Indústria sofre com escassez de contêineres
Relatório afirma que setor ainda não se recuperou da crise de 2009.
De acordo com dados da WSC (World Shipping Council), empresas fretadoras e transportadoras da indústria marítima podem esperar que a oferta de contêineres continue escassa neste ano, enquanto o setor tenta se recuperar das perdas provocadas pela crise de 2009.
Em uma análise, a WSC disse que a falta de contêineres forçará os embarcadores e operadoras a planejar cuidadosamente para assegurar que tenham contêineres quando e onde precisarem.
De acordo com o relatório, a recessão de 2009 produziu o primeiro declínio anual global no volume de contêineres na indústria marítima. A produção de novos contêineres, que chegou a 3 milhões de Teus por ano, cessou virtualmente nesse período.
A produção de contêineres de 2009 e de 2010 juntas somaram o total de apenas 2,95 milhões de unidades, abaixo do que a indústria estava acostumada até então. Segundo a WSC, os suprimentos globais para contêineres totaliza, hoje, 28,535 milhões de Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés).
A previsão é de que os fabricantes produzam, neste ano, cerca de 3,5 milhões de Teus - 60% a 65% do máximo da capacidade de produção, cotada entre 5,5 milhões e 5,7 milhões. As fábricas poderiam produzir mais de 4,5 milhões de Teus sem ter que adicionar mão-de-obra ou linhas de produção, mas não devem fazer isso sem estar com as encomendas das empresas em mãos.
Ainda de acordo com a análise, a falta de suprimentos e a alta demanda estão fazendo com que as transportadoras e as companhias de leasing deixem os porta-contêineres em serviço por mais tempo. A WSC disse que a tendência é que os efeitos sejam mitigados de algum jeito.
Guia Marítimo
Evento no Rio discute Segurança e Proteção da Fronteira Marítima Brasileira
Entre os dias 7 e 9 de junho, a cidade do Rio de Janeiro será palco da ConMar - Conferência Nacional de Segurança e Proteção Marítima, que reunirá oficiais da Marinha Brasileira, de órgãos de segurança como a Polícia Federal, entidades do setor marítimo e portuário, além de consultores em segurança, executivos da indústria setorial de defesa e segurança, acadêmicos e juristas. O evento é organizado pela Clarion e acontece no Hotel Windsor Barra.
Na abertura, o Almirante-de-Esquadra João Afonso Prado Maia de Faria, chefe do Comando de Operações Navais da Marinha do Brasil, falará sobre a importância da proteção marítima para a Defesa Nacional. O Contra-Almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar da Marinha (SCIRM), explanará sobre as potencialidades econômicas marítimas da fronteira brasileira pelo mar e sobre a proteção dos recursos da "Amazônia Azul" – uma área que corresponde à metade do território continental do Brasil, ou seja, 4,5 milhões de quilômetros quadrados, recentemente ainda mais valorizada a partir das descobertas de jazidas petrolíferas no chamado pré-sal.
Em seguida, o gerente de segurança empresarial da Petrobras, Pedro Aramis de Arruda, apresenta a visão da empresa sobre a importância da proteção patrimonial em alto mar, o investimento da empresa em proteção "intramuros", a interação com órgãos públicos para articular a defesa e a segurança de bens e pessoas, e sobre a troca de informações com as autoridades, entre outros temas.
Uma atualização sobre o andamento do projeto LEPLAC (Levantamento da Plataforma Continental – onde se baseiam os argumentos brasileiros para o exercício da soberania nacional sobre a vasta extensão marítima), os benefícios e oportunidades decorrentes da ampliação dos limites da plataforma continental, também integra a agenda da Conferência e será conduzida pelo Contra-Almirante Jair Alberto Ribas Marques, assessor para o LEPLAC da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha.
A legislação brasileira para assuntos marítimos, a segurança dos portos e sua importância para o desenvolvimento do país, a regulamentação do tráfego aquaviário brasileiro, a atuação do Tribunal Marítimo, o modelo de inspeção da Conportos para a declaração de conformidade, a atuação das guardas portuárias e sua relevância no cenário de Segurança Pública Nacional serão outros temas presentes na agenda do encontro.
