Começa a modernização do Porto de Santos
São Paulo - A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, leva adiante o plano de R$ 1,5 bilhão cujo objetivo final é modernizar até 2014 o maior porto da América Latina, com a perspectiva de que, depois da conclusão do plano, não haverá mais gargalos no Porto de Santos. Em entrevista ao DCI José Roberto Correia Serra, presidente da Codesp, explica que o órgão trabalha com um horizonte de demanda para Santos de até 230 milhões de toneladas em 2024 a qual faz parte de um estudo estratégico que orienta as obras no complexo. Mas as mudanças já começaram.
"A Codesp já instalou no Porto de Santos centenas de câmeras de segurança, quilômetros de redes de fibra ótica, portões de acesso com leitura biométrica de mão e de face combinada com cartões de identificação e, por fim, a chamada motivação para controlar a entrada no porto. Trata-se de uma autorização eletrônica concedida pelas autoridades competentes para tanto." Estas últimas medidas são necessárias diante das exigências de segurança cada vez mais rigídas que os EUA, em especial, fazem a portos de origem dos produtos que importam.
Agora, a Codesp analisa duas licitações para alavancar ainda mais a área. Uma está relacionada à elaboração do projeto executivo das obras da passagem subterrânea da região do Valongo, o chamado Mergulhão. A outra é a da execução de obras que visam ao incremento do sistema viário na região do Saboó. As ações contam com recursos da Secretaria de Portos (SEP) por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2) e terão as propostas abertas ainda este ano.
São medidas necessárias para combater um dos principais problemas de Santos - e da maioria dos grandes portos do País: as filas de caminhões, por terra, e de navios, pelo mar, para embarque e desembarque de mercadorias. Há apenas dois meses, por exemplo, 450 caminhões aguardavam para descarregar açúcar no Porto de Santos. No Porto de Paranaguá, no Paraná, na mesma época, a fila de caminhões atingiu 150 veículos. Ficar parado em uma rodovia, esperando para escoar o carregamento, gera um encarecimento de cerca de 15% do frete de um caminhão.
"O Porto de Santos está sendo totalmente modernizado. Estamos também ampliando suas vias de acesso para escoamento do tráfego rodoferroviário de cargas e aprofundando seu canal de navegação para 15 metros, dentre outras intervenções", enfatizou Serra. Ele defende que no momento o porto consegue dar conta do recado, mas admite dificuldades: "Há setores já operando em Santos próximos ao limite, como é o caso dos contêineres. Temos uma capacidade total de cerca de 3 milhões de TEUs [medida de capacidade de contêineres]. Até setembro já operamos quase 2,2 milhões de TEUs". Mas ele lembra que a partir de 2012 esta capacidade cresce com a entrada em operação de novos terminais.
Recorde
A movimentação de cargas por Santos teve em setembro a melhor performance já vista em um mês de setembro: 8,9 milhões de toneladas; o complexo acumulou até então 73,2 milhões de toneladas movimentadas em 2011. Isto é também um novo recorde para o período, ultrapassando em 2% o melhor resultado verificado até setembro do ano passado.
Nas operações com contêineres, o porto atingiu uma expansão de 11,3%. O fluxo de navios por Santos aumentou 3,2%, com 4.384 embarcações já atracadas por ali até setembro. Por fim, os números da balança comercial apresentaram desempenho favorável no porto - crescimento de 25,39% no valor das cargas operadas no complexo, pela última medição. Até setembro, o total de US$ 87,4 bilhões em transações passaram por ali. "Um projeto da empresa São Paulo Empreendimentos Portuários para a implantação de um terminal portuário de atendimento offshore já teve audiência pública. Há também interesse da Petrobras na instalação de base de apoio à atividade de exploração do pré-sal na margem esquerda do Porto de Santos", comemora Serra.
Porto Sem Papel
Os portos brasileiros padecem desde sempre de dois males: infraestrutura de menos e burocracia demais. O primeiro vem sendo enfrentado por autoridades portuárias, como a Codesp, com investimentos maciços como os descritos. O segundo está na mira do Porto Sem Papel, iniciativa do governo lançada em agosto que promete agilizar muito o embarque e desembarque de mercadorias nos terminais do País.
No âmbito do projeto, todos os documentos que são usados nestes complexos passarão a fazer parte de um único sistema informatizado. Santos é, justamente, um dos primeiros terminais onde o Porto Sem Papel está sendo implantado, ao lado do Rio de Janeiro e de Vitória. Através de um aporte de R$ 114 milhões, a Secretaria dos Portos quer conectar eletronicamente até abril de 2013 os 35 portos que administra, eliminando, ou ao menos reduzindo drasticamente, a demora na liberação de cargas nos mesmos.
DCI
Biometria e fibra ótica chegam ao Porto de Santos por R$ 1,5 bilhão
São paulo - Portões de acesso com leitura biométrica de mão e face combinada com cartões de identificação, junto de centenas de câmeras de segurança e quilômetros de redes de fibra ótica. Estes são alguns dos programas implementados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) na modernização do Porto de Santos, ao levar adiante o plano de aplicar R$ 1,5 bilhão na infraestrutura do local até 2014
O maior porto da América Latina, que há dois meses via fila de 450 caminhões para liberar mais de 13 mil toneladas de açúcar, "não terá mais gargalos após a implementação desse projeto", afirmou José Roberto Correia Serra, presidente da Codesp. O órgão trabalha com um horizonte de demanda para Santos de até 230 milhões de toneladas em 2024, e analisa um estudo estratégico para o complexo.
DCI
Greve segue no porto de Itajaí e desvia 7,5 mil contêineres
SÃO PAULO - O número de contêineres que deixaram de ser movimentados no porto de Itajaí (SC) chegou a 7,5 mil nesta quinta-feira, por conta da greve de conferentes que começou há uma semana, segundo a APM Terminals, empresa arrendatária e operadora do porto.
Com isso, o prejuízo do porto já soma 4,2 milhões de reais.
Desde a última quinta-feira, 12 navios foram desviados do porto público de Itajaí, sendo cinco deles direcionados ao terminal portuário Portonave, na cidade de Navegantes (SC), e outros sete destinados aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Entre os produtos exportados pelo porto de Itajaí estão carne suína, frango, blocos de motores, motores elétricos e compressores. O porto também importa cerâmica, polímeros e produtos têxteis.
A paralisação é fruto de uma disputa trabalhista que envolve 54 conferentes do porto e a APM.
Uma reunião com representantes dos sindicatos de todo o complexo portuário de Itajaí, a superintendência do porto, a APM Terminals, uma comissão de greve e um representante do Ministério Público ocorreu na última terça-feira, mas a greve foi mantida.
A empresa quer contratar 24 trabalhadores via CLT, já que hoje os trabalhadores são contratados como mão de obra avulsa.
Os outros 30 poderiam ser realocados para outras funções do porto, em caráter de "multifuncionalidade", segundo comunicado oficial da APM divulgado nesta quinta-feira, com propostas da empresa para dar fim à greve.
"Esta intenção da empresa é uma efetiva necessidade, em função do custo excessivamente alto do trabalho realizado pelos trabalhadores avulsos da categoria dos conferentes", afirmou a empresa em comunicado.
Segundo a APM Terminals, o salário médio de um conferente é de 8 mil reais por mês.
Já o presidente do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga do porto de Itajaí, Laerte Miranda Filho, o sindicato ainda não recebeu nenhum documento com propostas da APM.
"Eu quero ver o documento, eu desconheço", afirmou.
De acordo com o presidente, a operadora do porto ficou de dar uma resposta oficial após a reunião de terça-feira. "Só sei através da imprensa", disse.
