LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 27 de maio de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 27/05/2011

Porto de Santos em boa fase
Ninguém contesta que o Porto de Santos passa hoje por uma fase de consolidação, como provam as mais recentes estatísticas que o mostram como responsável por 32% do comércio exterior brasileiro. Obviamente, isso não caiu do céu. Houve investimentos e trabalho harmônico entre a administração do Porto e o município, ainda que Santos continue na contramão da tendência internacional e, entre as principais cidades portuárias do mundo, seja a única cujo porto não é administrado pela municipalidade. Com isso, sofre influências políticas nefastas e tem de enfrentar retardamentos burocráticos que só dificultam a sua modernização.

Seja como for, é forçoso reconhecer que, se ainda houvesse o cenário que havia até 2005, o Porto de Santos já não seria líder na movimentação de cargas no País, pois teria sucumbido em meio à avalanche de problemas logísticos e de infraestrutura que enfrentava. Sem a participação ativa do município, com certeza, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do porto, não teria feito o que fez até agora. Nem a Petrobras teria tomado a decisão de implantar uma de suas bases na cidade, o que permitirá a Santos tornar-se também um polo de apoio naval e manutenção, com a instalação de estaleiros para reparos.
Hoje, se o Porto não gera tantos empregos como em outros tempos - já que grande parte de suas operações é automatizada e mecanizada -, ainda é responsável por 60% ou 65% da economia da cidade. E acaba de ingressar numa fase de expansão que permite à própria Codesp prever que, em 2020, a sua movimentação terá quase triplicado, saindo dos 96 milhões de toneladas de 2009 para 238 milhões, resultado de uma taxa anual de crescimento de 10%.Porto de Santos em boa fase. 15051.jpeg

Isto porque o entrave maior que existia para o seu crescimento já está praticamente superado, já que as obras de dragagem entraram em sua fase final, permitindo que o Porto passe a receber navios de maior calado. É de lembrar que, antes, o Porto já recebia alguns navios de maior calado, mas a embarcação não podia sair com sua capacidade máxima utilizada, o que representava prejuízos.

Já quanto à questão logística, é de reconhecer que a abertura do Trecho Sul do Rodoanel eliminou os "gargalos" que existiam na Grande São Paulo, mas, como se previa, agravou o tráfego nas vias de acesso ao Porto. Portanto, é inadiável que o governo do Estado viabilize a construção de um viaduto na Via Anchieta, além de acabar com os "gargalos" que persistem na sua junção com a rodovia Cônego Domênico Rangoni.

Olhando pelo viés ferroviário, a MRS e a ALL chegam com facilidade ao Porto e as operações na área interna também já foram para o setor privado, mas é preciso incentivar mais o uso do modal. Pelo viés rodoviário, a "ligação seca" entre as duas margens do Porto entre o bairro do Saboó e a Ilha Barnabé exige uma solução mais rápida, quem sabe com a utilização de tecnologia e capital alemães, com a construção de um túnel subterrâneo.

Na ponta do lápis, essa obra, além de oferecer um retorno financeiro mais rápido ao capital investido, é de importância maior para a economia da região do que a projetada ponte estaiada entre a Ponta da Praia e Guarujá, que seria destinada ao tráfego leve. É de notar, no entanto, que tanto o túnel quanto a ponte poderão representar obstáculo para a navegação no canal do estuário, desde que seus projetistas não tenham uma adequada visão do futuro.
Por fim, para que o Porto venha a atender a todas as necessidades, é necessário também superar alguns problemas de suporte operacional nos terminais. Além da falta de estacionamentos para caminhões e carretas, o processo de recebimento de cargas precisa ser mais ágil e organizado. Hoje, os caminhões seguem para o Porto de maneira desordenada. Poucos descem já agendados. E, assim, o sistema porto 24 horas não funciona totalmente: os terminais ficam abertos aos sábados, domingos e feriados, mas são pouco usados nesses dias, talvez porque os usuários tenham de assumir custos com horas-extras de funcionários. Se houver algum estímulo ou incentivo por parte dos terminais, com certeza, esse desafio logístico também será superado.
PravadaMauro Lourenço Dias por Portos e Logística



 

Paranaguá prevê elevar embarque de açúcar a 5-6 mi t
BRASÍLIA - O porto de Paranaguá (PR), o número dois para exportação de açúcar no Brasil, espera um salto no embarque do produto e uma redução no tempo de espera na atual temporada, disse o diretor comercial do porto.

As exportações de açúcar a granel podem atingir entre 5 e 6 milhões de toneladas nesta temporada, contra 4 milhões de toneladas no ano passado, afirmou Lorenzo Fregonese à Reuters.

A produção total de açúcar no centro-sul do Brasil deve se aproximar de 36 milhões de toneladas.

Obras no porto que incluíram atividades de dragagem devem colaborar para o aumento dos embarques, segundo Fregonese.

As filas, disse ele, ainda não poderão ser evitadas neste ano, mas os navios esperarão menos para carregar, de 15 a 20 dias, no máximo.

'Acho que a fila poderá ser a mesma ou um pouco menor. Vai depender do tempo', disse o diretor comercial.

As chuvas no ano passado colaboraram para atrasar as exportações brasileiras, em meio a uma grande demanda pelo produto nacional por conta de uma safra indiana mais baixa.
Uma dragagem em janeiro em berços de atracação dos navios aumentou a profundidade do porto para 12 a 12,5 metros, contra 9 metros anteriormente.

A dragagem foi a primeira nos berços em seis anos e traz benefícios imediatos.

'Os navios podem carregar mais. No ano passado eles estavam saindo com 50 mil toneladas. Neste ano, eles estão levando 65 ou 70 mil toneladas', disse ele.

Nesta quarta-feira, 64 navios estavam na programação para embarcar açúcar no Brasil. Do total, 15 estavam programados para carregar em Paranaguá.MSN

Peter Murphy

BRASÍLIA (Reuters) - O porto de Paranaguá (PR), o número dois para exportação de açúcar no Brasil, espera um salto no embarque do produto e uma redução no tempo de espera na atual temporada, disse o diretor comercial do porto.

As exportações de açúcar a granel podem atingir entre 5 e 6 milhões de toneladas nesta temporada, contra 4 milhões de toneladas no ano passado, afirmou Lorenzo Fregonese à Reuters.

A produção total de açúcar no centro-sul do Brasil deve se aproximar de 36 milhões de toneladas.

Obras no porto que incluíram atividades de dragagem devem colaborar para o aumento dos embarques, segundo Fregonese.
As filas, disse ele, ainda não poderão ser evitadas neste ano, mas os navios esperarão menos para carregar, de 15 a 20 dias, no máximo.

'Acho que a fila poderá ser a mesma ou um pouco menor. Vai depender do tempo', disse o diretor comercial.

As chuvas no ano passado colaboraram para atrasar as exportações brasileiras, em meio a uma grande demanda pelo produto nacional por conta de uma safra indiana mais baixa.

Uma dragagem em janeiro em berços de atracação dos navios aumentou a profundidade do porto para 12 a 12,5 metros, contra 9 metros anteriormente.

A dragagem foi a primeira nos berços em seis anos e traz benefícios imediatos.

'Os navios podem carregar mais. No ano passado eles estavam saindo com 50 mil toneladas. Neste ano, eles estão levando 65 ou 70 mil toneladas', disse ele.

Nesta quarta-feira, 64 navios estavam na programação para embarcar açúcar no Brasil. Do total, 15 estavam programados para carregar em Paranaguá.
Reuters/Peter Murphy por Portos e Logística





PAC destina R$ 2,4 milhões para o porto de Paranaguá
O deputado federal Zeca Dirceu (PT) anunciou a a liberação de R$ 2,4 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras de ampliação do Porto de Paranaguá.

O repasse dos recursos, atende reivindicação de Zeca Dirceu à Secretaria Especial de Portos. “Desde o início do mandato, junto com a senadora Gleisi Hoffmann (PT), temos feito um esforço muito grande para que as necessidades do Porto de Paranaguá, dos industriais e dos agricultores do Paraná sejam contempladas, em parcerias com o Governo Federal”, disse Zeca, vice-líder do PT na Câmara dos Deputados.

Zeca recebeu a confirmação do repasse do ministro dos Portos, Leônidas Cristiano, durante visita ao Porto de Paranaguá. “A visita do ministro Leônidas precisa ser comemorada. Ele esteve em Paranaguá para observar a grandeza do nosso porto, as suas limitações e os desafios para atendermos as reivindicações do setor produtivo”, destacou o deputado.
Para Zeca, a ampliação do Porto de Paranaguá é fundamental para melhorar a infraestrutura de escoamento da produção no Paraná. “O Porto de Paranaguá, segundo maior do Brasil, tem uma relação muito estreita com o agronegócio. Ele atende o Paraná e a região Centro-Oeste, e precisa receber investimentos para melhorar a estrutura”, salientou.
O deputado ressalta que Paranaguá é a principal porta de saída de grãos in natura, bagaços e óleo de soja, além de miúdos de frangos e mesmo automóveis. Desde 2007, com 28% do total de embarques, o Porto de Paranaguá é considerado o segundo maior do país, atrás apenas do terminal de Santos, em São Paulo.
Correio do Litoral por Portos e Logística







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