LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 30/11/2011

Transporte internacional de carga cai 4,8% em outubro, diz Iata

O tráfego aéreo internacional de cargas sente fortemente a contração do comércio exterior decorrente da crise mundial. Caiu 4,8% em outubro em relação a um ano antes. Já o de passageiros subiu (4,6%), mas a uma velocidade menor, conforme informações divulgadas nesta nesta segunda-feira pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

"O transporte de carga é o assunto do mês. Desde meados do ano, o mercado caiu quase 5%, bem mais do que o 1% de queda do comércio mundial. O frete aéreo está entre os primeiros setores a sofrerem quando a confiança do empresariado cai", afirmou o diretor-geral e presidente-executivo da Iata, Tony Tyler.

O tráfego de frete total, incluindo as remessas domésticas, caiu 4,7% em outubro, enquanto o de passageiros subiu 3,6% em outubro, informou a Iata.
http://www.vermelho.org.br/ma/noticia.php?id_secao=2&id_noticia=169693

 
 
Transporte marítimo disposto a pagar imposto por emissões de CO2

O setor de transporte marítimo poderia aceitar pagar um imposto sobre o CO2 emitido pelos navios, para gerar recursos de ajuda aos países mais pobres que enfrentam o aquecimento global.

Assim como o setor aéreo, o transporte marítimo, que representa quase 3% das emissões globais de gases que provocam o efeito estufa, não está obrigada a reduzir as emissões.

Em uma declaração conjunta, apresentada em Durban (África do Sul), onde acontece a conferência da ONU sobre o clima, a Câmara Internacional da Marinha Mercante (ICS), que representa 80% da frota mercante mundial, e as ONGs WWF e Oxfam pedem a adoção de medidas que estimulariam os navios a reduzir as emissões de gases poluentes.
Parte dos recursos obtidos poderia ser destinada ao "Fundo Verde", um mecanismo que deve permitir, a partir de 2020, destinar 100 bilhões de dólares aos países mais vulneráveis ante a mudança climática.
Portos e Navios





CSAV anuncia busca de um parceiro estratégico

Taxas crescentes e queda da demanda deixaram transportadora em déficit.

A chilena CSAV pediu para que o seu assessor financeiro a Celfin Capital que encontrasse um comprador para seus negócios marítimos.

CSAV decidiu vender o negócio depois de computar uma segunda perda trimestral, segundo os balanços da empresa, devido à demanda mais fraca de transportes marítimos e da volatilidade das taxas de frete.

A perda de líquida no terceiro trimestre foi de 343 milhões de dólares e está no mesmo patamar do trimestre anterior (US$ 339 milhões). No trimestre correspondente de 2010 a empresa teve um lucro de US$ 149 milhões.

“O declínio nas taxas de frete, a menor utilização de navios e o elevado custo do combustível continua a impactar negativamente nas contas da indústria e da CSAV”, disse a empresa.

A imprensa já havia reveldo que a CSAV está fazendo o máximo possível para reduzir as perdas no 4 º trimestre, a companhia suspendeu quatro serviços e está em conversações com a empresa holandesa Boskalis para fazerem navegações comuns.
CSAV também fez alianças de cooperação com outras operadoras na Ásia-África, América do Sul-Europa, Ásia-costa oeste da América Latina, Ásia e Índia-Brasil-Europa para o próximo verão.

A reestruturação das rotas vai permitir que a CSAV reduza consideravelmente a exposição e volatilidade de seus resultados, mesmo se as condições de mercado permanecem instáveis no próximo ano.

Procurado para falar do assunto, a CSAV do Brasil, por meio do seu diretor regional, Luigi Ferrini, disse que os dados relatados no exteiror tem algumas imprecisões.

“Como mencionado em várias ocasiões, CSAV Group implementou um profundo plano de reestruturação que permitirá à empresa enfrentar os desafios enfrentados por nossa organização e indústria. Este plano, não mudou, e inclui algumas iniciativas como o aumento de capital em US$ 1,2 bilhões para fortalecer a Celfín Capital, o redesenho do nosso portfólio de serviços, focando principalmente nos mercados onde a empresa tem claras vantagens competitivas, e joint ventures com outras companhias de navegação importantes para melhorar a eficiência e qualidade dos serviços da CSAV.

Além disso, Ferrini afirmou que há ainda um projeto de separação do negócio de transporte de carga do porto e do terminal negócios, em um esforço para promover o crescimento deste último. A criação de uma nova estrutura organizacional que facilite a implementação da estratégia da empresa.

“E, por último, o plano envolve a busca de um parceiro estratégico para os nossos negócios, mas não para encontrar um comprador para essa unidade de negócio. A CSAV Group está plenamente empenhada em reforçar a sua posição competitiva e continuar a ser um player relevante no setor de transporte, fornecendo serviços de classe mundial aos nossos clientes”, conclui Ferrini.
Guia Marítimo




Maranhão pode escoar produção da Alpa

Com o cronograma de implantação da Alpa (Aços Laminados do Pará), no município de Marabá, já atrasado em dois anos, a Vale decidiu não mais esperar pela boa vontade do governo federal em garantir a plena navegabilidade do rio Tocantins. O presidente da Alpa, José Carlos Soares, afirmou ontem, na cidade de Marabá, que a empresa já vem estudando o uso da logística de sua ferrovia, a Estrada de Ferro Carajás, como alternativa ao abortado projeto hidroviário.

A ideia da Vale, conforme frisou José Carlos Soares, é utilizar a ferrovia para trazer até Marabá os insumos necessários à operação da Alpa, como carvão e calcários. Também pela ferrovia deverá sair toda a produção do polo metal-mecânico de Marabá. Para o escoamento, a Vale estuda duas alternativas – o porto de Ponta da Madeira, em São Luís, ou o terminal portuário de Mearim, em Bacabeira.

A obra da hidrovia do Tocantins, que viria complementar as eclusas, deveria ter sido iniciada este ano, a um custo de R$ 520 milhões, para ser concluída em 2013. Ela consistiria no derrocamento de um trecho de 43 km no chamado Pedral do Lourenço, entre Marabá e Tucuruí, e em serviços de drenagem em diversos pontos do rio para remoção de bancos de areia. Se o governo tivesse mantido o seu plano de obras, a Vale poderia ter conservado também o seu cronograma, que previa a entrada em operação da Alpa em 2014. Agora, se prevê que ela possa começar a produzir em 2016.

A hidrovia do Tocantins começou a ir a pique mais uma vez no início deste ano, quando o governo federal anunciou um corte de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011. Entre os projetos afetados pela decisão, estava precisamente o da hidrovia do rio Tocantins, que acabou inclusive retirado da relação de investimentos contemplados com recursos do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. A reação política encetada no Pará levou o Ministério dos Transportes, através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a acenar com uma versão mais edulcorada, embora considerada pouco verossímil desde o primeiro momento. Por essa versão, o projeto estaria apenas suspenso para ajustes técnicos, mas não cancelado.

Este foi o argumento utilizado pelo diretor de infraestrutura aquaviária do Dnit, Adão Marcondes Proença, numa reunião de que participou com empresários de Marabá no mês de outubro. Nesse encontro, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), Adão Proença disse que as obras da hidrovia seriam futuramente retomadas, mas teve o cuidado de não estabelecer prazos. “O governo está desconversando”, foi a conclusão a que chegaram na época alguns dos participantes da reunião, já incrédulos em relação à retomada das obras.
Tampouco a direção da Vale parece acreditar nessa possibilidade. Ontem, em Marabá, o presidente da Alpa, José Carlos Soares, fez questão de reafirmar o compromisso da Vale com a implantação da siderúrgica, afastando enfaticamente os temores de que o projeto da Alpa também possa vir a ser abortado pela Vale. “O cancelamento da hidrovia do Tocantins não vai parar a Alpa”, disse ele, em entrevista à imprensa, num dos intervalos do I Simpósio do Setor Metal Mecânico de Marabá, o Simpomec. O evento, aberto ontem e cujo encerramento se dará hoje, é promovido pela Associação Comercial e Industrial do município em parceria com o setor privado, Governo do Estado e prefeitura local
Portos e Navios



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