Encerra a Conferência uma sessão especial sobre segurança de portos e aeroportos, que inclui debates sobre o uso de tecnologia, treinamento de pessoal e investimentos da Infraero. Para esta sessão também foram convidados representantes da Antaq, Polícia Federal e ANAC.
A ConMar - Conferência Nacional de Segurança e Proteção Marítima é promovida pela Clarion com o patrocínio da AEL Sistemas e apoio da ABIMDE e ABTP. Mais informações sobre o evento e inscrições no site www.confmaritima.com.br
Portos e Navios
ALL anuncia complexo intermodal no Mato Grosso
A ALL (América Latina Logística) anunciou ontem a construção do que se propõe a ser o maior complexo intermodal do país. A instalação - que ficará na cidade de Rondonópolis, no Mato Grosso - é parte das obras de prolongamento da ferrovia no estado, já em execução pela própria companhia, e servirá para a movimentação de grãos, combustíveis, fertilizantes, produtos frigorificados, algodão e madeira.
Com área de quatro milhões de metros quadrados (dez vezes o tamanho do Vaticano) e projetado para atender a demanda dos próximos 25 anos, o complexo vem também para aumentar a competitividade da empresa na região: "Com este complexo, a ALL passa a ser competitiva na captação de 100% das cargas originadas no Mato Grosso, região que vem apresentando o maior crescimento na produção de grãos do país nos últimos anos, setor estratégico para o nosso negócio", afirmou o diretor Comercial da companhia, Sérgio Nahuz.
A previsão é de que até 30 empresas se instalem no terminal, criando um distrito industrial na região, com solução logística incorporada à malha ferroviária da ALL. A soma total de investimentos chega a R$ 730 milhões - por parte dos clientes -, e a capacidade do complexo multimodal deve chegar a 15 milhões de toneladas por ano em um momento inicial, podendo chegar até 30 milhões de toneladas movimentadas anualmente.
De acordo com a ALL, a construção deve começar ainda nesse ano e a entrega está prevista para o segundo semestre de 2012, concomitantemente à conclusão das obras de construção da ferrovia de Rondonópolis. A companhia ficará responsável pela construção da infraestrutura ferroviária do complexo, incluindo a implantação de trilhos, a construção de oficinas e das unidades de produção. A execução do projeto deve resultar na criação de cerca de três mil empregos.
Guia Marítimo
Expansão da companhia conta com o transporte de minérios
De São Paulo - Com a instalação do terminal em Mato Grosso, a ALL concluirá um dos principais projetos de expansão previstos para os próximos anos. O diretor comercial da empresa, Sérgio Nahuz, diz que, além do complexo em Rondonópolis, a mineração é uma área estratégica para o crescimento da empresa.
A ALL quer ligar a região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a um porto do Sudeste. "Ainda estamos mapeando, mas clientes naturais seriam Vale, ArcelorMittal e MMX, por exemplo", adianta. As opções para exportação são o porto de Santos, em São Paulo, ou Sepetiba, que fica na cidade de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Segundo Nahuz, as expectativas são audaciosas em investimentos e volume de carga transportada, embora não revele detalhes.
Outro instrumento para a expansão da ALL é a consolidação da Brado Logística, braço da companhia criado em dezembro que atuará no setor de logística de contêineres. A nova empresa investirá em terminais e na expansão da capacidade ferroviária com o objetivo de replicar no Brasil o modelo de países onde a participação de mercado das ferrovias no segmento de contêineres é superior a 50%. A Brado planeja investir R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para alcançar uma participação de mercado de aproximadamente 12% no volume de contêineres movimentados nos portos dentro da área de cobertura da ALL.
O terceiro é chamado de projeto Rumo, que prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão em terminais, vagões, locomotivas e na duplicação da via que leva ao porto de Santos, para aumentar principalmente o volume de açúcar transportado.
