LEGISLAÇÃO

terça-feira, 29 de novembro de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 29/11/2011

BID conclui empréstimo sindicalizado para projeto da Embraport


WestLB, HSBC, Caixa Geral e Santander participam do programa para descongestionar o Porto de Santos.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) concluiu um empréstimo sindicalizado de US$ 430 milhões com quatro bancos comerciais internacionais para financiar a construção, operação e manutenção de um novo terminal privado de uso misto para contêineres e líquidos no Porto de Santos, no Brasil. Esse é o maior complexo portuário da região.

O empréstimo foi concedido para a Empresa Brasileira de Terminais Portuários S.A. (Embraport), responsável pelo projeto, crítico para aliviar a sobrecarga e reduzir os custos em Santos. A transação envolve um empréstimo A de 15 anos, de US$100 milhões do BID, e um empréstimo B, de 12 anos, de US$330 milhões do WestLB, Caixa Geral de Depósitos, HSBC e Banco Santander.

Paralelamente, a Caixa Econômica Federal aprovou um outro financiamento de R$633 milhões, financiado pelo BNDES, para o projeto que, junto com o empréstimo do BID, completará o pacote de dívida global sênior no total de US$786 milhões.

“Essa operação constitui um marco importante para o BID e o Brasil porque consideramos um avanço substancial ao apoio para o investimento privado no setor portuário. Nesse cenário creditício difícil, o BID planeja realizar mais operações para apoiar projetos de infraestrutura brasileiros, tanto através do nosso próprio balanço ou atraindo co-financiadores”, disse John Graham, chefe da equipe de projeto do Departamento de Financimento Estruturado e Corporativo do BID.
Os empréstimos do BID e da CAIXA/BNDES financiarão a primeira fase do novo terminal, que terá uma capacidade esperada acima de 1 milhão de TEUs (uma medida que se refere ao número de contêineres de 20 pés que a instalação pode movimentar por ano) e será capaz de lidar com granéis líquidos. O projeto melhorará a capacidade do porto para receber uma nova geração de navios porta-contêineres de maior calado, que já se tornaram comuns no mercado de cargas global, ajudando a reduzir as filas de espera fora do porto.
O novo terminal também contribuirá para melhorar as condições de trânsito na cidade, uma vez que terá acessos adequados por estrada e trilhos e será localizado longe da movimentada área urbana da cidade de Santos. O novo terminal criará cerca de 1.500 empregos diretos durante a construção, bem como 550 posições no início das operações e 1.500 quando estiver operando a plena capacidade.
Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo

O Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo (SCF) é responsável por todas as operações do BID sem garantia soberana para projetos de grande escala, grandes empresas e instituições financeiras da América Latina e do Caribe. Através de seu programa de empréstimos sindicalizados, SCF desempenha um papel catalisador, ajudando na mobilização de recursos de terceiros mediante associação com bancos comerciais, investidores institucionais, co-garantidores e outros co-emprestadores para projetos com um alto grau contribuição para o desenvolvimento.
Guia Marítimo




Transpetro conclui negociações para mais oito navios
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, afirmou nesta sexta-feira que a companhia concluiu as negociações com os estaleiros Mauá e Eisa, ambos do Grupo Synergy, para a construção de mais oito navios de produtos.

“Então significa mais emprego para vocês”, disse Machado aos trabalhadores do estaleiro Mauá, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro.

A declaração foi feita durante cerimônia de entrega do navio de produtos Celso Furtado, o primeiro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) a entrar em operação.
Conexao Maritima



Fundo da Marinha Mercante aprova projetos de R$ 16 bi

Rio - Opresidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, disse que o Fundo Nacional da Marinha Mercante aprovou ontem 284 novos projetos para a indústria naval brasileira. Segundo ele, os projetos estão orçados em R$ 16 bilhões.

A declaração foi feita pelo executivo durante a cerimônia de entrega do navio Celso Furtado, o primeiro do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) a entrar em operação. O evento conta com a participação da presidente da República, Dilma Rousseff.
Portos e Navios




Navegação Marítima e os desafios da cabotagem

Gerente de Navegação Marítima fala no Naval Summit 2011.

O gerente de Desenvolvimento e Regulação da Superintendência de Navegação Marítima e de Apoio da ANTAQ, Wagner Moreira, participou do Naval Summit 2011, realizado no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro (RJ). Moreira falou no painel sobre o Desenvolvimento da Navegação de Cabotagem no Brasil.

Em sua palestra, o gerente da ANTAQ abordou o mercado de transporte marítimo e o transporte aquaviário brasileiro, com destaque para o marco regulatório e a organização do setor, a situação atual da frota mercante brasileira, instrumentos de desenvolvimento e perspectivas da navegação de cabotagem.

Segundo Moreira, em 2010, o fluxo marítimo brasileiro foi de 621 milhões de toneladas, o que representou 7% do fluxo marítimo mundial. No ano passado, a movimentação brasileira foi 17% maior do que em 2009, quando em todo mundo foram movimentadas por via marítima 7,8 bilhões de toneladas de cargas.

De acordo com Moreira, em 2010, o Brasil ocupava a 27ª posição mundial em número de embarcações mercantes, com um total de 161 navios, sendo 128 de bandeira brasileira e 33 de bandeira estrangeira. Atualmente, o ranking é liderado pelo Japão, com 3.751 navios, sendo 3.031 de bandeira estrangeira, seguido da China, com 3.633 navios, sendo 2.034 de bandeira do país.

O gerente da ANTAQ disse que, ao contrário do que se pode pensar, a reserva de mercado para cabotagem não é um privilégio do Brasil. “A reserva de mercado na navegação de cabotagem é praticada por diversos países com tradição marítima, com o objetivo de preservar uma frota própria e o controle e a regulação sobre o mercado doméstico da navegação, como é o caso de Grécia, Japão, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido, Taiwan e Espanha, entre outros”, observou.

Moreira lembrou que são aspectos favoráveis ao desenvolvimento da cabotagem no Brasil, a extensa costa marítima, dotada de portos e terminais portuários privativos; a concentração ao longo da costa dos setores produtivos e consumidores; o ambiente macroeconômico favorável; investimentos na infraestrutura de transportes terrestres possibilitando o desenvolvimento do transporte multimodal porta-a-porta; e as vantagens comparativas da cabotagem em relação ao modal rodoviário, com destaque para redução dos custos de frete, segurança da carga e menor emissão de CO2.

Segundo Moreira, a movimentação de cargas na navegação de cabotagem brasileira vem crescendo de forma sustentada. Em 2005, foram movimentados 150 milhões de toneladas de carga na cabotagem. Hoje, são movimentados na modalidade 188 milhões de toneladas.

Para o gerente de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Marítima da ANTAQ, o crescimento do setor depende da adoção de diversas medidas, tais como a implementação do incentivo previsto na Lei nº 9.432/97, que iguala o preço do combustível da cabotagem ao usado no longo curso, a abertura de linhas de financiamento para modernização da frota, que está envelhecida, e a redução dos custos operacionais dos navios.
De acordo com Wagner Moreira, há ainda uma série de outros gargalos a serem superados pelo setor, como a dificuldade de atracação nos portos, que representa perdas estimadas de produtividade devido ao tempo de espera em torno de 10%; baixa prioridade de acesso aos portos em comparação com o longo curso; excesso de burocracia no despacho das cargas; baixa produtividade de alguns portos na operação de contêineres por falta de equipamentos adequados; e os altos custos da praticagem obrigatória, que representam cerca de 40% dos custos portuários totais.
Guia Marítimo

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