LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 11/11/2011

Importação de eletrônicos esbarra no roubo de cargas

Gustavo Machado

São Paulo - "Em 50 anos, nunca vi uma única carga ser extraviada num navio, mas já vi um caminhão inteiro sumir entre Paranaguá e São Paulo. Inclusive com o motorista". O comentário de Vivaldo Cardoso Piraino, consultor de Comércio Exterior, denota os empecilhos enfrentados por importadores de produtos considerados como de alto risco.

A periculosidade de alguns artigos é tamanha que as seguradoras se negam a cobri-los. "Quando chega um cliente novo, querendo importar eletroeletrônicos, rejeito. O problema é sério. Evito trabalhar com este tipo de produto", alerta Piraino.

De acordo com a Superintendência de Seguros Privados, o seguro de transporte internacional, somadas importações e exportações, alcançou até julho R$ 248 milhões em prêmios emitidos. No período, as indenizações totalizaram R$ 65,8 milhões. Ou seja, de todo o valor contratado, 26,55% teve de ser reembolsado pelas instituições.

Porém, o quadro das seguradoras não pode ser aplicado ao comércio exterior geral. O montante movimentado pelos seguros - a melhor garantia que o importador possui - não corresponde a 1% da corrente de comércio brasileira. Até outubro, US$ 398 bilhões foram negociados por empresas brasileiras. O valor deve superar US$ 450 bilhões ao final do ano. Já os prêmios emitidos pelas seguradoras de transporte internacional devem alcançar R$ 500 milhões em 2011.

Durante o processo transitório, entre o remetente e o destinatário, todos os produtos passam por algumas etapas. Entre elas, estão os transportes nacionais, realizados pelos Agentes de Carga Internacional, e o internacional, feitos por companhias marítimas ou aéreas. A cada intermediário diferente que se responsabiliza pela carga, o perigo aumenta. Quanto às etapas internacionais, as reclamações são mais frequentes no transporte aéreo. No entanto, as principais incidências de extravio acontecem durante o transporte nacional.

Devido à falta de legislação no País, o importador, caso note o desaparecimento dos produtos pelos quais pagou pelo transporte, não tem para quem denunciar a perda. Recorre-se então às seguradoras. Estas acionam os agentes de carga a fim de descobrir em que ponto do processo se deu o sinistro. Caso exista uma transportadora com habilitação para manusear carga, a investigação se torna mais complexa.

Aparecido Mendes Rocha, da Lógica Seguros, afirma que não há regulação para vigiar a atuação dos Agentes de Carga. "A atividade é fiscalizada pela sua atuação como empresa, não por órgãos reguladores. A Justiça brasileira interpreta que o Agente de Carga é um transportador e responde como tal", explica.

As complicações são tantas, que durante a confecção dos contratos de seguros, alguns itens possuem restrições, enquanto outros são proibidos. "Alguns tipos de mercadorias não se conseguem assegurar no Brasil, como cigarro, jóias e obras de arte. Para produtos nucleares e radioativos não se conseguem seguro em nenhuma parte do mundo. São proibidos pelos resseguradores internacionais", indica Rocha.

No entanto, alguns manufaturados, importantes para a população, como medicamentos, e até mesmo pneus, enfrentam empecilhos para conseguirem cobertura internacional. "É exigido um gerenciamento de risco por parte do importador", afirma.

Para conseguir os mesmos preços das apólices que outros produtos facilmente teriam, os importadores têm de contratar empresas especializadas na segurança de mercadorias. "Esse gerenciamento envolve desde escolta armada até mesmo o uso de helicópteros nas operações", comenta Rocha. Em linhas gerais, é cobrado do contratante, a depender do volume, valores entre 0,15% e 0,30% do total segurado.

Como Vivaldo Piraino colocou, produtos de informática e eletroeletrônicos possuem grande interesse no mercado nacional. Este interesse aumenta caso possam ser vendidos abaixo de seu preço normal em feiras informais. "Tem gente que entra na área visando lucro na importação de videogames ou celulares. Mas estas mercadorias são muito visadas. Sempre enfrentam problemas", diz Piraino.
http://www.dci.com.br/Importacao-de-eletronicos-esbarra-no-roubo-de-cargas-6-397787.html




MDIC investiga dumping em importação de tubo de cobre


Por Renata Veríssimo

Brasília - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) abriu hoje investigação para apurar a prática de dumping nas importações brasileiras de tubos de cobre refinados circulares chineses. A análise dos danos gerados à indústria brasileira compreendeu o período de julho de 2005 a junho de 2010. O pedido de abertura de investigação foi feito pela Associação Brasileira do Cobre (ABC).