Portos e Navios
Acordo de R$ 1 bilhão deve elevar tráfego na Tietê-Paraná em 40%
Recursos de parceira entre governo Federal e do Estado será usado em obras e ampliação de capacidade da hidrovia.
Hidrovia ajuda a escoar produção agrícola de 5 Estados produtores, além de São Paulo.
Está acertada para os próximos dias a assinatura de um convênio entre os governos federal e de São Paulo para investir mais de R$ 1 bilhão em melhorias na hidrovia Tietê-Paraná.
Com o investimento, o volume de transporte em 800 quilômetros do trecho da hidrovia deverá saltar de 5,8 milhões de toneladas em 2010 para mais de 8 milhões de toneladas, prevê o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot. Segundo o Departamento Hidroviário (DH) da Secretaria de Transportes de São Paulo, os investimentos vão poder triplicar o potencial de carga, para mais de 10 milhões de toneladas até 2014.
A hidrovia liga cinco estados com maior produção agrícola do país (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná) e transporta principalmente milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo. O dinheiro – R$ 623 milhões do governo federal e R$ 393 milhões de São Paulo – será aplicado na eliminação de gargalos até 2014.
Para elevar esse potencial de transporte de produtos agrícolas os investimentos serão feitos principalmente em derrocagem, dragagem, reforma de eclusas e proteção dos pilares, além da ampliação dos terminais existentes e implantação de novos terminais.
Além disso, segundo apurou o iG, o calado do rio nos momentos de seca mais intensa terá profundidade mínima de 2,7 metros, enquanto que hoje está em cerca de 2,4 metros. Com um calado maior, que é a distância entre a superfície da água e o fundo da embarcação, aumenta o porte dos veículos que podem circular pela hidrovia.
Esses investimentos, portanto, devem diminuir o tempo e os custos de viagem. Segundo o DH de São Paulo, apenas a expansão de vãos em quatro pontes que cruzam a hidrovia vão permitir o tráfego de composições de até quatro barcaças e vão acelerar as viagens em até duas horas por ponte, além de diminuir em cerca de 20% os custos.
O convênio de R$ 1 bilhão que vai ser assinado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo governador Geraldo Alckmin nos próximos dias faz parte de um plano de longo prazo para investimento de R$ 16 bilhões, que elevaria o potencial navegável da Tietê-Paraná para 2,47 mil km.
Mais barato e menos poluente
Segundo cálculos da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o transporte por hidrovias costuma ser cinco vezes mais barato que o rodoviário e três vezes mais econômico do que o ferroviário. Ainda conforme a CNT, o Brasil tem 42 mil km de vias navegáveis, mas aproveita apenas 8,5 mil km desse potencial.
Para o DH de São Paulo, a adoção mais intensa de hidrovias colabora para desafogar o trânsito em estradas, o que leva a uma economia para manutenção das rodovias e permite a redução de preços de pedágio. Além disso, reduz-se a emissão de mais de 20 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o que contribui para o combate ao aquecimento global.
Portos e Navios
Frota brasileira não dá conta da demanda na Cabotagem
Das quase 834 milhões de toneladas movimentadas nos portos brasileiros em 2010, cerca de 188 milhões foram cabotagem, um aumento de 6% sobre o ano de 2009 e de 9% sobre 2008.
Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) demonstram que, apesar de a frota de cabotagem estar a crescer, o número de navios brasileiros ainda é insuficiente para responder à procura. Em consequência, o número de pedidos de autorização para afretamento de embarcações estrangeiras aumentou em 2010.
“A resposta à procura de transporte na cabotagem depende do afretamento de embarcações. Em 2010, foram confirmados pedidos de autorização de afretamento de embarcações estrangeiras no valor de 25,9 milhões de dólares”, informou a agência em comunicado.
Os principais tipos de embarcação fretadas foram graneleiros (64,1 milhões de dólares), navios-tanque (18,9 milhões), multiusos (14,1 milhões), petroleiros (13,8 milhões) e porta-contentores (10,4 milhões).
