LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 03/11/2011

Brasil importa 112% a mais do Oriente Médio em outubro

De acordo com o MDIC, tal avanço foi consequência das compras de petróleo, combustíveis e lubrificantes

O Oriente Médio foi o bloco que mais cresceu como fornecedor do Brasil em outubro. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (01/11) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), as importações de produtos da região somaram US$ 959 milhões, ou US$ 48 milhões em média por dia útil, um aumento de 112% sobre a média diária de outubro de 2010.

De acordo com o MDIC, tal avanço foi consequência das compras de petróleo, combustíveis e lubrificantes. O ministério informou que houve aumento de preço e dos volumes importados de petróleo, gasolina, óleos combustíveis, gás natural, carvão e nafta. Esse foi o grupo de mercadorias que mais cresceu no total das importações brasileiras no mês passado.

A África foi a segunda região que mais avançou como fornecedora do Brasil em outubro. As compras do continente somaram US$ 1,203 bilhão, ou US$ 60,2 milhões em média por dia útil, um aumento de 45,3% em comparação com a média diária do mesmo mês do ano passado. O desempenho foi também influenciado pelo petróleo.

No geral, as importações brasileiras chegaram US$ 19,785 bilhões, um acréscimo de 19,5% em comparação com outubro de 2010. Houve aumento das compras de combustíveis e lubrificantes (64,1%), bens de consumo (17,2%), matérias-primas e intermediários (11,8%) e bens de capital (10,3%).

Já as exportações brasileiras renderam US$ 22,14 bilhões, um crescimento de 20,45% em relação ao mesmo mês do ano passado, que resultou em um superávit de US$ 2,355 bilhões, quase 30% maior do que em outubro de 2010.

No acumulado do ano, as vendas externas do Brasil chegaram a US$ 212,14 bilhões, um avanço de quase 30% sobre o mesmo período de 2010. As importações somaram US$ 186,749 bilhões, um aumento de 25,5% na mesma comparação.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/17561/brasil+importa+112%25+a+mais+do+oriente+medio+em+outubro.shtml
 
 
 
 
Exportações de carnes crescem em outubro

Quando comparados ao mesmo mês de 2010, apenas os embarques de frango registraram alta

O volume das exportações brasileiras de carnes suína, bovina e de frango in natura aumentou em outubro na comparação com setembro. De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira, 1º de novembro, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) foram embarcadas 38,4 mil toneladas de carne suina, 9,4% mais que no mês anterior.

Os embarques de carne bovina aumentaram para 74,7 mil t em outubro, avanço de 0,67% sobre o volume de 74,2 mil t registrado em setembro. E as exportações de carne de frango aumentaram 9,2% em outubro, para 303,2 mil toneladas. Quando comparadas a outubro de 2010, apenas as vendas externas de carne de frango registraram avanço, e subiram 3,37%.

A receita desses embarques foi de US$ 601,5 milhões, ante US$ 567,7 milhões em setembro e US$ 490,7 milhões em outubro de 2010. O preço médio da carne de frango in natura exportada caiu 2,9% em outubro para US$ 1.984 por tonelada, ante US$ 2.044 em setembro, mas ficou 18,6% acima dos US$ 1.673 praticados em outubro do ano passado.

No caso da carne suína, os embarques registraram queda de 9,22%. na comparação com mesmo mês do ano passado. A receita das exportações em outubro foi de US$ 120,2 milhões, ante US$ 101,5 milhões em setembro e US$ 113,5 milhões em outubro de 2010. O preço médio da carne suína in natura vendida ao mercado externo subiu 8,3% em outubro, para US$ 3.127 por tonelada, ante US$ 2.888 em setembro, e apresentou alta de 16,7%, ante US$ 2.680 no mesmo período do ano passado.
Os embarques de carne bovina recuaram 2,23% na comparação com outubro de 2010, quando 76,4 mil t. foram embarcadas. A receita dessas exportações foi de US$ 393,4 milhões em outubro, ante US$ 390,8 milhões em setembro e US$ 345,1 milhões em outubro de 2010.

