LEGISLAÇÃO

terça-feira, 17 de maio de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 17/05/2011

Mais três estaleiros para o Estado do Rio
O Estado do Rio de Janeiro vai ganhar mais três estaleiros: OSX, de Eike Batista, Alusa/Galvão - ambos no Norte Fluminense -, e Estaleiro Inhaúma, na capital. Os projetos são algumas das prioridades do Fundo de Marinha Mercante (FMM), que concedeu recursos de cerca de R$ 11 bilhões.

Rejeitado por ambientalistas de Santa catarina, o OSX já tem todo apoio do governador Sérgio Cabral. O estaleiro Inhaúma é o antigo Ishibrás, que a Petrobras irá reformar para montar principalmente plataformas.
Esse estaleiro foi responsável pela construção dos maiores navios já produzidos no país, de 313 mil toneladas e ultimamente estava subutilizado, destinado apenas a reparos. A Petrobras deverá licitar a operação para um grupo privado.
O terceiro estaleiro beneficiado é o Alusa/Galvão, de Quissamã, também no Norte Fluminense.
Monitor Mercantil



Caterpillar investirá R$ 350 milhões no setor marítimo
A Caterpiilar, líder mundial na fabricação de equipamentos de construções, motores diesel e a gás natural, anunciou ontem, através de seu presidente, Carlos Calil, que a empresa investirá R$ 350 milhões até 2012. Com a crescente demanda por soluções de potência, a empresa começa a produzir no Brasil geradores e sistema de Propulsão Diesel - Elétricos 3500C, para barcos de apoio, plataformas e unidades FPSOs. "Essa que é a fera, é a última geração dos últimos geradores do país", disse o vice-presidente da Caterpillar e do setor naval da empresa, Richard Case, em coletiva realizada em um hotel da zona Sul do Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente da Caterpillar Brasil, Luís Carlos Calil, a empresa terá alto índice da nacionalização. "Sempre que temos oportunidades, vamos prestigiar a indústria nacional", afirmou. Segundo o presidente, não existe no Brasil produção com alto índice de nacionalização no mercado. Com as recentes descobertas no pré-sal de petróleo e gás natural, a companhia ampliará ampliará o atendimento aos clientes nos mercados marítimo e de Óleo & Gás. "Com o pré-sal, as encomendas da Petrobras vão duplicar em cinco anos. A demanda é muito grande", afirmou Richard.
NN A Mídia do Petróleo



Marinha brasileira terá supernavios
Cada unidade, de alta tecnologia, custa, hoje, no mercado internacional, entre US$ 600 milhões e US$ 750 milhões.

São Paulo - A Marinha do Brasil vai ter ao menos dois Navios de Múltiplos Propósitos, um conceito novo de navio autossuficiente - cada um desses gigantes, grandes como dois campos de futebol e feitos para projetar poder naval, leva uma força completa de intervenção; soldados, tanques, helicópteros, lanchas, mísseis, hospital, mais um sofisticado centro de inteligência.

Cada unidade, de alta tecnologia, custa, hoje, no mercado internacional, entre US$ 600 milhões e US$ 750 milhões. É um programa ambicioso, contemplado no Plano de Articulação e Equipamento da Marinha (Paemb), ainda sem prazo definido pelo governo brasileiro. Em nota, o comandante da Força, almirante Júlio Moura Neto, disse que “o processo de aquisição depende da disponibilidade de recursos orçamentários, não tendo sido ainda selecionado um projeto específico”.

Os dois fornecedores mais importantes estão nos Estados Unidos, que mantém uma frota variada de oito navios, e a França, que desenvolveu uma versão avançada, a classe Mistral. O governo da Rússia quer comprar quatro exemplares.

Conceito
Embora apresentado como um lançador de ataques anfíbios, o conceito de múltiplo emprego aumenta a eficiência das operações de mobilização e deslocamento rápidos. Os meios devem permitir o lançamento acelerado de 900 a 1.400 combatentes, 280 veículos e 30 helicópteros, em cenários distantes até 5 mil quilômetros.

O contingente e seus recursos precisam ter capacidade de atuar sem novo apoio por dez dias, em posições avançadas, a 100 quilômetros do local de desembarque. A principal alteração em relação ao esquema tradicional das ações anfíbias é a integração em um único centro embarcado.

Em missão, o supernavio exige cobertura aérea permanente por meio de aviões de caça, sob coordenação de uma aeronave de vigilância e alerta antecipado. No mar, uma flotilha de escolta cuida da proteção.

