Consumo chinês de aço e minério ajuda a reverter queda no preço dos fretes
O declínio nos fretes marítimos para matérias-primas, em seu menor patamar nos últimos 18 meses, pode estar perto do fim. A reversão seria causada pelas altas nos preços do aço e do minério de ferro, que indicam aumento na demanda chinesa e por consequência uma redução na capacidade ociosa de transporte naval em todo o mundo.
Os preços do aço chinês aumentaram 4,7% na semana passada, o maior aumento nos últimos 11 meses. Os derivativos de minério de ferro para o quarto trimestre subiram 23% entre os dias 9 e 21 de julho, de acordo com dados do Deutsche Bank. O custo médio para arrendar os navios do tipo capesize (demasiado grandes para passarem pelos principais canais mundiais) usados para carregar minério de ferro chegará a US$ 30.375 por dia no quarto trimestre, segundo a mediana das previsões de 18 analistas consultados pela Bloomberg. Para se ter uma ideia de comparação, atualmente eles cobram US$ 12.755.
A expectativa de aumento no custo do transporte marítimo indica que a queda no frete dos capesizes, verificada desde 2 de junho, não prenuncia uma nova retração econômica mundial.
Embora a produção siderúrgica chinesa em junho tenha sido a menor desde fevereiro, o país asiático ainda foi responsável por 45% da oferta mundial do produto. Três meses consecutivos de queda nas importações de minério de ferro podem sinalizar apenas que as usinas siderúrgicas chinesas estão recorrendo a seus estoques.
Valor Econômico
Portos do Brasil farão rastreamento de movimentações com radares a partir de 2011
Sistema jamais usado no País será adotado pelos portos de Santos (SP), Rio de Janeiro e Rio Grande (RS). O monitoramento eletrônico substituirá o controle de aproximação que, atualmente, é feito às cegas
Adotando o exemplo do segmento aéreo, a partir de 2011, os portos de Santos (SP), Rio de Janeiro e Rio Grande (RS) farão rastreamento das movimentações locais com sistema de radares. Ao custo de R$ 30 milhões, o monitoramento permite registrar a localização de navios de grande e pequeno portes. O Brasil nunca utilizou nada semelhante. Atualmente, a aproximação das embarcações ainda é feita às cegas.
O governo também planeja a instalação do sistema eletrônico de acompanhamento de carga, que visa mais segurança ao transporte de mercadorias. Este serviço, que já vem sendo utilizado por grandes empresas do setor, permite o registro dos produtos movimentados e auxilia na redução da estada do produto no porto.
A medida pode diminuir o tempo de espera de navios atracados, com isso, o comércio exterior pode ficar mais barato. “A diária de um navio no porto varia de US$ 50 mil a US$ 100 mil”, afirma José Paulo Alcântara, gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.
O sistema também trará melhorias no controle de conteúdo de contêineres, dando maior flexibilidade e rapidez à inspeção. Hoje, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) só pode atuar após a fiscalização do Ministério da Agricultura, e a Receita, por sua vez, só opera após o aval dos dois órgãos.
Victor José – Redação Portal Transporta Brasil
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