LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 14 de julho de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 14/07/2010

CMA CGM inclui América do Sul no serviço Black PearlChina e Argentina assinam contratos ferroviários de US$ 10 bilhões

Rota adiciona escalas em Cartagena e Puerto Cabello.


A CMA CGM anunciou a ampliação do serviço Black Pearl para portos da América do Sul, a partir do dia 16. A rota passará a escalar os complexos portuários de Cartagena (Colômbia) e Puerto Cabello (Venezuela), além das instalações na costa leste da América do Norte e Caribe.


O serviço semanal estendido contará com viagem de 14 dias de Nova Iorque (EUA) para Puerto Cabello e uma viagem de oito dias entre Halifax (Canadá) e Cartagena.


O armador francês empregará na rota quatro embarcações com capacidade nominal para 1.300 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).


A nova rotação do Black Pearl será a seguinte: Nova Iorque, Halifax (Canadá), Kingston (Jamaica), Cartagena e Puerto Cabello, voltando a Kingston e Nova Iorque. 
Guia Marítimo




Frota de embarcações frigoríficas está ameaçada

As taxas de afretamento para embarcações reefer estão abaixo das médias históricas registradas, resultando em perspectivas negativas para o segmento. Nos últimos cinco anos, a taxa média de demolição de navios frigoríficos foi de 16 unidades por ano - no exercício passado o valor dobrou para 31.


Atualmente, apenas nove embarcações frigoríficas estão em construção em estaleiros; oito com a Seatrade (líder neste mercado) e um com a Laskaridis. As datas de entrega para estas unidades foram postergadas para 2013.

A baixa demanda e a concorrência com porta-contêineres declinaram as taxas de afretamento do setor para os níveis mais baixos registrados em cinco anos. Com a previsão de entrega de novos porta-contêineres com grande capacidade para reefer plugs até o final de 2011, o número de embarcações frigoríficas disponíveis deve aumentar.

Em novembro do ano passado, a frota de navios frigoríficos estava estimada em 829 unidades, sendo que cerca de 194 unidades (ou 23%) estão ociosas, de acordo com análise da LLI (Lloyd`s List Inteligence).
Guia Marítimo






FRANCE PRESSE/PEQUIM - China e Argentina acertaram nesta terça-feira a assinatura de contratos no setor ferroviário no valor de US$ 10 bilhões, informou à AFP o secretário argentino dos Transportes, Juan Pablo Schiavi, membro da comitiva da presidente Cristina Kirchner em Pequim.

No total, serão assinados dez projetos para um período de dois a cinco anos, que incluem, em particular, compras de material da China e investimentos na Argentina para a eletrificação das linhas ferroviárias, afirmou Schiavi.
Folha Online
 
 
CRA decide manter licitação para criação de portos secos

A exploração dos chamados portos secos, os armazéns alfandegários destinados à movimentação e guarda de mercadorias sob controle aduaneiro, poderá continuar sendo concedida por meio de processo de licitação pública. É o que decidiu a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) nesta terça-feira (13), contrariando decisão anterior da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), que aprovou a mudança de outorga dos portos secos no Brasil, que passariam a depender de licença.

O projeto original (PLS 327/06) alterava o regime jurídico dos portos secos, que passariam a ser chamados de Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (Clias). A proposta acabava com a exigibilidade de licitação pública para a criação dos portos secos, que, agora, como Clias, passariam a depender de licença.

Esse projeto, de autoria do então senador João Alberto Silva, inspirou-se na Medida Provisória (MP) 320/06, que tinha o mesmo objetivo, mas não foi aprovada por não haver atendido ao requisito constitucional da urgência. Na época, o governo argumentava que pretendia, com essa MP, melhorar a logística do comércio exterior, facilitando o fluxo de mercadorias no país.

Por discordar do entendimento da CI, o relator da matéria na CRA, o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) apresentou um substitutivo mantendo a atual exigência de licitação pública para os recém-criados Clias. Ele argumentou que a atividade exercida pelos portos secos constitui serviço público a ser prestado pelo Estado - não podendo, portanto, ser oferecido sob regime privado.

"O projeto, tal como aprovado pela CI, poderá ensejar o enfraquecimento do controle aduaneiro, deixando o país vulnerável, na contramão da prevenção ao contrabando e ao descaminho", diz Zambiasi em seu substitutivo.

Voto separado
Autor de um voto em separado, o senador Osmar Dias (PDT-PR) defendeu a manutenção do texto aprovado pela CI, que acabava com a licitação e defendia o regime de licenciamento. Ele argumentou que a exploração de porto seco, que opera a atividade de movimentação e armazenagem de mercadorias sujeitas à exportação ou importação, constitui mera atividade logística, que não pode ser confundida com os serviços públicos constitucionalmente impedidos de serem delegados pelo Estado à exploração da iniciativa privada.

- Desde 2002, a Receita Federal não instala um novo processo licitatório no país, exatamente por sua incapacidade de se impor contra os interesses das atuais empresas em operação -, afirmou Osmar Dias, que expôs aos demais membros da CRA os entraves existentes hoje, no Paraná, devido a processos impetrados na Justiça contra licitações em andamento.

O presidente da Comissão, senador Valter Pereira (PMDB-MS), lembrou que em audiência pública realizada para se discutir o assunto, foi levantada a hipótese de ocorrer, no Brasil, um "apagão alfandegário", por falta de portos secos.

O projeto será ainda apreciado por outras três comissões: Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e Assuntos Econômicos (CAE).
Agência Senado



Rebocadores auxiliam na atracação

Os rebocadores são embarcações preparadas para ajudar nas atracações e desatracações de navios em um porto. Com grande força de propulsão, eles são capazes de empurrar ou puxar os grandes cargueiros na direção desejada, o que dá maior segurança à operação portuária. É comum observar estas pequenas embarcações acompanhando os grandes navios que entram e saem do Porto de Santos. Isto é necessário devido às curvas existentes no canal de navegação, no acesso aos terminais marítimos. Quatro empresas prestam serviço de rebocagem no Porto. São elas a Sulnorte, a Tug Brasil, a Smit e a Saveiros (Grupo Wilson, Sons). A Wilson, Sons, inclusive, mantém na região um estaleiro especializado na construção e no reparo destas embarcações. A instalação fica em Guarujá, próximo aos atracadouros de balsas da travessia para Santos. No total, estas empresas disponibilizam 18 rebocadores, sendo 14 azimutais e quatro convencionais. Estes últimos se movimentam somente para frente e para trás, como um carro. Já o rebocador azimutal pode girar 360 graus sobre o próprio eixo, o que facilita a operação. O custo de um modelo como este é de pelo menos US$ 5 milhões.
Porto de Santos



Crescimento do contêiner mostra início de recuperação

O segmento contêiner teve um aumento sensível nos primeiros cinco meses do ano, atingindo 978.299 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O recorde histórico foi registrado em 2008, quando no mesmo período já haviam passado pelo cais santista 1.030.292 TEUs. O resultado deste ano, até agora, é 16,6% maior que o obtido no ano passado, o que representa uma retomada de um dos setores mais atingidos pela crise financeira iniciada no mercado norte-americano, dois anos atrás. "Neste ano, vamos ficar perto da marca de 2008, mas mesmo assim não vamos conseguir batê-la", pontuou o diretor de Desenvolvimento Comercial da Codesp, Carlos Helmut Kopittke. A estimativa é que 2,5 milhões TEUs sejam movidos este ano no Porto de Santos. Em 2009, foram 2,25 milhões de TEUs e, um ano antes,2,67milhões de TEUs. Segundo Kopittke, o comércio internacional ainda se recupera da crise financeira e isso se reflete no segmento. "Ainda há soluços pelo mundo, retrações nas bolsas e nos fundos internacionais. Mas, no geral, eu diria que a perspectiva é boa para este ano e o próximo". O diretor lembra que, no ano passado, mesmo sob forte crise internacional, com queda no segmento contêiner, o Porto manteve um incremento em suas movimentações de carga, graças ao granel. Ele atribuiu o resultado à diversificação dos tipos de carga operadas, situação que deixa o complexo menos vulnerável a eventuais sazonalidades de um setor específico. MILHO O baixo preço do milho produzido na região Centro-Oeste do Brasil derrubou as exportações do produto no Porto de Santos. De janeiro a maio, foram embarcadas 555 mil toneladas, uma queda de 37% frente ao mesmo período do ano passado. A estimativa da Codesp para este ano é que apenas 2,15 milhões de toneladas do produto sejam enviadas ao mercado externo, um decréscimo de 39% frente a 2009. O assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg),Leonardo Machado,explicou que os produtores não conseguem exportar sua colheita. Ele afirmou que cerca de 80% de todo o milho produzido no estado é escoado pelo cais santista."O milho está ficando todo aqui, guardado nos armazéns",disse.