O preço médio da carne bovina exportada em outubro ficou estável ante setembro: US$ 5.269 por tonelada. Na comparação com os US$ 4.518 apurados em outubro de 2010, houve aumento de 16,6%.
Agência Estado





Diminui peso de EUA e UE na venda de bens industriais

O desaquecimento das economias dos Estados Unidos e da União Europeia (UE) fez as duas regiões perderem mais participação na exportação brasileira de manufaturados. O Brasil deve bater recorde de exportação total tanto para os europeus quanto para os americanos este ano. Essas vendas, porém, devem crescer menos que a média total. De janeiro a setembro de 2011, a UE respondeu por 19,04% da venda brasileira de manufaturados ao exterior. Nos nove primeiros meses do ano passado a fatia foi de 19,79%. No mesmo período, a fatia dos Estados Unidos recuou de 13,2% para 12,3%.

Os europeus não perderam espaço somente nos manufaturados, mas também nos básicos. De janeiro a setembro do ano passado, a UE absorvia 23,2% da venda brasileira de básicos ao exterior. No mesmo período deste ano, a fatia caiu para 22,5%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os americanos mantiveram estável sua fatia nos básicos brasileiros vendidos ao exterior, com participação nos dois períodos de 6,8%. Juntos, os básicos e os manufaturados correspondem a 83,8%. O restante são semimanufaturados.

As vendas de manufaturados para a zona do euro cresceram 14,5% de janeiro a setembro de 2011, na comparação com o mesmo período do ano passado. A exportação para os Estados Unidos na mesma classe de produtos cresceu 11,3%. O desempenho das duas regiões, porém, ficou abaixo da elevação média de 19% do embarque total de manufaturados.

Enquanto os europeus e americanos perderam espaço na compra de manufaturados brasileiros, os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) avançaram. A fatia do bloco na venda de manufaturados do Brasil ao exterior aumentou de 25,3% para 27,3%. Os sócios do Mercosul compraram 28,3% a mais de manufaturados brasileiros de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na exportação brasileira de básicos, a China puxa o bloco asiático, que ampliou sua fatia de 45,8% para 47,5%.

"A perda de participação dos Estados Unidos e da União Europeia se deve ao menor crescimento econômico dessas regiões, o que afeta principalmente a demanda por manufaturados", diz Rafael Bistafa, economista da Rosenberg & Associados. "Já o avanço da Ásia nos básicos se deve à demanda da China e também do Japão, embora em menor escala, de produtos como o minério de ferro, que ganhou representatividade na exportação brasileira por conta da elevação de preço", diz. Nos primeiros nove meses deste ano, a venda de minério de ferro ao exterior chegou a US$ 30,6 bilhões, um aumento de 58,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A participação do produto na exportação brasileira saltou de 13,3% para 16,1%.
Sílvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, acredita que a tendência de queda de participação dos europeus nas exportações brasileiras, seja em básicos ou manufaturados, deve se acentuar no ano que vem. Ao mesmo tempo, os asiáticos, devem ganhar espaço.

"A China vai desacelerar, mas mesmo assim vai crescer bem acima da média do mercado internacional", diz Campos Neto. Segundo estimativas da Tendências, o país asiático deve crescer 9,2% neste ano. Para o ano que vem a expectativa é de 8,7%. Para os Estados Unidos, a expectativa é de crescimento em 2012 é maior que o deste ano, mas em ritmo bem menor. A consultoria estima crescimento de 1,5% em 2011 e 1,8% para o próximo ano. A tendência de ganho dos asiáticos em relação aos Estados Unidos e aos europeus, portanto, deve ser mantida em 2012, diz Campos Neto.

