2 mil veículos estão recolhidos nos portos
Veículos importados no Brasil representam 10% da frota nacional, estes serão afetados pela nova regra
Segundo o ministro Fernando Pimentel, as licenças para importação foram adotadas por conta do déficit do setor (ELZA FIÚZA/ABR)
Mais de dois mil automóveis produzidos na Argentina estão parados nos portos brasileiros depois da medida que burocratiza a importação de carros e peças automotivas. A nova regra de importação está em vigor desde a última terça, 10.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse ontem que as licenças para importação foram adotadas por conta do “fortíssimo” déficit comercial no setor automobilístico.
“De janeiro a abril de 2010, o déficit da balança de veículos foi de US$ 790 milhões. Neste ano, já chegou a US$ 1,9 bilhão. Só isso já explica por que é necessário monitorar as importações”, afirmou.
Empresários do setor automobilísticos chegaram a dizer que a medida é uma retaliação do governo brasileiro aos hermanos, que dificultam a entrada dos produtos nacionais.
Fernando Pimentel nega a prática: “Estamos reclamando da retenção de produtos nossos na fronteira da Argentina, mas a questão é o déficit. Não tivemos o intuito de retaliar”.
As montadoras estão sendo afetadas com a burocracia da guia de importação, que antes ocorria de forma automática. Com exceção da Toyota, as montadoras consultadas por O POVO evitaram falar sobre o assunto.
A assessoria de comunicação da Toyota informou que os modelos Hilux e SW4 se encontram atualmente na fila de espera para liberação nos portos, mas afirma que tais veículos não faltarão no mercado interno.
A assessoria da Toyota diz também que não tem previsão para liberação dos veículos: “Ainda é uma mudança muito recente. Não podemos ter certeza do tempo (de espera)”. Agências de notícias falam em até 60 dias para efetuar a liberação.
O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Reze, ameniza a situação. “O Brasil produz 90% da sua frota de veículos. Somente 10% serão afetados. Esses são compradores de alto nível financeiro, que não vai fazer falta um carro a mais ou a menos”, diz.
A Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (Andap) informou ao O POVO que as distribuidoras locais de autopeças são abastecidas pelo mercado interno e não serão afetadas pela burocratização. Já as montadoras, que compram peças importadas, também entrarão na fila de checagem da guia de importação. (com agências)
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
A indústria automobilística brasileira supre 90% do mercado nacional. O índice sinaliza que a fila de espera dos importados afetará a menor parte dos proprietários. No Brasil, este ano, cerca 450 carros foram importados.
André Teixeira
O POVO Online/OPOVO/Economia
Veículos importados no Brasil representam 10% da frota nacional, estes serão afetados pela nova regra
Segundo o ministro Fernando Pimentel, as licenças para importação foram adotadas por conta do déficit do setor (ELZA FIÚZA/ABR)
Mais de dois mil automóveis produzidos na Argentina estão parados nos portos brasileiros depois da medida que burocratiza a importação de carros e peças automotivas. A nova regra de importação está em vigor desde a última terça, 10.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse ontem que as licenças para importação foram adotadas por conta do “fortíssimo” déficit comercial no setor automobilístico.
“De janeiro a abril de 2010, o déficit da balança de veículos foi de US$ 790 milhões. Neste ano, já chegou a US$ 1,9 bilhão. Só isso já explica por que é necessário monitorar as importações”, afirmou.
Empresários do setor automobilísticos chegaram a dizer que a medida é uma retaliação do governo brasileiro aos hermanos, que dificultam a entrada dos produtos nacionais.
Fernando Pimentel nega a prática: “Estamos reclamando da retenção de produtos nossos na fronteira da Argentina, mas a questão é o déficit. Não tivemos o intuito de retaliar”.
As montadoras estão sendo afetadas com a burocracia da guia de importação, que antes ocorria de forma automática. Com exceção da Toyota, as montadoras consultadas por O POVO evitaram falar sobre o assunto.
A assessoria de comunicação da Toyota informou que os modelos Hilux e SW4 se encontram atualmente na fila de espera para liberação nos portos, mas afirma que tais veículos não faltarão no mercado interno.
A assessoria da Toyota diz também que não tem previsão para liberação dos veículos: “Ainda é uma mudança muito recente. Não podemos ter certeza do tempo (de espera)”. Agências de notícias falam em até 60 dias para efetuar a liberação.
O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Reze, ameniza a situação. “O Brasil produz 90% da sua frota de veículos. Somente 10% serão afetados. Esses são compradores de alto nível financeiro, que não vai fazer falta um carro a mais ou a menos”, diz.
A Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (Andap) informou ao O POVO que as distribuidoras locais de autopeças são abastecidas pelo mercado interno e não serão afetadas pela burocratização. Já as montadoras, que compram peças importadas, também entrarão na fila de checagem da guia de importação. (com agências)
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
A indústria automobilística brasileira supre 90% do mercado nacional. O índice sinaliza que a fila de espera dos importados afetará a menor parte dos proprietários. No Brasil, este ano, cerca 450 carros foram importados.
André Teixeira
O POVO Online/OPOVO/Economia
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