Armadores estrangeiros aproveitam a oportunidade
Companhias estrangeiras de navegação de longo curso criaram subsidiárias e empresas brasileiras entraram no negócio da cabotagem. A frota de navios porta-contêineres operacionais dedicados à cabotagem com frequência regular na costa é de 20 embarcações (oito da Aliança; sete da Log-In; três da Mercosul Line; e duas da Maestra, empresa recém-criada).
E a maioria delas planeja ampliação para este ano. A Maestra estará com mais duas unidades neste semestre; a Aliança irá reativar dois navios que ficaram parados em 2009 e 2010, por conta dos efeitos da crise mundial; e a Log-In está tocando plano de R$ 1,3 bilhão para renovação da frota que prevê embarcações maiores para substituir as atuais. Duas delas chegam até setembro. Criada em 2007, a companhia verifica desde então um crescimento anual de 28% nos volumes.
Portal Marítimo
Nova revitalização para o porto de Manaus
Revitalização pretende abranger toda a área do local, entre armazéns, trecho da Manaus Moderna e outros setores do entorno
Com o lançamento de um novo Projeto de Revitalização do Porto de Manaus, que pretende abranger toda a área do local, entre armazéns, trecho da Manaus Moderna e outros setores do entorno, o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Gaitano Laertes Pereira Antonaccio e o diretor Álvaro Liberal de Assis, se reuniram na Capitania dos Portos, no final da semana passada a fim de tomarem conhecimento da nova empreitada.
Convidados pelo superintendente da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc), do Ministério dos Transportes no Amazonas, Sebastião Reis e pelo coordenador geral de Hidrovias e Portos Interiores do Ministério dos Transportes, comandante Wilson Isidório Cruz.
“Esta atitude é da maior importância para atender o crescimento e o desenvolvimento empresarial do amazonense nas suas mais diversas demandas”, destacou o presidente da ACA.
Na ocasião, ficou definido que hoje, quarta (18), na sede da ACA, o superintendente Sebastião Reis e Wilson Cruz, participam da reunião de diretoria onde apresentarão os detalhes do projeto e vários assuntos sobre a área portuária de Manaus serão discutidos.
A crítica (Manaus)
Relatório afirma que setor ainda não se recuperou da crise de 2009.
De acordo com dados da WSC (World Shipping Council), empresas fretadoras e transportadoras da indústria marítima podem esperar que a oferta de contêineres continue escassa neste ano, enquanto o setor tenta se recuperar das perdas provocadas pela crise de 2009.
Em uma análise, a WSC disse que a falta de contêineres forçará os embarcadores e operadoras a planejar cuidadosamente para assegurar que tenham contêineres quando e onde precisarem.
De acordo com o relatório, a recessão de 2009 produziu o primeiro declínio anual global no volume de contêineres na indústria marítima. A produção de novos contêineres, que chegou a 3 milhões de Teus por ano, cessou virtualmente nesse período.
A produção de contêineres de 2009 e de 2010 juntas somaram o total de apenas 2,95 milhões de unidades, abaixo do que a indústria estava acostumada até então. Segundo a WSC, os suprimentos globais para contêineres totaliza, hoje, 28,535 milhões de Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés).
A previsão é de que os fabricantes produzam, neste ano, cerca de 3,5 milhões de Teus - 60% a 65% do máximo da capacidade de produção, cotada entre 5,5 milhões e 5,7 milhões. As fábricas poderiam produzir mais de 4,5 milhões de Teus sem ter que adicionar mão-de-obra ou linhas de produção, mas não devem fazer isso sem estar com as encomendas das empresas em mãos.
Ainda de acordo com a análise, a falta de suprimentos e a alta demanda estão fazendo com que as transportadoras e as companhias de leasing deixem os porta-contêineres em serviço por mais tempo. A WSC disse que a tendência é que os efeitos sejam mitigados de algum jeito.
Guia Marítimo
Evento no Rio discute Segurança e Proteção da Fronteira Marítima Brasileira
Entre os dias 7 e 9 de junho, a cidade do Rio de Janeiro será palco da ConMar - Conferência Nacional de Segurança e Proteção Marítima, que reunirá oficiais da Marinha Brasileira, de órgãos de segurança como a Polícia Federal, entidades do setor marítimo e portuário, além de consultores em segurança, executivos da indústria setorial de defesa e segurança, acadêmicos e juristas. O evento é organizado pela Clarion e acontece no Hotel Windsor Barra.