Em outra decisão, o MDIC aplicou direito antidumping provisório sobre as importações brasileiras de papel cuchê leve (LWC, light weight coated), originárias dos Estados Unidos, da Finlândia, da Suécia, da Bélgica, do Canadá e da Alemanha. As sobretaxas, com vigência de até seis meses, variam de acordo com as empresas e o país - elas vão de US$ 26,82 a US$ 161,72 por tonelada do produto. Este papel é utilizado, principalmente, para impressão, em offset, de catálogos e material de publicidade, como encartes e folhetos.

O dano à indústria nacional ficou caracterizado por fatores como a queda no volume de vendas, diminuição da produção, da utilização da capacidade instalada e do emprego.

Segundo a única fabricante brasileira, Stora Enso Arapoti Indústria de Papel, os danos do dumping se intensificaram desde a abertura investigação em dezembro de 2010, em decorrência do aumento do volume dessas importações. Para evitar prejuízos maiores, a empresa teria passado a adotar medidas de emergência com o objetivo de reduzir custos, interrompendo atividades produtivas da fábrica e demitindo funcionários.

Agência Estado
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/mdic-investiga-dumping-em-importacao-de-tubo-de-cobre


 
 
Brasil vai à Organização Mundial do Comércio contra europeus por causa de restrições à importação de carne


O governo brasileiro decidiu abrir na Organização Mundial do Comércio processo contra a União Europeia, por restrições à importação de carne. O tema vem sendo discutido pelos técnicos dos ministérios e da Câmara de Comércio Exterior há seis meses. A abertura do processo dependia apenas da decisão do setor privado de arcar com os custos da disputa na OMC. Agora, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne decidiu assumir a conta, que pode chegar a centenas de milhares de dólares. O caso contra a União Europeia será baseado na contestação à decisão conhecida como Resolução 61, que exige o credenciamento de fazendas brasileiras por veterinários europeus e a obrigação de rastreamento dos bovinos. As exigências, que não atingem outros países, seriam despropositadas porque se baseiam em demandas para o controle da vaca louca, doença inexistente no Brasil.
http://montesclaros.com/noticias.asp?codigo=56386




Brasil vs. UE


É "decisão unânime" do governo brasileiro abrir na Organização Mundial do Comércio (OMC) um processo contencioso contra a União Europeia, por restrições à importação de carne, informou ontem ao Valor o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto. A decisão, discutida pelos técnicos dos ministérios da Câmara de Comércio Exterior há cerca de seis meses, dependia apenas da decisão do setor privado de arcar com os custos da disputa na OMC. Não depende mais: a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) assumirá a conta.

Os executivos da Abiec informaram ao governo que já concluíram a engenharia financeira para custear o processo, que nesses casos pode chegar às centenas de milhares de dólares e será financiado com contribuição dos exportadores segundo um percentual de suas vendas ao exterior. Segundo Porto, a Abiec quer formar um "colchão", até o começo do próximo ano, antes de abrir formalmente o contencioso, em decisão a ser oficializada pela Camex.

O caso contra a União Europeia - que a Camex também ameaça processar na OMC por barreiras à carne de frango - será baseado na contestação das exigências de uma decisão comunitária conhecida como resolução 61, que cria credenciamento individual de fazendas brasileiras por veterinários europeus, além da obrigação de rastreamento dos bovinos desde o desmame. Segundo um técnico que acompanha o assunto, a exigência, que não é feita a outros países, foi criada com base nas demandas de controle da doença da vaca louca, inexistente no Brasil.

Enquanto não oficializa a decisão, o governo segue negociando a flexibilização das exigências da União Europeia, sem sucesso até agora - e com poucas chances de êxito, tratando-se de um interlocutor imerso em profunda crise econômica e política. Na primeira quinzena de outubro, em Bruxelas, o chefe do departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias do Ministério da Agricultura, Otávio Cansado, chefiou uma missão de negociações com as autoridades europeias, em que os técnicos deixaram claro que só o alto escalão político da União Europeia tem poder sobre a questão.

Em contatos mais recentes com Brasília, os europeus deram sinais de que poderia haver boa vontade da Comissão Europeia, mas o governo brasileiro está cético em relação à possibilidade de resolver o caso antes da abertura do contencioso na OMC. As exigências contra a carne brasileira têm o aval do conselho de ministros da Europa, onde representantes de países como a Irlanda são ativos na defesa de barreiras à carne brasileira. Com as restrições na compra de carne, as vendas aos europeus reduziram-se a quase um quinto do que eram há seis anos, e os exportadores brasileiros não conseguem volume suficiente de gado dentro das especificações europeias para cumprir a chamada cota Hilton, de cortes bovinos de maior qualidade e melhor preço.

O tema chegou a fazer parte dos pontos a serem levados pela presidente Dilma Rousseff aos encontros com líderes europeus na viagem presidencial a Bruxelas em outubro. Mas o governo preferiu evitar esse tipo de assunto e concentrar a discussão na crise europeia e na agenda positiva entre o Brasil e o bloco. Há outro problema entre Brasil e Europa em relação às exportações de carnes, com a proibição europeia de entrada de carne suína contendo a substância raptomanina. Essa discussão, porém, está em discussão em outra instância, o Codex Alimentarius, que registra substâncias aprovadas para consumo humano, no âmbito das Nações Unidas e da Organização Mundial da Saúde.

A abertura de processo contra a União Europeia pelas restrições à venda de carne bovina é vista no governo como uma forma de abrir espaço na agenda política europeia para remoção das barreiras que prejudicam o Brasil, admite Célio Porto. O momento exato da oficialização do contencioso está nas mãos do setor privado. "O Itamaraty está pronto para iniciar o contencioso, tão logo haja fundos", garante. Fontes do Itamaraty confirmaram a disposição oficial.
Valor Econômico
http://www.aviculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/brasil-vs-ue,20111110074912_O_926,20081118093812_F_643.aspx
 
 
 
 
Exportações de móveis caem ainda mais em outubro
 
Em comparação com o mesmo período de 2010, comércio internacional de produtos brasileiros caiu mais de 2%, de janeiro a outubro de 2011


10/11/2011, Última atualização em 10/11/2011Tamanho da letra As exportações brasileiras de móveis sofreram um decréscimo de 2,3% no acumulado até outubro, em comparação com o mesmo período de 2010. É o que aponta o relatório de exportação divulgado pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), em conjunto com o Centro Gestor de Inovação (CGI Moveleiro) e Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As vendas de móveis gaúchos ao exterior, por sua vez, tiveram um leve aumento em comparação com setembro, mas permanecem em queda. De janeiro a outubro deste ano, as exportações recuaram 3,5% no comparativo com o mesmo período de 2010. Em setembro, este índice esteve negativo em 5,1% no comparativo com o mesmo período do ano passado.
Movergs
http://portalmoveleiro.com.br/noticia.php?cdNoticia=22701




Controles cambiais paralisam importações da Argentina


Os controles oficiais do mercado de câmbio da Argentina paralisaram todas as importações realizadas pelo país, ontem, inclusive as de produtos brasileiros, segundo informou à Agência Estado, o diretor de Relações Institucionais da Câmara de Importadores da República Argentina (Cira), Miguel Ponce. "As operações de comércio exterior ficaram paradas durante todo dia em decorrência dos problemas relacionados com a compra e venda de dólares", disse Ponce. Segundo ele, após negociações com o titular da Receita Federal argentina, Ricardo Echegaray, as importações começaram a ser permitidas após as 17h (de Brasília). "Foi uma situação muito incômoda porque ninguém sabia das novas exigências de documentação", reclamou.

Como parte da estratégia oficial para controlar o câmbio e frear a fuga de divisas, o chamado Sistema Informático María (SIM), usado pelos despachantes da alfândega para registrar as operações de comércio exterior, incluiu a exigência de "apresentação prévia de cópia certificada de toda documentação bancária envolvida na transação, para sua análise pelas áreas centrais da AFIP (Receita Federal)". Pelos novos requisitos, a importação ou exportação só podem ser realizadas após análise da documentação por parte da Receita. A nova norma engessou o sistema e produziu inúmeras dúvidas sobre sua interpretação, já que não estabelece quem deve certificar a cópia.
Para os operadores, a norma é muito mais grave que as licenças não automáticas porque envolve uma tramitação burocrática adicional. Segundo Ponce, a promessa do titular da Receita é de normalizar as operações. Porém, há dúvidas no mercado, já que a manobra contribui para reduzir a fuga de capitais, principal alvo do governo desde o final de outubro, quando foram lançadas várias medidas para controlar o mercado cambial. Porém, as medidas alimentam ainda mais a desconfiança sobre o futuro do peso argentino e das políticas do governo reeleito da presidente Cristina Kirchner
http://www.dgabc.com.br/News/5925479/controles-cambiais-paralisam-importacoes-da-argentina.aspx
 
 
 
 
Importados: participação de produtos no consumo brasileiro cresce e atinge 23,4%

Por: Eliane Quinalia

SÃO PAULO - A participação dos importados no consumo brasileiro aumentou 0,5 ponto percentual, atingindo 23,4% no terceiro trimestre deste ano, revelando uma certa dificuldade da indústria em escoar a produção no mercado local, segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
De acordo com o CEI (Coeficiente de Exportação e Importação) divulgado nesta quinta-feira (10), na comparação com o mesmo período do ano passado, por exemplo, o nível de participação dos importados também aumentou, cerca de 0,7 p.p. “Em 2010 a participação de produtos era de 22,7%”, informa a Fiesp.

Retração interna

E, apesar de cerca de 25% de tudo o que é consumido no Brasil ser importado, a forma como esse aumento vem ocorrendo é o que mais preocupa o setor, já que tal aumento se dá em substituição à produção doméstica.

“A maioria dos importados possui similares nacionais. Poderíamos produzir o que está sendo importado e isso está matando a indústria e o emprego no País”, diz o diretor do Derex (Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior), Roberto Giannetti da Fonseca.

Outro ponto observado e que também preocupa o setor se refere à retração do mercado interno. Afinal, embora cresça em um ritmo menor, dado o arrefecimento da economia, o CI (Coeficiente de Importação) ainda se expande em um ritmo superior à produção industrial interna.

“O consumo aparente na indústria geral neste trimestre apresentou retração de 0,3% em relação ao mesmo período de 2010. Já na indústria de transformação, entretanto, o consumo registrou uma alta de 0,6% em comparação ao terceiro trimestre do ano anterior”, informou a Fiesp.
Para Giannetti, tal alta é importante, entretanto, a queda da produção interna em 0,5% no período apenas demonstra que os pequenos aumentos recentes do consumo são captaurados pelos produtos importados e não pelos nacionais.

Por setor

Dos 33 setores analisados pela Fiesp, 29 apresentaram alta na participação dos importados no consumo aparente, com destaque para os setores de tratores e máquinas e equipamentos para agricultura (9 p.p), metalurgia de metais não-ferrosos (4,6 p.p), produtos diversos (3,9 p.p) e artigos do vestuário (3,7 p.p).

Já os segmentos que apresentaram maior queda no coeficiente de importação foram o de siderurgia, com 3,6 p.p., e o de equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, com 2,1 p.p.
http://www.infomoney.com.br/consumo/noticia/2254561-importados+participacao+produtos+consumo+brasileiro+cresce+atinge


 
 
Seminário incentiva exportações do agronegócio


Produtores, cooperativas e demais interessados em receber orientações para acessar o mercado agrícola internacional podem participar do 43º seminário do Agronegócio para Exportação (Agroex). O encontro será realizado em Maringá (PR), no próximo dia 17 de novembro, na Sociedade Rural de Maringá.

O seminário é promovido pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e busca promover e estimular os agentes do agronegócio brasileiro a aumentar sua participação no mercado internacional. Os interessados podem se inscrever, gratuitamente, pelo site http://www.agricultura.gov.br/internacional
Desde 2006 o Agroex é realizado nas principais cidades brasileiras. Mais de 12 mil pessoas já participaram do seminário desde a sua primeira edição. Assuntos ligados às oportunidades e os desafios para a exportação do agronegócio brasileiro, a importância das indicações geográficas como estratégia de valorização dos produtos e principais exigências fitossanitárias no mercado internacional serão discutidos.

Podem participar do seminário produtores rurais, cooperativas, associações, sindicatos, agroindústrias, distribuidores, exportadores, instituições de apoio ao agronegócio e potenciais exportadores do estado. Na programação estão previstas palestras com especialistas no assunto, além, do Ministério da Agricultura, representantes dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Desenvolvimento Agrário.

Serviço:
43º Agroex – Seminário do Agronegócio para Exportação
Data: 17 de novembro de 2011, às 14h
Local: Sociedade Rural de Maringá
Endereço: Av. Colombo, 2186. Parque Internacional de Francisco Feio Ribeiro, Maringá (PR)
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/PortalGessulli/WebSite/Noticias/seminario-incentiva-exportacoes-do-agronegocio,20111110111056_P_762,20090313114400_K_069.aspx

 
 
Subsídio de ICMS de importados será contestado, diz Fiesp

Agência Estado
Segundo Federação, Estados "cometem crime de lesa-pátria" ao permitirem que produtos importados entrem no Brasil dessa forma

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) declarou guerra aos governadores dos Estados que, segundo ela, "estão sendo irresponsáveis e cometem crime de lesa-pátria por permitirem que produtos importados entrem no País com subsídio de ICMS", afirmou o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca.

Segundo ele, a Fiesp estuda entrar com processo legal contra alguns governadores, como os do Ceará, de Pernambuco, do Espírito Santo e de Santa Catarina, que não estão cumprindo decisão tomada em julho pelo Supremo Tribunal Federal (STF), considerando inconstitucional a concessão de isenção de créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na importação de produtos por meio de seus portos.

Giannetti diz que a "guerra dos portos" é um dos principais fatores que prejudicam a economia do País e a indústria nacional. Falou, ainda, que o Produto Interno Bruto (PIB) deixou de crescer 0,8% no ano passado devido a esse fato, ou seja, se não fosse essa isenção de tributos e concessão de créditos de ICMS o Brasil teria crescido 8,3% em 2010 e não os 7,5% registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Trabalho há 35 anos em comércio exterior e já viajei para 70 países", disse. "Nunca vi nenhum deles dar subsídio de tributos como ocorre hoje nos Estados, o que viabiliza a guerra dos portos."

De acordo com o diretor da Fiesp, embora a concessão de subsídios por alguns Estados venha crescendo nos últimos anos, o combate a essa prática ganhou força a partir de julho com a decisão de inconstitucionalidade do STF. A Fiesp espera que até o fim deste ano o Senado aprove a Resolução 72, que busca acabar com essa diminuição da alíquota interestadual de ICMS, prática que vem fomentando o ingresso excessivo de importações no País, via portos, sobretudo manufaturados.

"O fato positivo é que a presidente Dilma Rousseff vai proibir ou diminuir muito a guerra dos portos", comentou Giannetti. "Estamos do lado dela e vamos cobrar essa posição do governo para atacar com vigor esta questão."
http://economia.ig.com.br/subsidio-de-icms-de-importados-sera-contestado-diz-fiesp/n1597363203635.html




Gecex aplica antidumping provisório sobre importações de papel cuchê leve


O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) decidiu, ad referendum do Conselho de Ministros, aplicar direito antidumping provisório sobre as importações brasileiras papel cuchê leve (LWC- light weight coated), classificadas no item 4810.22.90 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), quando originárias dos Estados Unidos, da Finlândia, da Suécia, da Bélgica, do Canadá e da Alemanha. A decisão publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU), por meio da Resolução Camex n°86, foi tomada na última reunião do Gecex, realizada nesta quarta-feira (9/11), em Brasília. O direito, que têm vigência de até seis meses, será recolhido por meio de alíquota específica fixa, nos montantes abaixo descritos:

O produto objeto da aplicação do direito antidumping provisório é o papel cuchê leve (LWC – Light Weight Coated), revestido em ambas as faces, de peso total não superior a 72 g/m2, em que o papel-suporte seja constituído por, pelo menos, 50%, em peso, de fibras de madeira obtidas por processo mecânico. Este papel é utilizado, principalmente, para impressão, em offset, de catálogos e material de publicidade, como encartes e folhetos, entre outros.