Segundo Machado, o frete rodoviário entre Goiás e Santos custa, em média, R$ 130,00 por tonelada. O milho, por sua vez, é vendido a R$ 183,00 a tonelada,quando embarcado para o exterior. Ele explica que não está compensando enviar a produção para fora do País, mas diz que, para os próximos meses, o volume exportado deve aumentar.
Porto de Santos



Ibama espera regularização do Porto Paranaguá

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), espera a aceleração do processo de regularização ambiental do segundo maior porto do País, o Porto Paranaguá, fechado por algumas horas na última quinta-feira (8) e reaberto na madrugada de sexta-feira devido à suspensão do embargo por uma liminar da Justiça Federal. "Com certeza o embargo deve acelerar a regularização. Se você fecha um porto do tamanho do de Paranaguá por uma hora que seja, o prejuízo é muito grande. Soma-se a isso o temor do empreendedor de que ajamos novamente. Alguma coisa me diz que vai haver uma disposição muito maior de cumprir os prazos", comentou o Ibama.

O Ibama não vai recorrer da decisão e decidiu aguardar o prazo de 30 dias que a justiça determinou para que a administração do porto entregue um cronograma.

O Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Paraná (Sindapar) acredita que por conta desse problema vivido no porto paranaense ficará certa dúvida em relação à imagem do porto perante a comunidade marítima internacional. "Temos de esperar para ver como isso vai repercutir, se vai ter efeito colateral prejudicial ou se ficará apenas no susto."

Para o Sindapar, o problema existe e algo precisa ser feito, mas discordou da forma como o Ibama agiu, pois a nova Administração dos Portos assumiu recentemente e trabalhava para regularizar a questão.
Diário do Comércio e Indústria



Appa e Ibama discutem prazo para licenciamento ambiental

A Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) discutem nesta terça-feira (13), em Brasília, um novo calendário para o licenciamento ambiental do porto.

A reunião que estava marcada inicialmente para segunda-feira deverá acontecer às 14h, na sede do Ibama. O porto chegou a ser interditado por não cumprir o Termo de Ajuste de Conduta para atender as normas ambientais.

A justiça concedeu na sexta-feira (9) 30 dias para a Appa apresentar um novo cronograma. O Ibama já informou que irá aguardar o prazo mas manteve uma multa de R$ 4,8 milhões pela desobediência da Appa.

As principais falhas apontadas pelo Ibama são a falta de um plano de contingência para situações de emergência e os riscos à segurança da navegação em virtude da falta de dragagem no Canal da Galheta.

A Aciap (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá) deverá bancar um estudo de impacto ambiental para o porto, no valor aproximado de R$ 1,5 milhão.
Portos e Navios



Complexo aumenta movimentação em quase 97%

O Complexo Portuário do Itajaí quase dobrou os volumes movimentados no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. A instalação escoou 4,73 milhões de toneladas, representando aumento de 96,44% em relação aos seis primeiros meses do exercício anterior.

O montante corresponde a 423.760 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) - incremento de 78% sobe o período compreendido entre janeiro e junho de 2009. Com estes números, as operações no porto público e demais terminais já ultrapassaram 50% da meta estipulada para este ano, de 800 mil Teus e 8,35 milhões de toneladas.

Somente em junho, as operações avançaram 59% em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, em comparação com o mês anterior, o complexo apresentou uma redução nos volumes operados, passando de 91,2 mil Teus em maio, para 70,58 mil Teus em junho. Em tonelagem, os volumes operados no último mês somaram 760,17 mil toneladas, ante as 879,77 mil toneladas registradas em maio.

A maior queda se deu na movimentação de contêineres vazios, com 41%. Na exportação de contêineres cheios o recuo foi de 12,5%, enquanto na importação a retração chegou a 9,2%.

Em relação a número de atracações, o Porto do Itajaí apresentou redução de 108 escalas no mês anterior, para 101 escalas em junho. Destas, 49 foram na Portonave e 43 escalas no Teconvi. As demais reduções foram nos terminais a montante, sendo que não ocorreram atracações de embarcações reefer.
Guia Marítimo



Porto de Paranaguá depende da ajuda privada para se regularizar

Tribunal de Contas negou pedido de licitação em caráter emergencial para estudos ambientais; fundo empresarial gera discordância entre exportadores.

A Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (Aciap) assinou na tarde de ontem um contrato com a empresa Aquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental para executar uma bateria de relatórios ambientais exigidos para a continuidade das operações do Porto de Paranaguá. Os sete estudos necessários para legalizar as operações do porto foram orçados em R$ 1,5 milhão, com um adicional de R$ 350 mil no caso de conformidade ao fim do processo.

Apesar de haver divergências no meio empresarial, o contrato será pago integralmente com recursos privados e registrados como doação ao porto, segundo o presidente da Aciap, Yahia Hamud.

Apesar de todos os portos públicos brasileiros terem pendências com órgãos ambientais, a falta de licenciamento no Paraná voltou à tona na última quinta-feira, quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) embargou as atividades do Porto de Paranaguá devido ao atraso no cronograma para adequação às leis. O porto acabou sendo reaberto oito horas depois por meio de uma liminar da Justiça Federal, que exigiu um prazo de 30 dias para que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) apresente um novo cronograma de medidas ambientais em acordo com o Ibama.

Além do aspecto legal, os licenciamentos ambientais são pré-requisito para obras de melhoria no porto, tanto as emergenciais (dragagem dos berços) quanto operacionais (aprofundamento do canal de acesso e da baía).

Como autarquia regida pelo Poder Executivo, a Appa precisa realizar uma licitação para contratar os estudos ambientais, mas a ideia de esperar no mínimo três meses por uma licitação condenaria o estado a mais uma entrada de safra sem melhorias na capacidade de operação portuária.

Movimentação cresce 10% em 2010
Os portos públicos do Paraná registraram alta de 10% na movimentação de cargas no primeiro semestre de 2010, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 17,8 milhões de toneladas de mercadorias, considerando atividades de exportação, importação e cabotagem (navegação pela costa brasileira). O aumento foi generalizado entre os tipos de produtos: 45% na movimentação de veículos, 26% na carga geral, 13% de granéis líquidos, 13% de contêineres e cerca de 5% nos granéis sólidos. Os dados são da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Entre os produtos exportados, a soja continua em destaque. Apesar da queda nos preços da commodity nos mercados internacionais, a movimentação pelo Porto de Paranaguá superou a marca de 3,5 milhões de toneladas. A quantidade de farelo enviado para outros países chegou a 2,8 milhões de toneladas. Já o açúcar bateu recorde de exportação, com o melhor volume dos últimos cinco anos – 1,3 milhão de toneladas no semestre, enquanto no mesmo período de 2006 foram 350 mil toneladas, refletindo alta de quase 30%.

As importações também cresceram 67% no comparativo entre janeiro e junho deste ano (5,4 milhões de toneladas) e o mesmo período do ano passado (3,2 milhões de toneladas). O semestre de 2010 teve a maior movimentação de fertilizantes da história do Porto de Paranaguá, com 2,75 milhões de toneladas. O volume reflete aumento de 78% em relação ao mesmo período de 2009. Paranaguá possui dois berços preferenciais para descarga de navios de fertilizantes, que transportam, em média, 30 mil toneladas cada.

A lei permite que o estado elabore uma licitação em caráter emergencial, artifício que já foi tentado, mas vetado pelo Tribunal de Contas. “Como as questões ambientais são um passivo que se acumulou no decorrer dos anos, o Tribunal de Contas entendeu que se tratava de uma deficiência que poderia ter sido combatida com tempo. Portanto, vetou o caráter emergencial”, explica o diretor técnico da Appa, André Cansian.

De acordo com ele, o financiamento dos estudos ambientais – mesmo custando quase R$ 2 milhões – interessa financeiramente aos operadores porque as obras previstas beneficiam e dão competitividade à atividade portuária paranaense. “As empresas que dependem do porto estão se cotizando porque querem afastar o risco de um novo embargo. Eles entendem que é preciso agilizar estes testes”, diz.