O Navio de Múltiplos Propósitos é virtualmente autônomo. Além dos helicópteros, de dúzias de tanques, blindados sobre rodas, lanchas de desembarque de tropas e centenas de soldados, abriga um hospital com capacidade para executar cirurgias de grande complexidade.
Na ponte principal, alta como um prédio de 15 andares, funciona uma sofisticada sala de situação com enlace eletrônico por satélite, de onde são tomadas as decisões de comando e processadas as informações de inteligência.
Portos e Navios




Superporto Sudeste já está em execução
DO RIO - Empregos, geração de renda, novos negócios de um lado. Risco de aumento da violência, favelização e poluição de outro.
Moradores da pacata ilha da Madeira, em Itaguaí, a 70 quilômetros do Rio, se mostram divididos sobre o futuro que está sendo imposto à região.

Na ilha estão sendo erguidos empreendimentos de grande porte, como o Superporto Sudeste, do empresário Eike Batista, e o estaleiro da Marinha para a fabricação de submarinos nucleares. Ambos deverão estar operando em até três anos.
A Usiminas já acena com um novo projeto no terreno da antiga mineradora Ingá, e a Petrobras avalia montar ali uma base logística para operações na camada pré-sal.
Juntos, todos os investimentos devem ultrapassar R$ 5 bilhões.

Silêncio e tranquilidade foram substituídos pelo barulho de máquinas, explosões e poeira. O temor agora é que a violência chegue na esteira do progresso. "Deixávamos nossas casas abertas, mas já não fazemos isso mais. Tem muita gente estranha circulando aqui", diz o pescador Valter Marinho, 52.

O empreendimento de Eike, o de maior porte, está em execução. Apesar de pagar valores acima dos estimados para os imóveis, encontra resistência de moradores.

"As pessoas deveriam ficar. Ninguém é obrigado a sair. Estão pagando bem, mas não é o preço da minha liberdade, de viver no meu lugar", afirma o comerciante Marco Antônio da Silva Rocha, 46.

Batizada em homenagem à ilha homônima, em Portugal, a ilha da Madeira tem na pesca o motor de sua economia. Às margens da baía de Sepetiba, sua atividade pesqueira teve queda significativa nos últimos anos por conta da entrada de indústrias, como a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico).
Presidente da Associação de pescadores da ilha da Madeira, Sérgio Hiroshi não é desfavorável à chegada de empresas na região, mas questiona se não seria prudente limitar seu número.
Portos e Navios



Soja é destaque na movimentação de carga pela Hidrovia do Madeira
A Hidrovia do Madeira movimentou mais de 4 milhões de toneladas de cargas em 2010. A informação é da Superintendência de Navegação Interior da ANTAQ. De acordo com o estudo, houve uma predominância do transporte de grãos. Cerca de 2,5 milhões de toneladas foram de soja. O produto representou 70,9% do total de cargas movimentado pela Hidrovia do Madeira. Passaram pela Hidrovia do Madeira 4% da produção nacional de soja ou 13% do que o estado do Mato Grosso produziu.
A Hidrovia do Madeira contribui ainda com o comércio exterior brasileiro. “A hidrovia garante uma conexão mais vantajosa da Região Centro-Oeste, que concentra a maior produção de grãos do país, com o mercado europeu”, apontou o superintendente de Navegação Interior da ANTAQ, Alex Oliva.
A Hidrovia do Madeira é um afluente da margem direita do Rio Amazonas. É uma via fundamental de escoamento para os mercados estrangeiros que consomem a soja da Região Centro-Oeste e da Região Amazônica. “A Hidrovia do Madeira também contribui para o desenvolvimento regional. Além disso, constitui-se praticamente como a única via de transporte para a população que vive nas cidades às suas margens, excluindo-se as cidade de Humaitá (AM) e Porto Velho, que contam com acesso rodoviário, ainda que não tão satisfatório”, destacou Alex Oliva.
O transporte de cargas pela Hidrovia do Madeira ocorre tanto no sentido jusante, quando desce o rio, quanto no sentido contrário. Nela, estão em operação um porto organizado e seis terminais de uso privativo, todos localizados no município de Porto Velho.
Saiba mais
O caminho pela Hidrovia do Madeira de Porto Velho até Itacoatiara (AM), descendo o rio, leva 70 horas. No sentido oposto, contra a correnteza, são necessárias 130 horas. Já o percurso de Porto Velho a Santarém (PA), com uma distância de 1603km, o tempo estimado de viagem é de 174h57min para subir o rio e 108h42 min para descer.
ANTAQ

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