Brasil cresce no aquecido mercado argentino
O hiperaquecimento do mercado argentino de automóveis deve acabar no próximo ano, mas está garantindo a ressurreição das exportações de veículos brasileiros para o país. De janeiro a outubro de 2011, houve um aumento de 67% nas exportações brasileiras do grupo PSA, que produz as marcas Peugeot e Citroën. A empresa enviou 22,7 mil carros nos dez primeiros meses do ano. O fluxo contrário oscilou 2,6% para cima, avançando para 48 mil automóveis argentinos enviados ao Brasil.
Das principais montadoras, a PSA é a única que divide a sua produção entre Brasil e Argentina em partes relativamente iguais, com uma produção da ordem de 160 mil veículos em cada País. O quadro se manteve em 2011, porque as fábricas fazem uma produção integrada: a unidade na Argentina concentra a produção de veículos pequenos e médios e a do Brasil de veículos médios e grandes.
A fatia brasileira de produção está ampliando este ano 15,9% e a fatia argentina, 17,6%. %. Cerca de 62% da produção argentina é destinada ao Brasil e um sexto da produção brasileira faz o caminho contrário. Mas a dinâmica dos dois mercados é bem diferente na comercialização: enquanto a PSA deve vender mais 6% no Brasil este ano, na Argentina o crescimento em vendas deverá ser de 30%.
Segundo dados da Adefa (associação argentina de fabricantes), entre janeiro e outubro a produção no país alcançou 700 mil veículos, com expectativa de se chegar a 840 mil até o fim do ano, uma alta de 22%. Nas vendas, o salto nos dez primeiros meses foi de 558 mil para 724 mil. Mas o refluxo já começou em novembro: segundo a empresa, os dados argentinos devem mostrar uma queda de 7% na produção, em relação ao mesmo mês no ano anterior.
"Para o próximo ano estamos prevendo uma vigorosa moderação na Argentina e uma estabilidade no Brasil. Tanto em um país como em outro o crescimento de vendas deverá ficar abaixo dos dois dígitos", afirmou o português Carlos Gomes, presidente da PSA para a América Latina. Na parte da produção, a balança da PSA deve se desequilibrar, com o investimento anunciado no mês passado para ampliar a capacidade de produção a 220 mil automóveis no próximo ano.
O ritmo de vendas na Argentina fez com que a General Motors anunciasse na semana passada um investimento de US$ 300 milhões, sendo metade deste valor para a ampliação da linha de produção, que passará de 136 mil a 200 mil veículos. "Nós não estamos dando conta do mercado aqui", disse o presidente da GM para Argentina, Paraguai e Uruguai, Sérgio Rocha. Há dois anos a montadora opera com capacidade ociosa zero, fabricando carros em três turnos. A empresa vendeu nos dez primeiros meses do ano 118,2 mil veículos no país, ou 32,4% a mais que no mesmo período do ano passado. A produção até dezembro deve alcançar 136 mil automóveis. Segundo Rocha, o fluxo de veículos do Brasil para a Argentina não existiu porque a montadora também está operando no limite para atender ao mercado local. O executivo brasileiro é outro que aposta na moderação. "Este pique do mercado argentino não tem como ser mantido", disse.
O crescimento das vendas de automóveis e veículos leves na Argentina não é sem precedentes. Entre 1990 e 1994, ocorreu uma expansão semelhante. Nesse período, segundo dados da Adefa, as vendas quintuplicaram, passando de 96 mil para 508 mil unidades.
Valor Econômico
Estados terão metas de exportação
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vai desenvolver mapas estratégicos de embarques de produtos para o exterior, como parte da política para ampliar a base exportadora e incluir pequenos empresários na pauta da exportação brasileira. Dentro da nova política, que também inclui um Plano Nacional da Cultura Exportadora, os estados terão metas a serem cumpridas. As informações são da Agência Brasil.
Atualmente, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro respondem por 51% da pauta de exportação nacional. Outros 14 Estados têm menos de 1% de participação cada um.
De acordo com a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, o maior alvo do programa são as micro e pequenas empresas. “Nosso desafio é aumentar o numero de empresas exportadoras, especialmente de menor porte. Para essas empresas é que esse esforço faz diferença. As grandes conhecem o caminho. A ideia é não ficar uma coisa perdida. Vamos além da apresentação de financiamento. Vai ter logística, capacitação, promoção, apoio e incentivo por meio de ações integradas”, declarou a secretária.
A primeira etapa para implantação do plano ocorre no dia 1.º de dezembro, com a apresentação das propostas de Mapas Estratégicos de Comércio Exterior e Planos de Ação da Cultura Exportadora feitas com as secretarias estaduais durante o Encontro de Comércio Exterior do Mercosul, em Curitiba.
A execução está prevista para começar a partir de abril, em 14 Estados que já têm propostas consolidadas. Entre eles estão: a Bahia, o Ceará, Goiás, o Rio Grande do Sul e a Paraíba. Outras nove unidades de Federação estão em processo de ajustes ou complementação de dados. O Plano tem ações até 2014.
Gazeta do Povo - PR
Taxa antidumping não reduz entrada de itens chineses
A promessa do governo Dilma Rousseff de apertar a defesa comercial, impondo tarifas contra produtos artificialmente mais baratos da China, não tem funcionado na prática. Levantamento feito pela reportagem do "Estado" demonstra que as chamadas tarifas antidumping impostas contra mercadorias chinesas não foram capazes de impedir o aumento das importações, que em alguns casos ultrapassa 200% apenas neste ano.
O caso dos brinquedos é emblemático. No fim do ano passado, o governo decidiu incluir os artigos em uma lista de exceção da tarifa do Mercosul, para elevar de 20% para 35% o Imposto de Importação. Como resultado, as compras brasileiras de brinquedos chineses, que em 2010 cresceram 28,9%, desaceleraram de forma insignificante e aumentaram 28,8% em 2011.
O Estado comparou as importações de todos os produtos que foram alvo de medidas de proteção comercial via tarifa antidumping, um total de 79 produtos. Em 36 deles, houve aumento de importação. Em relação especificamente à China, houve aumento das compras de 22 das 30 mercadorias sobretaxadas. As quedas se referem a materiais usados como insumo pela indústria nacional.
"Existem "n" maneiras de os chineses burlarem o direito e continuarem trazendo os produtos: pode fazer acordo com o importador, bancar o antidumping para fazer acerto da tarifa, colocar mais mercadoria no contêiner do que o declarado", enumerou a economista Josefina Guedes, diretora da consultoria internacional Guedes, Bernardo, Mamura e Associados. "Os produtos objeto de dumping deveriam ter uma aduana especial para garantir que paguem a tarifa."
Moeda. Alguns produtos chineses mais que dobraram sua entrada no mercado brasileiro neste ano, apesar das tarifas antidumping. É o caso de ventiladores de mesa (257%), pedivelas de bicicleta (153%), lápis (312%) e seringas descartáveis (200%), entre outros. Uma explicação possível seria a influência do câmbio, que barateia os importados quando o real se fortalece, na avaliação de Manolo Canosa Miguez, proprietário das Escovas Fidalga.
