Governo não vai permitir sobrevalorização do câmbio, diz Mantega
Segundo o ministro, o governo vai observar qual será o comportamento das cotações das ações da Petrobrás nos próximos dias para decidir como atuará daqui pra frente
Ricardo Leopoldo, da Agência Estado
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou claro nesta segunda-feira, 27, em São Paulo, que o governo atuará com energia para evitar que ocorra sobrevalorização excessiva do câmbio. "Estamos comprando um volume muito maior de dólares. Devemos estar com US$ 270 bilhões de reservas cambiais, mais as reservas que o Tesouro tem, porque o Tesouro também andou comprando dólares", destacou o ministro, sem esclarecer se tal compra por parte do Tesouro já foi feita pelo Fundo Soberano do Brasil. Na última sexta-feira (24), o Banco Central informou que, na véspera, as reservas internacionais somavam US$ 273,042 bilhões, no conceito de liquidez internacional. "Continuaremos comprando, não deixando sobrar dólares no mercado", reiterou Mantega, enfatizando que o governo continuará ativo no mercado de dólar.
Segundo o ministro, o governo tinha a expectativa de que a operação de capitalização da Petrobrás iria trazer muitos recursos externos ao País, o que acabaria pressionado o câmbio para a valorização. Agora, segundo Mantega, o governo vai observar qual será o comportamento das cotações nos próximos dias para decidir como atuará daí em diante. "Passada essa situação (capitalização da Petrobrás) deve haver uma calmaria, com menor pressão para valorização do câmbio. Mas, se não houver, nós estaremos levando em consideração os instrumentos que temos para agir".
Agência Estado
China apoia proposta da Rússia para trocas diretas entre yuan e rublo
Atualmente, 5 outras moedas são negociadas diretamente contra o yuan no mercado interbancário chinês
PEQUIM - O presidente da China, Hu Jintao, disse nesta segunda-feira que a China apoia a proposta da Rússia de dar início as negociações diretas entre o yuan e o rublo, informou a agência oficial de notícias Xinhua.
"A China apoia a proposta russa para operações de câmbio entre o yuan e o rublo em seus respectivos mercados interbancários de câmbio", disse Hu segundo a Xinhua. Em agosto, a China adicionou o ringgit da Malásia à pequena lista de moedas que podem ser negociadas diretamente contra o yuan no mercado interbancário, indicando que o país pretende ampliar as negociações com moedas de economias emergentes.
Cinco outras moedas são negociadas diretamente contra o yuan no mercado interbancário chinês: o dólar norte-americano, o dólar de Hong Kong, o iene, o euro e a libra esterlina. As informações são da Dow Jones.
Agência Estado
Europa quer novas medidas para conter deficit excessivo em crises
Os ministros de Finanças da UE (União Europeia) e representantes das instituições europeias se reúnem nesta segunda-feira em Bruxelas para tentar avançar rumo a medidas contra o deficit excessivo a fim de evitar que se produzam novas crises de dívida como a que afetou à zona do euro no ano passado.
A reunião permitirá conhecer até onde estão dispostos a chegar os países da UE em seu compromisso com a disciplina orçamentária.
Concretamente, os 27 países do bloco revelarão suas primeiras posições com relação ao endurecimento das sanções aos países com deficit excessivo.
O chamado "grupo especial de trabalho", liderado pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, tentará romper o bloqueio que sofrem as negociações desde o dia 6 de setembro acerca do novo sistema de sanções e do papel que deve ser atribuído à dívida dos países no procedimento de infração.
Folha de São Paulo
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