Ibama concede novo prazo para Paranaguá se adequar a regra ambiental
Após o susto do embargo às operações de embarque e desembarque, determinado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Porto de Paranaguá, no Paraná, retomou o processo para obtenção das licenças ambientais. As atividades do complexo ficaram paralisadas por quase dez horas, entre a tarde da última quinta-feira e a madrugada de sábado, e foram liberadas após uma liminar emitida pela Justiça Federal.
O despacho do juiz Marcos Josegrei da Silva determina que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), autarquia responsável pelos portos públicos paranaenses, conclua e apresente em até 30 dias um Termo de Compromisso com o Ibama.
O documento deverá definir um cronograma para a elaboração e aprovação dos estudos ambientais que ainda estão pendentes. Com os novos prazos, o Porto de Paranaguá precisará entregar o estudo e relatório de impacto ambiental (EIA/Rima) até dezembro, no máximo.
O órgão ambiental já divulgou que não irá recorrer da decisão. Além da necessidade do EIA/Rima, o Ibama também vê como urgente a necessidade de um plano de contingência de emergências para o porto.
Com informações da Gazeta do Povo (PR)
A Tribuna On-line
Baía de Sepetiba atrai R$ 38 bilhões em investimentos
A região da Baía de Sepetiba, ao sul do Rio de Janeiro, se transformou num dos maiores canteiros de obras do Brasil. Investimentos públicos e privados de pelo menos R$ 38 bilhões em terminais portuários, estaleiro, siderúrgica, rodovias e centros de distribuição aceleram o crescimento da região.
A perspectiva de instalação de uma das bases da Petrobrás para o pré-sal e projetos de novas usinas da CSN e da Usiminas irão somar mais alguns bilhões de reais ao polo.
A maior parte dos investimentos está concentrada no município de Itaguaí, às margens da baía. A grande quantidade de caminhões e equipamentos que trafegam por lá perturba a tranquilidade da região, um grande descampado, com características rurais. A precariedade das residências evidencia o nível ainda baixo de desenvolvimento.
Há dez dias, a rotina pacata do lugar foi quebrada pelo comboio de veículos que se dirigia ao lançamento das obras do Superporto Sudeste, projeto da LLX em Itaguaí, município que já abriga o Porto de Itaguaí (antigo Porto de Sepetiba). O empreendimento da empresa de logística do Grupo EBX, de Eike Batista, terá investimento de R$ 1,8 bilhão e previsão de operação para 2012, escoando a produção de minério de ferro de Minas Gerais.
O governo do Rio negocia ainda a utilização de uma área da Companhia Docas próxima ao Porto de Itaguaí para criar uma zona de apoio logístico, segundo Cristiano Prado, gerente de Infraestrutura e Novos Investimentos da Federação das Indústria do Rio de Janeiro (Firjan).
"O governo fez uma apresentação a empreendedores do setor naval, mas a negociação precisa passar por procedimentos legais para que Docas possa liberar a área", disse Prado.
Segundo a subsecretária de Desenvolvimento do Rio de Janeiro, Renata Cavalcanti, a Petrobrás cogita construir uma das bases de apoio à exploração do pré-sal numa área de 10 mil metros quadrados que possui na região. "A companhia estava considerando vender a área, mas com a descoberta do pré-sal, resolveu retê-la. Vai ser usada no transporte de produtos às plataformas", informou. Procurada, a direção da estatal disse que não pode comentar o assunto.
Renata credita à logística portuária a entrada de Itaguaí no mapa dos investimentos. "É uma localização excepcional em termos logísticos. Uma área de água abrigada, muito conveniente para atividades marítimas". Ela cita ainda a proximidade do Porto de Itaguaí e a existência de grandes indústrias, como a Gerdau e, mais recentemente, a da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA).
Bilhões. Investimento de R$ 13,2 bilhões da Vale e da alemã ThyssenKrupp, a siderúrgica da CSA foi instalada na região também por razões logísticas. Inaugurado no mês passado em Santa Cruz, bairro carioca vizinho a Itaguaí, o complexo inclui um porto privativo na Baía de Sepetiba. São dois terminais que receberão carvão para a produção do aço e exportarão placas para os EUA e Europa.