Em 2007, o governo aplicou de forma definitiva cobrança de US$ 15,67 por quilo de escova de cabelo chinesa. Neste ano, as compras brasileiras do produto saltaram 42% em relação a 2008, de acordo com dados oficiais.
"Qualquer setor em que o produto chinês entra tende à extinção, a única solução que existe é colocar um valor mínimo para a entrada no País", afirmou. "Quando colocaram o antidumping, o dólar custava R$ 2,10, hoje está em R$ 1,80 e, se somar a desvalorização do yuan, é um desastre para a indústria."
Fraude. A Receita Federal vistoria cerca de 20% dos contêineres que entram no Brasil, enquanto o porcentual chega a apenas 5% nos Estados Unidos, por exemplo, explicou o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais do Fisco, Ernani Argolo Checcucci Filho. Os números frios não dizem muito, pois nos EUA a taxa de verificação é menor porque os importadores tendem a cumprir mais as regras, segundo o subsecretário.
Segundo o coordenador-geral de Administração Aduaneira, Dario da Silva Brayner Filho, todos os carregamentos-alvo de medidas antidumping passam por vistoria mais rigorosa. "O importador só escapa disso se cometer fraude." A legislação vigente permite à Receita cobrar multas até cinco anos depois do desembaraço da mercadoria na alfândega.
O Estado de São Paulo
Governo prorroga por quatro meses licença prévia de importação
O governo federal prorrogou por quatro meses a obrigatoriedade da licença prévia para importação de uma vasta gama de papéis, com o objetivo de monitorar as operações de comércio exterior que envolvem esse tipo de produto.
Em setembro, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) já havia endurecido a fiscalização sobre as compras externas nos segmentos de offset (imprimir e escrever), cuchê de baixa gramatura e A4 (o conhecido sulfite), ao suspender a licença automática por 90 dias, diante da identificação de "importações que fogem ao padrão".
De janeiro a setembro, conforme dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), as importações de papel totalizaram 1,141 milhão de toneladas, uma alta de 1,9% na comparação com igual intervalo de 2010. Ao mesmo tempo, as vendas domésticas recuaram 1,5%, para 3,9 milhões de toneladas. E, de agosto para setembro, mostra a entidade, as compras externas subiram 8,2%, para 132 mil toneladas, influenciadas sobretudo pelos papéis de imprimir e escrever e papel-cartão.
Conforme a Bracelpa, são justamente esses dois segmentos os que têm sido alvo de operações ilegais que resultam no desvio de finalidade do produto que é isento de impostos. Pelas regras brasileiras, o papel imune só pode ser utilizado para fins editoriais, porém foram detectados casos de venda para outros tipos de aplicação (na produção de panfletos, por exemplo).
"Em 2010, as operações ilegais com papéis declarados imunes movimentaram 620 mil toneladas de papéis de imprimir e escrever e resultaram em uma perda estimada de R$ 411 milhões para os cofres públicos", informa a Bracelpa.
Diante desse cenário, o governo decidiu estender por mais 120 dias a medida, que gerou questionamentos entre distribuidores e importadores de papel e gráficas que atuam no país. A portaria que trata sobre o assunto, segundo a assessoria do Mdic, será publicada nesta semana.
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa), Vitor Paulo de Andrade, as empresas que trabalham com papel importado não esperavam pela prorrogação da medida. "Agora, já que isso aconteceu, esperamos que a medida não onere o setor em razão dos atrasos na emissão de licenças", afirmou.
Nos 90 dias em que vigorou a suspensão da licença automática, diversas distribuidoras e importadoras enfrentaram dificuldades e demora para liberar lotes de mercadoria - houve casos em que o produto levou até dois meses para ser desembaraçado. "Isso gera custos portuários e de estoque adicionais que estão pressionando as margens do setor e serão repassados ao preço final do papel", acrescentou Andrade.
A primeira suspensão da licença automática de importação, para outras cinco classificações de papel, foi adotada em maio. No caso do LWC (papel revestido de pasta mecânica), que estava entre os tipos de papel atingidos à época, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) acabou aprovando uma medida antidumping provisória para o produto com origem no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Finlândia e Suécia.
Valor Econômico
Programa beneficia pequeno exportador
Plano Nacional da Cultura Exportadora conta com ações até 2014 e estimulará o potencial de cada estado da Federação
A ampliação da base exportadora e a inclusão dos pequenos empresários na pauta da exportação brasileira estão na mira do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, a ideia é desenvolver mapas estratégicos de embarques para o exterior por estado da federação a fim de alavancar as vendas nos estados. “Queremos aproximar quem precisa com quem tem algo a oferecer. Vamos costurar juntos este plano que vai definir ações para os próximos anos com o objetivo de alavancar o potencial exportador dos estados”, afirma. Para isso, o MDIC criou o Plano Nacional da Cultura Exportadora.
A primeira etapa para implantação do plano ocorre no dia 1 de dezembro, com a apresentação das propostas de Mapas Estratégicos de Comércio Exterior e Planos de Ação da Cultura Exportadora feitas com as secretarias estaduais durante o Encontro de Comércio Exterior (Encomex) do Mercosul, em Curitiba.
A execução está prevista para começar a partir de abril, em 14 estados que já têm propostas consolidadas. Entre eles estão o Rio Grande do Sul, a Bahia, o Ceará, Goiás e a Paraíba. Outras nove unidades de Federação estão em processo de ajustes ou complementação de dados. O Plano tem ações até 2014. Segundo Tatiana, os resultados na balança comercial brasileira não serão sentidos em curto prazo.
O programa visa a dar apoio e fomento a novas tecnologias e setores potenciais. Cada estado terá metas específicas que serão monitoradas pelo ministério. Atualmente, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro respondem por 51% da pauta de exportação nacional. Outros 14 estados têm menos de 1% de participação cada um.
De acordo com a secretária, o maior alvo do programa são as micro e pequenas empresas. “Nosso desafio é aumentar o número de empresas exportadoras, especialmente de menor porte. Para essas empresas é que esse esforço faz diferença. As grandes conhecem o caminho. A ideia é não ficar uma coisa perdida. Vamos além da apresentação de financiamento. Vai ter logística, capacitação, promoção, apoio e incentivo por meio de ações integradas”, defende. “Empresa de pequeno porte não traz imediatamente impacto grande em termos de balança, em total exportado. Temos um outro enfoque, que é o de aumentar a base exportadora do Brasil e difundir a cultura de exportação nas empresas do Brasil.”
Cadastro positivo ganha versão corporativa
Um sistema de comércio exterior à beira do colapso, devido à falta de investimentos e ao excesso de regulação, jogou o Brasil atrás de países como Ruanda, Tonga, Paraguai e Etiópia no ranking mundial dos que mais facilitam os negócios entre as nações. Para evitar um apagão no setor, o governo prepara um pacote de medidas, entre as quais a criação de uma espécie de cadastro positivo de importadores e exportadores.
O objetivo do cadastro, que faz parte do arcabouço de ações que está sobre a mesa da Câmara de Comércio Exterior (Camex), é que empresas de boa reputação pulem etapas do processo de desembaraço de mercadorias. Assim, muitas delas serão poupadas da verdadeira peregrinação em busca de carimbos de 17 órgãos diferentes.
Enquanto na Bélgica são necessárias duas horas para liberar um carregamento, aqui, somente a Receita Federal demora pelo menos dois dias com a mercadoria. Com isso, o prazo médio, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), é de dez dias. Um problema maior para quem negocia produtos perecíveis e depende de liminares na Justiça para fazer tudo isso antes de os produtos perderem a validade.
No Brasil, as inspeções duram muito mais tempo que na Rússia, na Índia, na China e na Argentina. Se a comparação for com Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Reino Unido, este prazo chega a ser o dobro. E é um tempo caro e ineficiente: 70% dele são gastos para preparar documentos e conseguir liberação junto a órgãos de governo. Os 30% restantes são para transporte e movimentação portuária.
Foram quatro anos de estudo de um grupo de técnicos da Camex para analisar os processos mais modernos e propor um novo marco regulatório para o setor. O problema é que as propostas entram e saem da pauta das reuniões de um órgão enfraquecido depois de ter sido atropelado pelo Ministério da Fazenda no episódio do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados.
Negócios entre Brasil e África estão em alta
A corrente de comércio entre África e Brasil deve chegar a US$ 60 bilhões em seis anos, o triplo do que foi registrado em 2010 (US$ 20,6 bilhões), estima a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No ano passado, o País registrou um déficit comercial com o continente de cerca de R$ 2 bilhões, mas as exportações brasileiras para África têm crescido em ritmo maior do que as importações.
Um dos entraves ao crescimento do comércio entre as duas regiões é a falta de linhas marítimas e aéreas, observou o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Gianetti da Fonseca. Após evento realizado pela Fiesp sobre investimentos na África, ele disse que a instituição ficou responsável por trabalhar num projeto de “hub” marítimo e aeroviário para distribuição de produtos brasileiros na África. Segundo ele, isso pode reduzir nos próximos anos pela metade o custo do transporte de mercadorias entre Brasil e África.
Presente no evento, o presidente do Bndes, Luciano Coutinho, disse que a presidente Dilma Rousseff orientou o banco a priorizar a região. O continente deve crescer 5,8% em 2012, de acordo com o FMI, e representa muitas oportunidades para os empresários brasileiros, observou Coutinho. Ele destacou as áreas tradicionais de investimento brasileiro na África, como energia, agricultura e infraestrutura, mas citou também serviços bancários, educação, saúde e turismo.
Coutinho observou que os bancos europeus representam uma importante fonte de financiamento para a África e que, por isso, os bancos multilaterais precisarão atuar mais fortemente para evitar que uma eventual complicação de bancos europeus afete o grande potencial de crescimento do continente.
Portos e Navios
Interesse comercial entre EUA e Brasil se inverte após crise
Gustavo Machado
São Paulo - O baixo crescimento americano e o surgimento de novos mercados pujantes mudaram a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. Após a abertura comercial no início da década de 1990, a ânsia por explorar o mercado ianque ditou os rumos do comercio exterior nacional. No entanto, após os desdobramentos recentes da crise financeira que aflige as economias mais desenvolvidas, consolida-se a inversão dos papéis no novo mundo.
De acordo com Célia Feldpausch, vice-presidente do Brazil Industries Coalition (BIC - Coalizão das Indústrias do Brasil), os empresários de ambos os países voltaram seus esforços para conquistar os emergentes. "O estreitamento de relações com esses países é uma tendência ".
Para a especialista, neste sentido, os americanos veem atualmente o Brasil como um supermercado, cujo sentimento que não é recíproco. "O interesse no Brasil cresceu espetacularmente", afirma Feldpausch.
A vice-presidente do BIC entende que esta ânsia se respalda no acréscimo de US$ 15 milhões fornecidos à Administração Internacional de Comércio (ITA, na sigla em inglês) para fomentar as exportações para países emergentes. O departamento é um dos únicos a receber aporte irrestrito por parte do Comitê de Apropriações, órgão que define o orçamento americano.
"Os fundos adicionais suportarão a alta prioridade das Iniciativas de Exportação Nacional, a fim de incrementar as exportações ", diz Hal Rogers, presidente do Comitê. O Departamento de Comércio, pasta a qual compreende o ITA, receberá apenas US$ 26 milhões acima do destinado em 2010. O orçamento do departamento será de US$ 7,6 bilhões.
Distanciamento político
Diogo Costa, professor de Relações Internacionais do Ibmec de Belo Horizonte, explica que as relações entre os dois países se deterioraram após o Itamaraty encontrar no Poder Executivo um parceiro para restringir o avanço americano sobre o comércio brasileiro. "Nos últimos 10 anos, houve uma mudança econômica, deixando o Brasil mais protecionista", comenta. Costa argumenta que os processos movidos contra os Estados Unidos na Organização Mundial de Comércio são indicativos desta política. "Os processos atrapalharam muito essa relação, que poderiam estar melhores", afirma.
Há seis anos, cerca de 19% das exportações brasileiras tinham como destino o parceiro norte-americano. Em 2011, a participação ianque nas vendas de produtores nacionais caiu para 9,5%.
No período, o saldo comercial se inverteu, passando de superávit brasileiro de US$ 9,9 bilhões, em 2005, para déficit de US$ 7,7 bilhões, em 2010. "O fator mais relevante foi o crescimento da China. Os Estados Unidos não figuram mais como a prioridade", explica Diogo Costa. No ínterim, as exportações tupiniquins para o gigante asiático saltaram de US$ 8,4 bilhões para US$ 30 bilhões.
No entendimento de que o Brasil não é mais um subdesenvolvido, e sim uma potência, o congresso americano pretende não dar continuidade no Sistema Geral de Preferências, o qual contemplava incentivos para importação de cerca de 3 mil produtos brasileiros. De acordo com dados da Câmara Americana de Comércio, 10% das exportações destinadas aos Estados Unidos são creditadas ao programa.
Em 2011, ensaiou-se uma reaproximação entre os presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff. Das visitas realizadas, pouco pode ser assinalado como avanços na área comercial, no entanto, algumas iniciativas de cooperação surgiram após as reuniões.
Durante a próxima semana, acontecerá a primeira reunião do Trade & Economic Cooperative Agreement (Teca - Acordo de Cooperação Econômica e Comercial), promovido em parceria por Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Itamaraty e United Stades Trade Representative (USTR - Representante Comercial dos Estados Unidos). "Isso criará um espaço para discutir relações tangíveis, como relações aduaneiras e cooperação tecnológica em algumas áreas", explica Feldpausch.
Antidumping
A Câmara de Comércio Exterior aprovou a aplicação de direito antidumping definitivo em importações de diisocianato de tolueno, utilizado na fabricação de poliuretanos. O direito será aplicado sobre produtos provenientes dos Estados Unidos e da Argentina, por cinco anos. As investigações têm como objetivo evitar que os produtores nacionais sejam prejudicados pela importação de produtos com preços abaixo de seu valor de marcado.
http://www.dci.com.br/Interesse-comercial-entre-EUA-e-Brasil-se-inverte-apos-crise-6-398824.html
Brasil entra na guerra pelo mercado asiático
Simone Cavalcanti (scavalcanti@brasileconomico.com.br)
Correspondente do Brasil Econômico em Brasília
Antonio Patriota, ministro de Relações Exteriores: foco no dinamismo dos asiáticos
Para se blindar contra a crise, governo quer ampliar o comércio com continente e está disposto a brigar por espaço com empresas da China.
Enquanto a atividade econômica das nações maduras patina, o governo brasileiro trabalha para intensificar as relações com seus pares emergentes e, desta forma, mitigar os abalos que podem ocorrer no comércio com parceiros europeus e americanos.
Nessa corrida por blindar a economia brasileira, o governo precisa ainda disputar mercado com os chineses e os alvos recentes são a própria Ásia e o continente africano.
Por isso, os dez países do sudeste asiático que formam o bloco Asean são vistos como uma oportunidade e tanto pelo governo brasileiro.
"No momento em que povos desenvolvidos passam por dificuldades, a Asean está com uma economia muito dinâmica e o acordo nos ajudará a diversificar ainda mais as relações comerciais", disse ao Brasil Econômico o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota.
A expectativa não é para menos: o mercado de consumo dos principais países da região se mantém aquecido. Cingapura, Filipinas, Indonésia, Malásia e Tailândia, juntos, cresceram em média 5,4% no ano passado e as projeções indicam expansão de 5,6% em 2011.
De olho na expectativa de novos negócios com a mais representativa integração regional da Ásia, o governo brasileiro assinou carta de intenções para aderir ao Tratado de Amizade e Cooperação no Sudeste Asiático (TAC) semana passada durante a Cúpula da Asean na Indonésia. Agora, o acordo formal será submetido ao Congresso Nacional para aprovação.
Com isso, o Brasil será o primeiro país latino e o quarto do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e, mais recentemente, África do Sul), a ter entendimento com o bloco.
Nas relações comerciais, a Asean é o sexto maior parceiro do Brasil com um volume de intercâmbio similar ao registrado com o Japão. Nos últimos anos, o comércio vem se acentuando. A corrente de comércio subiu de US$ 7,12 bilhões, em 2006, para US$ 14,83 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, com saldo positivo para o Brasil de US$ 598 milhões.
O Brasil importa mais produtos de alto valor agregado, como microprocessadores e de circuitos impressos e integrados, além de máquinas e equipamentos diversos.
No entanto, nas exportações, segue a lógica da pauta para a Ásia na qual predominam produtos de baixo valor agregado, com grande destaque para minérios brutos ou semimanufaturados e para produtos alimentícios, nos quais soja, carnes e açúcar têm importância.
"Eles são bem mais conectados ao comércio global do que o Brasil", ressalta Patriota. Tanto é que o comércio exterior da Asean é aproximadamente cinco vezes maior que o brasileiro. Enquanto as transações verde-amarelas estão na casa dos US$ 383 bilhões a dos asiáticos chegam a US$ 2 trilhões.
Potencial à vista
Na visão da diplomacia brasileira, essa relação bilateral tem grande potencial na busca da maior diversificação não apenas de países, mas de produtos e serviços a serem ofertados pelo Brasil.
O Itamaraty lista como principais atrativos do menu brasileiro as áreas de energia renovável, ciência e tecnologia, além da possível exportação de políticas de combate à pobreza.
Há perspectivas favoráveis para investimentos brasileiros em etanol nas Filipinas, Indonésia, Tailândia e Vietnã. Empresas brasileiras como a Vale (que está na Indonésia e na Malásia) e Embraer já atuam na região, o que ajuda nas negociações.
http://www.brasileconomico.com.br/noticias/brasil-entra-na-guerra-pelo-mercado-asiatico_109520.html
Terceira semana de novembro registra exportações de US$ 3,824 bilhões
Na terceira semana de novembro (14 a 20), com quatro dias úteis, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 7,366 bilhões, com média diária de US$ 1,841 bilhão. Houve superávit, no período, de US$ 282 milhões, com média de US$ 70,5 milhões por dia útil. As vendas brasileiras ao mercado externo foram de US$ 3,824 bilhões (média diária de US$ 956 milhões). As aquisições no exterior, na terceira semana de novembro, foram de US$ 3,542 bilhões (média de US$ 885,5 milhões).
Mês
As exportações, no acumulado de novembro, com 12 dias úteis (1º a 20), foram de US$ 13,569 bilhões, com média diária de US$ 1,130 bilhão. Por este comparativo, o número é 27,9% superior à média de US$ 884,4 milhões do mês de novembro de 2010. Já em relação à média de outubro deste ano (US$ 1,107 bilhão), houve aumento de 2,1%.
Nas três primeiras semanas do mês, as importações chegaram a US$ 12,255 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 1,021 bilhão. A média é 17,4% maior que a de novembro do ano passado (US$ 869,8 milhões). Na comparação com o resultado médio de outubro de 2011 (US$ 989,2 milhões), os gastos no mercado externo registraram aumento de 3,2%.
No mês, o saldo da balança comercial é positivo em US$ 1,314 bilhão, com média diária de US$ 109,5 milhões. No comparativo com as médias de outros meses, o valor é 652,6% maior que o registrado em novembro de 2010 (US$ 14,6 milhões) e 7% inferior ao de outubro último (US$ 117,7 milhões).
A corrente de comércio em novembro já soma US$ 25,824 bilhões, com média diária de US$ 2,152 bilhões. Neste resultado, houve crescimento de 22,7% em relação à média de novembro de 2010 (US$ 1,754 bilhão) e aumento de 2,7% na comparação com outubro passado (média de US$ 2,096 bilhões).
Acumulado do Ano
De janeiro até a terceira semana de novembro, o superávit da balança comercial chega a US$ 26,702 bilhões (média diária de US$ 120,8 milhões). O resultado é 75,9% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 68,7 milhões). Nos 221 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 424,714 bilhões (média diária de US$ 1,921 bilhão), com aumento de 26,5% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,518 bilhão).
No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 225,708 bilhões (média diária de US$ 1,021 bilhão), resultado 28,7% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 793,7 milhões. O resultado anual acumulado das importações também está 24,2% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 725 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 199,006 bilhões (média diária de US$ 900,5 milhões).
Acesse o quadro com os dados do período.http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
O hiperaquecimento do mercado argentino de automóveis deve acabar no próximo ano, mas está garantindo a ressurreição das exportações de veículos brasileiros para o país. De janeiro a outubro de 2011, houve um aumento de 67% nas exportações brasileiras do grupo PSA, que produz as marcas Peugeot e Citroën. A empresa enviou 22,7 mil carros nos dez primeiros meses do ano. O fluxo contrário oscilou 2,6% para cima, avançando para 48 mil automóveis argentinos enviados ao Brasil.
Das principais montadoras, a PSA é a única que divide a sua produção entre Brasil e Argentina em partes relativamente iguais, com uma produção da ordem de 160 mil veículos em cada País. O quadro se manteve em 2011, porque as fábricas fazem uma produção integrada: a unidade na Argentina concentra a produção de veículos pequenos e médios e a do Brasil de veículos médios e grandes.
A fatia brasileira de produção está ampliando este ano 15,9% e a fatia argentina, 17,6%. %. Cerca de 62% da produção argentina é destinada ao Brasil e um sexto da produção brasileira faz o caminho contrário. Mas a dinâmica dos dois mercados é bem diferente na comercialização: enquanto a PSA deve vender mais 6% no Brasil este ano, na Argentina o crescimento em vendas deverá ser de 30%.
Segundo dados da Adefa (associação argentina de fabricantes), entre janeiro e outubro a produção no país alcançou 700 mil veículos, com expectativa de se chegar a 840 mil até o fim do ano, uma alta de 22%. Nas vendas, o salto nos dez primeiros meses foi de 558 mil para 724 mil. Mas o refluxo já começou em novembro: segundo a empresa, os dados argentinos devem mostrar uma queda de 7% na produção, em relação ao mesmo mês no ano anterior.
"Para o próximo ano estamos prevendo uma vigorosa moderação na Argentina e uma estabilidade no Brasil. Tanto em um país como em outro o crescimento de vendas deverá ficar abaixo dos dois dígitos", afirmou o português Carlos Gomes, presidente da PSA para a América Latina. Na parte da produção, a balança da PSA deve se desequilibrar, com o investimento anunciado no mês passado para ampliar a capacidade de produção a 220 mil automóveis no próximo ano.
O ritmo de vendas na Argentina fez com que a General Motors anunciasse na semana passada um investimento de US$ 300 milhões, sendo metade deste valor para a ampliação da linha de produção, que passará de 136 mil a 200 mil veículos. "Nós não estamos dando conta do mercado aqui", disse o presidente da GM para Argentina, Paraguai e Uruguai, Sérgio Rocha. Há dois anos a montadora opera com capacidade ociosa zero, fabricando carros em três turnos. A empresa vendeu nos dez primeiros meses do ano 118,2 mil veículos no país, ou 32,4% a mais que no mesmo período do ano passado. A produção até dezembro deve alcançar 136 mil automóveis. Segundo Rocha, o fluxo de veículos do Brasil para a Argentina não existiu porque a montadora também está operando no limite para atender ao mercado local. O executivo brasileiro é outro que aposta na moderação. "Este pique do mercado argentino não tem como ser mantido", disse.
O crescimento das vendas de automóveis e veículos leves na Argentina não é sem precedentes. Entre 1990 e 1994, ocorreu uma expansão semelhante. Nesse período, segundo dados da Adefa, as vendas quintuplicaram, passando de 96 mil para 508 mil unidades.
Valor Econômico
Estados terão metas de exportação
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vai desenvolver mapas estratégicos de embarques de produtos para o exterior, como parte da política para ampliar a base exportadora e incluir pequenos empresários na pauta da exportação brasileira. Dentro da nova política, que também inclui um Plano Nacional da Cultura Exportadora, os estados terão metas a serem cumpridas. As informações são da Agência Brasil.
Atualmente, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro respondem por 51% da pauta de exportação nacional. Outros 14 Estados têm menos de 1% de participação cada um.
De acordo com a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, o maior alvo do programa são as micro e pequenas empresas. “Nosso desafio é aumentar o numero de empresas exportadoras, especialmente de menor porte. Para essas empresas é que esse esforço faz diferença. As grandes conhecem o caminho. A ideia é não ficar uma coisa perdida. Vamos além da apresentação de financiamento. Vai ter logística, capacitação, promoção, apoio e incentivo por meio de ações integradas”, declarou a secretária.
A primeira etapa para implantação do plano ocorre no dia 1.º de dezembro, com a apresentação das propostas de Mapas Estratégicos de Comércio Exterior e Planos de Ação da Cultura Exportadora feitas com as secretarias estaduais durante o Encontro de Comércio Exterior do Mercosul, em Curitiba.
A execução está prevista para começar a partir de abril, em 14 Estados que já têm propostas consolidadas. Entre eles estão: a Bahia, o Ceará, Goiás, o Rio Grande do Sul e a Paraíba. Outras nove unidades de Federação estão em processo de ajustes ou complementação de dados. O Plano tem ações até 2014.
Gazeta do Povo - PR
Taxa antidumping não reduz entrada de itens chineses
A promessa do governo Dilma Rousseff de apertar a defesa comercial, impondo tarifas contra produtos artificialmente mais baratos da China, não tem funcionado na prática. Levantamento feito pela reportagem do "Estado" demonstra que as chamadas tarifas antidumping impostas contra mercadorias chinesas não foram capazes de impedir o aumento das importações, que em alguns casos ultrapassa 200% apenas neste ano.
O caso dos brinquedos é emblemático. No fim do ano passado, o governo decidiu incluir os artigos em uma lista de exceção da tarifa do Mercosul, para elevar de 20% para 35% o Imposto de Importação. Como resultado, as compras brasileiras de brinquedos chineses, que em 2010 cresceram 28,9%, desaceleraram de forma insignificante e aumentaram 28,8% em 2011.
O Estado comparou as importações de todos os produtos que foram alvo de medidas de proteção comercial via tarifa antidumping, um total de 79 produtos. Em 36 deles, houve aumento de importação. Em relação especificamente à China, houve aumento das compras de 22 das 30 mercadorias sobretaxadas. As quedas se referem a materiais usados como insumo pela indústria nacional.
"Existem "n" maneiras de os chineses burlarem o direito e continuarem trazendo os produtos: pode fazer acordo com o importador, bancar o antidumping para fazer acerto da tarifa, colocar mais mercadoria no contêiner do que o declarado", enumerou a economista Josefina Guedes, diretora da consultoria internacional Guedes, Bernardo, Mamura e Associados. "Os produtos objeto de dumping deveriam ter uma aduana especial para garantir que paguem a tarifa."
Moeda. Alguns produtos chineses mais que dobraram sua entrada no mercado brasileiro neste ano, apesar das tarifas antidumping. É o caso de ventiladores de mesa (257%), pedivelas de bicicleta (153%), lápis (312%) e seringas descartáveis (200%), entre outros. Uma explicação possível seria a influência do câmbio, que barateia os importados quando o real se fortalece, na avaliação de Manolo Canosa Miguez, proprietário das Escovas Fidalga.
Em 2007, o governo aplicou de forma definitiva cobrança de US$ 15,67 por quilo de escova de cabelo chinesa. Neste ano, as compras brasileiras do produto saltaram 42% em relação a 2008, de acordo com dados oficiais.
"Qualquer setor em que o produto chinês entra tende à extinção, a única solução que existe é colocar um valor mínimo para a entrada no País", afirmou. "Quando colocaram o antidumping, o dólar custava R$ 2,10, hoje está em R$ 1,80 e, se somar a desvalorização do yuan, é um desastre para a indústria."
Fraude. A Receita Federal vistoria cerca de 20% dos contêineres que entram no Brasil, enquanto o porcentual chega a apenas 5% nos Estados Unidos, por exemplo, explicou o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais do Fisco, Ernani Argolo Checcucci Filho. Os números frios não dizem muito, pois nos EUA a taxa de verificação é menor porque os importadores tendem a cumprir mais as regras, segundo o subsecretário.
Segundo o coordenador-geral de Administração Aduaneira, Dario da Silva Brayner Filho, todos os carregamentos-alvo de medidas antidumping passam por vistoria mais rigorosa. "O importador só escapa disso se cometer fraude." A legislação vigente permite à Receita cobrar multas até cinco anos depois do desembaraço da mercadoria na alfândega.
O Estado de São Paulo
Governo prorroga por quatro meses licença prévia de importação
O governo federal prorrogou por quatro meses a obrigatoriedade da licença prévia para importação de uma vasta gama de papéis, com o objetivo de monitorar as operações de comércio exterior que envolvem esse tipo de produto.
Em setembro, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) já havia endurecido a fiscalização sobre as compras externas nos segmentos de offset (imprimir e escrever), cuchê de baixa gramatura e A4 (o conhecido sulfite), ao suspender a licença automática por 90 dias, diante da identificação de "importações que fogem ao padrão".
De janeiro a setembro, conforme dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), as importações de papel totalizaram 1,141 milhão de toneladas, uma alta de 1,9% na comparação com igual intervalo de 2010. Ao mesmo tempo, as vendas domésticas recuaram 1,5%, para 3,9 milhões de toneladas. E, de agosto para setembro, mostra a entidade, as compras externas subiram 8,2%, para 132 mil toneladas, influenciadas sobretudo pelos papéis de imprimir e escrever e papel-cartão.
Conforme a Bracelpa, são justamente esses dois segmentos os que têm sido alvo de operações ilegais que resultam no desvio de finalidade do produto que é isento de impostos. Pelas regras brasileiras, o papel imune só pode ser utilizado para fins editoriais, porém foram detectados casos de venda para outros tipos de aplicação (na produção de panfletos, por exemplo).
"Em 2010, as operações ilegais com papéis declarados imunes movimentaram 620 mil toneladas de papéis de imprimir e escrever e resultaram em uma perda estimada de R$ 411 milhões para os cofres públicos", informa a Bracelpa.
Diante desse cenário, o governo decidiu estender por mais 120 dias a medida, que gerou questionamentos entre distribuidores e importadores de papel e gráficas que atuam no país. A portaria que trata sobre o assunto, segundo a assessoria do Mdic, será publicada nesta semana.
De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa), Vitor Paulo de Andrade, as empresas que trabalham com papel importado não esperavam pela prorrogação da medida. "Agora, já que isso aconteceu, esperamos que a medida não onere o setor em razão dos atrasos na emissão de licenças", afirmou.
Nos 90 dias em que vigorou a suspensão da licença automática, diversas distribuidoras e importadoras enfrentaram dificuldades e demora para liberar lotes de mercadoria - houve casos em que o produto levou até dois meses para ser desembaraçado. "Isso gera custos portuários e de estoque adicionais que estão pressionando as margens do setor e serão repassados ao preço final do papel", acrescentou Andrade.
A primeira suspensão da licença automática de importação, para outras cinco classificações de papel, foi adotada em maio. No caso do LWC (papel revestido de pasta mecânica), que estava entre os tipos de papel atingidos à época, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) acabou aprovando uma medida antidumping provisória para o produto com origem no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Bélgica, Finlândia e Suécia.
Valor Econômico
Programa beneficia pequeno exportador
Plano Nacional da Cultura Exportadora conta com ações até 2014 e estimulará o potencial de cada estado da Federação
A ampliação da base exportadora e a inclusão dos pequenos empresários na pauta da exportação brasileira estão na mira do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Segundo a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, a ideia é desenvolver mapas estratégicos de embarques para o exterior por estado da federação a fim de alavancar as vendas nos estados. “Queremos aproximar quem precisa com quem tem algo a oferecer. Vamos costurar juntos este plano que vai definir ações para os próximos anos com o objetivo de alavancar o potencial exportador dos estados”, afirma. Para isso, o MDIC criou o Plano Nacional da Cultura Exportadora.
A primeira etapa para implantação do plano ocorre no dia 1 de dezembro, com a apresentação das propostas de Mapas Estratégicos de Comércio Exterior e Planos de Ação da Cultura Exportadora feitas com as secretarias estaduais durante o Encontro de Comércio Exterior (Encomex) do Mercosul, em Curitiba.
A execução está prevista para começar a partir de abril, em 14 estados que já têm propostas consolidadas. Entre eles estão o Rio Grande do Sul, a Bahia, o Ceará, Goiás e a Paraíba. Outras nove unidades de Federação estão em processo de ajustes ou complementação de dados. O Plano tem ações até 2014. Segundo Tatiana, os resultados na balança comercial brasileira não serão sentidos em curto prazo.
O programa visa a dar apoio e fomento a novas tecnologias e setores potenciais. Cada estado terá metas específicas que serão monitoradas pelo ministério. Atualmente, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro respondem por 51% da pauta de exportação nacional. Outros 14 estados têm menos de 1% de participação cada um.
De acordo com a secretária, o maior alvo do programa são as micro e pequenas empresas. “Nosso desafio é aumentar o número de empresas exportadoras, especialmente de menor porte. Para essas empresas é que esse esforço faz diferença. As grandes conhecem o caminho. A ideia é não ficar uma coisa perdida. Vamos além da apresentação de financiamento. Vai ter logística, capacitação, promoção, apoio e incentivo por meio de ações integradas”, defende. “Empresa de pequeno porte não traz imediatamente impacto grande em termos de balança, em total exportado. Temos um outro enfoque, que é o de aumentar a base exportadora do Brasil e difundir a cultura de exportação nas empresas do Brasil.”
Cadastro positivo ganha versão corporativa
Um sistema de comércio exterior à beira do colapso, devido à falta de investimentos e ao excesso de regulação, jogou o Brasil atrás de países como Ruanda, Tonga, Paraguai e Etiópia no ranking mundial dos que mais facilitam os negócios entre as nações. Para evitar um apagão no setor, o governo prepara um pacote de medidas, entre as quais a criação de uma espécie de cadastro positivo de importadores e exportadores.
O objetivo do cadastro, que faz parte do arcabouço de ações que está sobre a mesa da Câmara de Comércio Exterior (Camex), é que empresas de boa reputação pulem etapas do processo de desembaraço de mercadorias. Assim, muitas delas serão poupadas da verdadeira peregrinação em busca de carimbos de 17 órgãos diferentes.
Enquanto na Bélgica são necessárias duas horas para liberar um carregamento, aqui, somente a Receita Federal demora pelo menos dois dias com a mercadoria. Com isso, o prazo médio, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), é de dez dias. Um problema maior para quem negocia produtos perecíveis e depende de liminares na Justiça para fazer tudo isso antes de os produtos perderem a validade.
No Brasil, as inspeções duram muito mais tempo que na Rússia, na Índia, na China e na Argentina. Se a comparação for com Estados Unidos, Alemanha, Canadá e Reino Unido, este prazo chega a ser o dobro. E é um tempo caro e ineficiente: 70% dele são gastos para preparar documentos e conseguir liberação junto a órgãos de governo. Os 30% restantes são para transporte e movimentação portuária.
Foram quatro anos de estudo de um grupo de técnicos da Camex para analisar os processos mais modernos e propor um novo marco regulatório para o setor. O problema é que as propostas entram e saem da pauta das reuniões de um órgão enfraquecido depois de ter sido atropelado pelo Ministério da Fazenda no episódio do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados.
Negócios entre Brasil e África estão em alta
A corrente de comércio entre África e Brasil deve chegar a US$ 60 bilhões em seis anos, o triplo do que foi registrado em 2010 (US$ 20,6 bilhões), estima a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No ano passado, o País registrou um déficit comercial com o continente de cerca de R$ 2 bilhões, mas as exportações brasileiras para África têm crescido em ritmo maior do que as importações.
Um dos entraves ao crescimento do comércio entre as duas regiões é a falta de linhas marítimas e aéreas, observou o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Gianetti da Fonseca. Após evento realizado pela Fiesp sobre investimentos na África, ele disse que a instituição ficou responsável por trabalhar num projeto de “hub” marítimo e aeroviário para distribuição de produtos brasileiros na África. Segundo ele, isso pode reduzir nos próximos anos pela metade o custo do transporte de mercadorias entre Brasil e África.
Presente no evento, o presidente do Bndes, Luciano Coutinho, disse que a presidente Dilma Rousseff orientou o banco a priorizar a região. O continente deve crescer 5,8% em 2012, de acordo com o FMI, e representa muitas oportunidades para os empresários brasileiros, observou Coutinho. Ele destacou as áreas tradicionais de investimento brasileiro na África, como energia, agricultura e infraestrutura, mas citou também serviços bancários, educação, saúde e turismo.
Coutinho observou que os bancos europeus representam uma importante fonte de financiamento para a África e que, por isso, os bancos multilaterais precisarão atuar mais fortemente para evitar que uma eventual complicação de bancos europeus afete o grande potencial de crescimento do continente.
Portos e Navios
Interesse comercial entre EUA e Brasil se inverte após crise
Gustavo Machado
São Paulo - O baixo crescimento americano e o surgimento de novos mercados pujantes mudaram a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. Após a abertura comercial no início da década de 1990, a ânsia por explorar o mercado ianque ditou os rumos do comercio exterior nacional. No entanto, após os desdobramentos recentes da crise financeira que aflige as economias mais desenvolvidas, consolida-se a inversão dos papéis no novo mundo.
De acordo com Célia Feldpausch, vice-presidente do Brazil Industries Coalition (BIC - Coalizão das Indústrias do Brasil), os empresários de ambos os países voltaram seus esforços para conquistar os emergentes. "O estreitamento de relações com esses países é uma tendência ".
Para a especialista, neste sentido, os americanos veem atualmente o Brasil como um supermercado, cujo sentimento que não é recíproco. "O interesse no Brasil cresceu espetacularmente", afirma Feldpausch.
A vice-presidente do BIC entende que esta ânsia se respalda no acréscimo de US$ 15 milhões fornecidos à Administração Internacional de Comércio (ITA, na sigla em inglês) para fomentar as exportações para países emergentes. O departamento é um dos únicos a receber aporte irrestrito por parte do Comitê de Apropriações, órgão que define o orçamento americano.
"Os fundos adicionais suportarão a alta prioridade das Iniciativas de Exportação Nacional, a fim de incrementar as exportações ", diz Hal Rogers, presidente do Comitê. O Departamento de Comércio, pasta a qual compreende o ITA, receberá apenas US$ 26 milhões acima do destinado em 2010. O orçamento do departamento será de US$ 7,6 bilhões.
Distanciamento político
Diogo Costa, professor de Relações Internacionais do Ibmec de Belo Horizonte, explica que as relações entre os dois países se deterioraram após o Itamaraty encontrar no Poder Executivo um parceiro para restringir o avanço americano sobre o comércio brasileiro. "Nos últimos 10 anos, houve uma mudança econômica, deixando o Brasil mais protecionista", comenta. Costa argumenta que os processos movidos contra os Estados Unidos na Organização Mundial de Comércio são indicativos desta política. "Os processos atrapalharam muito essa relação, que poderiam estar melhores", afirma.
Há seis anos, cerca de 19% das exportações brasileiras tinham como destino o parceiro norte-americano. Em 2011, a participação ianque nas vendas de produtores nacionais caiu para 9,5%.
No período, o saldo comercial se inverteu, passando de superávit brasileiro de US$ 9,9 bilhões, em 2005, para déficit de US$ 7,7 bilhões, em 2010. "O fator mais relevante foi o crescimento da China. Os Estados Unidos não figuram mais como a prioridade", explica Diogo Costa. No ínterim, as exportações tupiniquins para o gigante asiático saltaram de US$ 8,4 bilhões para US$ 30 bilhões.
No entendimento de que o Brasil não é mais um subdesenvolvido, e sim uma potência, o congresso americano pretende não dar continuidade no Sistema Geral de Preferências, o qual contemplava incentivos para importação de cerca de 3 mil produtos brasileiros. De acordo com dados da Câmara Americana de Comércio, 10% das exportações destinadas aos Estados Unidos são creditadas ao programa.
Em 2011, ensaiou-se uma reaproximação entre os presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff. Das visitas realizadas, pouco pode ser assinalado como avanços na área comercial, no entanto, algumas iniciativas de cooperação surgiram após as reuniões.
Durante a próxima semana, acontecerá a primeira reunião do Trade & Economic Cooperative Agreement (Teca - Acordo de Cooperação Econômica e Comercial), promovido em parceria por Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Itamaraty e United Stades Trade Representative (USTR - Representante Comercial dos Estados Unidos). "Isso criará um espaço para discutir relações tangíveis, como relações aduaneiras e cooperação tecnológica em algumas áreas", explica Feldpausch.
Antidumping
A Câmara de Comércio Exterior aprovou a aplicação de direito antidumping definitivo em importações de diisocianato de tolueno, utilizado na fabricação de poliuretanos. O direito será aplicado sobre produtos provenientes dos Estados Unidos e da Argentina, por cinco anos. As investigações têm como objetivo evitar que os produtores nacionais sejam prejudicados pela importação de produtos com preços abaixo de seu valor de marcado.
http://www.dci.com.br/Interesse-comercial-entre-EUA-e-Brasil-se-inverte-apos-crise-6-398824.html
Brasil entra na guerra pelo mercado asiático
Simone Cavalcanti (scavalcanti@brasileconomico.com.br)
Correspondente do Brasil Econômico em Brasília
Antonio Patriota, ministro de Relações Exteriores: foco no dinamismo dos asiáticos
Para se blindar contra a crise, governo quer ampliar o comércio com continente e está disposto a brigar por espaço com empresas da China.
Enquanto a atividade econômica das nações maduras patina, o governo brasileiro trabalha para intensificar as relações com seus pares emergentes e, desta forma, mitigar os abalos que podem ocorrer no comércio com parceiros europeus e americanos.
Nessa corrida por blindar a economia brasileira, o governo precisa ainda disputar mercado com os chineses e os alvos recentes são a própria Ásia e o continente africano.
Por isso, os dez países do sudeste asiático que formam o bloco Asean são vistos como uma oportunidade e tanto pelo governo brasileiro.
"No momento em que povos desenvolvidos passam por dificuldades, a Asean está com uma economia muito dinâmica e o acordo nos ajudará a diversificar ainda mais as relações comerciais", disse ao Brasil Econômico o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota.
A expectativa não é para menos: o mercado de consumo dos principais países da região se mantém aquecido. Cingapura, Filipinas, Indonésia, Malásia e Tailândia, juntos, cresceram em média 5,4% no ano passado e as projeções indicam expansão de 5,6% em 2011.
De olho na expectativa de novos negócios com a mais representativa integração regional da Ásia, o governo brasileiro assinou carta de intenções para aderir ao Tratado de Amizade e Cooperação no Sudeste Asiático (TAC) semana passada durante a Cúpula da Asean na Indonésia. Agora, o acordo formal será submetido ao Congresso Nacional para aprovação.
Com isso, o Brasil será o primeiro país latino e o quarto do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e, mais recentemente, África do Sul), a ter entendimento com o bloco.
Nas relações comerciais, a Asean é o sexto maior parceiro do Brasil com um volume de intercâmbio similar ao registrado com o Japão. Nos últimos anos, o comércio vem se acentuando. A corrente de comércio subiu de US$ 7,12 bilhões, em 2006, para US$ 14,83 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, com saldo positivo para o Brasil de US$ 598 milhões.
O Brasil importa mais produtos de alto valor agregado, como microprocessadores e de circuitos impressos e integrados, além de máquinas e equipamentos diversos.
No entanto, nas exportações, segue a lógica da pauta para a Ásia na qual predominam produtos de baixo valor agregado, com grande destaque para minérios brutos ou semimanufaturados e para produtos alimentícios, nos quais soja, carnes e açúcar têm importância.
"Eles são bem mais conectados ao comércio global do que o Brasil", ressalta Patriota. Tanto é que o comércio exterior da Asean é aproximadamente cinco vezes maior que o brasileiro. Enquanto as transações verde-amarelas estão na casa dos US$ 383 bilhões a dos asiáticos chegam a US$ 2 trilhões.
Potencial à vista
Na visão da diplomacia brasileira, essa relação bilateral tem grande potencial na busca da maior diversificação não apenas de países, mas de produtos e serviços a serem ofertados pelo Brasil.
O Itamaraty lista como principais atrativos do menu brasileiro as áreas de energia renovável, ciência e tecnologia, além da possível exportação de políticas de combate à pobreza.
Há perspectivas favoráveis para investimentos brasileiros em etanol nas Filipinas, Indonésia, Tailândia e Vietnã. Empresas brasileiras como a Vale (que está na Indonésia e na Malásia) e Embraer já atuam na região, o que ajuda nas negociações.
http://www.brasileconomico.com.br/noticias/brasil-entra-na-guerra-pelo-mercado-asiatico_109520.html
Terceira semana de novembro registra exportações de US$ 3,824 bilhões
Na terceira semana de novembro (14 a 20), com quatro dias úteis, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 7,366 bilhões, com média diária de US$ 1,841 bilhão. Houve superávit, no período, de US$ 282 milhões, com média de US$ 70,5 milhões por dia útil. As vendas brasileiras ao mercado externo foram de US$ 3,824 bilhões (média diária de US$ 956 milhões). As aquisições no exterior, na terceira semana de novembro, foram de US$ 3,542 bilhões (média de US$ 885,5 milhões).
Mês
As exportações, no acumulado de novembro, com 12 dias úteis (1º a 20), foram de US$ 13,569 bilhões, com média diária de US$ 1,130 bilhão. Por este comparativo, o número é 27,9% superior à média de US$ 884,4 milhões do mês de novembro de 2010. Já em relação à média de outubro deste ano (US$ 1,107 bilhão), houve aumento de 2,1%.
Nas três primeiras semanas do mês, as importações chegaram a US$ 12,255 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 1,021 bilhão. A média é 17,4% maior que a de novembro do ano passado (US$ 869,8 milhões). Na comparação com o resultado médio de outubro de 2011 (US$ 989,2 milhões), os gastos no mercado externo registraram aumento de 3,2%.
No mês, o saldo da balança comercial é positivo em US$ 1,314 bilhão, com média diária de US$ 109,5 milhões. No comparativo com as médias de outros meses, o valor é 652,6% maior que o registrado em novembro de 2010 (US$ 14,6 milhões) e 7% inferior ao de outubro último (US$ 117,7 milhões).
A corrente de comércio em novembro já soma US$ 25,824 bilhões, com média diária de US$ 2,152 bilhões. Neste resultado, houve crescimento de 22,7% em relação à média de novembro de 2010 (US$ 1,754 bilhão) e aumento de 2,7% na comparação com outubro passado (média de US$ 2,096 bilhões).
Acumulado do Ano
De janeiro até a terceira semana de novembro, o superávit da balança comercial chega a US$ 26,702 bilhões (média diária de US$ 120,8 milhões). O resultado é 75,9% maior que o verificado no mesmo período do ano passado (média diária de US$ 68,7 milhões). Nos 221 dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 424,714 bilhões (média diária de US$ 1,921 bilhão), com aumento de 26,5% sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,518 bilhão).
No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 225,708 bilhões (média diária de US$ 1,021 bilhão), resultado 28,7% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 793,7 milhões. O resultado anual acumulado das importações também está 24,2% maior em relação ao ano passado (média diária de US$ 725 milhões). No ano, as importações chegam a US$ 199,006 bilhões (média diária de US$ 900,5 milhões).
Acesse o quadro com os dados do período.http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
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