O cenário de exportação de manufaturados é mais nebuloso, devido às perspectivas para os europeus e para os argentinos, que contribuíram bastante em 2011 para o avanço dos países do Mercosul na exportação brasileira. "O cenário argentino começa a mudar, o que deve levar a um crescimento mais lento no ano que vem. Isso, ao lado da propensão do país em adotar medidas protecionistas, deve dificultar o crescimento das vendas brasileiros ao país", acredita Campos Neto. Este ano, diz, a Argentina deve crescer 6%. Em 2012, porém, a previsão é 4%. Para os europeus há expectativa também é de desaceleração, com crescimento de 1% neste ano e 0,8% em 2012.

Como resultado desse movimento, diz ele, a exportação de manufaturados vai perder ainda mais espaço para os básicos, cuja participação na pauta brasileira passou de 44,7% de janeiro a setembro de 2010 para 47,9% este ano. "A desaceleração nos Estados Unidos e na União Europeia ajudará a acentuar essa tendência de exportar mais matéria-prima aos asiáticos e menos manufaturados de maior valor agregado para as regiões mais desenvolvidas", acrescenta Fábio Silveira, sócio da RC Consultores.
"A economia europeia já esfriou mais um pouco e no ano que vem deve esfriar mais ainda", diz Silveira. Em conjunto com a desaceleração da China e a lenta recuperação americana, ele acredita que o valor exportado pelo Brasil no ano que vem será menor do que o de 2011. Com estimativa de embarques de US$ 250 bilhões neste ano, Silveira acredita que o Brasil venderá ao exterior cerca de US$ 240 bilhões no próximo ano. A queda, diz, será mais influenciada pela redução de preços do que de volume. Com isso, o superávit deve cair para cerca de US$ 20 bilhões em 2012 - para este ano ele prevê US$ 30 bilhões.
Valor Econômico




Superávit em outubro foi de US$ 2,355 bilhões

Nos vinte dias úteis de outubro, as exportações brasileiras somaram US$ 22,140 bilhões, com média diária de US$ 1,107 bilhão. As importações mensais chegaram a US$ 19,785 bilhões e registraram média diária de US$ 989,3 milhões. Com estes resultados, o saldo comercial foi de US$ 2,355 bilhões, sendo o resultado médio diário de US$ 117,8 milhões, e a corrente de comércio totalizou US$ 41,925 bilhões, com média por dia útil de US$ 2,096 bilhões.

Na comparação pela média diária, as exportações cresceram 20,5% em relação a outubro de 2010 (US$ 919,1 milhões) e retraíram 0,2% em relação a setembro passado (US$ 1,108 bilhão). As importações tiveram incremento de 19,5% em comparação com outubro do ano passado (média de US$ 827,7 milhões) e aumento de 2,8% no comparativo com setembro de 2011 (média de US$ 962,4 milhões).

O saldo comercial teve crescimento de 28,9% em relação a outubro de 2010 (média de US$ 91,4 milhões) e diminuiu 19,6% quando comparado com a média diária de setembro último (US$ 146,4 milhões). O resultado médio diário da corrente de comércio registrou elevação de 20% sobre outubro passado (US$ 1,746 bilhão) e de 1,2% sobre o mês passado (US$ 2,071 bilhões).

Semanas

As exportações brasileiras na quarta semana de outubro (24 a 30), com cinco dias úteis, foram de US$ 5,817 bilhões com média diária de US$ 1,163 bilhão. As importações no período foram de US$ 4,481 bilhões, com resultado médio diário de US$ 896,2 milhões. O superávit semanal ficou em US$ 1,336 bilhão (média de US$ 267,2 milhões) e a corrente de comércio, em US$ 10,298 bilhões (média de US$ 2,059 bilhões).

Já a última semana do mês, com apenas um dia útil (31), registrou exportação de US$ 1,236 bilhão, importação de US$ 789 milhões, saldo de US$ 447 milhões e corrente de US$ 2,025 bilhões.

Ano

De janeiro a outubro deste ano (209 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 212,139 bilhões (média diária de US$ 1,015 bilhão). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2010 (US$ 785,1 milhões), as exportações cresceram 29,3%. As importações foram de US$ 186,749 bilhões, com média diária de US$ 893,5 milhões. O valor está 24,9% acima da média registrada no mesmo período de 2010 (US$ 715,3 milhões).

No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial já chega a US$ 25,390 bilhões, com o resultado médio diário de US$ 121,5 milhões. No mesmo período de 2010, o superávit foi de US$ 14,522 bilhões, com média de US$ 69,8 milhões. Pela média, houve aumento de 74% no comparativo entre os dois períodos. A corrente de comércio soma, em 2011, US$ 398,888 bilhões, com média diária de US$ 1,908 bilhão. O valor é 27,2% maior que a média aferida no mesmo período no ano passado (US$ 1,5 bilhão).
Acesse os dados preliminares da balança comercial de outubro:  http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567]
Assessoria de Comunicação Social do MDIC

 
 
 
ZPE do Acre iniciará funcionamento em 15 dias, diz secretário de Estado

Até o final de 2012 o Brasil deve iniciar as exportações por meio das ZPEs (Zonas de Processamento de Exportação) e com isso, começar uma nova era do País, produtos com reais vantagens competitivas frente as mercadorias produzidas em outros países. Esta informação é do secretário de Estado do Acre, Edvaldo Magalhães, que participou do encontro com a missão chinesa de Shenzhen.

“Em 15 dias teremos a liberação do alfandegamento por parte da Receita Federal, assim poderemos iniciar as construções das fábricas nacionais e internacionais e posteriormente o início das vendas externas. Esperamos que em até seis meses o Brasil já exporte por meio de uma ZPE”, relatou com exclusividade ao Guia Marítimo.
As ZPE caracterizam-se como áreas de livre comércio com o exterior, destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior, sendo consideradas zonas primárias para efeito de controle aduaneiro. Dentre suas principais característica está que a suspensão do Imposto de Importação; do IPI; do PIS/Cofins; do PIS-Importação/Cofin-Importação; e do AFRRM para as importações e aquisições no mercado interno de insumos e de bens de capital; liberdade cambial (as empresas não são obrigadas a internar as divisas obtidas por suas exportações); e procedimentos administrativos simplificados nas exportações e importações.
Estudos divulgados pelo secretário de Planejamento, Gilberto Siqueira, indicam que nas áreas já consolidadas e naquela em fase de desapropriação pelo Governo do Acre, a ZPE irá receber, nos próximos dois anos, ao menos 14 empresas que realizarão investimentos de R$ 167 milhões e irão gerar 6.000 empregos diretos e indiretos.
Ainda de acordo com o secretário a ZPE do Acre será a primeira em legitima operação e propiciará ao País o início de uma fase frutífera no comércio exterior, pois teremos a logística necessária para ligar o complexo aos portos, rodovias e ferrovias, de forma a reduzir o custo de fretes com a economia de até 12 dias na ligação dos produtos com o Oceano Pacífico.
“A rodovia transamazônica está pronta e em excelentes condições para o transporte de cargas, o porto fica apenas há 1.400 quilômetros daqui e possui estrutura excelente para destinar nossas produções. Seremos definitivamente a porta de saída do Brasil para os países do Pacífico. Além de diminuirmos os gargalos dos demais portos brasileiros, e contribuirmos com isso, para a melhora nas condições comerciais do país inteiro”, pontua Magalhães.
Dentre os setores mais beneficiados estão o de serviços, telecomunicações, energia, automobilístico e de bicicletas elétricas. “Temos 40 milhões de pessoas que utilizam as bicicletas como meio de transporte principal em torno do Acre, como nos países vizinhos, na Bolívia e no Peru. Em função da experiência de Shenzhen, a primeira ZPE chinesa, queremos e vamos, por meio de um acordo de cooperação, estreitar ainda mais as relações entre os dois países”, enfatiza.
O objetivo do acordo é instalar algumas empresas chinesas na ZPE do Acre. Com relação ao agronegócio, o secretário disse que este tema é importante, devido a pauta brasileira, e que está na agenda de negociações da ZPE para elevar a interatividade com outros países, como os Estados Unidos.

“Os empresários vão economizar tempo, dinheiro e ganhar mais clientes”, concluiu.

Na visão do governo chinês de Shenzhen, o Brasil deveria investir no envio de frutas tropicais a China. “Estou aqui a três dias e tenho comido muitas frutas diferentes e gostosas, os empresários deveriam levá-las a China. Este é um exemplo de como o Brasil pode elevar o comércio com os chineses”, frisou uma das autoridades.

Durante o evento, na capital paulista, foram assinados 5 acordos comerciais no valor total de US$ 520 milhões, principalmente no setor de telecomunicações e telefonia móvel, e mais um protocolo de cooperação para pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias.

Dentre as empresas chinesas participantes estava a Huawei, fabricante de equipamentos de telecomunicações, e seu representante disse em sua apresentação que a inovação e liderança colocam a empresa em posição estratégica no mercado de tecnologia do Brasil.
“Através de parcerias estabelecidas com as principais operadoras do país, a Huawei conseguiu se posicionar, no Brasil e no mundo, no topo da lista de contratos em tecnologia 3G. A Huawei é líder no mercado de banda larga fixa e móvel, e detém 70% do mercado nacional de modems USB de acesso 3G, com mais de 1 milhão de terminais vendidos desde a implantação do sistema no Brasil. Tivemos um faturamento somente no Brasil, na casa de US$ 1,4 bilhões em 2010, neste ano, pretendemos ter um faturamento mundial de US$ 8,2 bilhões. E queremos manter nas nossas fábricas 90% dos funcionários sendo brasileiros, além de termos a meta de passar o Brasil para primeiro lugar nas vendas de nossos produtos, hoje temos a quinta posição”, discursou.

Já a ZTE do Brasil afirmou que o primeiro lote de celulares fabricados no Brasil deve chegar ao consumidor final ainda este ano. “Temos excelente qualidade, preços baixos e vamos auxiliar na informatização da população brasileira com o nosso lançamento”, disse o vice-presidente Dan Lee.
Guia Marítimo




Preços mais baixos favorecem exportações brasileiras de minério de ferro

LONDRES - Preços internacionais de minério de ferro mais fracos estão levando fornecedores domésticos da China a cortar produção, o que pode levar o principal consumidor e produtor siderúrgico a depender mais de importações nas próximas semanas, dando sustentação ao mercado de fretes.

Segundo analistas, Brasil e Austrália, grandes produtores mundiais, deverão exportar mais minério de ferro para suprir a menor produção da China, reforçando a demanda por navios do tipo capesizes, de grande porte, que normalmente carregam cargas de 150 mil toneladas.

Os preços internacionais do minério de ferro caíram mais de 30 por cento desde setembro, incluindo uma queda recorde de 18 por cento na semana passada, com preços mais baixos de aço forçando as siderúrgicas chinesas a cortar a produção.

Os estoques de siderúrgicas estão diminuindo, contudo, e elas precisarão recompo-los nas próximas semanas.

Analistas esperam que elas se voltem para o mercado internacional em vez do produto local, mais caro e de menor qualidade.

Isto deve dar alguma sustentação para os navios que são usados para transportar minério de grandes mineradoras no Brasil e na Austrália, e pode também ajudar a impulsionar o uso de derivativos de frete.

"Logicamente, as siderúrgicas chinesas podem comprar mais minério de ferro por via marítima, devido à recente queda no preço ", disse Denny Sabah, analista de metais da trading Ronly, de Londres.

"Uma mina de minério de ferro chinesa, por exemplo, com um custo de produção de 140 dólares por tonelada está agora lutando para retirar o material".
Os preços internacionais do minério de ferro estavam em cerca de 117 dólares a tonelada, base custo e frete na China na sexta-feira, já bem abaixo de seu custo de abastecimento interno.
"O fornecimento interno chinês é muito flexível", disse o Macquarie minério de ferro e analista de aço Colin Hamilton.
Alguns produtores chineses têm custos tão elevados quanto 150-160 dólares por tonelada, e os custos para um quarto de toda a oferta chineses estão acima de 135 dólares por tonelada, segundo dados de Macquarie.
"No longo prazo, três meses mais, se tivermos um ambiente de menor preço minério de ferro, isso pode levar à substituição de importação na China mais como vimos uns anos de anos atrás ", disse Derek Langston, diretor sênior da consultoria e SSY Consultancy.

O minério de ferro detém a maior participação em volume, com cerca de 31 por cento dos embarques em navios capesize, seguido por carvão, que tem cerca de 29 por cento.

OS TRÊS GRANDES

"A combinação do deslocamento do minério doméstico, proibições de exportação da Índia e aumento da oferta devem dar suporte ao segmento capesize ", disse Nigel Prentis, chefe de pesquisa, consultoria e assessoria com o HSBC Shipping Services.

Fornecedores de minério de ferro indiano reduziram as exportações, por ora, porque eles estão sujeitos a um imposto de exportação que aumenta seus custos. Além disso, dificulta a competição com três maiores mineradoras do mundo de minério de ferro - BHP Billiton, Rio Tinto e Vale.

Quanto a estas grandes mineradoras, o baixo preço de ferro atual ainda está muito acima seus custos de produção, e elas disseram que vão continuar a produzir minério de ferro a pleno vapor e manterão seus planos de expansão.

"As grandes mineradoras continuam a ofertar grandes volumes de material a cada dia, o que tem levado os preços a caírem, enquanto as mineradoras indianas em comparação não reduziram seus preços para perto dos níveis atuais e estão de embarcando poucos navios de carga pouco ", disse Roddy Mann, trader sênior de minério de ferro da Metalloyd, de Londres.

"Nós precisamos ver os preços da China caírem abaixo de 60 dólares por tonelada antes das três importantes mineradoras brasileira e australianas, Vale, Rio Tinto e BHPB, se tornarem fornecedores inviáveis", disse um analista de commodities.
Portos e Navios

 


Exportações e importações já superam em outubro resultados de anos anteriores

A balança comercial brasileira registra recordes no acumulado do ano até o mês de outubro para a exportação (US$ 212,1 bilhões, com crescimento de 29,3% da média diária sobre igual período do ano passado), a importação (US$ 186,8 bilhões, com aumento de 24,9%) e a corrente de comércio (US$ 398,9 bilhões, com alta de 27,2%).

O dado foi apresentado hoje em entrevista coletiva da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, que destacou ainda que “se hoje fosse o último dia do ano, o comércio exterior brasileiro já estaria com recordes, na série histórica, para as exportações, importações e corrente de comércio”, disse.

De janeiro a dezembro de 2010, o Brasil teve exportações de US$ 202 bilhões, importações de US$ 182 bilhões e corrente de comércio de US$ 384 bilhões. Em relação ao saldo comercial no acumulado deste ano, o valor chega a US$ 25,4 bilhões e é o maior nos últimos quatro anos para o período entre janeiro a outubro (2007: US$ 34,4 bilhões).

Produtos

No acumulado de 2011, as exportações dos três grupos de produtos na classificação de fator agregado registraram crescimento em relação à igual período de 2010: básicos (39%), semimanufaturados (31,9%) e manufaturados (17,3%). As importações no período também tiveram aumento em todas as categorias de uso, na comparação com igual período de 2010: combustíveis e lubrificantes (40,3%), bens de consumo (27,5%), matérias-primas e intermediários (23,1%) e bens de capital (17%).

Mercados

Os principais países de destino das exportações, no acumulado do ano, foram: China (US$ 37,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 20,7 bilhões), Argentina (US$ 18,9 bilhões), Países Baixos (US$ 11,6 bilhões) e Japão (US$ 7,7 bilhões).
Já em relação às importações no período, os principais mercados de origem foram: Estados Unidos (US$ 28,1 bilhões), China (US$ 27,1 bilhões), Argentina (US$ 13,9 bilhões), Alemanha (US$ 12,4 bilhões) e Coréia do Sul (US$ 8,5 bilhões).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC






Nenhum comentário: