Brasil levará 'guerra cambial' à OMC
A proposta do Brasil de tratar da guerra das moedas no âmbito internacional passará nesta terça-feira, 10, por seu primeiro teste real. O governo apresentará na Organização Mundial do Comércio a proposta para que se debata o impacto do câmbio no comércio, alegando que não há um palco no mundo para que países possam tratar dos efeitos de variações cambiais para suas economias. A avaliação do Itamaraty é de que há um vácuo e que nenhuma organização está de fato lidando com esses problemas. Mas encontrará resistências e uma atuação real da OMC sobre o assunto corre o sério risco de ficar para 2012.
A iniciativa foi do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que declarou que existiria uma guerra das moedas e que o Brasil, com o real valorizado, estaria sendo prejudicado em suas exportações. Nas últimas semanas, o Brasil fez um lobby em várias capitais do mundo para reunir apoio. Os países do Mercosul, por exemplo, darão seu aval para o projeto.
Mas, por enquanto, existem vários países que continuam a mostrar hesitação em trazer o tema para a OMC. Por conta disso mesmo, o Brasil não espera que a proposta seja aprovada imediatamente, mas tentará pelo menos fazer com que algumas ideias sejam implementadas. Se nada for aprovado, o tema praticamente seria jogado para 2012.
Governos como os da China, Estados Unidos e Europa já revelaram que não gostariam de lidar com esse assunto na OMC, alegando que não a solução passa por um reequilíbrio das contas e fluxos comerciais mundiais, e não por decisões em fóruns diplomáticos.
Sabendo da resistência, o Itamaraty mandou um recado claro ao ministro Mantega, alertando que sua ideia de levar o tema à OMC não funcionaria se seu pensamento fosse o de abrir uma disputa comercial contra China ou estados Unidos. A opção do Brasil foi a de propor em um discreto comitê que a OMC prepare estudos que mostrem o impacto das mudanças cambiais para o comércio. Além disso, o Itamaraty quer a organização de seminários sobre o assunto.
Assim, o tema entraria na agenda internacional sem fazer muito barulho. O discreto comitê, porém, hoje estará repleto de embaixadores diante da polêmica que o tema causa.
Agência Estado
A proposta do Brasil de tratar da guerra das moedas no âmbito internacional passará nesta terça-feira, 10, por seu primeiro teste real. O governo apresentará na Organização Mundial do Comércio a proposta para que se debata o impacto do câmbio no comércio, alegando que não há um palco no mundo para que países possam tratar dos efeitos de variações cambiais para suas economias. A avaliação do Itamaraty é de que há um vácuo e que nenhuma organização está de fato lidando com esses problemas. Mas encontrará resistências e uma atuação real da OMC sobre o assunto corre o sério risco de ficar para 2012.
A iniciativa foi do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que declarou que existiria uma guerra das moedas e que o Brasil, com o real valorizado, estaria sendo prejudicado em suas exportações. Nas últimas semanas, o Brasil fez um lobby em várias capitais do mundo para reunir apoio. Os países do Mercosul, por exemplo, darão seu aval para o projeto.
Mas, por enquanto, existem vários países que continuam a mostrar hesitação em trazer o tema para a OMC. Por conta disso mesmo, o Brasil não espera que a proposta seja aprovada imediatamente, mas tentará pelo menos fazer com que algumas ideias sejam implementadas. Se nada for aprovado, o tema praticamente seria jogado para 2012.
Governos como os da China, Estados Unidos e Europa já revelaram que não gostariam de lidar com esse assunto na OMC, alegando que não a solução passa por um reequilíbrio das contas e fluxos comerciais mundiais, e não por decisões em fóruns diplomáticos.
Sabendo da resistência, o Itamaraty mandou um recado claro ao ministro Mantega, alertando que sua ideia de levar o tema à OMC não funcionaria se seu pensamento fosse o de abrir uma disputa comercial contra China ou estados Unidos. A opção do Brasil foi a de propor em um discreto comitê que a OMC prepare estudos que mostrem o impacto das mudanças cambiais para o comércio. Além disso, o Itamaraty quer a organização de seminários sobre o assunto.
Assim, o tema entraria na agenda internacional sem fazer muito barulho. O discreto comitê, porém, hoje estará repleto de embaixadores diante da polêmica que o tema causa.
Agência Estado
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