O presidente da Aciap, entidade que coordenou a criação do fundo, concorda com a ideia. “Estamos pagando os testes de licenciamento ambiental não porque queremos, e sim porque precisamos”, diz. “Se isso ficar parado, entraremos em outra safra sem melhorias no nosso porto, o que prejudica o agronegócio e todo o setor produtivo. A conta que a iniciativa privada está fazendo é escolher o menos pior”, justifica Hamud.

Com a entrega dos testes e ensaios em tempo hábil, a expectativa do setor produtivo é ter a dragagem emergencial dos berços feita antes de começar o verão, e a licitação para obras de aprofundamento do canal e da baía do porto iniciada entre janeiro e fevereiro de 2011
Descontentes
A Aciap diz que as doações são voluntárias; no entanto, a criação do fundo não foi unânime – houve desconforto entre operadores que atuam em Paranaguá há anos e se disseram pressionados para contribuir com o fundo. O gerente de um grande exportador paranaense, que preferiu ter seu nome omitido, diz que é incapaz de concordar com o financiamento privado das obrigações do porto. “Não é justo passar o problema de um porto federal, cuja administração é estadual, para os operadores do setor privado”, diz.

Ele lembra que o superintendente da Appa, Mário Lobo Filho, afirmou há dois meses que a autarquia gozava de saúde financeira – com mais de R$ 400 milhões em caixa. “Tenho certeza que o porto tem não apenas dinheiro, mas força política para conseguir fazer uma licitação no prazo necessário”, completou o exportador.
Portos e Navios



Infraero inicia projetos para 3º terminal de Guarulhos

BRASÍLIA - A Infraero informou hoje que já concluiu a licitação para contratar as empresas especializadas que vão elaborar os projetos de engenharia para a construção do terceiro terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O vencedor da licitação foi o consórcio MAG, formando pelas empresas PJJ Malucelli Arquitetura e Construção, Andrade e Rezende Engenharia de Projetos e Gabinete de Projetação Arquitetônica.

A elaboração dos projetos custará R$ 22,6 milhões à Infraero. As empresas de engenharia e construção farão os estudos preliminares, os projetos básico e executivo. Os estudos prevêem ainda a realização de serviços complementares, como o sistema viário de acesso e o pátio de estacionamento de aeronaves. O consórcio terá um prazo de 23 meses, contados a partir da ordem de serviço a ser emitida pela Infraero.

A Infraero ainda informou que o aeroporto de Guarulhos terá aumentado a sua atual capacidade de movimentação de 24 milhões de passageiros por ano para 35 milhões de passageiros até 2014. A estatal investirá R$ 952 milhões no aeroporto entre 2011 e 2014. Essas obras incluem a ampliação do sistema de pátio e pista, orçada em R$ 232,5 milhões; a construção de pista de taxi, ao custo de R$ 10 milhões; a instalação de dois módulos operacionais, estimado em R$ 55,7 milhões; e construção da primeira fase do terceiro terminal de passageiros, com investimento de R$ 653,8 milhões.
Rafael Bitencourt - Valor Econômico




Canal de acesso ao Porto de Santos será novamente interditado para dragagem

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) irá interditar temporariamente o canal de acesso ao Porto de Santos. A paralisação, que começa nesta quinta-feira e vai até o próximo dia 22, dará continuidade às obras de dragagem de aprofundamento do canal. A operação será realizada no trecho compreendido entre a Fortaleza da Barra e a Travessia de Balsas Santos-Guarujá, nos seguintes dias e horários:

- dia 15 das 9 às 15 horas
- dia 16 das 9h30 às 15h30
- dia 17 das 10 às 16 horas
- dia 18 das 10h30 às 16h30
- dia 19 das 11h30 às 15h30
- dia 20 das 13h30 às 17h30
- dia 21 das 5h30 às 11h30
- dia 22 das 5 às 11 horas
Tribuna On-line



Sindicato avalia se Porto de Paranaguá perde credibilidade com interdição

Os problemas operacionais no Porto de Paranaguá não demoraram mais que as oito horas em que ficou paralisado devido à interdição imposta pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entre a tarde de quinta-feira e a madrugada de sexta da semana passada, por falta de respostas sobre o cronograma para conseguir licenciamento ambiental. Regularizada a operação, a dúvida continua sendo a da imagem do porto perante a comunidade marítima internacional.
"Ainda bem que se reverteu quase de imediato, mas na realidade o porto perde credibilidade", lamentou o vice-presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Paraná (Sindapar), Argyris Ikonomou. "Temos que esperar para ver como isso vai repercutir, se vai ter efeito colateral prejudicial, ou se ficará apenas no susto."

