LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 15/09/2010

Couro brasileiro conquista espaço na Feira de Xangai
Composta por doze empresas e entidades, a representação brasileira que participou da All China Leather Exhibition (ACLE), realizada em setembro, em Xangai, China, foi um dos destaques do evento, registrando grande movimentação de público em seus estandes e corredores.

“O conjunto dos estandes do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) dobrou de tamanho em relação à edição anterior, despertando interesse de grande número de visitantes”, diz o presidente da entidade, Wolfgang Goerlich. A representação brasileira contou com o apoio da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) na realização deste evento.

Na condição de também presidente do International Council of Tanners (ICT), sigla em inglês para o Conselho da Indústria Curtidora Mundial, Goerlich participou da cerimônia de abertura da feira, uma das mais importantes do mundo.

Segundo ele, os expositores brasileiros encontram boa demanda para o nosso couro na Ásia, mas, infelizmente, nossos preços estão superiores aos do mercado mundial, o que está limitando demais as vendas. Dentre os fatores que pressionam os preços do couro brasileiro, Goerlich cita o câmbio (“que já se tornou uma verdadeira ‘doença econômica’”), excessos burocráticos, o apagão logístico vivido pelo setor portuário e o chamado “Custo Brasil”.

De toda forma, Goerlich destaca a importância da participação brasileira em feiras internacionais. “Trata-se da mais importante ferramenta para divulgar as propriedades do couro brasileiro no mercado internacional, abrindo caminho para a conquista de novos mercados e clientes”, afirma Goerlich.
Portal Fator Brasil



Cinco usinas brasileiras obtêm registro para vender etanol para EUA
Cinco usinas brasileiras obtiveram o registro do governo americano reconhecendo seu produto, o etanol de cana-de-açúcar, como combustível renovável avançado. A Usina Central Energética Vale do Sapucaí (Cevasa), controlada pela Cargill, e unidades da Copersucar foram as primeiras a obter a autorização junto à Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês). Todas as empresas que conseguiram registro são associadas à União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

"É muito expressivo e relevante o que estas usinas conquistaram junto à EPA. Representa na prática um carimbo no passaporte para entrar no maior e mais relevante mercado de etanol do planeta, tanto em produção quanto consumo. Estamos confiantes que as demais usinas brasileiras também vão obter o registro, que reconhece oficialmente o biocombustível de cana como avançado," afirma em nota Joel Velasco, representante da Unica para a América do Norte.

Segundo comunicado da Unica, em fevereiro deste ano, a EPA designou o etanol de cana-de-açúcar como biocombustível renovável de baixo carbono, por sua capacidade de contribuir de forma significativa para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. O anúncio, parte da regulamentação final da lei que define o mandato de uso de biocombustíveis nos Estados Unidos (Renewable Fuel Standard, RFS2), determinou que o etanol de cana reduz as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 61% comparado com a gasolina americana.

De acordo com a regulamentação dos EUA, desde 1º de julho o biocombustível usado naquele país precisa ser de uma usina cadastrada na EPA para ser considerado dentro do mandato do RFS2. Além disso, a matéria-prima para sua composição, no caso a cana-de-açúcar, não pode ser originária de áreas onde antes havia vegetação nativa.

O representante da Unica lembra que o RFS2 estabelece um consumo mínimo nos Estados Unidos de 13 bilhões de galões (cerca de 50 bilhões de litros) de biocombustíveis este ano, subindo para até 36 bilhões de galões (136 bilhões de litros) em 2022. "Mais de metade dessa demanda está reservada para os chamados 'biocombustíveis avançados,' e um dos que já têm essa designação é o etanol de cana, que potencialmente pode preencher até 15 bilhões de litros desse total," explica.
Agência Estado - (AE)



INDÚSTRIA CRIA MARCA PARA PROMOVER EXPORTAÇÃO
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e o Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Siamfesp) lançaram ontem (13), em São Paulo, a marca Metal Brasil. O objetivo é ampliar a visibilidade do setor no mercado externo e, consequentemente, aumentar as exportações. O mercado árabe está entre os alvos do projeto.

Atualmente, o Projeto Setorial Integrado (PSI) da Apex e Siamfesp conta com a participação de 51 empresas. "Queremos atrair mais empresas do setor para o projeto, não só de São Paulo, mas do Brasil todo", afirmou o presidente do sindicato, Denis Perez Martins. Segundo ele, a entidade já participou duas vezes da feira Big 5 Show, do setor de construção, em Dubai, e empresas do ramo querem participar novamente este ano. "É um mercado muito promissor", disse ele.

