LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

EMPRESAS / ECONOMIA

Tupy investe no México para atender EUA e Canadá


Com a estratégia de atender com mais proximidade o mercado da América do Norte, a fundição Tupy, com sede em Joinville, anunciou ontem que assinou contrato para compra de duas empresas no México - Cifunsa Diesel e Technocast -, ambas controladas pelo Grupo Industrial Saltillo (GIS). Segundo o presidente da empresa brasileira, Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, além de atender às exigências do mercado na região, principalmente aos clientes do setor automotivo dos Estados Unidos, o negócio vai permitir à companhia ampliar a atuação nos segmentos de máquinas de mineração, agrícolas e de construção civil.

A transação, de US$ 439 milhões, ainda depende de aval das autoridades de defesa da concorrência no México.

Segundo Tarquínio, o projeto será apresentado no começo de dezembro e o processo poderá se estender até o começo de 2012. A Tupy passará a contar com a capacidade produtiva das duas unidades a partir de 2013, informou o presidente.

A Cifunsa Diesel e Technocast estão localizadas nas cidades de Saltillo e Ramos Arizpe, respectivamente, e produzem blocos e cabeçotes de ferro fundido utilizados na fabricação de motores para veículos de passeio e comerciais, máquinas agrícolas e de construção, motores estacionários, entre outros. As subsidiárias representaram 44% do faturamento e 36% do lucro líquido do grupo Saltillo nos primeiros nove meses do ano.

Segundo balanço da companhia mexicana, o acumulado das vendas no período foi de US$ 780 milhões e lucro de US$ 38 milhões.

Conforme Tarquínio, juntas elas têm capacidade para processar 300 mil toneladas de ferro. Com a aquisição, a Tupy irá praticamente dobrar a capacidade de produção neste segmento.

Hoje, a empresa brasileira tem capacidade para 300 mil toneladas em cabeçotes e blocos de motor. O volume será ampliado a partir de 2012. Desde o começo do ano, a Tupy iniciou um projeto de obras para conversão de uma antiga unidade de fabricação de sistemas de segurança, como freios, discos e suspensões, em uma nova linha de blocos em ferro vermicular, uma liga que permite mais leveza e resistência nos projetos automotivos. Com as aquisições no México, a Tupy deverá atingir uma capacidade de 700 mil toneladas até 2013.

Segundo Tarquínio, o volume garantirá à empresa liderança mundial no segmento. Contando com demais áreas de atuação, a Tupy tem hoje uma capacidade global de processar 500 mil toneladas.

Além do aumento da capacidade, as aquisições no México vão permitir à Tupy ampliar a carteira de clientes. A Caterpillar, que detém 33% das ações da Technocast, e a John Deere já são atendidas pelas empresas mexicanas, que ainda conta com Ford e Chrysler.

Segundo Tarquínio, a Tupy atua nos segmentos de máquinas de mineração, agrícolas e construção - o chamado off Road - mas em escala menor do que a produção das duas empresas mexicanas. "O foco não é apenas a operação da América do Norte, mas a demanda de países emergentes, como China e Índia, por máquinas neste segmento", disse.

De janeiro a setembro, a Tupy apresentou receita de vendas de R$ 1,6 bilhão - alta de 17,12% sobre o mesmo período de 2010. O lucro do período, de R$ 143,2 milhões, foi 16,61% maior que no ano passado. As exportações tiveram um papel importante nos resultados, já que 47% das receitas vieram do exterior. Do volume de vendas feitas para fora do Brasil, 80% são para a América do Norte.
Portos e Navios



 
JAC Motors aposta no crescimento da Bahia

Alessandra Nascimento

Com um investimento de R$ 900 milhões e a expectativa de produção de 100 mil veículos por ano, geração de 3,5 mil empregos diretos e pelo menos 10 mil indiretos, a JAC Motors oficializa a vinda à Bahia durante uma coletiva na tarde de ontem na Unique Eventos. O diretor geral da JAC Motors International, She Cairong, destacou a escolha da Bahia para a implantação da fábrica a partir dos indicadores de crescimento econômico.

Ele lembrou da importância econômica do Brasil por estar presente entre os BRICS e ressaltou as parcerias entre os dois países. “Brasil e China possuem muitas características. A parceria no comércio exterior fortalece os dois países. A JAC Motors responde pela produção de mais de 500 mil veículos por ano com perspectiva de crescimento ainda maior. Nossa empresa ocupa a primeira posição na China em exportação de veículos”, diz.