A proposta do sindicato, que começou pedindo ajuste salarial de 15 por cento acima da inflação, é agora de 7 por cento, e exige o cumprimento das regras de contratação para todos os trabalhadores do porto.
Reuters/Patrícia Monteiro; edição de Roberto Samora
Portos e Navios
América do Sul precisa investir em portos, diz ONU
Os portos da América do Sul precisam de "investimentos significantes" em infraestrutura para que estejam aptos a receber navios de até 13 mil TEUs que hoje operam nas principais rotas marítimas comerciais do planeta.
É o que conclui estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da Organização das Nações Unidas (ONU), lançado na semana passada. Parte das informações do trabalho foi apresentada durante a Conferência Anual da Associação Internacional de Economistas Marítimos 2011 ¬ América Latina, este ano realizada em Santiago, no Chile.
A Cepal prevê que, em cinco a oito anos, navios com capacidade média de 13 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) chegarão às costas Leste e Oeste do continente sul-americano. Atualmente, os maiores porta-contêineres a escalar na região não carregam mais que 8 mil TEUs.
No Porto de Santos, por exemplo, a maior embarcação já recebida foi o Santa Clara, da Hamburg Süd, com 7,1 mil TEUs, seguido do MSC Laura, que carrega até 6.750 TEUs. O aumento nos tamanhos dos navios deve-se à crescente demanda externa e à tendência global de busca por economias de escala evencida de econômica.
Os grandes navios, que cumprem principalmente as rotas Leste-Oeste, ligando Extremo Oriente, América do Norte e Europa, tendem a se deslocar para a América do Sul, à medida que a economia na região se fortifica e que são produzidos super. cargueiros em estaleiros pelo mundo. Quanto maiores as embarcações (e seus calados máximos), maior é a profundidade necessária dos canais de acesso e berços de atracação nos portos.
Segundo a Cepal, serão necessários aportes financeiros substanciais em obras que aumentem a capacidade dos terminais portuários da América do Sul, em especial sua profundidade. "Isto afetará, em uma tacada só, a competitividade portuária e as conexões logísticas na região", informou a Cepal, em comunicado. Durante a abertura do evento, no Chile, o secretário-executivo da Cepal, Antonio Prado, destacou que "a indústria marítima, portuária e de serviços logísticos são importantes facilitado resdo desenvolvimento e da inserção internacional da América Latina".
Ele alertou para a deficiência de infraestrutura na América Latina, calculada em US$ 170 bilhões por ano até 2020 ¬ 5% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Mas destacou que esta é, também, uma oportunidade para se ter um salto tecnológico qualitativo na região.
A Tribuna
Portugal é o porto mais seguro para entrada dos brasileiros na Europa
Sérgio Cabral destaca a indústria naval, tendo em conta que a rede de estaleiros brasileiros não consegue satisfazer a procura.
O acentuado crescimento económico do Brasil nos últimos anos tem, não só, criado oportunidades de investimento para empresas estrangeiras, mas também potenciado o desenvolvimento de sociedades brasileiras que, capitalizadas, procuram crescer para fora do país. As afinidades com Portugal colocam o país como um parceiro privilegiado, num momento em que necessita de atrair investimento estrangeiro para potenciar o desenvolvimento económico.
Foi precisamente este o foco do discurso do governador do Rio de Janeiro, ontem, na conferência sobre "Oportunidades de Investimento no Brasil", organizada pelo Económico.
"As empresas brasileiras precisam de se expandir e Portugal é o porto mais seguro para entrada na Europa", afirmou Sérgio Cabral. Uma expansão que pode passar, nomeadamente, pela criação de ‘joint-ventures' com empresas estrangeiras, acrescentou.
A atracção de investimento brasileiro para Portugal foi também destacada pelo ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. "Neste momento, é mais importante Portugal conseguir captar investimento brasileiro, porque têm as empresas capitalizadas", salientou o ministro, à margem da conferência.