Com o lançamento da marca Metal Brasil, a Apex e o Siamfesp renovaram o acordo para promoção das exportações do setor, que teve inicio em 2007. O novo projeto, que será válido para o período de 2010 a 2012, receberá investimentos de R$ 1,21 milhão. De acordo com o diretor de negócios da Apex, Maurício Borges, os investimentos serão destinados à participação em feiras internacionais, ações de marketing e publicidade e realização de projetos comprador, de imagem e vendedor.

No ano passado, as exportações do setor somaram US$ 37 milhões. Com o novo projeto, a meta é chegar em 2012 com vendas no valor de US$ 42 milhões e aumentar o número de empresas exportadoras de 32 para 38. "Será muito fácil se posicionar no mercado externo com a marca Metal Brasil", disse Borges. Segundo ele, as empresas do setor "abraçaram a causa" da inovação e do design diferenciado. "Não tenho dúvida que vamos fazer toda a diferença", acrescentou.

O símbolo da marca, colorido por duas cores da bandeira brasileira, o amarelo e azul, foi desenvolvido pela empresa de design Keenwork. Está sendo criado ainda um portal com informações do projeto, do setor, datas de eventos e catálogos das empresas. O site www.metalbrasil.com.br, que terá versões em português, inglês e espanhol, deve entrar no ar no final de novembro.

De acordo com o diretor-executivo do Siamfesp, Oduwaldo Alvaro, a marca Metal Brasil vai passar também uma idéia de associação brasileira do setor, que é muito importante para o mercado externo ter como referência.
Agência Anba



CAMEX REDUZ A ZERO TARIFA DE IMPORTAÇÃO DE ALGODÃO ATÉ MAIO DE 2011
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou hoje (14) a redução a zero da tarifa de importação de algodão de países de fora do Mercosul. A tarifa atual é de 10%. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que a redução valerá de outubro deste ano a maio de 2011, período de entressafra, para o limite de 250 mil toneladas do produto.

Segundo Rossi, há consenso em torno da medida entre produtores, indústria têxtil e exportadores. "Vamos garantir o suprimento necessário para a indústria têxtil, mantendo sua competitividade", afirmou. O consenso se deu porque houve queda na produção de algodão no país e, como as vendas desta safra foram feitas antecipadamente, haverá um déficit do produto no mercado brasileiro.

O secretário-executivo substituto da Camex, André Alvim, concederá entrevista coletiva no auditório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para comentar as demais decisões tomadas na reunião de hoje. A Camex é composta por representantes da Casa Civil e dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Fazenda, do Planejamento, de Relações Exteriores, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
Agência Brasil


 
UE espera acordo comercial com Mercosul em 2011
A União Europeia espera chegar a um acordo comercial com países do Mercosul até meados de 2011, uma vez que os negociadores estão resolvendo pequenos detalhes em questões como compras governamentais e propriedade intelectual, disse o chefe de Comércio do bloco europeu, Karel Gucht.

UE e Mercosul retomaram em maio as conversações que estavam paradas há anos. O objetivo é criar a maior zona de livre comércio do mundo, abrangendo 750 milhões de pessoas e bens estimados em 65 bilhões de euros (US$ 82 bilhões) por ano.

De Gucht acrescentou que há questões como os direitos de propriedade intelectual e licitações de governos que precisam ser discutidas, mas o clima no geral melhorou.

"Há disposição em discutir todos os tópicos e depois vamos ver onde chegamos", disse De Gucht a jornalistas.

"Nós tivemos boas discussões", disse ele após reunião com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.

O Mercosul é integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Folha de São Paulo




Receita e PF deflagram operação de combate ao contrabando na fronteira do Brasil com o Uruguai
Brasília - A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram hoje (14) a Operação Comodoro, com o objetivo de combater o contrabando e o descaminho na fronteira do Brasil com o Uruguai. Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Federal Criminal de Santana do Livramento (RS). O descaminho ocorre quando as mercadorias podem ser legalmente importadas, mas são desviadas para não ter o imposto recolhido. Já o contrabando se caracteriza pela importação ou exportação clandestina de mercadorias proibidas.

Além de Santana do Livramento, os 25 servidores da Receita Federal e 81 policiais federais envolvidos na operação fazem buscas em residências e estabelecimentos comerciais nas cidades de Porto Alegre, Canoas e Caxias do Sul.

De acordo com a Receita Federal, a quadrilha que atuava no transporte de mercadorias descaminhadas, originalmente destinadas à venda nos free shops de Rivera, no Uruguai, trazia ilegalmente os produtos para o Brasil.

Durante a investigação, foram apreendidos R$ 2 milhões em mercadorias, incluindo pneus, carros antigos, queijos, bebidas e perfumes. O prejuízo aos cofres públicos podem chegar a R$ 20 milhões nos últimos 12 meses segunda a Receita Federal.
Agência Brasil

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