Na abertura, o Almirante-de-Esquadra João Afonso Prado Maia de Faria, chefe do Comando de Operações Navais da Marinha do Brasil, falará sobre a importância da proteção marítima para a Defesa Nacional. O Contra-Almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar da Marinha (SCIRM), explanará sobre as potencialidades econômicas marítimas da fronteira brasileira pelo mar e sobre a proteção dos recursos da "Amazônia Azul" – uma área que corresponde à metade do território continental do Brasil, ou seja, 4,5 milhões de quilômetros quadrados, recentemente ainda mais valorizada a partir das descobertas de jazidas petrolíferas no chamado pré-sal.
Em seguida, o gerente de segurança empresarial da Petrobras, Pedro Aramis de Arruda, apresenta a visão da empresa sobre a importância da proteção patrimonial em alto mar, o investimento da empresa em proteção "intramuros", a interação com órgãos públicos para articular a defesa e a segurança de bens e pessoas, e sobre a troca de informações com as autoridades, entre outros temas.
Uma atualização sobre o andamento do projeto LEPLAC (Levantamento da Plataforma Continental – onde se baseiam os argumentos brasileiros para o exercício da soberania nacional sobre a vasta extensão marítima), os benefícios e oportunidades decorrentes da ampliação dos limites da plataforma continental, também integra a agenda da Conferência e será conduzida pelo Contra-Almirante Jair Alberto Ribas Marques, assessor para o LEPLAC da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha.
A legislação brasileira para assuntos marítimos, a segurança dos portos e sua importância para o desenvolvimento do país, a regulamentação do tráfego aquaviário brasileiro, a atuação do Tribunal Marítimo, o modelo de inspeção da Conportos para a declaração de conformidade, a atuação das guardas portuárias e sua relevância no cenário de Segurança Pública Nacional serão outros temas presentes na agenda do encontro.
Encerra a Conferência uma sessão especial sobre segurança de portos e aeroportos, que inclui debates sobre o uso de tecnologia, treinamento de pessoal e investimentos da Infraero. Para esta sessão também foram convidados representantes da Antaq, Polícia Federal e ANAC.
A ConMar - Conferência Nacional de Segurança e Proteção Marítima é promovida pela Clarion com o patrocínio da AEL Sistemas e apoio da ABIMDE e ABTP. Mais informações sobre o evento e inscrições no site www.confmaritima.com.br
Portos e Navios
ALL anuncia complexo intermodal no Mato Grosso
A ALL (América Latina Logística) anunciou ontem a construção do que se propõe a ser o maior complexo intermodal do país. A instalação - que ficará na cidade de Rondonópolis, no Mato Grosso - é parte das obras de prolongamento da ferrovia no estado, já em execução pela própria companhia, e servirá para a movimentação de grãos, combustíveis, fertilizantes, produtos frigorificados, algodão e madeira.
Com área de quatro milhões de metros quadrados (dez vezes o tamanho do Vaticano) e projetado para atender a demanda dos próximos 25 anos, o complexo vem também para aumentar a competitividade da empresa na região: "Com este complexo, a ALL passa a ser competitiva na captação de 100% das cargas originadas no Mato Grosso, região que vem apresentando o maior crescimento na produção de grãos do país nos últimos anos, setor estratégico para o nosso negócio", afirmou o diretor Comercial da companhia, Sérgio Nahuz.
A previsão é de que até 30 empresas se instalem no terminal, criando um distrito industrial na região, com solução logística incorporada à malha ferroviária da ALL. A soma total de investimentos chega a R$ 730 milhões - por parte dos clientes -, e a capacidade do complexo multimodal deve chegar a 15 milhões de toneladas por ano em um momento inicial, podendo chegar até 30 milhões de toneladas movimentadas anualmente.
