Comércio luso-brasileiro atinge maior valor de sempre
Trocas comerciais entre Portugal e o Brasil nunca foram tão altas. Ainda faltam dois meses para o final do ano e 2011 já superou o recorde de 2008.
Jorge Horta
Brasil exporta para Portugal mais petróleo e a preços mais altos.
Brasília - A corrente de comércio entre Portugal e o Brasil atingiu a marca de US$ 2,44 bilhões nos primeiros dez meses do ano, o que significa que, faltando ainda dois meses para completar 2011, este já é o melhor registro de sempre nas relações comerciais luso-brasileiras, batendo o anterior recorde, de US$ 2,3 bilhões, alcançado em 2008.
Em outubro o comércio entre Portugal e Brasil somou US$ 306 milhões, dos quais US$ 249,6 milhões em vendas brasileiras para o mercado luso e US$ 56,4 milhões em importações brasileiras de produtos portugueses. Face a setembro as exportações do Brasil subiram 445%, enquanto as importações diminuíram quase 23%, revelam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC).
No conjunto dos primeiros dez meses de 2011 o Brasil exportou para Portugal US$ 1,81 bilhões, mais 51% face a 2010, o que é o valor mais alto que a economia brasileira já faturou nas vendas para o mercado português. Até agora o melhor ano para as exportações brasileiras com destino a Portugal havia sido 2007, com US$ 1,8 bilhões.
Portugal segue um comportamento idêntico. De janeiro a outubro exportou para o Brasil US$ 635,9 bilhões, um valor que não só supera o dos primeiros dez meses de 2010 em 40%, como também ultrapassa o pico de US$ 598,7 milhões alcançado no ano 2007.
Petróleo aquece vendas brasileiras para Portugal
Já não é surpresa que o petróleo é o principal produto da pauta de exportações brasileiras para Portugal. Mas nos primeiros dez meses deste ano os óleos brutos de petróleo atingiram um valor quase três vezes superior ao de igual período de 2010, passando de US$ 353 milhões para US$ 1,03 bilhão.
A evolução resultou não só da subida da cotação do petróleo nos mercados internacionais, mas também da quantidade vendida pelo Brasil a Portugal, que passou de 682 mil toneladas de janeiro a outubro de 2010 para 1,37 milhões de toneladas este ano.
Com o petróleo agora a representar mais de 57% das exportações do Brasil para Portugal (face a 29,5% há um ano), o peso relativo de outros produtos recuou. A soja, que valia mais de 23% da pauta brasileira, agora representa somente 2,9%, sendo, mesmo assim, o quarto produto mais vendido. Em segundo lugar está o açúcar em cana, com 5,5%, e em terceiro os laminados de ferro e aço, com participação de 3,1%, segundo o MDIC.
O café é outro dos itens que estão a registrar um ano favorável, surgindo como o quinto produto brasileiro mais vendido para Portugal. O Brasil está a exportar maior quantidade (passando de 5,5 mil toneladas para 7,3 mil toneladas) e duplicou o valor dessas vendas, de US$ 15,6 milhões para US$ 32 milhões.
Azeite permanece na liderança entre os produtos lusos
O azeite continuou nos primeiros dez meses deste ano a comandar as exportações portuguesas para o Brasil, assumindo um peso superior a 20%, e mostrando evolução positiva tanto na quantidade exportada como no valor faturado.
O segundo produto que Portugal mais vendeu ao Brasil foi bacalhau, representando cerca de 10% do total, mais do que valia nos primeiros dez meses do ano passado, segundo as estatísticas do MDIC.
Os sulfetos de minério de cobre e o vinho são outros produtos que figuram no topo das importações brasileiras de bens provenientes de Portugal.
http://www.portugaldigital.com.br/noticia.kmf?cod=12706725&canal=158
ENCONTRO EM SÃO PAULO DEBATE INVESTIMENTOS NA ITÁLIA
SÃO PAULO, (ANSA) - O embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca, afirmou hoje que "há espaço" para as empresas brasileiras expandirem seus investimentos em solo italiano.
