LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 7 de julho de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 07/07/2010

Movimento de contêiner volta a subir
O volume de importação de mercadorias em contêineres deve superar este ano, no mercado brasileiro, os níveis de 2008, projeta Julian Thomas, diretor-superintendente da Hamburg Süd e da Aliança Navegação e Logística. Dados da empresa mostram que o país importou, em 2008, 1,68 milhão de TEUs (contêiner equivalente a 20 pés), acima dos 1,34 milhão de TEUs de 2009, quando o mercado ainda se ressentia dos efeitos da crise global. Na exportação, foram movimentados 1,92 milhão de TEUs pelo mercado brasileiro em 2009, quase 9% abaixo dos 2,1 milhões do ano anterior.

Thomas disse que no primeiro trimestre do ano o mercado quase atingiu os níveis do mesmo período de 2008. "Faltou pouco." Ele diz que a exportação também está crescendo, mas sobre a base de 2009, mais baixa. "A economia brasileira cresce tão forte que a indústria está no limite de produção e, nesse cenário, é mais favorável vender no mercado interno do que exportar com um real forte", diz.

No pós-crise, o esforço se concentra, segundo ele, em recuperar volumes de carga e preços dos fretes marítimos. Os fretes já subiram entre US$ 300 e US$ 500 por contêiner este ano e no segundo semestre terão de subir novamente, em valores semelhantes, para recuperar a perda do ano passado, diz Thomas.

Em 2009, a crise provocou a parada de cerca de 11% da frota mundial de navios porta-contêineres (cerca de 500 embarcações), que voltaram a operar puxadas pelo crescimento do tráfego entre China-Europa e Estados Unidos, diz o executivo. Em 2009, o faturamento mundial da Hamburg Süd ficou em € 3,2 bilhões, 28% abaixo se comparado aos € 4,4 bilhões de 2008.

Segundo Thomas, a importação é mais onerosa em termos de infraestrutura do que a exportação. Isso porque o tempo médio que um contêiner fica no porto é de oito dias, o que exige espaço para armazenagem pelo terminal. O contêiner da importação termina concorrendo por espaço no porto com a carga da exportação e da cabotagem.
Valor Econômico



Volumes nas rotas transpacíficas batem recordes em junho
Exportações da Ásia para os EUA aumentaram 32% em relação a 2009.

Os embarques transpacíficos (entre Ásia e Estados Unidos) com destino aos portos americanos movimentaram 1,23 milhão de Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) em junho - montante 32% acima do mesmo período do ano passado, segundo estatísticas da consultoria Alphaliner recém-divulgadas.
O total de importações conteinerizadas computado no mês passado são os valores mais altos registrados para o mês, superando o recorde anterior - em 2007, quando movimentou 1,20 milhão de Teus. Os dados são baseados nas estatísticas preliminares da alfândega americana para mercadorias descarregadas nos EUA.

Grande parte deste incremento corresponde a exportações oriundas da China, que atingiram 840 mil Teus no período. Estes embarques foram carregados na maior parte de maio, quando os portos chineses computaram recorde de movimentações mensais. No entanto, com o anúncio do banco central da China para o RMB (câmbio chinês), permitindo reajuste do yuan em relação ao dólar americano, o volume dos portos chineses pode diminuir nos próximos meses.

Segundo a Alphaliner, ainda não está claro se as exportações da China para os EUA serão substituídas por volumes vindos de Bangladesh, Índia, Indonésia e Vietnã por custos menores, ou se todos os trades de exportações asiáticas podem cair.

O forte aumento dos volumes para os EUA desde março também resultou em escassez de espaço nos navios e de contêineres, com níveis de utilização de capacidade superiores a 100% desde abril.
Guia Marítimo



Governo promete integrar Porto de Paranaguá às comunidades
Governo do Paraná promete integrar de vez o Porto de Paranaguá com o dia-a-dia da população do Litoral.

Ontem (5), chefes dos núcleos regionais do Governo do Paraná no Litoral reuniram-se na sede da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), para debater ações conjuntas e conhecer a infra-estrutura e as atividades portuárias.

A importância do terminal portuário para a economia local e os impactos das movimentações de cargas no dia-a-dia da comunidade litorânea foram apontados como temas centrais para a integração entre as áreas de educação, agricultura, saúde, meio ambiente, trabalho, emprego e renda.

O encontro, que passa a acontecer todas as semanas terá o objetivo de avaliar e melhorar as políticas públicas prestadas nas cidades da região. “São reuniões de trabalho que trazem os problemas, desafios, novas experiências e sucessos, de cada órgão estadual. Tudo é debatido e com esta troca de conhecimentos podemos resolver situações semelhantes, implantar novas atividades”, conta o da macroregião do Litoral, Sérgio Luiz Lissa.

De acordo com o diretor técnico da Appa, André Cansian, as reuniões devem aproximar, ainda mais, o Governo do Estado e a comunidade litorânea, além de promover a integração entre o porto e as cidades. “Esta é uma preocupação do governador Orlando Pessuti, que entende que, mais do que bons resultados de comércio exterior, os portos públicos devem atuar na garantia de melhor qualidade de vida das pessoas”, disse.

“Atuar em conjunto com os núcleos das secretárias estaduais significa pensar nos impactos que as atividades dos terminais de Paranaguá e Antonina tem na geração de empregos, na saúde dos moradores e no meio ambiente da região, por exemplo”, completa Cansian.

Para Terezinha Kersteh, diretora da 1ª Regional de Saúde em Paranaguá, as conversas entre as chefias “permitem aprofundar o entendimento das competências de cada área para estabelecer estratégias em parceria”. Segundo ela, ações integradas aperfeiçoam serviços e diminuem problemas em comum.

O chefe do núcleo regional da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, Rene Barcik, reforça: “este entrosamento é essencial para que todas as instituições do governo se aproximem dos usuários e, juntas, cumpram sua missão de servir ao povo paranaense”, destaca.
Correio do Litoral

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