De acordo com a ALL, a construção deve começar ainda nesse ano e a entrega está prevista para o segundo semestre de 2012, concomitantemente à conclusão das obras de construção da ferrovia de Rondonópolis. A companhia ficará responsável pela construção da infraestrutura ferroviária do complexo, incluindo a implantação de trilhos, a construção de oficinas e das unidades de produção. A execução do projeto deve resultar na criação de cerca de três mil empregos.
Guia Marítimo
Expansão da companhia conta com o transporte de minérios
De São Paulo - Com a instalação do terminal em Mato Grosso, a ALL concluirá um dos principais projetos de expansão previstos para os próximos anos. O diretor comercial da empresa, Sérgio Nahuz, diz que, além do complexo em Rondonópolis, a mineração é uma área estratégica para o crescimento da empresa.
A ALL quer ligar a região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, a um porto do Sudeste. "Ainda estamos mapeando, mas clientes naturais seriam Vale, ArcelorMittal e MMX, por exemplo", adianta. As opções para exportação são o porto de Santos, em São Paulo, ou Sepetiba, que fica na cidade de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Segundo Nahuz, as expectativas são audaciosas em investimentos e volume de carga transportada, embora não revele detalhes.
Outro instrumento para a expansão da ALL é a consolidação da Brado Logística, braço da companhia criado em dezembro que atuará no setor de logística de contêineres. A nova empresa investirá em terminais e na expansão da capacidade ferroviária com o objetivo de replicar no Brasil o modelo de países onde a participação de mercado das ferrovias no segmento de contêineres é superior a 50%. A Brado planeja investir R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos para alcançar uma participação de mercado de aproximadamente 12% no volume de contêineres movimentados nos portos dentro da área de cobertura da ALL.
O terceiro é chamado de projeto Rumo, que prevê investimentos de R$ 1,2 bilhão em terminais, vagões, locomotivas e na duplicação da via que leva ao porto de Santos, para aumentar principalmente o volume de açúcar transportado.
Portos e Navios
Acordo de R$ 1 bilhão deve elevar tráfego na Tietê-Paraná em 40%
Recursos de parceira entre governo Federal e do Estado será usado em obras e ampliação de capacidade da hidrovia.
Hidrovia ajuda a escoar produção agrícola de 5 Estados produtores, além de São Paulo.
Está acertada para os próximos dias a assinatura de um convênio entre os governos federal e de São Paulo para investir mais de R$ 1 bilhão em melhorias na hidrovia Tietê-Paraná.
Com o investimento, o volume de transporte em 800 quilômetros do trecho da hidrovia deverá saltar de 5,8 milhões de toneladas em 2010 para mais de 8 milhões de toneladas, prevê o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot. Segundo o Departamento Hidroviário (DH) da Secretaria de Transportes de São Paulo, os investimentos vão poder triplicar o potencial de carga, para mais de 10 milhões de toneladas até 2014.
A hidrovia liga cinco estados com maior produção agrícola do país (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná) e transporta principalmente milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo. O dinheiro – R$ 623 milhões do governo federal e R$ 393 milhões de São Paulo – será aplicado na eliminação de gargalos até 2014.
Para elevar esse potencial de transporte de produtos agrícolas os investimentos serão feitos principalmente em derrocagem, dragagem, reforma de eclusas e proteção dos pilares, além da ampliação dos terminais existentes e implantação de novos terminais.
Além disso, segundo apurou o iG, o calado do rio nos momentos de seca mais intensa terá profundidade mínima de 2,7 metros, enquanto que hoje está em cerca de 2,4 metros. Com um calado maior, que é a distância entre a superfície da água e o fundo da embarcação, aumenta o porte dos veículos que podem circular pela hidrovia.
Esses investimentos, portanto, devem diminuir o tempo e os custos de viagem. Segundo o DH de São Paulo, apenas a expansão de vãos em quatro pontes que cruzam a hidrovia vão permitir o tráfego de composições de até quatro barcaças e vão acelerar as viagens em até duas horas por ponte, além de diminuir em cerca de 20% os custos.