"Se os investimentos italianos estão crescendo dessa maneira inacreditável [no Brasil], também há espaço para um fenômeno contrário", disse o diplomata, em um evento intitulado "Invista na Itália: vantagens e oportunidades na região central do Mediterrâneo", realizado em São Paulo.
Segundo dados da consultora Deloitte, de janeiro a outubro de 2011, a Itália investiu US$ 319 milhões no Brasil (cerca de R$ 576,1 milhões), enquanto o país investiu apenas US$ 19 milhões (cerca de R$ 34,3 milhões).
Ele destacou que Brasil e Itália têm boas relações culturais, o que, segundo La Francesca, pode facilitar o fechamento de acordos e investimentos.
"São relações entre Estado, mas também entre regiões, empresas, partidos políticos, missões religiosas e uma rede que cresceu durante décadas", comentou o embaixador italiano, citando declarações do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência.
La Francesca lembrou ainda que a presidente Dilma Rousseff falou da importância da cooperação e da admiração recíproca entre Brasília e Roma ao enviar uma mensagem por ocasião do Ano da Itália no Brasil, também chamado de Momento Itália-Brasil (MIB).
"Não há rivalidade [entre os dois países]", disse o embaixador italiano, ressaltando que, "para enfrentar a globalização, ninguém pode andar sozinho".
Já o presidente no Brasil da consultora Deloitte, Juarez Lopes de Araújo, afirmou que o país vive "um momento sem precedente", ainda mais com a proximidade da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, o que propicia o aumento de investimentos no exterior.
"O Brasil pode ser um maior investidor internacional e um maior investidor na Itália", defendeu Araújo.
As principais oportunidades estão no setor agrícola, de mão-de-obra qualificada, moda, design e energia, que são áreas em que Brasil e Itália se complementam.
Para o sócio líder de Financial Advisory Services SpA da Deloitte, "o Brasil tem as coisas que servem para a Itália, e a Itália tem as que servem para o Brasil".
O diretor titular do departamento de relações internacionais e comércio exterior da FIESP, Roberto Giannetti da Fonseca, destacou, por sua vez, que "a oportunidade de investir na Europa é agora".
Ressaltando que "a Europa está em crise, sem emprego", Fonseca observou que esse é o momento dos brasileiros buscarem "oportunidades" e se "aproximarem das empresas italianas".
Ele comentou que o Brasil já possui investimentos na América Latina, em países como Argentina, Peru, Chile, e também nos Estados Unidos e no Canadá, mas os investimentos na Europa são baixos.
"Olhamos para a Itália como olhamos para um irmão mais velho, com fraternidade", disse o diretor. "Que nós não percamos a oportunidade de apoiar a Itália nesse momento de crise", acrescentou.
A Itália atualmente possui uma dívida de 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, o que fez com que o governo aprovasse uma série de reformas econômicas. A situação levou o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi a apresentar sua renúncia. (ANSA)
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/201111231626413194/201111231626413194.html
Senado aprova medida provisória que cria fundo para exportadores
Brasília - O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (22) a Medida Provisória 541 que criou o Fundo de Financiamento à Exportação (Fefex). O Fundo terá R$ 1 bilhão da União e servirá para financiar empresas exportadoras de micro e pequenos portes e de grande porte previstas no Plano Brasil Maior – que inclui os setores como o têxtil, de couro, cerâmicas, software, confecções, entre outros.
As taxas de financiamento do fundo ainda não estão definidas. A MP 541 também estendeu o prazo de junho para dezembro de 2012 para operações de financiamento com subvenção econômica da União.
O texto também modifica o nome do Ministério da Ciência e Tecnologia para Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele foi aprovado em votação simbólica e seguirá para sanção presidencial. Não houve alterações no Senado em relação ao texto enviado pela Câmara dos Deputados.
PortoGente
Polícia aduaneira confunde xampu com ecstasy líquido
O australiano Neil Parry receberá uma indenização de 100 mil dólares australianos (R$ 178 mil) depois que passou três dias na cadeia no ano passado após ser preso injustamente no Aeroporto de Darwin acusado de tráfico de drogas. As informações são da emissora de TV "ABC News".
Neil Parry foi preso após a polícia confundir produtos de higiene pessoal com ecstasy líquido.
Ele foi detido depois que as autoridades apreenderam um xampu e um condicionador Pantene Pro-V e afirmaram que os frascos continham ecstasy líquido. Testes posteriores, porém, mostraram que eles continham exatamente o que os rótulos informavam.
A polícia aduaneira da Austrália admitiu, em um comunicado, que "erros foram cometidos durante a apreensão dos produtos de higiene de Parry".
http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=26108
Paraná quer estreitar relações com a região italiana de Vêneto
O Paraná e a região italiana de Vêneto estudam firmar um protocolo de intenções para estreitar relações institucionais e comerciais. Os termos do documento foram assunto de um encontro realizado nesta quarta-feira (23) em Curitiba entre o secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, e uma comitiva italiana liderada pelo secretário regional de Turismo e de Comércio Exterior, Marino Finozzi.
Com uma população de quase 5 milhões de habitantes, a região de Vêneto é uma das mais ricas da Itália. Dividida em sete províncias, tem na agricultura (vinicultura), indústria (mecânica, refinarias e estaleiros) e no turismo os seus principais setores.
A assinatura de um protocolo oficial entre as regiões foi proposta pelo presidente de Vêneto, Luca Zaia, que encaminhou uma correspondência ao governador Beto Richa demonstrando interesse em ampliar as relações com o Paraná.
Entre as ações propostas estão a organização de missões comerciais, consolidação de vínculos entre as universidades e o intercâmbio de informações em administração pública, comércio e economia, ciência e tecnologia, agricultura, turismo, esporte, cultura e meio ambiente, entre outras áreas.
“O Paraná tem todo o interesse nessa relação. Estamos acelerando o processo de confecção do protocolo que vai estabelecer novas parcerias entre o Estado e a região de Vêneto”, disse Ricardo Barros.
“Existem boas oportunidades de negócios nos setores de energias renováveis, máquinas e equipamentos e tecnologia. Queremos criar sólidas relações comerciais e de intercâmbio de informações”, afirmou Finozzi.
Também participaram do encontro o diretor de promoção econômica e internacionalização, Vittorio Panciera, o diretor de promoção turística integrada, Claudio de Donatis, e o presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Paraná, Roberto Colliva
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=66624&tit=Parana-quer-estreitar-relacoes-com-a-regiao-italiana-de-Veneto
Missão comercial projeta negócios de US$ 19 milhões em Moçambique
Assessoria de Imprensa
A Missão Comercial a Moçambique, Angola e África do Sul organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) concluiu ontem (22) a etapa moçambicana da ação, com a realização de visitas técnicas de empresários brasileiros a potenciais compradores locais. No total, as 40 empresas brasileiras que estiveram em Moçambique participaram de 158 encontros com empresários locais. A estimativa é que sejam gerados negócios de US$ 19 milhões para os próximos 12 meses.
A comitiva, liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e pelo presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges, chegou ontem a Luanda (Angola) para a etapa seguinte da Missão.
A Missão reúne ao todo 53 empresas, sendo a maior parte delas atuante nos setores de casa e construção civil, máquinas e equipamentos e alimentos, bebidas e agronegócios. A estimativa é de que as ações nos três países visitados gerem US$ 60 milhões em negócios imediatos e para os próximos 12 meses.
Além dos empresários que participam das rodadas de negócios, integram a comitiva outras 20 empresas convidadas, entre elas grandes construtoras, e instituições governamentais.
A Missão
“Esta nova fronteira comercial com a África foi aberta no governo Lula, quando as nossas exportações saltaram de US$ 2,8 bilhões, em 2003, para US$ 9,2 bilhões, em 2010, quase 250% de aumento. Agora, queremos dar um novo salto nas trocas comerciais e sociais com o continente africano, com o qual temos laços históricos e culturais. A Missão é um primeiro passo para intensificar essa relação estratégica. Não é somente uma agenda comercial. Lembro como exemplo a atuação da Embrapa naquele continente”, explica o ministro Fernando Pimentel.
Após as atividades em Angola, a comitiva parte para a etapa sul-africana da Missão no dia 28, com rodadas de negócios com compradores locais. No dia seguinte, os empresários brasileiros e representantes de tradings e comerciais exportadoras terão a oportunidade de se encontrar com compradores de cinco países do Sul da África (Botsuana, Namíbia, Quênia, Tanzânia e Zâmbia). A Missão se encerra no dia 30, com visitas técnicas individuais.
Empresários comentam oportunidades em Moçambique
Em Maputo, Moçambique, as atividades da Missão foram abertas em cerimônia que contou com a presença de autoridades brasileiras e moçambicanas. “As vantagens de se investir em Moçambique, que goza de uma localização geográfica privilegiada, com fácil acesso aos portos, já foram percebidas por muitas empresas estrangeiras. O objetivo desta Missão é ampliar a promoção comercial e também os investimentos em setores estratégicos para nós, como agricultura, turismo, indústria têxtil e de confecção, ecoturismo e energia também”, disse o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula.
“Estamos trazendo as empresas brasileiras para que elas conheçam um pouco melhor as oportunidades em Moçambique e tenham condições de melhorar seus planos de negócios. Temos a percepção de que existe muito o que fazer por aqui”, explicou Rubem Gama, diretor do Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
As atividades desta Missão Comercial começaram no dia 21 de novembro em Maputo com solenidade de abertura e rodadas de negócios. No dia 22, além das visitas técnicas, houve seminário organizado pela Câmara de Comércio, Indústria e Agropecuária Brasil-Moçambique (CCIABM) e pela mineradora brasileira Vale.
As empresas brasileiras que estiveram nas rodadas de negócios em Moçambique buscavam não apenas fechar contratos de vendas diretas. “Viemos aqui para fazer um levantamento de mercado e falamos com alguns potenciais distribuidores locais para nossos produtos. Tivemos reuniões com especialistas que podem facilitar nossa aproximação com o mercado moçambicano”, diz Messias de Souza, executivo de Contas de Exportação da Rassini NKK, fabricante de molas para suspensão de veículos. “Estamos buscando um parceiro e um distribuidor para atuar nos serviços de manutenção e de pós-venda de nossos produtos. As rodadas trouxeram boas perspectivas de negócios”, conta Bruno Campez, representante de vendas da Jumil, empresa do segmento de máquinas e implementos agrícolas.
Já a Vitafor, empresa do ramo de nutrição clínica, esportiva e hospitalar, além de buscar um importador que faça a revenda dos seus produtos localmente, pretende participar de licitações governamentais em Moçambique. “Temos muitos produtos escolhidos por meio de licitações e queremos usar isso como forma de aumentar nossa credibilidade no mercado moçambicano”, afirma Rogério Maia, administrador de vendas da Vitafor. A empresa também investe em vendas para o mercado varejista.
Além de contatos com distribuidores locais, a Ruette Spices busca acertar contratos de venda direta de seus principais produtos: pimenta-do-reino e cravo-da-índia. “Já vendemos para África do Sul, Gâmbia, Egito e Senegal. Queremos gerar negócios aqui em Moçambique também”, conta Fernanda Turatti, gerente de exportações da Ruette Spices.
A diretora comercial da trading Wintex Internacional, Ligia Pereira, destaca a importância de participar de uma missão comercial com a chancela de um órgão do governo, como a Apex-Brasil. “A grande vantagem de estar numa missão como esta é a credibilidade que passamos ao comprador local, que nos recebe com muito mais facilidade quando vê que nossa empresa está acompanhando o governo brasileiro”, explica Ligia.
Agenda em Angola
Hoje(23), 22 empresas participam do Brasil Casa Design, evento cujos objetivos são estimular negócios entre empresários brasileiros e estrangeiros e trabalhar a percepção de formadores de opinião locais sobre a qualidade, a tecnologia e o design dos produtos brasileiros do setor de casa e construção civil.
“A Apex-Brasil acredita que a realização de eventos cujo foco constante é a combinação de design inovador e produção sustentável, como é o caso do Brasil Casa Design, pode contribuir para reforçar a imagem do Brasil como país prolífico em criatividade e diversidade”, explica Mauricio Borges.
Nas duas primeiras edições do Brasil Casa Design, realizadas em Buenos Aires e na Cidade do Panamá, foram gerados negócios da ordem de US$ 18 milhões. O Brasil Casa Design de Luanda contará com exposição de produtos, mostra fotográfica e uma galeria de projetos brasileiros que ganharam troféus no IF Design e Idea, dois dos mais importantes prêmios do design mundial.
Também estão programadas reuniões com arquitetos, empreiteiras e empresas do setor de casa e construção civil de Angola, organizadas pela Apex-Brasil e pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA).
Nos dias 24 e 25, as empresas integrantes da Missão participarão de rodadas de negócios e de visitas agendadas individualmente com apoio do Centro de Negócios da Apex-Brasil em Luanda.
Comércio Brasil – Moçambique
As exportações brasileiras para Moçambique ficaram em US$ 61,030 milhões de janeiro a setembro de 2011. No mesmo período, as importações de Moçambique somaram US$ 3,559 milhões. Os principais produtos vendidos pelos brasileiros para o país africano foram trigo (US$ 12,145 milhões), derivados de óleo de soja (US$ 6,55 milhões), carnes de frango congeladas (US$ 5,87 milhões), resíduos sólidos de óleo de soja (US$ 4,975 milhões) e locomotivas a diesel e elétricas (US$ 4,068 milhões).
Os produtos mais comprados pelo Brasil de Moçambique, também de janeiro a setembro de 2011, foram alumínio em forma bruta, fumo, transistores montados, circuitos integrados monolíticos, assentos com armação de madeira, conectores, feixes ou cabos de fibra ótica e estatuetas e outros objetos de ornamentação de plásticos.
Comércio Brasil – Angola
Em relação a Angola, as exportações brasileiras de janeiro a setembro de 2011 ficaram em US$ 729,612 milhões. Nesse mesmo período, o Brasil importou dos angolanos US$ 311,718 milhões. Os principais produtos vendidos pelos brasileiros para o país africano foram açúcares de cana, beterraba e sacarose (US$ 69,814 milhões), pedaços de frango congelados (US$ 50,627 milhões), frango congelado (US$ 49,607 milhões), carnes de suíno congeladas (US$ 41,046 milhões) e farinha de milho (US$ 32,765 milhões).
Os produtos mais importados de Angola pelo Brasil, no mesmo período, foram óleos brutos de petróleo (US$ 195,031 milhões), outros propanos liquefeitos (US$ 83,883 milhões) e butanos liquefeitos (US$ 32,778 milhões).
Comércio Brasil – África do Sul
Em 2011, de janeiro a setembro, as exportações brasileiras para a África do Sul ficaram em US$ 1,232 bilhão. No mesmo período, o Brasil importou dos sul-africanos US$ 700,677 milhões. Os principais produtos exportados pelo Brasil foram frango congelado (US$ 144,345 milhões), veículos automóveis com motor de explosão (US$ 80,857 milhões), tratores rodoviários para semi-reboques (US$ 77,832 milhões), açúcares de cana, beterraba e sacarose (US$ 63,385 milhões) e minérios de ferro aglomerados e seus concentrados (US$ 36,271 milhões).
Os produtos mais comprados pelo Brasil da África do Sul foram carvão mineral do tipo hulha antracita não-aglomerada (US$ 85,918 milhões), motores de explosão para veículos (US$ 56,575 milhões), paládio em forma bruta ou em pó (US$ 52,985 milhões), chapas de ligas de alumínio (US$ 40,533 milhões) e herbicidas (US$ 34,997 milhões).
http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=58768
FIRJAN faz diagnóstico do comércio exterior fluminense
Pesquisa com empresas do estado do Rio de Janeiro aponta principais entraves para exportações e importações
Burocracia alfandegária, problemas de infraestrutura nos transportes e taxa de câmbio são considerados os principais entraves às exportações pelas empresas do estado do Rio de Janeiro. As informações são do “Diagnóstico do Comércio Exterior Fluminense”, pesquisa feita pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para verificar o perfil das empresas que atuam no comércio exterior e os principais empecilhos a serem superados para uma maior inserção do Brasil no mercado internacional.
Os dados são referentes a 2010, quando o Rio de Janeiro passou a ocupar a terceira posição entre os maiores estados exportadores do país, respondendo por 9,9% do volume das vendas externas brasileiras (era o 9º em 2000). O estado registrou números recordes no ano passado: US$ 20 bilhões de exportações, crescimento de 48,1% em relação a 2009, e US$ 16,6 bilhões de importações, incremento de 43,1% no mesmo período de comparação.
Fizeram parte da pesquisa 301 empresas de 27 setores representativos da economia fluminense, como serviços, metalurgia e comércio. Ao serem questionadas sobre quais os três principais entraves às exportações em ordem de importância, 25,1% das empresas indicaram a taxa de câmbio como o empecilho mais relevante. Em seguida, os empresários citaram a burocracia alfandegária (21,2%) e problemas de infraestrutura portuária, aeroportuária e rodoviária (9,5%).
Sobre os entraves que devem ser combatidos de forma prioritária pelo governo, a burocracia alfandegária (26,3%) e a taxa de câmbio (21,8%) foram novamente os mais lembrados, seguidos pelos custos tributários e dificuldade de ressarcimento de créditos (11,2%).
No caso das importadoras, a burocracia alfandegária alcançou quase um consenso ao ser citada por 99,5% das empresas como um dos três principais empecilhos. Os custos tributários foram mencionados por 67,9% dos entrevistados; custos portuários e aeroportuários por 24,4% das empresas pesquisadas e custo do frete internacional por 22,9%.
Em relação aos órgãos interventores que mais afetam as exportações, a Receita Federal do Brasil ficou em primeiro lugar, sendo citada por 68,5% das empresas. Na segunda e na terceira posição aparecem, respectivamente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lembrado por 42,4% dos entrevistados, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por 32,1%. Os mesmos órgãos foram mencionados pelas empresas importadoras: 84,6% das empresas indicaram a Receita, enquanto a Anvisa e o Ministério da Agricultura foram apontados por, respectivamente, 43,7% e 36% das empresas importadoras.
Sobre os tributos que mais oneram a competitividade, o ICMS foi indicado por 20,3% das exportadoras, enquanto que o IPI e o PIS/COFINS foram lembrados, respectivamente, por 8,5% e 8% dos entrevistados.
Das 301 empresas pesquisadas, 73,1% têm capital exclusivamente nacional; 15% apresentam composição mista e 9% indicaram capital integralmente estrangeiro. Além disso, 78,1% não têm filial fora do país, enquanto 21,9% contam com unidades em países como Estados Unidos, Alemanha, França, Argentina e China. Vale ressaltar ainda que 55,8% delas estão concentradas na capital; 14,6% na Baixada; 9% na Região Serrana e o restante nas outras regiões do estado.
Em 2010, o comércio exterior brasileiro, assim como o Rio de Janeiro, também apresentou movimentação recorde: US$ 201,9 bilhões em exportações e US$ 181,7 bilhões em importações, um aumento de 32% e 42,3%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Entre 2000 e 2010, o crescimento do comércio exterior brasileiro foi expressivo: 266,3% nas exportações e 225,4% nas importações, representando um aumento de 245,7% na corrente de comércio brasileira na década. No caso do Rio, o avanço foi ainda maior. Entre 2000 e 2010, as exportações fluminenses cresceram 998,1% e as importações, 234,4%, avanço de 438% na corrente de comércio do estado, no mesmo período de comparação.
http://www.exportnews.com.br/2011/11/firjan-faz-diagnostico-do-comercio-exterior-fluminense/
Lideranças condenam condutas que ferem a competitividade
Participantes da 2ª Reunião Anual da GFCC cobram ação mais efetiva da OMC
FREDY VIEIRA/JC
Teixeira anunciou medida do Mdic em seminário na CapitalPaíses que desrespeitam as regras de sustentabilidade, de mercado comum e de propriedade intelectual deveriam ser responsabilizados pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Os três quesitos compõem os dez princípios da competitividade, divulgados ontem no encerramento da 2ª Reunião Anual da Federação Global dos Conselhos de Competitividade (GFCC, da sigla em inglês), que ocorreu em Porto Alegre com lideranças de governo e de organizações não governamentais de 32 países.
O presidente do GFCC, o americano Charles Holliday, criticou a China, que não estaria seguindo os acordos da OMC e disse que "países que não cumprem as regras devem ser responsabilizados". O ministro em exercício do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Alessandro Teixeira, opinou que é preciso uma atualização mais rápida das regras da OMC. O ambiente de aumento de medidas protecionistas, em reação à crise mundial, foi apontado como um complicador para metas de maior competitividade.
A americana Deborah Smith, presidente do conselho da federação, ressaltou que a atuação de muitos países fere princípios de transparência e desenvolvimento sustentável. Ela citou que a preocupação nos Estados Unidos hoje é o impacto da crise para os investimentos das empresas na área da inovação e novos processos.
Erik Camarano, presidente-executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), indicou que no Brasil os desafios envolvem a formação de recursos humanos. "Apenas 8% da mão de obra técnica formada no País é de engenheiros, enquanto na China a proporção é de 25%", contrastou Camarano.
A GFCC é uma iniciativa internacional, lançada em 2010, que reúne líderes de instituições que atuam ligadas ao tema competitividade de países em diversos estágios de desenvolvimento, entre eles, Estados Unidos, Brasil, Egito, Rússia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Pelo lado brasileiro, as instituições fundadoras da Federação são a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o MBC.
Mdic antecipa antidumping para produtos asiáticos
O governo vai antecipar medidas para punir a entrada de calçados da Malásia e Indonésia que são alvo de investigação aberta pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Os países são acusados por industriais brasileiros de triangular a produção que teria origem na China. Segundo o ministro em exercício, Alessandro Teixeira, a área já acionou mecanismos de antidumping provisório para "alguns casos".
Teixeira não detalhou se já há taxação e projetou que no primeiro trimestre de 2012 será dado um veredicto. O pedido de extensão da taxa aplicada para os industriais chineses desde 2010 foi feito em janeiro pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados e o processo aberto em outubro. A entidade desconhecia ontem a aplicação de medidas provisórias.
As medidas fazem parte do endurecimento na defesa comercial. A primeira reunião entre Brasil e Argentina após a reeleição da presidente Cristina Kischner, hoje em Brasília, deve contar com a reação em bloco à concorrência chinesa. Teixeira justificou que o intenso ingresso de produtos do país asiático gera problemas aos dois parceiros de Mercosul.
http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=79394&fonte=nw
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