LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 26 de maio de 2011

TRIBUTOS - 26/05/2011

Equipe econômica rejeita proposta de alíquotas diferenciadas para ICMS interestadual
Brasília – O Ministério da Fazenda não aceitou a proposta dos governadores do Nordeste de estabelecer alíquotas diferenciadas para o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual conforme o grau de desenvolvimento do estado, disse há pouco o secretário executivo da pasta, Nelson Barbosa. De acordo com ele, essa não é a forma ideal de acabar com a guerra fiscal.
“Repetimos o que dissemos aos governadores do Sul e do Sudeste na semana passada. O governo federal considera melhor uma alíquota unificada mais baixa [para o ICMS interestadual]”, disse o secretário após reunião com os governadores. A cobrança de alíquotas de 7% ou 2% de acordo com a renda per capita do estado havia sido sugerida pelo governador do Ceará, Cid Gomes, e ganhou o apoio dos demais governadores da região, que se encontraram hoje (24) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O secretário, no entanto, admitiu que a equipe econômica está aberta a analisar a cobrança de alíquotas diferenciadas de tributos federais conforme o grau de desenvolvimento do estado para incentivar o desenvolvimento das regiões com menor renda per capita. “Esse é um modelo usado em vários países desenvolvidos”, explicou Barbosa, destacando que a diferença, nesse caso, é que os incentivos fiscais são coordenados pelo governo federal ao não envolverem tributos estaduais como o ICMS.
Segundo Barbosa, os governadores do Nordeste manifestaram preocupação com o comércio eletrônico. Atualmente, toda a arrecadação do ICMS das compras feitas pela internet fica com o estado onde a página na internet tem sede. Os estados da região sugeriram um acordo de repartição do imposto, nos moldes do que ocorre com os automóveis, cuja maior parte do imposto (55%) fica com os estados produtores e o restante (45%) com os estados consumidores.
O secretário afirmou que o governo federal defende o acordo, mas ressaltou que primeiramente os estados precisam chegar a um consenso para definir a forma de distribuição do ICMS. “Não nos interessa a concentração da arrecadação em poucos centros de distribuição [onde as páginas de internet têm domicílio]. Agora, a distribuição ideal tem de ser discutida pelos estados”, disse.
Em relação à mudança dos indexadores da dívida dos estados, Barbosa voltou a afirmar que o governo federal admite discutir a questão, desde que haja o compromisso de que os demais itens da Lei de Responsabilidade Fiscal não sejam alterados. “O ministro está disposto a discutir, desde que apenas esse ponto da lei seja modificado. Não queremos abrir precedente para que diversos artigos da lei sejam mudados”, disse o secretário.
Segundo ele, a equipe econômica está disposta a mudar apenas o indexador da dívida que ainda não venceu, sem recalcular os débitos já pagos pelos estados. Barbosa declarou que ainda não está definido se o governo editará uma medida provisória ou enviará ao Congresso um projeto de lei complementar para alterar a forma de correção da dívida: “Cada jurista tem uma interpretação diferente sobre a forma jurídica a ser usada”.
Sobre o fundo de desenvolvimento regional que compensará os estados que perderem receita com a reforma tributária, Barbosa disse que a questão somente poderá ser debatida após o governo concluir os estudos sobre os prejuízos dos estados. Ele não informou uma data para o término dos trabalhos, apenas afirmou que será nas próximas semanas.
Agencia Brasil




Prefeitura de Curitiba vai parcelar dívidas de IPTU e ISS em até 10 anos
Cesar Brustolin/SMCS

Luciano Ducci: proposta enviada à Câmara em 2 de maio ainda não foi votada.

A prefeitura de Curitiba decidiu oferecer aos contribuintes em atraso uma nova possibilidade de refinanciar suas dívidas. Podem entrar no programa, chamado Refic, dívidas de IPTU e de ISS.

Para participar, é preciso estar com o nome inscrito em dívida ativa até junho deste ano. Para quem parcelar em até 12 vezes, não serão cobrados juros. É possível fazer o parcelamento em até 120 vezes, mas aí com juro de 1,2% ao mês.

O prazo para inscrição no programa, caso ele seja aprovado pelos vereadores de Curitiba, será de 1.º de julho até o dia 30 de setembro.

As parcelas, de acordo com o projeto da prefeitura, vencerão sempre no dia 10 de cada mês.

O projeto foi enviado à Câmara Municipal pelo prefeito Luciano Ducci (PSB) no dia 2 de maio e ainda não começou a tramitar. Ainda não há previsão de quando o projeto será votado.

De acordo com a previsão da prefeitura, na justificativa enviada à Câmara, "milhares de empresas e cidadãos" serão beneficiados pelo programa.

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/caixazero/conteudo.phtml?tl=1&id=1129773&tit=Prefeitura-de-Curitiba-vai-parcelar-dividas-de-IPTU-e-ISS-em-ate-10-anos

Nenhum comentário: