Cinzas de vulcão levam Alemanha a fechar aeroportos
A Alemanha fechou nesta quarta-feira parte de seu espaço aéreo ao norte do país em consequência da passagem da nuvem de cinzas do vulcão islandês Grimsvotn.
O aeroporto de Bremen foi fechado às 5h (0h de Brasília), e o de Hamburgo às 6h (1h de Brasília). O espaço aéreo sobre Berlim e Hanover também poderia ser afetado ao longo do dia.
Na terça-feira, a nuvem de cinzas já havia provocado a interrupção dos voos em partes do espaço aéreo de Noruega, Dinamarca e Grã-Bretanha.
Os voos na Escócia, na Irlanda do Norte e no norte da Inglaterra começavam a ser retomados na manhã desta quarta-feira, após cerca de 500 cancelamentos na véspera.
A agência europeia de controle de tráfego aéreo, Eurocontrol, disse que há uma grande possibilidade de que a nuvem de cinzas passe por partes da Dinamarca, da Noruega e da Suécia, mas avalia que o impacto sobre os voos deve ser limitado.
Segundo o correspondente da BBC em Berlim Stephen Evans, as autoridades de transporte alemão adotaram uma posição mais cautelosa que a de outros países ao decidir pelo fechamento do espaço aéreo.
A autoridade de aviação civil da França disse esperar muito poucos distúrbios ao tráfego aéreo e que não esperava ter de fechar nenhuma parte do espaço aéreo do país.
'Otimismo cauteloso'
O secretário britânico dos Transportes, Philip Hammond, disse que há um 'otimismo cauteloso' quanto à situação nos próximos dias no país.
Segundo ele, a nuvem de cinzas baixou em altura e intensidade, e ventos provavelmente a levarão para longe da Grã-Bretanha nos próximos dois dias.
A entidade que controla a aviação civil britânica dividiu o espaço aéreo em áreas de alta, média e baixa densidade de cinzas - e companhias aéreas que queiram voar nas regiões de média ou alta densidade necessitam de autorização para isso.
Hammond rejeitou alegações da empresa Ryanair de que, após ter feito testes, considera seguro viajar em áreas de alta densidade. 'Nossa responsabilidade primordial é a segurança', disse o secretário.
Na noite desta terça, a empresa British Airways iniciou um teste sobre os efeitos das cinzas. Um Airbus A320 partiu de Manchester rumo a Londres, e sua performance será examinada por engenheiros.
No ano passado, as cinzas de outro vulcão islandês, o Eyjafjallajokull, provocaram o cancelamento de cerca de 100 mil voos na Europa ao longo de quase um mês, causando um prejuízo estimado em US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 2,75 bilhões).
Especialistas dizem, porém, que o Grimsvotn não deve causar tantos problemas: além de a erupção atual (iniciada no sábado) ter menor escala, suas cinzas têm partículas maiores e, por isso, caem mais rapidamente no chão.
BBC Brasil
Porto de Rio Grande mira o Mercosul
Neste ano, o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, tem acumulado bons resultados, somente no primeiro trimestre, o terminal movimentou 6.321.611 toneladas de carga total alcançando um incremento de 24,78% em relação ao mesmo período de 2010. A perspectiva é de que a estrutura portuária receba 12 milhões de toneladas de grãos neste ano. Somado a estes bons resultados, o terminal deve ganhar um corredor logístico interligando Rio Grande ao Porto Seco de São Luiz do Gonzaga, também no Estado, que está em processo de viabilização.
Na semana passada foi realizada uma audiência pública para discutir a implantação do empreendimento na cidade do interior gaúcho. Estiveram presentes Dirceu Lopes, superintendente do Porto de Rio Grande, Mano Changes, deputado estadual, e membros de uma comissão do Mercosul. A razão dos representantes do Bloco participarem do encontro é que a nova estrutura otimizará o escoamento da produção paraguaia pelo terminal rio-grandino.
O porto seco utilizaria incialmente as instalações do Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns), que não estão sendo aproveitadas, para o armazenamento dos grãos. O transporte para Rio Grande seria feito pelo modal ferroviário. Além disso, de acordo com Lopes, todo o processo alfandegário seria realizado no próprio local.
A movimentação portuária rio-grandina com este corredor não teria grande impacto já que 95% dos grãos no Estado são exportados por lá, inclusive a produção são-luizense. O superintendente afirmou que mesmo que o porto venha a ter acrescido nas suas operações 1,2 milhão de toneladas da safra paraguaia, isto não demonstra grande avanço em termos de cargas totais movimentadas, no entanto, ressalta as facilidades logísticas com a implantação do novo empreendimento. “Com o porto seco haverá o desembaraço alfandegário no próprio local, assim receberemos a mercadoria pronta para exportação isso diminuiria os custos para nós”, explicou.
Embora o projeto em São Luiz Gonzaga integre efetivamente, como país do Mercosul, apenas o Paraguai, outros planos do Porto envolvem mais de uma nação do Bloco. Segundo Lopes, há um início de conversa com os terminais de Montevidéu, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina, para a interligação com Rio Grande.
O superintendente explica que as áreas portuárias da Bacia do Prata possuem um calado menor do que a estrutura rio-grandina, assim os terminais portenhos têm um gargalo no recebimento de embarcações maiores. Com a integração do porto brasileiro com o uruguaio e o argentino, os navios de grande porte poderiam atracar no terminal de Rio Grande e a mercadoria seguiria de lá para Buenos Aires e Montevidéu em barcos menores.
Lopes afirma que esta cooperação com os demais terminais nacionais ou internacionais é importante para o complexo portuário. “Queremos ser um porto de concentração de mercadorias, não precisamos ser concorrentes a todo momento dos outros, podemos ser complementares em algumas ações”, finalizou.
WebTranspo
Vale investe R$ 2,9 bilhões no terminal Ponta da Madeira
São Luís terá principal porto do país.
Mineradora receberá 35 navios com capacidade de 400 mil toneladas entre 2011 e 2013.
Vale anunciou nesta terça-feira investimento de R$ 2,9 bilhões no aumento de capacidade de movimentação do Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís, de 115 milhões de toneladas para 150 milhões de toneladas em 2012. De acordo com a mineradora o terminal vai se tornar o principal porto do país em capacidade e volume de movimentação de cargas e será uma alternativa aos três portos do Sul/Sudeste: Rio Grande (RS), Paranaguá (PR) e Santos (SP).
"Além do aumento do volume de minério de ferro a ser escoado pelo porto, a movimentação de grãos terá em Ponta da Madeira uma importante base de transporte de soja e milho, produzidos no Nordeste (Maranhão e Piauí, principalmente), no Norte (Tocantins) e Centro-Oeste. Esses produtos serão transportados pela Ferrovia Norte Sul (FNS), operada pela Vale, em conexão com a Estrada de Ferro Carajás (EFC)", informou a companhia.
O investimento prevê a instalação de um novo píer de atracamento, o Píer IV, em obras de dragagem para ampliar o calado do porto e também contempla a duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), em 115 km. Segundo a Vale, com o aumento de capacidade, o TPPM poderá receber e carregar dois navios simultaneamente. Voltado para embarcações de grande porte, o píer será destinado a navios entre 150 mil e 400 mil toneladas.
O TPPM possui atualmente três píeres. No ano passado, ele movimentou 99,1 milhões de toneladas de minério e carga geral. Já em 2009, a movimentação de carga foi de 91,7 milhões de toneladas. Ponta da Madeira já é um dos maiores portos do mundo e o único a carregar plenamente o navio graneleiro Berge Stahl, de 346 mil toneladas e, agora, o Vale Brasil.
Navio mineraleiro
O primeiro carregamento do maior mineraleiro do mundo, o Vale Brasil, aconteceu nesta terça-feira, no Píer I do TPPM. Foram carregadas 391 mil toneladas de minério de ferro, que terão como destino o porto de Dalian, na China.
O navio Vale Brasil foi encomendado pela Vale ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co, na Coréia do Sul. Trata-se do maior navio mineraleiro do mundo, com capacidade de 400 mil toneladas, 362 metros de comprimento e 65 metros de largura. O Vale Brasil é o primeiro mineraleiro de uma encomenda de sete navios da Vale ao estaleiro coreano, que totaliza investimento de US$ 748 milhões.
Segundo o diretor executivo de Operações Integradas, Eduardo Bartolomeo, o Vale Brasil consolida um longo processo de investimentos que a Vale, historicamente, vem realizando em infra-estrutura, elemento-chave para a competitividade do minério de ferro brasileiro no mercado internacional.
"Não paramos de investir e inovar. Os investimentos da Vale em infra-estrutura são os maiores da história do país, resultando em uma logística eficiente para os nossos clientes. Foram US$ 9 bilhões nos últimos seis anos e, somente em 2011, serão US$ 5 bilhões de investimentos na cadeia integrada mina-ferrovia-porto-navegação", afirma o diretor.
Mais 12 navios
A Vale também encomendou 12 navios com capacidade de 400 mil toneladas ao estaleiro Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries, na China. Os navios em construção no estaleiro chinês somam um investimento de US$ 1,6 bilhão.
De acordo com a mineradora, uma infra-estrutura logística altamente eficiente constitui-se em elemento-chave para a competitividade no mercado de minério de ferro. "Com o intuito de maximizar a eficiência de suas operações e atender ao crescimento da demanda global, a Vale está desenvolvendo várias iniciativas para obter economias de escala".
Os navios encomendados farão parte da solução logística entre os terminais marítimos da empresa no Brasil e os clientes asiáticos. Os mineraleiros têm alto padrão de segurança e contribuirão para reduzir o custo de transporte transoceânico de minério de ferro para as empresas siderúrgicas.
Logística
Além dos 19 navios próprios de 400 mil toneladas, a Vale terá, ainda, outros 16 navios com as mesmas dimensões, com operação exclusiva para a empresa em contratos de longo prazo assinados com armadores parceiros. Esses 35 navios deverão ser entregues entre 2011 e 2013.
"Com a nossa frota de navios próprios e contratados conseguimos diminuir a volatilidade no mercado de frete. A volatilidade afeta não somente o preço do frete, como também o preço do próprio minério. À medida que os novos navios começarem a operar, a estabilidade do frete e do minério será ainda maior, favorecendo a Vale e seus clientes siderúrgicos", afirma o diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia, José Carlos Martins.
"Do conceito ao projeto básico, a engenharia dos maiores navios mineraleiros do mundo é brasileira. O desenvolvimento do projeto representou um enorme desafio tecnológico em termos de inovação e o resultado foi atingido", disse a companhia. Ainda segunda a mineradora, o Vale Brasil permite uma grande velocidade de carregamento e descarregamento, adequada aos portos mais modernos do mundo, além de reduzir as emissões de carbono em 35% por tonelada de minério transportada.
Encomendas
Nos últimos dois anos, a Vale encomendou a construção de 51 embarcações, entre rebocadores, comboios fluviais e catamarãs, a estaleiros nacionais, contribuindo para o aquecimento da indústria naval brasileira, com a geração de 2.465 empregos diretos e indiretos e investimento de R$ 403,9 milhões.
Portos e Navios
Entregas de porta-contêineres baterão recorde em 2013
Cerca de dois milhões de Teus serão adicionados ao mercado.
De acordo com a companhia analista Alphaliner, as entregas de porta-contêineres devem bater recorde em 2013, estimuladas pelo aumento das encomendas no último ano - responsáveis por reavivar receios com relação ao excesso de capacidade na indústria marítima.
Segundo relatório da empresa, a soma total da capacidade dos navios que serão entregues pelos estaleiros será superior a dois milhões de Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) em 2013 se os armadores e as transportadoras conclamarem todas as opções existentes nas encomendas já feitas.
Tal número seria significativamente maior que o recorde de 1,57 milhão de Teus registrados em 2008. Seduzido pelos preços na construção de navios e pela recuperação da força do mercado no ano passado, os armadores fizeram, desde junho de 2010, encomendas equivalentes a 1,6 milhões de Teus.
As entregas agendadas para 2013 aumentaram, saindo de 380 mil Teus, há um ano, para 1,59 milhão de Teus agora, e ainda há alguma capacidade nos estaleiros para entregas neste ano.
O aumento dos pedidos inflou - de 8,9% para 11,3% - a previsão de capacidade para 2013, se todas as opções e cartas de intenção forem cumpridas. "A não contenção de encomendas nos últimos 12 meses pode levar a problemas por excesso de suprimentos para a indústria", afirmou o relatório da Alphaliner.
Guia Marítimo
Grupo Triunfo compra mais um navio – Vem aí o Maestra Pacífico
A Triunfo Participações e Investimentos (TPI) informou que sua controlada, Maestra Shipping LLP, comprou o navio MV Westerdeich da Westerdeich Shipping GMBH & Co. A operação está avaliada em US$ 12,35 milhões.
A embarcação, que será denominada Maestra Pacífico, tem capacidade para 1.572 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), com 200 tomadas para contêineres frigorificados.
Portal Marítimo
Porto de Santos na liderança
Pouco mais de 61% das exportações dos grãos saíram do litoral paulista com destino à Ásia e Europa
O porto de Santos (SP) se manteve na liderança das exportações de soja e milho de Mato Grosso. Somente no primeiro quadrimestre deste ano, as exportações dos grãos, via o porto, totalizaram 3,13 milhões de toneladas, ou seja, 61,36% do total embarcado no período, considerando outros portos de embarque. O porto de Manaus (AM) respondeu por 715,29 mil toneladas, seguido de Paranaguá (PR), com 343,26 mil toneladas, Vitória (ES), com 212,99 mil toneladas e, Santarém (PA), 270,39 mil toneladas.
A soja foi o produto com o maior volume embarcado no período de janeiro a abril de 2011, com 3,23 milhões de toneladas. Desse total, 2,07 milhões de toneladas saíram pelo porto de Santos, vindo a seguir Paranaguá (343,27 mil toneladas), Manaus (274,80 mil toneladas), Vitória (212,99 mil toneladas) e, Santarém, 212,50 mil toneladas. O porto de São Francisco do Sul (SC) participou com 62,80 mil toneladas e, São Luiz (MA), 50,71 mil toneladas.
Os cinco principais destinos da soja de Mato Grosso este ano foram a China, com 2,11 milhões de toneladas, Holanda (216,41 mil toneladas), Espanha (175,00 mil toneladas), Reino Unido (158,64 mil toneladas) e Noruega (122,46 mil toneladas).
Já as exportações de milho fecharam em 1,88 milhão de toneladas no primeiro quadrimestre, destaque para o porto de Santos, com 1,06 milhão de toneladas, seguido de Manaus (440,49 mil toneladas), 172,58 mil toneladas), Paranaguá (110,33 mil toneladas) e, Santarém, 57,89 mil toneladas. Outros portos que também embarcaram o milho mato-grossense: São Francisco do Sul (SC), com 36,82 mil toneladas, Assis (AC), 563 toneladas, Cáceres (428 toneladas) e Guajará Mirim (RO), 282 toneladas.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as exportações mato-grossenses de milho dos últimos 10 meses (junho de 2010 a abril passado) superaram as exportações de todos os mesmos períodos anteriores. O Estado originou 7,1 milhões de toneladas, representativo de 84,5% de sua produção da safra 09/10 e 62% das exportações brasileiras de milho.
O Irã foi o país que mais comprou o milho mato-grossense em 2011. Das 1,88 milhão de toneladas embarcadas no primeiro quadrimestre, o país importou 417,09 mil toneladas, seguido da Espanha, com 232,51 mil toneladas, Malásia (164,57 mil toneladas), Marrocos (80,65 mil toneladas e Colômbia (47,69 mil toneladas). (Veja quadro)
EXPANSÃO - Graças à segunda safra de Mato Grosso, a exportação brasileira de milho no primeiro trimestre deste ano foi a maior da série histórica. “Um dos fatores que levaram grande parte do milho à exportação foi o escoamento propiciado pelos leilões de PEP e Pepro do governo federal, realizados no final de 2010, e que permitiram a movimentação das cargas pelos portos do Norte, acarretando grandes despachos por estas vias nos três primeiros meses de 2011”, avalia o Imea.
Com a conclusão da pavimentação da BR-163, tendência é de que Mato Grosso passe a escoar grande parte de sua produção via Santarém. O porto, atualmente, está com uma pequena estrutura para exportação. Para se ter uma idéia, utiliza-se hoje apenas 50% da sua capacidade em função da falta de estrutura, vias de acesso precárias e problemas de trânsito. Com as obras de ampliação e o fim dessas deficiências, o porto deverá receber cerca de 10 milhões de toneladas de soja já a partir do ciclo 2011/2012, transformando-se na melhor opção de embarque para os produtores
De acordo com estudos, a rota Cuiabá-Santarém vai reduzir em até US$ 40 o custo do frete por tonelada de soja transportada, em relação ao que se paga atualmente pelo escoamento do produto via Santos (SP) e Paranaguá (PR). No caso da região Norte do Estado, por exemplo, o custo do frete aos portos exportadores chega a até US$ 140 por tonelada de soja. Por Santarém, este custo poderia ser reduzido em até 28,58%, garantindo maior competitividade aos grãos produzidos em Mato Grosso. Os produtores acreditam que Santarém se tornará a melhor opção de escoamento, a partir da pavimentação da BR-163 e da reestruturação do porto, com a ampliação do sistema de embarque até 2012.
Diário de Cuiabá
A Alemanha fechou nesta quarta-feira parte de seu espaço aéreo ao norte do país em consequência da passagem da nuvem de cinzas do vulcão islandês Grimsvotn.
O aeroporto de Bremen foi fechado às 5h (0h de Brasília), e o de Hamburgo às 6h (1h de Brasília). O espaço aéreo sobre Berlim e Hanover também poderia ser afetado ao longo do dia.
Na terça-feira, a nuvem de cinzas já havia provocado a interrupção dos voos em partes do espaço aéreo de Noruega, Dinamarca e Grã-Bretanha.
Os voos na Escócia, na Irlanda do Norte e no norte da Inglaterra começavam a ser retomados na manhã desta quarta-feira, após cerca de 500 cancelamentos na véspera.
A agência europeia de controle de tráfego aéreo, Eurocontrol, disse que há uma grande possibilidade de que a nuvem de cinzas passe por partes da Dinamarca, da Noruega e da Suécia, mas avalia que o impacto sobre os voos deve ser limitado.
Segundo o correspondente da BBC em Berlim Stephen Evans, as autoridades de transporte alemão adotaram uma posição mais cautelosa que a de outros países ao decidir pelo fechamento do espaço aéreo.
A autoridade de aviação civil da França disse esperar muito poucos distúrbios ao tráfego aéreo e que não esperava ter de fechar nenhuma parte do espaço aéreo do país.
'Otimismo cauteloso'
O secretário britânico dos Transportes, Philip Hammond, disse que há um 'otimismo cauteloso' quanto à situação nos próximos dias no país.
Segundo ele, a nuvem de cinzas baixou em altura e intensidade, e ventos provavelmente a levarão para longe da Grã-Bretanha nos próximos dois dias.
A entidade que controla a aviação civil britânica dividiu o espaço aéreo em áreas de alta, média e baixa densidade de cinzas - e companhias aéreas que queiram voar nas regiões de média ou alta densidade necessitam de autorização para isso.
Hammond rejeitou alegações da empresa Ryanair de que, após ter feito testes, considera seguro viajar em áreas de alta densidade. 'Nossa responsabilidade primordial é a segurança', disse o secretário.
Na noite desta terça, a empresa British Airways iniciou um teste sobre os efeitos das cinzas. Um Airbus A320 partiu de Manchester rumo a Londres, e sua performance será examinada por engenheiros.
No ano passado, as cinzas de outro vulcão islandês, o Eyjafjallajokull, provocaram o cancelamento de cerca de 100 mil voos na Europa ao longo de quase um mês, causando um prejuízo estimado em US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 2,75 bilhões).
Especialistas dizem, porém, que o Grimsvotn não deve causar tantos problemas: além de a erupção atual (iniciada no sábado) ter menor escala, suas cinzas têm partículas maiores e, por isso, caem mais rapidamente no chão.
BBC Brasil
Porto de Rio Grande mira o Mercosul
Neste ano, o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, tem acumulado bons resultados, somente no primeiro trimestre, o terminal movimentou 6.321.611 toneladas de carga total alcançando um incremento de 24,78% em relação ao mesmo período de 2010. A perspectiva é de que a estrutura portuária receba 12 milhões de toneladas de grãos neste ano. Somado a estes bons resultados, o terminal deve ganhar um corredor logístico interligando Rio Grande ao Porto Seco de São Luiz do Gonzaga, também no Estado, que está em processo de viabilização.
Na semana passada foi realizada uma audiência pública para discutir a implantação do empreendimento na cidade do interior gaúcho. Estiveram presentes Dirceu Lopes, superintendente do Porto de Rio Grande, Mano Changes, deputado estadual, e membros de uma comissão do Mercosul. A razão dos representantes do Bloco participarem do encontro é que a nova estrutura otimizará o escoamento da produção paraguaia pelo terminal rio-grandino.
O porto seco utilizaria incialmente as instalações do Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns), que não estão sendo aproveitadas, para o armazenamento dos grãos. O transporte para Rio Grande seria feito pelo modal ferroviário. Além disso, de acordo com Lopes, todo o processo alfandegário seria realizado no próprio local.
A movimentação portuária rio-grandina com este corredor não teria grande impacto já que 95% dos grãos no Estado são exportados por lá, inclusive a produção são-luizense. O superintendente afirmou que mesmo que o porto venha a ter acrescido nas suas operações 1,2 milhão de toneladas da safra paraguaia, isto não demonstra grande avanço em termos de cargas totais movimentadas, no entanto, ressalta as facilidades logísticas com a implantação do novo empreendimento. “Com o porto seco haverá o desembaraço alfandegário no próprio local, assim receberemos a mercadoria pronta para exportação isso diminuiria os custos para nós”, explicou.
Embora o projeto em São Luiz Gonzaga integre efetivamente, como país do Mercosul, apenas o Paraguai, outros planos do Porto envolvem mais de uma nação do Bloco. Segundo Lopes, há um início de conversa com os terminais de Montevidéu, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina, para a interligação com Rio Grande.
O superintendente explica que as áreas portuárias da Bacia do Prata possuem um calado menor do que a estrutura rio-grandina, assim os terminais portenhos têm um gargalo no recebimento de embarcações maiores. Com a integração do porto brasileiro com o uruguaio e o argentino, os navios de grande porte poderiam atracar no terminal de Rio Grande e a mercadoria seguiria de lá para Buenos Aires e Montevidéu em barcos menores.
Lopes afirma que esta cooperação com os demais terminais nacionais ou internacionais é importante para o complexo portuário. “Queremos ser um porto de concentração de mercadorias, não precisamos ser concorrentes a todo momento dos outros, podemos ser complementares em algumas ações”, finalizou.
WebTranspo
Vale investe R$ 2,9 bilhões no terminal Ponta da Madeira
São Luís terá principal porto do país.
Mineradora receberá 35 navios com capacidade de 400 mil toneladas entre 2011 e 2013.
Vale anunciou nesta terça-feira investimento de R$ 2,9 bilhões no aumento de capacidade de movimentação do Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís, de 115 milhões de toneladas para 150 milhões de toneladas em 2012. De acordo com a mineradora o terminal vai se tornar o principal porto do país em capacidade e volume de movimentação de cargas e será uma alternativa aos três portos do Sul/Sudeste: Rio Grande (RS), Paranaguá (PR) e Santos (SP).
"Além do aumento do volume de minério de ferro a ser escoado pelo porto, a movimentação de grãos terá em Ponta da Madeira uma importante base de transporte de soja e milho, produzidos no Nordeste (Maranhão e Piauí, principalmente), no Norte (Tocantins) e Centro-Oeste. Esses produtos serão transportados pela Ferrovia Norte Sul (FNS), operada pela Vale, em conexão com a Estrada de Ferro Carajás (EFC)", informou a companhia.
O investimento prevê a instalação de um novo píer de atracamento, o Píer IV, em obras de dragagem para ampliar o calado do porto e também contempla a duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), em 115 km. Segundo a Vale, com o aumento de capacidade, o TPPM poderá receber e carregar dois navios simultaneamente. Voltado para embarcações de grande porte, o píer será destinado a navios entre 150 mil e 400 mil toneladas.
O TPPM possui atualmente três píeres. No ano passado, ele movimentou 99,1 milhões de toneladas de minério e carga geral. Já em 2009, a movimentação de carga foi de 91,7 milhões de toneladas. Ponta da Madeira já é um dos maiores portos do mundo e o único a carregar plenamente o navio graneleiro Berge Stahl, de 346 mil toneladas e, agora, o Vale Brasil.
Navio mineraleiro
O primeiro carregamento do maior mineraleiro do mundo, o Vale Brasil, aconteceu nesta terça-feira, no Píer I do TPPM. Foram carregadas 391 mil toneladas de minério de ferro, que terão como destino o porto de Dalian, na China.
O navio Vale Brasil foi encomendado pela Vale ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co, na Coréia do Sul. Trata-se do maior navio mineraleiro do mundo, com capacidade de 400 mil toneladas, 362 metros de comprimento e 65 metros de largura. O Vale Brasil é o primeiro mineraleiro de uma encomenda de sete navios da Vale ao estaleiro coreano, que totaliza investimento de US$ 748 milhões.
Segundo o diretor executivo de Operações Integradas, Eduardo Bartolomeo, o Vale Brasil consolida um longo processo de investimentos que a Vale, historicamente, vem realizando em infra-estrutura, elemento-chave para a competitividade do minério de ferro brasileiro no mercado internacional.
"Não paramos de investir e inovar. Os investimentos da Vale em infra-estrutura são os maiores da história do país, resultando em uma logística eficiente para os nossos clientes. Foram US$ 9 bilhões nos últimos seis anos e, somente em 2011, serão US$ 5 bilhões de investimentos na cadeia integrada mina-ferrovia-porto-navegação", afirma o diretor.