Também estiveram presentes ao evento o governador do estado, Jaques Wagner, secretários de governo como Carlos Martins, da pasta da Fazenda, James Correia, da Indústria e Comércio, dentre outros. Estavam presentes, além de She Cairong, da JAC Motors International, o empresário Sergio Habib, presidente da JAC Motors Brasil. A montadora baiana terá 80% do capital investido de origem nacional, sendo os demais 20% oriundos da China.

Segundo Wagner, com a vinda da montadora chinesa para a Bahia acontece à consolidação do polo automotivo baiano. “Novos investimentos se traduzem em mais empregos e renda. Sempre tive a vontade de consolidar o polo automotivo e a vinda de uma segunda indústria para o Estado fortalece esse momento”, revela. No tocante a questão da medida do governo federal de aumento de IPI para veículos importados previsto para o próximo mês, o governador revelou que o assunto compete ao governo federal.

Ele ressaltou o comprometimento do Estado da Bahia para atração da fábrica e que cumprirá todas as garantias solicitadas para implantação da unidade fabril. “Esperamos que o governo federal também possa promover, via decreto, apoios para o estabelecimento de novas indústrias fora do eixo Sul e Sudeste do país”, destaca.

Jaques Wagner deve viajar para a China entre 12 a 14 de dezembro. “Trata-se de um belo presente de Natal anunciar a vinda de uma nova empresa automotiva.

O polo industrial de Camaçari é o maior polo da América Latina consolidado. Na próxima sexta-feira, a presidente Dilma virá a Salvador anunciar os investimentos em mobilidade”, frisa. Wagner não informou os detalhes das isenções concedidas à JAC Motors para instalação da unidade fabril na Bahia, mas assegurou que as medidas foram ofertadas dentro das possibilidades do estado, com compensações no custo de logística.

Empresário acredita no desenvolvimento do Nordeste

O empresário Sergio Habib, presidente da JAC Motors Brasil, revelou que os números do crescimento do Nordeste também foram decisivos para a escolha da Bahia como sede da nova indústria automotiva.

“O mercado brasileiro vai continuar a crescer nos próximos anos. Em 2002 era composto por 1,5 milhão de carros e em 2010 atingiu os 3,350 milhões e até 2020 deve atingir os 5 milhões. O Nordeste tem muito a ver com esse crescimento. Salvador, de 2007 até agora, cresceu pelo menos 67% no número de veículos. Se levarmos em conta de 1998 para os dias atuais esse número triplicou.
O mercado de São Paulo está estável, com um carro para cada dois habitantes. Nos próximos anos as cidades do Nordeste irão crescer e Salvador é uma delas em número de veículos”, explica.

Habib pediu maior atenção do governo à questão do aumento da taxa de IPI para veículos importados. Segundo ele a medida é danosa uma vez que favorece montadoras que estejam produzindo no México e na Argentina seus modelos de luxo. “Um carro de luxo custa R$ 60 mil e o Brasil não possui montadoras de carros com este tipo de valor, nestas configurações.

Quem compra um carro de luxo não vai comprar um veículo popular. Um país sério não muda as regras do jogo de uma hora para outra. Deveria, por exemplo, exigir que as empresas montassem indústrias no Brasil e gerassem mais empregos por aqui. A medida é desnecessária porque o volume de vendas de carros importados não chega a 6% do mercado”, disse.
http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=98639




De olho no pré-sal

Empresas estrangeiras vêm ao Brasil para explorar petróleo

O Brasil vive um bom momento econômico em diferentes setores. Um deles, em especial, é o de petróleo e gás, que aumentou as expectativas de desenvolvimento com a descoberta da camada de pré-sal, que se estende por uma faixa de 800 km no litoral brasileiro, indo de Santa Catarina ao Espírito Santo.


Se, até pouco tempo atrás, a exploração era cercada de receios pelas dificuldades e de esperança pelos ganhos, hoje, é realidade. A Petrobras produz atualmente cerca de 150 mil barris por dia no pré-sal e até 2020, a produção deve chegar a quase dois milhões de barris diários. Tudo indica que o Brasil poderá ficar entre os seis países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo, como Arábia Saudita, Irã e Kuwait.

Justamente por isso, empresas estrangeiras estão cada vez mais atentas às oportunidades que o setor oferece também a outros países do globo. E, embora muitas pessoas ainda acredite que isto seria prejudicial para a economia nacional, essa aproximação estrangeira pode contribuir para alavancar o desenvolvimento brasileiro.

Para Roberto Simonard, professor em economia internacional e comércio exterior da ESPM do Rio de Janeiro, o petróleo sempre um dos motores do estado, não só pela quantia de empregos diretos e indiretos que proporciona, mas também pela própria exploração do combustível e geração dos royalties, que viram dinheiro para os governos estaduais e municipais. “O pré-sal ainda é um sonho. É uma aposta de viabilidade econômica e, sobretudo, de tecnologia das empresas”, diz.

O professor acredita que, mesmo com a dificuldade tecnológica de exploração de petróleo na camada de pré-sal, a descoberta é muito atrativa, principalmente porque as empresas estrangeiras que vêm ao Brasil trazem, consequentemente, muitos investimentos para o setor, que vêm em forma de cifrão de moedas estrangeiras, conhecimento de mercado e experiência.

Thális Andrade, professor de comércio internacional, tem a mesma opinião. “É interessante para o Brasil que venham algumas empresas para cá, que compartilhem a tecnologia, em especial para incrementar a produção nacional. Este é um setor estratégico, que pode ser muito bem aproveitado futuramente”, ressalta.
De acordo com Monica Barg, diretora associada da área de Locações da Jones Lang LaSalle, empresa de consultoria imobiliária, no Rio de Janeiro, o setor tem visto movimentação grande das multinacionais, com planos de expansão, associações, fusões e locação de áreas portuárias. “Temos observado uma expansão significativa no setor. Holandeses e texanos, que já tem expertise lá fora, têm buscado se instalar aqui em função dos negócios que podem advir deste cenário. Mas, a grande novidade é a chegada dos chineses”, ressalta a profissional.

Vantagens competitivas

Como a exploração na camada pré-sal é nova no Brasil, ela será responsável por desenvolver o setor de petróleo e gás. “O Brasil pode fazer política de transferência de tecnologia entre as empresas, além de poder fazer com que elas mostrem outras tecnologias de extração, uma vez que nosso país não produz todo o maquinário necessário para o processo”, ressalta Andrade.

Além disso, explica, com mais empresas vindo ao País, novas tecnologias poderão ser desenvolvidas, haverá criação de empresas de softwares de tecnologia, que, consequentemente, precisarão de mão de obra qualificada e será possível ainda melhorar as cadeias de distribuição do petróleo e gás.

Na opinião do professor, mão de obra qualificada deve ser uma das prioridades do setor. “Tem muita gente com interesse e o Brasil deve correr para capacitar bons profissionais, iniciativa que leva tempo. A base do processo deve ser o investimento em capacitação”, lembra. Para ele, diante desta oportunidade, o País não pode ficar parado.

Segundo Simonard, a Petrobras tem um forte know-how, mas tecnologias são sempre bem-vindas, mesmo que de fora do País. “Não adianta termos tecnologia, se não temos condições de aprendê-la. A única maneira de absorvermos todo o conhecimento é qualificando nossos profissionais”, indica.

Além das empresas que já estão se instalando no Brasil para aproveitar o bom momento do setor petrolífero, Mônica comenta sobre o que se pode esperar para os próximos anos. Segundo a profissional, há, no Rio de Janeiro, muita oferta de espaços de qualidade, tanto para o pré-sal quanto para outros setores econômicos. “Isso cria um ambiente favorável para o crescimento e a estabilidade dos negócios que chegam ao Brasil. A intenção é de que essas empresas venham, se instalem e aqui permaneçam, aumentando ainda mais o desenvolvimento econômico brasileiro”, analisa.
http://operacoescambiais.terra.com.br/noticias/operacoes-empresariais-2/de-olho-no-pre-sal-289





Entradas de dólares no país superam saídas em US$ 1,26 bi neste mês até dia 11

Kelly Oliveira

A entrada de dólares no país voltou a ficar maior do que a saída neste mês, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (17). Em novembro, até o dia 11, o saldo positivo ficou em US$ 1,264 bilhão. Em outubro, o Brasil registrou mais saídas do que entradas, o que levou ao resultado negativo de US$ 134 milhões.

No mês, com oito dias úteis, o segmento financeiro (registro de investimentos em títulos, ações, remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outras operações) apresentou saldo positivo de US$ 1,136 bilhão. O fluxo comercial (relacionado a operações do comércio exterior) também teve saldo positivo, de US$ 128 milhões.

No acumulado de janeiro a 11 de novembro, o fluxo cambial está positivo em US$ 69,428 bilhões, contra US$ 23,950 bilhões registrados no mesmo período de dias úteis de 2010. O fluxo financeiro ficou positivo em US$ 29,559 bilhões e o comercial, em US$ 39,868 bilhões.
http://www.jb.com.br/economia/noticias/2011/11/17/entradas-de-dolares-no-pais-superam-saidas-em-us-126-bi-neste-mes-ate-dia-11/

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