LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ECONOMIA

Alemanha e França impulsionam PIB da zona do euro
Jornalismo Netmarinha (jornalismo@netmarinha.com.br)
Fortes performances das economias da Alemanha e da França impulsionaram o crescimento da zona do euro para acima do esperado por analistas no primeiro trimestre
Os números enfatizaram também a diferença entre o desempenho dos países do bloco

O Produto Interno Bruto (PIB) da região com 17 países cresceu 0,8 por cento no primeiro trimestre sobre o quarto trimestre de 2010, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta sexta-feira, impulsionado por uma alta de 1,5 por cento da economia alemã e de 1 por cento da francesa. Economistas previam para a zona do euro um avanço de 0,6 por cento.

Alemanha e França são responsáveis por quase metade do PIB do bloco. Ambos os países recuperaram-se após um desempenho bastante modesto no quarto trimestre, quando o clima frio abateu a produção. "Há uma boa chance de o crescimento do PIB da zona do euro alcançar 2 por cento em 2011 pela primeira vez desde 2007", disse Howard Archer, economista do IHS Global Insight. Em um relatório separado, a Comissão Europeia previu que a zona do euro crescerá 1,6 por cento neste ano, com inflação acima do teto do Banco Central Europeu (BCE), a 2,6 por cento. A Alemanha deve continuar sendo um dos motores.

Assessor econômico do governo, Wolfgang Franz disse à TV alemã ARD que a economia do país pode se expandir 3 por cento ou mais neste ano
Os analistas são um pouco menos otimistas sobre a França, dizendo que o primeiro trimestre provavelmente foi o pico do crescimento, já que os cortes do governo terão seus impactos na economia. "O recente salto dos preços do petróleo deve abater o poder de compra do consumidor, além de diminuir os lucros das empresas... Além disso, esperamos que o aperto fiscal mostre seu impacto", afirmou Joost Beaumont, economista do ABN-AMRO.

A Itália cresceu apenas 0,1 por cento no primeiro trimestre, a mesma taxa dos três meses anteriores.O governo prevê uma expansão de 1,1 por cento no ano.

A economia de Portugal retraiu 0,7 por cento, colocando a economia de volta na recessão .

A Grécia teve expansão pela primeira vez desde o fim de 2009, de 0,8 por cento, após contração de 2,8 por cento no quarto trimestre.
Reuters


Chineses chegam, interessados em infraestrutura
Chega hoje ao Brasil uma missão de 66 empresários e cinco autoridades chineses para conhecer alternativas de negócios de infraestrutura no Brasil. A missão antecede a chegada, em Brasília, do ministro do Comércio da China, Chen Deming, que discutirá com os ministérios do Desenvolvimento e de Relações Exteriores medidas para aumentar o valor agregado das exportações do Brasil ao mercado chinês. O governo brasileiro quer atrair a China para projetos de cooperação em tecnologias "verdes" e produção de automóveis bicombustível de alto padrão.
"Os chineses estão interessados, e o que mostramos é a necessidade de serem parceiros das empresas brasileiras, segundo as regras locais", comentou, ao Valor, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, que se reúne com a missão chinesa hoje, em São Paulo. Cerca de 40% da missão chinesa é de executivos da área de infraestrutura, percentual que sobe a 60% se somados os empresários do setor de energia. Outros 20% têm interesse em projetos de inovação e 10% estão de olho no agronegócio brasileiro.

"Faltam recursos para nós, queremos parceiras, não só com os chineses", diz Andrade, para quem a falta de crédito de longo prazo torna indispensável a participação de sócios estrangeiros nos projetos de infraestrutura esperados para o Brasil. Entre os projetos que devem ser apresentados aos chineses hoje e na segunda estão as obras de saneamento, os aeroportos que serão oferecidos em concessão, o metrô de Belo Horizonte, e empreendimentos necessários à Copa do Mundo de futebol e à Olimpíada.

A vinda dos chineses é uma preparação para a reunião da comissão de alto nível Brasil-China, no segundo semestre, que deve apontar os rumos para a chamada "aliança estratégica" entre os dois países. É vista pela diplomacia brasileira uma demonstração de boa vontade dos chineses, e foi decidida durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China, em maio. As autoridades brasileiras pretendem aproveitar a vinda de Chen Deming para tentar avançar as ofertas anunciadas pelo governo asiático durante a visita de Dilma a Pequim, como a liberação de importações de carne de porco, aberta, a princípio, somente a três frigoríficos em diversas regiões do Brasil. Os brasileiros esperam também que Deming traga sugestões da China sobre projetos de inovação que podem atrair investimentos chineses para produção no mercado brasileiro.
Portos e Navios

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