Todos esses investimentos estão impulsionando empresas locais. Em um dos acessos ao distrito industrial de Santa Cruz, que começa na Rio-Santos e conduz a empresas como Gerdau e CSA, Carlos Alberto da Silva montou uma locadora de veículos. Antes localizada na parte comercial do bairro de Santa Cruz, a empresa foi levada para perto das companhias quando Silva e os sócios viram a demanda por aluguel de veículos crescer.
A chegada da CSA permitiu a Silva mais do que dobrar o tamanho da empresa. "Alugamos carros para executivos, funcionários de escalão intermediário, vans e caminhões. Desde a implantação da siderúrgica, crescemos 60%. Hoje, eles respondem por 70% do faturamento", conta. A forte demanda permitiu à empresa ampliar o número de funcionários: são 62 profissionais, entre motoristas, equipe de escritório e limpeza.
Outra empresa que se beneficia dos novos investimentos é a Six Brasil, de sinalização e comunicação visual, em Itaguaí. Luiz Renato, um dos sócios, conta que um contrato fechado com a CSA foi a salvação para escapar da crise. A empresa investiu em equipamentos para fornecer placas viárias para os canteiros de obras da siderúrgica.
"Se fecharmos mais um contrato com a CSA, dobraremos o faturamento em um ano", diz Renato. Morador de Bangu, na Zona Norte do Rio, ele planeja se mudar para Itaguaí para ficar mais perto do trabalho, mas reclama do valor dos imóveis. "O preço está subindo muito", diz.
O Estado de S. Paulo
Baixa oferta de porta-contêineres mantém taxas de afretamento
Os valores dos contratos de afretamento para porta-contêineres entre 2.700 Teus (unidade equivalente a um equipamento de 20 pés) e 2.900 Teus chegaram a US$ 14 mil dólares por dia. Este é o nível mais alto do mercado desde o final de 2008, quando a recessão global teve início.
De acordo com os corretores, o número de embarcações deste porte está abaixo da demanda, por isso os valores dos contratos estão cada vez mais altos. A situação refletiu-se no índice ConTex, que subiu seis pontos e computou 549 pontos em 1° de julho.
Dentro deste aumento, a PIL contratou o Passat Breeze (ex-CSAV Morumbi), de 2.732 Teus em contrato de 2 meses por US$ 14 mil diários. Inicialmente, o negócio seria fechado por US$ 13.750 diários, mas o fretador fechou um preço mais alto pelo fato de a companhia navegar por áreas sujeitas a pirataria, ao longo da costa africana.
Ofertas mais recentes para este segmento incluíram o contrato da Hyundai Merchant Marine, que fechou o Irenes Remedy, de 2.824 Teus, a US$ 12.500 por dia, dentro do período de 12 meses. Já a Containership Co. alugou por 140 dias o Conti Harmony, de 2.900 Teus, para a transportadora chilena CCNI por US$ 11 mil diários. Anteriormente, a TCC fretou o mesmo navio, em abril, por US$ 5.500 diários.
Para a classe Panamax, a oferta de novas embarcações é escassa. De acordo com um corretor de Hamburgo, apenas cerca de 10 navios no segmento entre 4 mil Teus e 5.800 Teus estarão livres de contratos ou serão entregues por estaleiros no restante do ano.
Por conta deste cenário, o armador alemão Norddeutsche Reeder H. Schuldt fechou contrato de afretamento com a CSCL para o Northern Precision, de 4.600 Teus, pelo período de dois a quatro meses e valor um pouco abaixo US$ 21 mil por dia. A CSAV também fretou três navios de 4.100 Teus por US$ 24 mil dólares diários, por contrato válido por dois anos. Os navios negociados têm alta capacidade para carga reefer.
Em junho, a corretora Clarkson estimou que o preço para um porta-contêiner de 3.500 Teus com 10 anos de uso ficaria em US$ 31 milhões, valor l100% acima dos preços cotados no início do ano.
Os armadores também estão fretando navios para levar contêineres vazios para a Ásia, onde são cada vez mais necessários. "As companhias marítimas têm se preocupado em corrigir o desequilíbrio de equipamentos com os trades requisitando mais contêineres na Ásia, fazendo com que os proprietários de embarcações procurem taxas maiores e melhores oportunidades na região", afirmou o corretor Harper Petersen.
Portos e Navios
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