A decisão do Ibama foi derrubada por meio de liminar concedida pela Justiça Federal em Paranaguá. No despacho, o juiz Marcos Josegrei da Silva determinou que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) apresente, no prazo de 30 dias, um cronograma de ações visando conseguir o licenciamento ambiental. A falta de cumprimento de prazos estabelecidos em termos de ajustamento de conduta levou o Ibama a decretar o embargo das atividades no porto. "Para nós, essa decisão balançou menos do que lá fora", acentuou Ikonomou.

Segundo o vice-presidente do Sindapar, o problema existe e algo precisa ser feito, mas ele discordou da forma como o Ibama agiu, pois a nova administração da Appa assumiu recentemente e vinha trabalhando para regularizar a questão. "Todo mundo está empenhado", afirmou. Nesta terça-feira, o superintendente da Appa, Mário Lobo Filho, deve se reunir com o presidente do Ibama, Abelardo Bayma, para apresentar os planos que já foram discutidos. "Se começar a caminhar já é alguma coisa", destacou Ikonomou.

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá, Antonio Carlos Bonzato, ressaltou que os trabalhadores não tiveram perdas durante o período em que o porto ficou parado. "A retomada foi rápida, por isso não computamos como perda", disse.

"Esperamos que não se repita, que o porto e toda a comunidade portuária, da qual fazemos parte, consiga viabilizar o licenciamento." Ele lamentou apenas que o episódio tenha "manchado" o nome do porto.
Agência Estado



Portos paranaenses registram aumento de movimentação em todos os tipos de carga

Dados da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) mostram que movimentação de cargas nos terminais públicos do Estado registraram aumento de 10% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado

Bons ventos sopram para os portos do Estado do Paraná. De acordo com dados da Administração dos Portos (Appa), a movimentação de cargas nos terminais de Paranaguá e Antonina teve aumento de 10% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2009.

O destaque vai para a soja, que registrou, na exportação, movimentação total de 3,5 milhões de toneladas, apesar da queda do preço da commodity. Outro bom resultado dos portos paranaenses está na exportação de açúcar, que bateu recorde, com a melhor marca dos últimos cinco anos: 1,3 milhão de toneladas.

“Tivemos excelente recuperação dos efeitos da crise financeira mundial e os indicadores apontam para um segundo semestre ainda melhor. Assumimos uma posição de destaque na movimentação de congelados, contêineres e carros, por exemplo, e temos o respeito e a confiança de usuários no mundo inteiro”, disse o superintendente da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Mario Lobo Filho.

“O crescimento em relação aos primeiros seis meses de 2009 chega a 45% na movimentação de veículos, quase 26% na de carga geral, 13% de granéis líquidos, 13% de contêineres e cerca de 5% nos granéis sólidos. São dados muito positivos que comprovam a eficiência dos serviços prestados e as vantagens tarifárias e logísticas do comércio via Paranaguá e Antonina”, afirmou o superintendente.

Nas importações, os terminais de Antonina e Paranaguá registraram crescimento de 67% entre janeiro e julho deste ano, com movimentação de 5,4 milhões de toneladas.
Recorde histórico
A marca mais festejada pela Appa neste ano é a da movimentação de fertilizantes, que bateu recorde histórico, com 2,75 milhões de toneladas, um aumento de 78% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Paranaguá possui dois berços preferenciais para descarga de navios de fertilizantes, que transportam, em média, 30 mil toneladas cada.

Veículos e contêineres – a movimentação (importação e exportação) de veículos no Porto de Paranaguá está próxima a 70 mil unidades, o equivalente a metade do total registrado em todo o ano passado (140 mil automóveis). Além de automóveis de passeio, são movimentados ônibus, caminhões e maquinário agrícola. O número de contêineres movimentados no primeiro semestre chegou a 334.690 TEUs (unidades de 20 pés), um aumento de 15% na comparação com 2009. O bom desempenho na comercialização deste tipo de carga fez com que a Appa determinasse a abertura de mais duas janelas públicas de atracação, oferecidas com dia e hora pré-estabelecidos para serviços semanais regulares de navios de contêineres.
Leonardo Andrade – Redação Portal Transporta Brasil

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