Despachante aduaneiro terá exame de qualificação
A Receita Federal vai exigir um exame de qualificação técnica para os profissionais que quiserem atuar como despachante aduaneiro de exportações e importações nos portos, aeroportos e pontos de fronteira. Para passar no exame, o candidato terá de obter pontuação igual ou superior a 70% do total de pontos das duas provas que serão aplicadas.
A exigência do exame visa diminuir os erros identificados pelo Fisco no processo de despacho aduaneiro. É que os sistemas da Receita de fiscalização utilizam como parâmetros de seleção a ocorrência de erros para a escolha das mercadorias que serão vistoriadas pelos fiscais no canal vermelho.
Segundo o coordenador-geral de Administração Aduaneira da Receita, Dário Brayner Filho, muitas vezes o sistema aponta indícios de fraude e a necessidade de conferência de mercadorias que "em tese" não deveriam ser vistoriadas.
Para a Receita, a melhor qualificação dos despachantes vai diminuir os erros que são decorrentes da falta de conhecimento técnico e da legislação de comércio exterior, o que deverá contribuir para agilizar os procedimentos aduaneiros. Cerca de 95% das empresas que operam com comércio exterior utilizam despachantes aduaneiros.
O coordenador da Receita explicou que hoje o Fisco concede a habilitação de despachante com base apenas em uma ficha cadastral que verifica os antecedentes do candidato. É preciso apenas comprovar que o candidato tem experiência de dois anos como ajudante de despachante.
"O nível de erros é alto", admitiu Brayner. Nada vai mudar para os atuais despachantes, que não precisarão fazer as provas. As mudanças valem para os ajudantes de despachantes que quiserem assumir o cargo de despachante. Mas o primeiro exame só ocorrerá no segundo semestre do ano que vem. Até lá, a Receita não vai admitir novos despachantes. Para o coordenador, esse prazo longo não trará prejuízos para o comércio exterior. "Temos um número muito grande de despachantes no País. Não esperamos impacto", afirmou. A Receita vai fazer um exame por ano.
No exame, a Receita vai averiguar os conhecimentos do candidato sobre os procedimentos do Siscomex (Sistema de Comércio Exterior, que registra as declarações de importações e exportações), legislação aduaneira e contratos de câmbio. A exigência do exame foi estabelecida em Instrução Normativa da Receita publicada hoje no Diário Oficial da União
http://www.dgabc.com.br/News/5925091/despachante-aduaneiro-tera-exame-de-qualificacao.aspx
Exportações de arroz batem recordes e atingem quase 300 mil toneladas
Autor: Planeta Arroz
O Brasil continua batendo recordes mensais na exportação de arroz. Conforme dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou quase 300 mil (292 mil) toneladas de arroz (base casca), no mês de outubro de 2011.
No acumulado do ano agrícola, nos oito primeiros meses do ano comercial 2011/12, o volume se aproxima de 1,4 milhão de toneladas (1,39 milhão de toneladas), novo recorde histórico para as exportações do grão e um extraordinário crescimento de 255% sobre o total exportado no mesmo período do ano anterior e de 94% sobre 2009.
A média mensal das exportações em 2011 é superior a 170 mil toneladas, e considerando que ainda faltam quatro meses para finalizar o ano agrícola a expectativa é que o volume exportado ultrapasse a 1,8 milhão de toneladas anuais, ultrapassando em 500 mil toneladas as previsões oficiais.
Os leilões de Prêmio para Escoamento de Arroz (PEP) realizados em 2011 foram fundamentais para a alavancagem das vendas externas.
Os preços internos deverão ser fortemente favorecidos pelo aumento das exportações e também, pelo vencimento das opções, cujo período para a confirmação do exercício de novembro se inicia a partir do próximo dia 11 de novembro.
O preço de exercício das opções para novembro será de R$ 29,00 para a saca de 50 kg, de arroz tipo 1, com renda entre 57 a 59% de grãos inteiros, e poderá sinalizar uma nova referência para o mercado do grão.
http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=47591
De olho na África
Preocupada com a crescente competição da Ásia e dos países desenvolvidos em um mercado no qual o Brasil vem ganhando importância, a presidente Dilma Rousseff decidiu que a África terá uma estratégia especial do governo para exportação de mercadorias e serviços. Técnicos já estudam criar novos mecanismos de garantia de financiamentos, um dos maiores obstáculos ao aumento de negócios com o continente, e, a pedido de Dilma, será criado um "grupo África", para associar vendas e investimentos a programas de desenvolvimento local.
"Se ficarmos com uma atitude passiva em relação à África, vamos perder terreno lá, e temos é de ganhar terreno", disse o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Ele decidiu comandar a missão da Agência de Promoção de Exportações (Apex) que, na próxima semana, levará empresários brasileiros a Angola, Moçambique e África do Sul, para discutir investimentos e perspectivas de comércio com os governos e setor privado desses países.
Nos próximos dias, ele fará a primeira reunião do "grupo África", com pelo menos cinco ministérios, especialistas e executivos, para discutir as diretrizes da presidente. Há duas semanas, quando se reuniu com dirigentes da Vale e das principais construtoras do país, em Moçambique, Dilma disse que o governo continuará apoiando a atuação privada na África, mas quer um projeto geral para o país, no qual esses negócios se enquadrariam e trariam, explicitados, os benefícios sociais que levarão ao país. Como será esse projeto é um dos temas do "grupo África".
O comércio com a África cresceu de forma continuada de 2003 até 2008. Depois de queda de 15% em 2009, devido à crise mundial, as exportações brasileiras têm se recuperado rapidamente. No ano passado, quando atingiram US$ 9,3 bilhões, já eram quase três vezes o valor registrado em 2002.
Os financiamentos do BNDES, que também impulsionam as vendas de serviços (especialmente os de engenharia) ao exterior, não seguiram o mesmo ritmo: após chegar ao recorde de US$ 766 milhões em 2009 - 36% dos desembolsos do banco para esses financiamentos - o valor caiu para menos de 8% do total (US$ 200 milhões). Neste ano, até outubro, houve ligeira recuperação, para quase 10% dos desembolsos totais. O gerente de comércio exterior do departamento do BNDES voltado à exportação de serviços de engenharia, Fabrício Catermol, atribui essas variações aos ciclos de demanda por recursos. "Nesse tipo de produto, o efeito da crise é menor."
No encontro com os empresários, Dilma cobrou das empresas a inclusão, em todos os projetos, de iniciativas para deixar "um legado" aos africanos, sob a forma de transferência de tecnologia, treinamento de mão de obra ou programas sociais. A presidente acredita que essas medidas, já incorporadas em alguns dos projetos de empresas brasileiras na região e em programas de cooperação, como o realizado pela Embrapa e Senac, diferenciam o Brasil de outros países, especialmente da China, igualmente ativos no continente.
O Brasil tem estratégias diferentes de acordo com a região da África, explica o coordenador de inteligência comercial e competitiva da Apex, Marcos Lélis. Ao norte, onde os mercados para manufaturados são solidamente ocupados por empresas europeias, o governo tem incentivado a exportação de bens primários, especialmente alimentos: carnes, açúcar e café, entre outros. "Temos mais chance de vender mais produtos com maior valor agregado no sul da África, porque temos mais investimento direto lá", avalia Lélis.
A instabilidade no norte da África, com a revolta popular que derrubou governos na região, fez abortar uma missão comercial que estava prevista neste ano, e passaria pelo Egito e Nigéria.
As perspectivas de investimentos em alta nos países ao sul do continente fazem da África Subsaariana o alvo principal do Brasil no próximo ano. Em Angola, país onde o Brasil está presente desde os anos 80, a Apex identificou pelo menos 36 produtos com mercado "a consolidar", nos quais o Brasil já tem participação expressiva, de até 30%. São máquinas de diversos tipos, matérias-primas como madeira, têxteis e calçados especiais, para segurança e obras, veículos e outros produtos, na maioria associados à demanda criada por empresas brasileiras em contratos de infraestrutura no país.
A atuação das grandes empresas de construção civil é uma das alavancas para a venda de mercadorias brasileiras. "Nosso mercado para bens industrializados é principalmente América Latina e África. Com um projeto de abastecimento nessas regiões, vendemos canos, tratores, botas para os operários, por exemplo", disse o secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior, Emílio Garófalo.
Ele revelou que o governo estuda fazer com países africanos, como Gana, mecanismos de garantia de exportações baseados nas vendas de matérias-primas exportadas por esses países, como já ocorre com Angola, com quem o Brasil mantém uma espécie de conta-petróleo, em que a commodity dá segurança de pagamento pelas mercadorias e serviços que importa.
"Talvez o começo de produção de petróleo em Gana permita recursos para alavancar a infraestrutura lá", concorda o chefe do departamento de relações institucionais na área de comércio exterior do BNDES, Carlos Frederico Braga e Souza. Segundo o executivo, há perspectivas, em discussão no Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), de venda de maquinaria agrícola e equipamentos ligados ao programa de estímulo à produção de alimentos, que tem apoio da Embrapa.
Na reunião do Cofig, em outubro, segundo um executivo do setor privado, discutiu-se um pedido do governo de Gana para criação de uma linha de crédito vinculada às vendas de petróleo.
Valor Econômico
http://www.aviculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/de-olho-na-africa,20111108075140_O_844,20090313114400_K_069.aspx
Apex-Brasil realiza Encontro de Negócios Brasil Trade Miami
• Evento reúne 15 comerciais exportadoras brasileiras do setor de alimentos e bebidas
• Expectativa de negócios é de US$ 10 milhões para os próximos 12 meses
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com o Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (CECIEx) da Câmara de Comércio de São Paulo, realizará o Encontro de Negócios Brasil Trade Miami, de 9 a 11 de novembro, em Miami (EUA). O evento é uma das ações do Projeto Brasil Trade que tem o objetivo de aumentar as exportações de micro e pequenas empresas do Brasil por meio das empresas comerciais exportadoras.
O Encontro reunirá 15 empresas brasileiras comerciais exportadoras do setor de alimentos e bebidas que participam do Projeto Brasil Trade. Está prevista a realização de, aproximadamente, 300 reuniões de negócios entre os representantes das empresas brasileiras e os compradores internacionais durante os dois dias do Encontro. A expectativa de negócios é de US$ 10 milhões para os próximos 12 meses.
“A estratégia da Apex-Brasil de inserir as micro e pequenas empresas no mercado internacional via tradings tem sido muito exitosa”, explica o diretor de Negócios da Agência, Rogério Bellini. “As tradings estão abrindo novas oportunidades de negócios e têm contribuído bastante para a competitividade das empresas brasileiras no exterior”.
No primeiro dia de evento, os representantes das comerciais exportadoras terão a oportunidade de se reunir com 10 compradores internacionais selecionados e patrocinados pelo Projeto, originários de diversos países, como México, Costa Rica, Colômbia e Bolívia, entre outros.
No dia seguinte, é a vez dos compradores convidados das principais redes varejistas dos Estados Unidos se reunirem com os representantes das comerciais exportadoras/tradings. “Micro e pequenas empresas têm no Projeto Brasil Trade a forma mais eficaz e econômica de iniciarem seu processo de internacionalização pois, ao aproximarem-se das empresas comerciais exportadoras participantes do Projeto, passam a ter acesso a uma cadeia de distribuição já estabelecida”, explica Maurício Manfrê, coordenador da Unidade de Projetos Especiais da Apex-Brasil.
O Projeto Brasil Trade tem o objetivo de criar, estrategicamente, oportunidades de negócios para empresas comerciais exportadoras nas principais regiões com potencial comprador para produtos brasileiros. O Projeto já desenvolveu edições do evento denominado “Brasil Trade” na América Latina, na África e no Oriente Médio.
http://www.exportnews.com.br/2011/11/apex-brasil-realiza-encontro-de-negocios-brasil-trade-miami/
Exportação do CE no 2º melhor patamar do ano
No acumulado de 2011, Ceará já exportou 13% a mais do que em igual período do ano passado
Estado se aproxima do recorde de vendas internacionais de US$ 1,27 bilhão, obtido no ano de 2008
Mesmo em um período de instabilidade e tensão em parte dos mercados internacionais, as exportações do Ceará no mês de outubro apresentaram incremento em relação a igual período do ano passado e também ante os números verificados em setembro último.
De acordo com dados preliminares da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), vinculada ao Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o Estado negociou US$ 126 milhões com compradores estrangeiros, anotando o segundo melhor resultado deste ano, abaixo apenas de agosto, em que o montante foi de US$ 191 milhões. Ainda segundo o relatório prévio, a média diária de embarques para outros países foi de US$ 6,3 milhões.
Em outubro de 2010, a cifra obtida pelos exportadores cearenses havia sido de US$ 102 milhões, 23% inferior à do mês passado. No comparativo com setembro, em que os desembarques foram de US$ 107 milhões, o avanço foi de 17%.
Com o resultado, o Estado chegou ao acumulado de US$ 1,14 bilhão nos dez primeiros meses de 2011, 13,7% acima do registrado em igual período do ano passado, segundo o Mdic.
Recorde a ser batido
Para superar o montante recorde de US$ 1,27 bilhão, conquistado em 2008, será preciso obter pouco mais de US$ 130 milhões no total dos meses de novembro e dezembro, quantia que, levando-se em conta o histórico de 2011, tem sido ultrapassada de modo recorrente.
Balança comercial
Em outubro, as importações cearenses totalizaram US$ 203 milhões, chegando a US$ 1,9 bilhão no acumulado do ano. Com os dados, a balança comercial (diferença entre o que é exportado e importado) segue negativa no Estado, em US$ 787 milhões. Em igual época de 2010, esse déficit era menor (US$ 636 milhões).
Meta nacional
A meta de exportações do Brasil para este ano será mantida pelo Governo. A informação é da secretária de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres.
"Está mantida oficialmente a meta de US$ 257 bilhões. É possível que o número seja superior, mas não faremos revisão da previsão", disse. A projeção das vendas externas anunciada no início do ano era US$ 228 bilhões, mas já havia sido elevada para US$ 245 bilhões. Depois, em agosto, a meta foi revisada para os atuais US$ 257 bilhões. No mês de outubro, o saldo comercial foi superavitário em US$ 2,355 bilhões, valor 28,9% superior ao registrado no mesmo mês de 2010, quando foi registrado o superávit de US$ 1,827 bilhão.
A balança comercial de novembro, na primeira semana, registrou déficit de US$ 543 milhões, com média diária negativa de US$ 181 milhões.
A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 6,913 bilhões, com média de US$ 2,304 bilhões por dia útil. No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial é de US$ 24,847 bilhões, com o resultado médio diário de US$ 117,2 milhões. No mesmo período de 2010, o superávit era de US$ 14,951 bilhões, com média de US$ 70,5 milhões. Pela média, houve aumento de 66,2%.
Volume
126 milhões de dólares foi o valor comercializado em mercadorias cearenses para os mercados do exterior em outubro
VICTOR XIMENES
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1067495
Exportar calçado será mais difícil em 2012
O ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ricardo Schaefer, afirmou ontem que o agravamento da crise europeia não deve motivar revisões nas projeções do resultado da balança comercial para este ano, mas que os efeitos das turbulências podem ser sentidos no ano que vem, especialmente no setor calçadista.
Segundo Schaefer, as fábricas de calçados podem ser atingidas pelas dificuldades dos países europeus. "Pode afetar, mas como procuramos diversificar os mercados, acabamos garantindo que nenhum mercado isolado nos abalasse sobremaneira", ressaltou ao participar do World Footwear Congress, evento do setor calçadista.
Na abertura, o pesquisador Alberto de Castro, da Universidade Católica do Porto (Portugal), alertou que o
recrudescimento da crise europeia pode atingir em cheio o setor. "Dos 15 maiores países compradores, muitos são europeus. Se vier uma crise, é complicado", disse. "Do outro lado, temos potencial na economia americana, mas ela está paralisada por uma crise política."
Segundo Schaefer, a expectativa é de que o País feche o ano com exportações de aproximadamente US$ 250 bilhões, patamar cerca de 20% superior ao de 2010. "Não acreditamos que a crise vá causar uma redução do desempenho da balança comercial neste ano", declarou Schaefer, que é secretário-executivo adjunto do ministério. Uma das apostas da política de diversificação brasileira, de acordo com o executivo, é o mercado chinês. É justamente o país asiático que tem tomado espaço dos exportadores brasileiros em mercados mais maduros, como o norte-americano.
Os esforços para vender ao gigante asiático começaram em 2009 e Schaefer diz que o Brasil ainda deve levar algum tempo para ver resultados mais expressivos. "Não é algo simples fazer com que o empresário brasileiro se aventure na China. Há muitos custos. Por isso, nosso trabalho de incentivo é importante, pois reduz custos e barreiras", afirmou ao mencionar parcerias do ministério com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
Jornal do Comércio/RS
Governo compensará imposto de derivativos pagos por exportador
A chefe da Divisão de Tributação sobre Instituições Financeiras da Receita Federal, Maria da Consolação Silva, afirmou que o Governo compensará o exportador que pagar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente em operações de hedge no mercado de derivativos. Segundo Silva, após a aprovação da Medida Provisória n. 539 pelo Congresso Nacional, a Receita regulamentará a forma de devolução. A tributarista antecipou que o exportador poderá compensar o IOF pago em operações de hedge ao pagar tributos devidos à Receita no mês subsequente ao recolhimento do imposto.
"Vamos definir o que é operação para hedge, que terá base zero de imposto", diz. A possibilidade de compensação do exportador foi incluída na MP durante votação na Câmara dos Deputados. A medida provisória precisa ser votada pelo Senado até o dia 26 de novembro, data de sua validade.
O coordenador geral de Tributação da RF, Fernando Mombelli, informa que o início da cobrança retroativa de IOF sobre operações de derivativos passará de 27 de julho para 16 de setembro de 2011. Segundo ele, a mudança foi aprovada pela Câmara dos Deputados na votação da MP 539 que instituiu a cobrança do tributo.
De acordo com Silva, a alteração na data de cobrança do IOF evita o uso de metodologias diferentes de cálculo. Isso porque, o Decreto n. 7.536, que vigorou de 27 de julho a 15 de setembro, previa que a responsabilidade sobre o cálculo e recolhimento do imposto seria de BM&FBovespa e a Cetip. No entanto, o Decreto n. 7.563, de 16 de setembro, passou a responsabilidade do cálculo para o contribuinte. A Receita entende que as bolsas teriam custo muito elevado ao elaborar um sistema de cálculo do tributo para o período do primeiro decreto.
A BM&FBovespa e a Cetip farão o cômputo da situação do investidor separadamente e enviarão os dados para o investidor. Este terá que somar as duas posições, calcular a posição líquida no dia e, então, o valor do IOF. O contribuinte terá de recolher até o último dia útil do mês subsequente ao fato gerador.
Dumping
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) encerrou a investigação de dumping nas exportações ao Brasil de borracha nitrílica, provenientes da Índia e da Polônia. Segundo circular da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as importações destes países foram consideradas insignificantes e, por isso, o encerramento da investigação antidumping. A Secex continua a investigação contra a importação do produto da Argentina, Coreia do Sul, dos Estados Unidos e da França. O processo foi aberto no dia 29 de setembro de 2010 a pedido da Nitriflex S.A.
DCI
Calçados da China escapam de sobretaxa no Brasil via Paraguai
Sapatos produzidos na China estão entrando no Brasil pelo Paraguai, escapando da sobretaxação ao produto asiático imposta pelo governo brasileiro no ano passado.
A constatação da chamada triangulação é feita pelo próprio setor calçadista do país vizinho.
De acordo com o presidente da Câmara da Indústria Calçadista do Paraguai, Carlos Fleitas, em 2010 o país importou cerca de 18 milhões de pares de sapatos chineses (US$ 42 milhões).
Para Fleitas, essa é a maior evidência de que grande quantidade dos calçados asiáticos acabaram atravessando a fronteira.
Nesse processo, os sapatos chineses entram no Brasil livres da tarifa antidumping de US$ 13,85 por par, cobrada desde 2010.
Segundo o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), 4,8 milhões de pares vieram, oficialmente, do Paraguai ao Brasil no ano passado, 43% a mais que em 2009.
O diretor da Abicalçados (indústria calçadista brasileira), Heitor Klein, alerta para que a triangulação diminui também a arrecadação de impostos.
DUMPING
Em outubro, o MDIC instaurou investigação para avaliar a ampliação do antidumping a outros países, como Vietnã e Indonésia. A Abicalçados chegou a pensar na inclusão do Paraguai no processo, mas o governo pediu para tratar do caso por vias diplomáticas. O MDIC diz que não comenta investigações em andamento.
Folha.com
Japão e Coreia elevam o tom contra IPI de carro importado
O Brasil sofreu mais pressões ontem na Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados.
Ao mesmo tempo, o país protagonizou uma cena inédita, bloqueando uma ajuda da União Europeia (UE) para o Paquistão, quando até a Índia, rival tradicional dos paquistaneses, resolveu retirar sua objeção depois de um ano de discussões.
As duas ações, ocorridas no Comitê de Bens da OMC, reforçaram o sentimento entre parceiros sobre a mudança na orientação comercial brasileira, agora mais defensiva e que vem sendo justificada pelas autoridades em razão da valorização excessiva do real.
O Japão e a Coreia do Sul, que já tinham atacado o Brasil no Comitê de Acesso ao Mercado, desta vez subiram o tom no Comitê de Bens, advertindo, no jargão da OMC, que podem acionar rapidamente os juízes da entidade contra o país, se suas exportações continuarem afetadas pela alta do IPI.
China, EUA, União Europeia, Canadá, Hong Kong, Austrália, Colômbia e vários outros países também atacaram a medida. A maioria mostrou-se preocupada com o exemplo que o Brasil dá, como país do G-20, que não cessa de proclamar compromisso contra medidas protecionistas. A credibilidade brasileira na OMC está sendo corroída, conforme a mensagem dos parceiros.
O embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, contestou as acusações, dizendo que a alta do IPI não é protecionismo "porque é tributação interna e não discrimina nenhuma empresa em função da origem de seu capital".
A delegação brasileira insistiu que "circunstâncias excepcionais" levaram o país a modificar "temporariamente" a taxação no setor automotivo. Ela argumentou que a ebulição do mercado automotivo no Brasil foi "exacerbado pela apreciação do real", provocando enorme alta das importações de carros, pulando de US$ 2,6 bilhões em 2006 para US$ 10,8 bilhões em 2010.
Somente da Coreia do Sul, segundo o Brasil, as importações subiram de US$ 44 milhões para mais de US$ 1,2 bilhão entre 2008-2010. E de quase todos os parceiros, as importações de carros continuaram em alta no período. A delegação brasileira observou que o país poderia ter adotado medida com impacto comercial muito mais profundo, mas que escolheu "incentivos positivos" para promover investimentos e inovação.
Por sua vez, a União Europeia tentou de novo aprovar uma autorização (waiver) para eliminar unilateralmente as tarifas na importação de mais de 70 produtos do Paquistão, para ajudar o país a se recuperar depois de uma inundação que destruiu muitas indústrias. A UE precisa ter o sinal verde da OMC, porque as regras estabelecem que uma concessão deve ser estendida a todos os outros países
Por quase um ano, a Índia, feroz adversário do Paquistão, bloqueou o pedido europeu. Só que recentemente a situação bilateral melhorou e os dois países passaram a negociar um acordo de livre Comércio. Ontem, a Índia deu apoio ao incentivo para o Paquistão, mas o Brasil foi na direção oposta, alegando que precisa continuar negociando com a UE algumas preocupações comerciais envolvendo têxteis e calçados.
Valor Econômico
Conceição A. R. C. Moura - advogada
Carvalho Moura & Advogados Associados
http://www.cmaadvogados.blogspot.com/
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