Brasil Econômico
São Paulo - A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos, leva adiante o plano de R$ 1,5 bilhão cujo objetivo final é modernizar até 2014 o maior porto da América Latina, com a perspectiva de que, depois da conclusão do plano, não haverá mais gargalos no Porto de Santos. Em entrevista ao DCI José Roberto Correia Serra, presidente da Codesp, explica que o órgão trabalha com um horizonte de demanda para Santos de até 230 milhões de toneladas em 2024 a qual faz parte de um estudo estratégico que orienta as obras no complexo. Mas as mudanças já começaram.
"A Codesp já instalou no Porto de Santos centenas de câmeras de segurança, quilômetros de redes de fibra ótica, portões de acesso com leitura biométrica de mão e de face combinada com cartões de identificação e, por fim, a chamada motivação para controlar a entrada no porto. Trata-se de uma autorização eletrônica concedida pelas autoridades competentes para tanto." Estas últimas medidas são necessárias diante das exigências de segurança cada vez mais rigídas que os EUA, em especial, fazem a portos de origem dos produtos que importam.
Agora, a Codesp analisa duas licitações para alavancar ainda mais a área. Uma está relacionada à elaboração do projeto executivo das obras da passagem subterrânea da região do Valongo, o chamado Mergulhão. A outra é a da execução de obras que visam ao incremento do sistema viário na região do Saboó. As ações contam com recursos da Secretaria de Portos (SEP) por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC-2) e terão as propostas abertas ainda este ano.
São medidas necessárias para combater um dos principais problemas de Santos - e da maioria dos grandes portos do País: as filas de caminhões, por terra, e de navios, pelo mar, para embarque e desembarque de mercadorias. Há apenas dois meses, por exemplo, 450 caminhões aguardavam para descarregar açúcar no Porto de Santos. No Porto de Paranaguá, no Paraná, na mesma época, a fila de caminhões atingiu 150 veículos. Ficar parado em uma rodovia, esperando para escoar o carregamento, gera um encarecimento de cerca de 15% do frete de um caminhão.
"O Porto de Santos está sendo totalmente modernizado. Estamos também ampliando suas vias de acesso para escoamento do tráfego rodoferroviário de cargas e aprofundando seu canal de navegação para 15 metros, dentre outras intervenções", enfatizou Serra. Ele defende que no momento o porto consegue dar conta do recado, mas admite dificuldades: "Há setores já operando em Santos próximos ao limite, como é o caso dos contêineres. Temos uma capacidade total de cerca de 3 milhões de TEUs [medida de capacidade de contêineres]. Até setembro já operamos quase 2,2 milhões de TEUs". Mas ele lembra que a partir de 2012 esta capacidade cresce com a entrada em operação de novos terminais.
Recorde
A movimentação de cargas por Santos teve em setembro a melhor performance já vista em um mês de setembro: 8,9 milhões de toneladas; o complexo acumulou até então 73,2 milhões de toneladas movimentadas em 2011. Isto é também um novo recorde para o período, ultrapassando em 2% o melhor resultado verificado até setembro do ano passado.
Nas operações com contêineres, o porto atingiu uma expansão de 11,3%. O fluxo de navios por Santos aumentou 3,2%, com 4.384 embarcações já atracadas por ali até setembro. Por fim, os números da balança comercial apresentaram desempenho favorável no porto - crescimento de 25,39% no valor das cargas operadas no complexo, pela última medição. Até setembro, o total de US$ 87,4 bilhões em transações passaram por ali. "Um projeto da empresa São Paulo Empreendimentos Portuários para a implantação de um terminal portuário de atendimento offshore já teve audiência pública. Há também interesse da Petrobras na instalação de base de apoio à atividade de exploração do pré-sal na margem esquerda do Porto de Santos", comemora Serra.
Porto Sem Papel
Os portos brasileiros padecem desde sempre de dois males: infraestrutura de menos e burocracia demais. O primeiro vem sendo enfrentado por autoridades portuárias, como a Codesp, com investimentos maciços como os descritos. O segundo está na mira do Porto Sem Papel, iniciativa do governo lançada em agosto que promete agilizar muito o embarque e desembarque de mercadorias nos terminais do País.
No âmbito do projeto, todos os documentos que são usados nestes complexos passarão a fazer parte de um único sistema informatizado. Santos é, justamente, um dos primeiros terminais onde o Porto Sem Papel está sendo implantado, ao lado do Rio de Janeiro e de Vitória. Através de um aporte de R$ 114 milhões, a Secretaria dos Portos quer conectar eletronicamente até abril de 2013 os 35 portos que administra, eliminando, ou ao menos reduzindo drasticamente, a demora na liberação de cargas nos mesmos.
DCI
Biometria e fibra ótica chegam ao Porto de Santos por R$ 1,5 bilhão
São paulo - Portões de acesso com leitura biométrica de mão e face combinada com cartões de identificação, junto de centenas de câmeras de segurança e quilômetros de redes de fibra ótica. Estes são alguns dos programas implementados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) na modernização do Porto de Santos, ao levar adiante o plano de aplicar R$ 1,5 bilhão na infraestrutura do local até 2014
O maior porto da América Latina, que há dois meses via fila de 450 caminhões para liberar mais de 13 mil toneladas de açúcar, "não terá mais gargalos após a implementação desse projeto", afirmou José Roberto Correia Serra, presidente da Codesp. O órgão trabalha com um horizonte de demanda para Santos de até 230 milhões de toneladas em 2024, e analisa um estudo estratégico para o complexo.
DCI
Greve segue no porto de Itajaí e desvia 7,5 mil contêineres
SÃO PAULO - O número de contêineres que deixaram de ser movimentados no porto de Itajaí (SC) chegou a 7,5 mil nesta quinta-feira, por conta da greve de conferentes que começou há uma semana, segundo a APM Terminals, empresa arrendatária e operadora do porto.
Com isso, o prejuízo do porto já soma 4,2 milhões de reais.
Desde a última quinta-feira, 12 navios foram desviados do porto público de Itajaí, sendo cinco deles direcionados ao terminal portuário Portonave, na cidade de Navegantes (SC), e outros sete destinados aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Entre os produtos exportados pelo porto de Itajaí estão carne suína, frango, blocos de motores, motores elétricos e compressores. O porto também importa cerâmica, polímeros e produtos têxteis.
A paralisação é fruto de uma disputa trabalhista que envolve 54 conferentes do porto e a APM.
Uma reunião com representantes dos sindicatos de todo o complexo portuário de Itajaí, a superintendência do porto, a APM Terminals, uma comissão de greve e um representante do Ministério Público ocorreu na última terça-feira, mas a greve foi mantida.
A empresa quer contratar 24 trabalhadores via CLT, já que hoje os trabalhadores são contratados como mão de obra avulsa.
Os outros 30 poderiam ser realocados para outras funções do porto, em caráter de "multifuncionalidade", segundo comunicado oficial da APM divulgado nesta quinta-feira, com propostas da empresa para dar fim à greve.
"Esta intenção da empresa é uma efetiva necessidade, em função do custo excessivamente alto do trabalho realizado pelos trabalhadores avulsos da categoria dos conferentes", afirmou a empresa em comunicado.
Segundo a APM Terminals, o salário médio de um conferente é de 8 mil reais por mês.
Já o presidente do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga do porto de Itajaí, Laerte Miranda Filho, o sindicato ainda não recebeu nenhum documento com propostas da APM.
"Eu quero ver o documento, eu desconheço", afirmou.
De acordo com o presidente, a operadora do porto ficou de dar uma resposta oficial após a reunião de terça-feira. "Só sei através da imprensa", disse.
A proposta do sindicato, que começou pedindo ajuste salarial de 15 por cento acima da inflação, é agora de 7 por cento, e exige o cumprimento das regras de contratação para todos os trabalhadores do porto.
Reuters/Patrícia Monteiro; edição de Roberto Samora
Portos e Navios
América do Sul precisa investir em portos, diz ONU
Os portos da América do Sul precisam de "investimentos significantes" em infraestrutura para que estejam aptos a receber navios de até 13 mil TEUs que hoje operam nas principais rotas marítimas comerciais do planeta.
É o que conclui estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) da Organização das Nações Unidas (ONU), lançado na semana passada. Parte das informações do trabalho foi apresentada durante a Conferência Anual da Associação Internacional de Economistas Marítimos 2011 ¬ América Latina, este ano realizada em Santiago, no Chile.
A Cepal prevê que, em cinco a oito anos, navios com capacidade média de 13 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) chegarão às costas Leste e Oeste do continente sul-americano. Atualmente, os maiores porta-contêineres a escalar na região não carregam mais que 8 mil TEUs.
No Porto de Santos, por exemplo, a maior embarcação já recebida foi o Santa Clara, da Hamburg Süd, com 7,1 mil TEUs, seguido do MSC Laura, que carrega até 6.750 TEUs. O aumento nos tamanhos dos navios deve-se à crescente demanda externa e à tendência global de busca por economias de escala evencida de econômica.
Os grandes navios, que cumprem principalmente as rotas Leste-Oeste, ligando Extremo Oriente, América do Norte e Europa, tendem a se deslocar para a América do Sul, à medida que a economia na região se fortifica e que são produzidos super. cargueiros em estaleiros pelo mundo. Quanto maiores as embarcações (e seus calados máximos), maior é a profundidade necessária dos canais de acesso e berços de atracação nos portos.
Segundo a Cepal, serão necessários aportes financeiros substanciais em obras que aumentem a capacidade dos terminais portuários da América do Sul, em especial sua profundidade. "Isto afetará, em uma tacada só, a competitividade portuária e as conexões logísticas na região", informou a Cepal, em comunicado. Durante a abertura do evento, no Chile, o secretário-executivo da Cepal, Antonio Prado, destacou que "a indústria marítima, portuária e de serviços logísticos são importantes facilitado resdo desenvolvimento e da inserção internacional da América Latina".
Ele alertou para a deficiência de infraestrutura na América Latina, calculada em US$ 170 bilhões por ano até 2020 ¬ 5% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Mas destacou que esta é, também, uma oportunidade para se ter um salto tecnológico qualitativo na região.
A Tribuna
Portugal é o porto mais seguro para entrada dos brasileiros na Europa
Sérgio Cabral destaca a indústria naval, tendo em conta que a rede de estaleiros brasileiros não consegue satisfazer a procura.
O acentuado crescimento económico do Brasil nos últimos anos tem, não só, criado oportunidades de investimento para empresas estrangeiras, mas também potenciado o desenvolvimento de sociedades brasileiras que, capitalizadas, procuram crescer para fora do país. As afinidades com Portugal colocam o país como um parceiro privilegiado, num momento em que necessita de atrair investimento estrangeiro para potenciar o desenvolvimento económico.
Foi precisamente este o foco do discurso do governador do Rio de Janeiro, ontem, na conferência sobre "Oportunidades de Investimento no Brasil", organizada pelo Económico.
"As empresas brasileiras precisam de se expandir e Portugal é o porto mais seguro para entrada na Europa", afirmou Sérgio Cabral. Uma expansão que pode passar, nomeadamente, pela criação de ‘joint-ventures' com empresas estrangeiras, acrescentou.
A atracção de investimento brasileiro para Portugal foi também destacada pelo ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. "Neste momento, é mais importante Portugal conseguir captar investimento brasileiro, porque têm as empresas capitalizadas", salientou o ministro, à margem da conferência.
Brasil Econômico
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