Mais 12 navios
A Vale também encomendou 12 navios com capacidade de 400 mil toneladas ao estaleiro Rongsheng Shipbuilding and Heavy Industries, na China. Os navios em construção no estaleiro chinês somam um investimento de US$ 1,6 bilhão.
De acordo com a mineradora, uma infra-estrutura logística altamente eficiente constitui-se em elemento-chave para a competitividade no mercado de minério de ferro. "Com o intuito de maximizar a eficiência de suas operações e atender ao crescimento da demanda global, a Vale está desenvolvendo várias iniciativas para obter economias de escala".
Os navios encomendados farão parte da solução logística entre os terminais marítimos da empresa no Brasil e os clientes asiáticos. Os mineraleiros têm alto padrão de segurança e contribuirão para reduzir o custo de transporte transoceânico de minério de ferro para as empresas siderúrgicas.
Logística
Além dos 19 navios próprios de 400 mil toneladas, a Vale terá, ainda, outros 16 navios com as mesmas dimensões, com operação exclusiva para a empresa em contratos de longo prazo assinados com armadores parceiros. Esses 35 navios deverão ser entregues entre 2011 e 2013.
"Com a nossa frota de navios próprios e contratados conseguimos diminuir a volatilidade no mercado de frete. A volatilidade afeta não somente o preço do frete, como também o preço do próprio minério. À medida que os novos navios começarem a operar, a estabilidade do frete e do minério será ainda maior, favorecendo a Vale e seus clientes siderúrgicos", afirma o diretor executivo de Marketing, Vendas e Estratégia, José Carlos Martins.
"Do conceito ao projeto básico, a engenharia dos maiores navios mineraleiros do mundo é brasileira. O desenvolvimento do projeto representou um enorme desafio tecnológico em termos de inovação e o resultado foi atingido", disse a companhia. Ainda segunda a mineradora, o Vale Brasil permite uma grande velocidade de carregamento e descarregamento, adequada aos portos mais modernos do mundo, além de reduzir as emissões de carbono em 35% por tonelada de minério transportada.
Encomendas
Nos últimos dois anos, a Vale encomendou a construção de 51 embarcações, entre rebocadores, comboios fluviais e catamarãs, a estaleiros nacionais, contribuindo para o aquecimento da indústria naval brasileira, com a geração de 2.465 empregos diretos e indiretos e investimento de R$ 403,9 milhões.
Portos e Navios
Entregas de porta-contêineres baterão recorde em 2013
Cerca de dois milhões de Teus serão adicionados ao mercado.
De acordo com a companhia analista Alphaliner, as entregas de porta-contêineres devem bater recorde em 2013, estimuladas pelo aumento das encomendas no último ano - responsáveis por reavivar receios com relação ao excesso de capacidade na indústria marítima.
Segundo relatório da empresa, a soma total da capacidade dos navios que serão entregues pelos estaleiros será superior a dois milhões de Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) em 2013 se os armadores e as transportadoras conclamarem todas as opções existentes nas encomendas já feitas.
Tal número seria significativamente maior que o recorde de 1,57 milhão de Teus registrados em 2008. Seduzido pelos preços na construção de navios e pela recuperação da força do mercado no ano passado, os armadores fizeram, desde junho de 2010, encomendas equivalentes a 1,6 milhões de Teus.
As entregas agendadas para 2013 aumentaram, saindo de 380 mil Teus, há um ano, para 1,59 milhão de Teus agora, e ainda há alguma capacidade nos estaleiros para entregas neste ano.
O aumento dos pedidos inflou - de 8,9% para 11,3% - a previsão de capacidade para 2013, se todas as opções e cartas de intenção forem cumpridas. "A não contenção de encomendas nos últimos 12 meses pode levar a problemas por excesso de suprimentos para a indústria", afirmou o relatório da Alphaliner.
Guia Marítimo
Grupo Triunfo compra mais um navio – Vem aí o Maestra Pacífico
A Triunfo Participações e Investimentos (TPI) informou que sua controlada, Maestra Shipping LLP, comprou o navio MV Westerdeich da Westerdeich Shipping GMBH & Co. A operação está avaliada em US$ 12,35 milhões.
A embarcação, que será denominada Maestra Pacífico, tem capacidade para 1.572 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), com 200 tomadas para contêineres frigorificados.
Portal Marítimo
Porto de Santos na liderança
Pouco mais de 61% das exportações dos grãos saíram do litoral paulista com destino à Ásia e Europa
O porto de Santos (SP) se manteve na liderança das exportações de soja e milho de Mato Grosso. Somente no primeiro quadrimestre deste ano, as exportações dos grãos, via o porto, totalizaram 3,13 milhões de toneladas, ou seja, 61,36% do total embarcado no período, considerando outros portos de embarque. O porto de Manaus (AM) respondeu por 715,29 mil toneladas, seguido de Paranaguá (PR), com 343,26 mil toneladas, Vitória (ES), com 212,99 mil toneladas e, Santarém (PA), 270,39 mil toneladas.
A soja foi o produto com o maior volume embarcado no período de janeiro a abril de 2011, com 3,23 milhões de toneladas. Desse total, 2,07 milhões de toneladas saíram pelo porto de Santos, vindo a seguir Paranaguá (343,27 mil toneladas), Manaus (274,80 mil toneladas), Vitória (212,99 mil toneladas) e, Santarém, 212,50 mil toneladas. O porto de São Francisco do Sul (SC) participou com 62,80 mil toneladas e, São Luiz (MA), 50,71 mil toneladas.
Os cinco principais destinos da soja de Mato Grosso este ano foram a China, com 2,11 milhões de toneladas, Holanda (216,41 mil toneladas), Espanha (175,00 mil toneladas), Reino Unido (158,64 mil toneladas) e Noruega (122,46 mil toneladas).
Já as exportações de milho fecharam em 1,88 milhão de toneladas no primeiro quadrimestre, destaque para o porto de Santos, com 1,06 milhão de toneladas, seguido de Manaus (440,49 mil toneladas), 172,58 mil toneladas), Paranaguá (110,33 mil toneladas) e, Santarém, 57,89 mil toneladas. Outros portos que também embarcaram o milho mato-grossense: São Francisco do Sul (SC), com 36,82 mil toneladas, Assis (AC), 563 toneladas, Cáceres (428 toneladas) e Guajará Mirim (RO), 282 toneladas.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as exportações mato-grossenses de milho dos últimos 10 meses (junho de 2010 a abril passado) superaram as exportações de todos os mesmos períodos anteriores. O Estado originou 7,1 milhões de toneladas, representativo de 84,5% de sua produção da safra 09/10 e 62% das exportações brasileiras de milho.
O Irã foi o país que mais comprou o milho mato-grossense em 2011. Das 1,88 milhão de toneladas embarcadas no primeiro quadrimestre, o país importou 417,09 mil toneladas, seguido da Espanha, com 232,51 mil toneladas, Malásia (164,57 mil toneladas), Marrocos (80,65 mil toneladas e Colômbia (47,69 mil toneladas). (Veja quadro)
EXPANSÃO - Graças à segunda safra de Mato Grosso, a exportação brasileira de milho no primeiro trimestre deste ano foi a maior da série histórica. “Um dos fatores que levaram grande parte do milho à exportação foi o escoamento propiciado pelos leilões de PEP e Pepro do governo federal, realizados no final de 2010, e que permitiram a movimentação das cargas pelos portos do Norte, acarretando grandes despachos por estas vias nos três primeiros meses de 2011”, avalia o Imea.
Com a conclusão da pavimentação da BR-163, tendência é de que Mato Grosso passe a escoar grande parte de sua produção via Santarém. O porto, atualmente, está com uma pequena estrutura para exportação. Para se ter uma idéia, utiliza-se hoje apenas 50% da sua capacidade em função da falta de estrutura, vias de acesso precárias e problemas de trânsito. Com as obras de ampliação e o fim dessas deficiências, o porto deverá receber cerca de 10 milhões de toneladas de soja já a partir do ciclo 2011/2012, transformando-se na melhor opção de embarque para os produtores
De acordo com estudos, a rota Cuiabá-Santarém vai reduzir em até US$ 40 o custo do frete por tonelada de soja transportada, em relação ao que se paga atualmente pelo escoamento do produto via Santos (SP) e Paranaguá (PR). No caso da região Norte do Estado, por exemplo, o custo do frete aos portos exportadores chega a até US$ 140 por tonelada de soja. Por Santarém, este custo poderia ser reduzido em até 28,58%, garantindo maior competitividade aos grãos produzidos em Mato Grosso. Os produtores acreditam que Santarém se tornará a melhor opção de escoamento, a partir da pavimentação da BR-163 e da reestruturação do porto, com a ampliação do sistema de embarque até 2012.
Diário de Cuiabá
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