O convênio de R$ 1 bilhão que vai ser assinado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo governador Geraldo Alckmin nos próximos dias faz parte de um plano de longo prazo para investimento de R$ 16 bilhões, que elevaria o potencial navegável da Tietê-Paraná para 2,47 mil km.
Mais barato e menos poluente
Segundo cálculos da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o transporte por hidrovias costuma ser cinco vezes mais barato que o rodoviário e três vezes mais econômico do que o ferroviário. Ainda conforme a CNT, o Brasil tem 42 mil km de vias navegáveis, mas aproveita apenas 8,5 mil km desse potencial.
Para o DH de São Paulo, a adoção mais intensa de hidrovias colabora para desafogar o trânsito em estradas, o que leva a uma economia para manutenção das rodovias e permite a redução de preços de pedágio. Além disso, reduz-se a emissão de mais de 20 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o que contribui para o combate ao aquecimento global.
Portos e Navios
Frota brasileira não dá conta da demanda na Cabotagem
Das quase 834 milhões de toneladas movimentadas nos portos brasileiros em 2010, cerca de 188 milhões foram cabotagem, um aumento de 6% sobre o ano de 2009 e de 9% sobre 2008.
Dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) demonstram que, apesar de a frota de cabotagem estar a crescer, o número de navios brasileiros ainda é insuficiente para responder à procura. Em consequência, o número de pedidos de autorização para afretamento de embarcações estrangeiras aumentou em 2010.
“A resposta à procura de transporte na cabotagem depende do afretamento de embarcações. Em 2010, foram confirmados pedidos de autorização de afretamento de embarcações estrangeiras no valor de 25,9 milhões de dólares”, informou a agência em comunicado.
Os principais tipos de embarcação fretadas foram graneleiros (64,1 milhões de dólares), navios-tanque (18,9 milhões), multiusos (14,1 milhões), petroleiros (13,8 milhões) e porta-contentores (10,4 milhões).
Armadores estrangeiros aproveitam a oportunidade
Companhias estrangeiras de navegação de longo curso criaram subsidiárias e empresas brasileiras entraram no negócio da cabotagem. A frota de navios porta-contêineres operacionais dedicados à cabotagem com frequência regular na costa é de 20 embarcações (oito da Aliança; sete da Log-In; três da Mercosul Line; e duas da Maestra, empresa recém-criada).
E a maioria delas planeja ampliação para este ano. A Maestra estará com mais duas unidades neste semestre; a Aliança irá reativar dois navios que ficaram parados em 2009 e 2010, por conta dos efeitos da crise mundial; e a Log-In está tocando plano de R$ 1,3 bilhão para renovação da frota que prevê embarcações maiores para substituir as atuais. Duas delas chegam até setembro. Criada em 2007, a companhia verifica desde então um crescimento anual de 28% nos volumes.
Portal Marítimo
Nova revitalização para o porto de Manaus
Revitalização pretende abranger toda a área do local, entre armazéns, trecho da Manaus Moderna e outros setores do entorno
Com o lançamento de um novo Projeto de Revitalização do Porto de Manaus, que pretende abranger toda a área do local, entre armazéns, trecho da Manaus Moderna e outros setores do entorno, o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Gaitano Laertes Pereira Antonaccio e o diretor Álvaro Liberal de Assis, se reuniram na Capitania dos Portos, no final da semana passada a fim de tomarem conhecimento da nova empreitada.
Convidados pelo superintendente da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc), do Ministério dos Transportes no Amazonas, Sebastião Reis e pelo coordenador geral de Hidrovias e Portos Interiores do Ministério dos Transportes, comandante Wilson Isidório Cruz.
“Esta atitude é da maior importância para atender o crescimento e o desenvolvimento empresarial do amazonense nas suas mais diversas demandas”, destacou o presidente da ACA.
Na ocasião, ficou definido que hoje, quarta (18), na sede da ACA, o superintendente Sebastião Reis e Wilson Cruz, participam da reunião de diretoria onde apresentarão os detalhes do projeto e vários assuntos sobre a área portuária de Manaus serão discutidos.
A crítica (Manaus)
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