A indústria doméstica é composta por uma única fabricante nacional. O dano à fabricante ficou caracterizad a por fatores como a queda no volume de vendas, além da diminuição da produção, da utilização da capacidade instalada e do emprego. Segundo a peticionária, os danos causados pelas importações realizadas a preço de dumping, se intensificaram desde a abertura investigação, em decorrência do aumento do volume dessas importações. Para evitar prejuízos maiores que os já causados, a empresa teria passado a adotar medidas de emergência com o objetivo de reduzir custos, interrompendo atividades produtivas da fábrica (estratégia que poderia ser aplicada novamente, caso o custo de operação da fábrica superasse o volume de pedidos) e demitindo funcionários.

Estímulo aos investimentos produtivos

Também foram publicadas hoje, no Diário Oficial da União, a Resolução Camex n°84 e a Resolução Camex n°85 com a relação de bens de capital e bens de informática telecomunicações que serão beneficiados com a concessão de novos Ex-tarifários. Os itens, que não têm produção nacional, terão Imposto de Importação alterado para 2% até 31 de dezembro de 2012.

É importante ressaltar que as concessões referem-se apenas a equipamentos com especificações restritas, não contemplando todo o universo de produtos abrangidos pelos respectivos códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).Os investimentos globais previstos relacionados aos novos Ex-tarifários chegam a US$ 7 bilhões e os valores relacionados à importação de equipamentos são de US$ 543 milhões.
Os principais países de origem dos produtos são Alemanha (26%) e os Estados Unidos (19%). Os setores mais beneficiados com as concessões são petroquímico, químico, madeira e móveis, autopeças, serviços e siderúrgico.

O regime de Ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país através da redução temporária do Imposto de Importação de bens de capital, informática e telecomunicação que não são produzidos no Brasil. O que possibilita aumento da inovação tecnológica por parte de empresas de diferentes segmentos da economia; produz efeito multiplicador de emprego e renda; tem papel especial no esforço de adequação e melhoria da infraestrutura nacional; estimula os investimentos para o abastecimento do mercado interno de bens de consumo; e contribui para o aumento da competitividade de bens destinados ao mercado externo, entre outros benefícios.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Exportações de café alcançam US$ 7 bilhões em 2011


Impulsionada pela alta nos preços internacionais, a receita com as exportações brasileiras de café superaram a marca de US$ 7 bilhões em 2011, um salto de 61% em relação aos 10 primeiros meses de 2010. A estimativa foi divulgada ontem pelo CeCafé, a entidade que representa os exportadores da commodity.
O volume embarcado também cresceu, embora em ritmo muito inferior. Ao todo, o país embarcou pouco mais de 27,3 milhões de sacas entre janeiro e outubro, 4% mais do que em igual período de 2010.

Os números ainda refletem a combinação entre preço e produção recordes da safra 2010/11, encerrada em junho. Quando se observam apenas os quatro meses da nova safra, iniciada em julho, os resultados são menos auspiciosos.

No período, o Brasil embarcou 9,9 milhões de sacas, 10% menos do que nos quatro primeiros meses da safra passada. A queda já era esperada, já que os cafeicultores colheram uma safra menor neste ano. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a produção de 2011 em 43,2 milhões de sacas, 10,3% menor que anterior.
Conexao Maritima



Importações de adubo começam o mês em alta

As importações de adubos e de fertilizantes começaram o mês aquecidas. Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), referentes à primeira semana deste mês, indicam que a média diária dos gastos com importações aumentaram para US$ 71,6 milhões.

Esse volume supera em 127% o de novembro do ano passado e em 85% o de outubro último.

As importações desse setor vêm crescendo neste ano devido à demanda maior dos produtores e à recomposição dos estoques das indústrias pertencentes ao setor de fertilizantes.

Produção elevada e preços melhores permitem aos produtores utilizar mais tecnologia na lavoura.

Além do aumento das vendas de adubos, as indústrias de sementes e de defensivos também registram volume maior nas vendas.
Conexao Maritima




Conceição A. R. C. Moura - advogada
Carvalho Moura & Advogados Associados
http://www.cmaadvogados.blogspot.com/

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