhões, chegam por aqui os vagões de trens carregados com a produção do interior do Estado. O movimento neste espaço é o termômetro da agricultura brasileira, já que o Porto de Paranaguá é considerado um dos maiores complexos graneleiros do Brasil e do mundo”, completou Lobo Filho.

INVESTIMENTO – Até o final do ano, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) deve investir R$ 7,8 milhões nas obras de manutenção, reforma e ampliação do pátio, que já estão em andamento. Serão restaurados 30% da pavimentação e construídos mais banheiros, um novo fraldário e churrasqueiras, além de um centro de recepção com telão, mesas, restaurante e lanchonete. Novos guichês para entrada e saída de caminhões e nova iluminação complementarão as benfeitorias.

De acordo com o diretor-técnico da Appa, André Cansian, as mudanças serão concluídas até dezembro. “Estamos avançados no cronograma de ações e já notamos melhorias, prova disso é que, mesmo com as obras, o pátio foi capaz de atender o grande número de caminhões com destino à Paranaguá em agosto”, ressalta. As alterações vão garantir mais rapidez às operações de triagem de cargas, principalmente no pico de safra, quando o movimento médio chega a 2 mil caminhões por dia, além de garantir conforto e segurança aos caminhoneiros e às suas famílias.
Agência Estadual de Notícias



Antaq quer ampliar vias de escoamento de produtos agrícolas
Governo acredita que custos do frete podem ser reduzidos em mais de 30%.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), iniciou um levantamento para identificar os melhores locais para a construção de portos fluviais no país. A intenção é ampliar as vias de escoamento de produtos agrícolas e minérios. O governo acredita que os custos do frete podem ser reduzidos em mais de 30%.

A Antaq já havia comprovado a viabilidade técnica da construção de 44 portos marítimos em todo o país. Agora, a agência decidiu incluir no levantamento dados sobre terminais hidroviários. Analisando a movimentação de cargas, os técnicos identificaram oito áreas aptas à construção de corredores de exportação.

— O corredor do Madeira, o do Tocantins, o do Teles Pires-Tapajós: Esses são do ponto de vista da produção agrícola os mais importantes — diz o diretor-geral da agência, Fernando Fialho.

O estudo deve ficar pronto em um ano e será útil para que governo federal e empresas invistam na construção de portos. Porém, a iniciativa privada tem pressa.

— É preciso que haja antecipação desses cronogramas, porque há muita vontade de investir. Os nossos portos não são modernos em relação aos melhores portos do mundo, e é isso que nós temos que perseguir para que agora os nossos industriais e os nossos agricultores possam fazer portos a custos competitivos com o que se encontra hoje no mundo — explica o presidente do Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Freitas Mascarenhas.
Portos e Navios



Plano para o setor portuário vai incluir a construção de portos em rios do país
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) está fazendo uma revisão no Plano Geral de Outorgas do setor portuário para incluir estudos sobre a necessidade de construção de portos em rios no interior do país.

A primeira versão do plano, que foi concluída no ano passado, apontou apenas a necessidade de construção de novos portos marítimos.

Segundo o diretor-geral da Antaq, Fernando Fialho, a revisão do plano deve ficar pronta em um ano. Para ele, o objetivo é aumentar o uso das hidrovias para o escoamento da produção do país.

Fialho disse, também, que o uso de hidrovias no lugar das rodovias poderá reduzir o custo do transporte da produção agrícola entre 20% e 30%, além de diminuir em até 68% a emissão de gás carbônico pelo transporte rodoviário.
A Antaq já identificou nove corredores hidroviários que poderão receber novos portos: nos rios Tocantins, Rio Madeira, São Francisco, Parnaíba, Paraguai, Tietê, Paraná, Teles Pires e Tapajós e o corredor do Mercosul, que reúne os rios Jacuí e Ibicuí (RS).

Segundo Fialho, o governo vai identificar as áreas prioritárias. Ele destacou que a grande maioria dos investimentos virá da iniciativa privada. "Esse estudo identifica possibilidades, e aí a demanda do mercado, de empresários privados e do governo de instalar novos portos públicos é que vai definir efetivamente a implantação", disse.

O presidente da Antaq participou hoje (14) de um debate sobre as perspectivas do setor portuário com integrantes do Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para o presidente do conselho, José Mascarenhas, o Plano de Outorgas é um avanço para o futuro, mas antes disso é preciso melhorar a gestão dos portos que já existem, porque o transporte de cargas por meio de hidrovias é mais barato e eficiente.
Portos e Navios

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