LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 14/11/2011

Transpetro terá que rever todo o modal logístico


No segundo dia de conferências na Niterói Naval Offshore (NNO) os principais temas debatidos foram as dificuldades na logística de apoio ao pré-sal. De acordo com o gerente executivo da Transpetro, Paulo Pechiná, são dois os componentes a serem considerados: a variação da profundidade da camada pré-sal e a distância da costa. Assim, estão sendo pensadas soluções que diminuam a complexidade das operações.

LOGÍSTICA Basicamente, de acordo com o executivo, as respostas para a Transpetro passam pela utilização de hubs, tanto para o diesel usado nas plataformas, quanto para fluidos e, até mesmo, para passageiros. "A empresa está tendo que repensar todo o seu modal logístico, seja ele de oleodutos, gasodutos, embarcações offshore, de navios de pessoas. Toda a logística para suprir essa produção a uma distância tão grande da costa", explicou Pechiná.

HUB Com relação ao hub de passageiros, tratado como novidade pelo executivo, a equação seria diminuir o tempo de viagem dos profissionais em regime de embarque. Segundo Pechiná, essa conta tem início assim que os funcionários saem da base terrestre. "Isso foi pensado para que nós pudéssemos levar as pessoas para esse ponto com embarcação de porte grande ou médio e distribuí-las para as plataformas por helicóptero", diz.

TERMINAL Outro ponto destacado no novo desenho logístico da Transpetro é a implantação de um terminal oceânico.

A ideia se resume, basicamente, a um navio tanque - chamado de FSO - ligado a um sistema de monoboias, onde embarcações podem se conectar, receber petróleo ou carregar o produto. "Vamos ter um terminal a 90, 100 km da costa, porque vários óleos que vão sair da produção vao ter como destino a exportação.

Se tivermos que trazer até a costa será preciso uma frota que consiga tender a logística a tempo. Uma posição intermediária precisa de frota de supply menor.

De acordo com o gerente da subsidiária de logística da Petrobras, em 2020, o país irá produzir uma ordem superior a 6 milhões de barris por dia. No entanto, mesmo com todo o novo parque de refino será preciso exportar um pouco mais de 2 milhões de barris dia.
Gás Brasil




Alguns portos já atendem 75 das exigências ambientais, assinala Maia Porto


O gerente de Meio Ambiente da Antaq, Marcos Maia Porto, fez um balanço positivo do 1º Seminário sobre Gestão Ambiental Portuária.

O encontro, que foi promovido pela Secretaria de Portos e pela Agência, nos dias 8 e 9 de novembro, reuniu, durante um dia e meio, no auditório da ANTAQ, em Brasília, especialistas ambientais e representantes de órgãos de regulação do meio ambiente em torno de um amplo debate sobre a questão dos resíduos nos portos brasileiros.

Maia Porto abriu a parte técnica do evento, apresentando uma comparação entre as avaliações da gestão ambiental dos portos, realizadas pela ANTAQ em 2006 e 2010.

Segundo ele, houve um expressivo avanço no resultado da gestão ambiental portuária nesse período. "Em 2010, tivemos uma média de atendimento de 65%. Se desconsiderássemos nesse cálculo um ou dois portos que estão realmente com mais dificuldades, teríamos alcançado uma média ainda mais expressiva”, apontou.

O gerente de Meio Ambiente da ANTAQ explicou que vários portos apresentaram atendimentos às conformidades ambientais acima de 75%. “Podemos dizer, inclusive que, hoje, há um porto brasileiro que é excelência em gestão, o Porto de Itajaí", disse, citando entre as conformidades que mais evoluíram a dos Setores de Gestão Ambiental - SGA, objeto de uma portaria específica da SEP. “Há conformidades atendidas por 80% dos portos, prosseguiu, e vários portos estão licenciados ou em processo final de licenciamento, uma situação que não tínhamos em 2006”.

O gerente da ANTAQ comentou também que a legislação referente ao tratamento de resíduos, em especial a recente Política Nacional de Resíduos Sólidos, é muito pró-ativa, o que ajuda no seu cumprimento. “Enfim, o evento foi um sucesso, pois abordou desde a regulação referente à gestão ambiental portuária até à prática do tratamento dos resíduos nos portos”, destacou.

Maia Porto ressaltou a participação no evento de órgãos reguladores ambientais, como o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA, da Marinha do Brasil, de grande número de portos organizados e terminais portuários e de empresas privadas, como a Petrobras, a Vale e outras do ramo de reciclagem de resíduos. “Tenho certeza que abrimos um canal importante para a realização de novos encontros”, finalizou, destacando a parceria com a Secretaria de Portos, a seu ver fundamental para o sucesso do evento.
Portos e Navios




Ministro garante mais R$ 309 milhões para o Rio Grande


O Porto do Rio Grande passará por diversas obras de melhoria para sua infraestrutura ainda no ano de 2012. O anúncio foi feito hoje (10/11), pelo Ministro dos Portos, Leônidas Cristino ao Secretário de Infraestrutura e Logística do Estado do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque.

Além da dragagem de aprofundamento, foram listadas as abras de modernização do cais público do Porto, a construção de 1.125 metros de cais, além da recuperação do Molhe Leste. Todas serão realizadas pela Secretaria de Portos com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). _ Assessoria de Imprensa.

As obras acima fazem parte de um conjunto de ações que a SEP executa no Porto de Rio Grande para torná-lo ainda mais competitivo.

Vale lembrar que este ano foi concluída a ampliação dos molhes, com o valor de mais de R$ 400 milhões. Segundo o Ministro, tão logo toda a documentação seja entregue pelo porto, e aprovada pela equipe técnica da SEP, serão iniciados os todos os processos licitatórios.

Para a modernização e aumento do cais, serão necessários aproximadamente 26 meses de obra, com a previsão para a publicação do Edital de Licitação em meados de fevereiro. Para esta melhoria a SEP irá investir R$ 119 milhões.

A recuperação do Molhe Leste ficará em torno de R$ 80 milhões e deverá ser iniciada em agosto de 2012, segundo cronograma proposto.

Já a dragagem de aprofundamento, que deixará o porto com a profundidade de -13,5 metros, no valor de R$ 110 milhões deverá ser finalizada em 2014.
Portos e Navios


 
Armadora isola contêineres refrigerados com risco de explosão

Samuel Rodrigues

O Porto de Santos recebeu, nos últimos dias, dois contêineres reefer (refrigerados) com relativo risco de explosão. Eles pertencem à armadora Maersk e foram desembarcados no Terminal de Contêineres (Tecon), unidade administrada pela operadora Santos Brasil. No último dia 4, por determinação da matriz da companhia de navegação, os dois cofres foram removidos para o dépot (depósito de vazios) da firma Brasmar, na Alemoa, onde permanecem desligados e isolados. Neste momento, os equipamentos não oferecem risco, de acordo com a companhia dinamarquesa.

A Tribuna pediu à Maersk autorização para fotografar os cofres, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição.

A medida de segurança foi tomada após três explosões de contêineres da armadora matarem três operários, sendo um deles brasileiro. O acidente, em solo nacional, ocorreu em Itajaí, em Santa Catarina, em 7 de outubro passado, em outra unidade da Brasmar, firmaligada à Maersk. O trabalhador Jefferson Andrietti, de 31 anos, teve 90% do corpo queimado e ficou internado por três dias, vindo depois a falecer. As outras duas mortes aconteceram no Vietnã, no Sudeste da Ásia.

Investigações feitas pela Maersk após os acidentes apontaram que as explosões foram causadas por problemas no sistema de resfriamento dos cofres. A empresa suspeita de reparos malfeitos neles quando estavam em um estaleiro do Vietnã. Segundo nota emitida pela Maersk na última segunda-feira, contêineres receberam gás contaminado.

Como medida cautelar, a armadora recolheu, em todo o mundo, 844 contêineres reefer que passaram por manutenção no mesmo estaleiro, no período de 30 de março a 25 de abril deste ano. Neste rol, estão os dois cofres que chegaram a Santos – segundoaempresa,osúnicos do lotet ransportados para o Brasil.

De acordo com a armadora, os dois contêineres estão desligados e não oferecem risco.

O medo de novas explosões causou greves em portos dos Estados Unidos no mês passado. Segundo o Journal of Commerce, veículo norte-americano especializado em comércio exterior, portuários de Seattle e Oakland se recusaram a trabalhar devido ao risco de novas explosões em contêineres refrigerados.

Pressões de sindicatos estrangeiros obrigaram a Maersk a tomar ações de segurança, como a retirada dos contêineres do mercado e a notificação de autoridades, terminais e parceiros em todo o mundo.

Para evitar problemas semelhantes, a armadora APL, dos Estados Unidos, anunciou aretirada de 100 cofres de circulação para averiguação.

Localfrio

No Porto de Santos, um terceiro contêiner reefer é mantido isolado dos demais no terminal da Local frio,em Guarujá. A Tribuna apurou que o cofre não pertence à Maersk, mas à Evergreen. Ele foi separado dos demais a pedido da armadora. A Reportagem procurou o responsável pelo setor de contêineres da Grieg, firma que trabalha com a companhia de navegação de Taiwan, mas ele não foi encontrado.

Segundo o gerente-geral da Localfrio, Luis Ortiz, a carga é de importação. O equipamento é mantido ligado e não tem data para deixar o complexo. “Isto (remoção do contêiner) é definido pelo armador, pela Receita (Federal) ou pelo dono da carga. Nosso setor de segurança do trabalho o deixou segregado para evitar riscos ao nosso pessoal”, explicou.

Não se sabe se o contêiner foi segregado por ter passado pelo mesmo estaleiro no Vietnã ou como simples medida de segurança.

Contêineres reefer são utilizados para transportar cargas alimentícias, como frutas e carnes, que necessitam de um ambiente climatizado. Para isso, são dotados de um sistema de refrigeração, alimentado por energia elétrica, e permanecem ligados a tomadas especiais tanto a bordo dos navios, quanto nos terminais portuários.
http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=122835&idDepartamento=10&idCategoria=0

 
 
 

 

Nenhum comentário: