LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 7 de julho de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 07/07/2010

Importações movimentam US$ 21,2 milhões na Eadi
Importações registradas na Estação Aduaneira do Interior no mês de junho apontam crescimento expressivo em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo Márcia Moreno, supervisora da Eadi, houve 166 importações em Uberaba, em junho.

Essas operações totalizaram movimentação de US$ 21,2 milhões. “Os principais produtos importados foram, mais uma vez, os eletroeletrônicos e os produtos de informática”, revela.

Ainda de acordo com Márcia, no mês passado também foram realizadas no Porto Seco seis exportações. Estas transações foram feitas ao custo de US$ 212 mil.

A supervisora da Eadi informa que em junho do ano passado foram registradas 109 importações no total, 57 a menos que o total verificado no mesmo mês, neste ano. As cifras envolvidas no sexto mês de 2009 também foram bem inferiores às de junho desse ano: US$ 16,1 milhões, US$ 5,1 milhões a menos.

Se comparada a quantidade de importações feitas nesse ano até agora, também há a constatação de significativo aumento em relação ao total registrado no primeiro semestre do ano passado. Do início do ano até junho, já foram registradas 1.030 importações, com movimentação de US$ 134,6 milhões. Já em 2009, a Eadi promoveu 1.566 importações em todo o ano. “Tudo indica que vamos superar os números de 2009. As expectativas são boas, afinal, as importações têm aumentando em todo o País. Como na cidade trabalhamos essencialmente com importação, os números continuam em alta”, afirma a supervisora.
Portos e Navios



Cinco setores concentram 77% das exportações
A exportação de produtos dos segmentos de calçados e partes; couros e peles; produtos industrializados de alimentos e bebidas; têxtil, além de castanha de caju, juntos, representaram em maio deste ano, 77% da pauta de exportação cearense. A realidade é avaliada com receio pelo economista e analista de políticas públicas do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Alexsandre Lira Cavalcante.

Para ele, se houver algum colapso, crise ou mesmo baixa em alguns desses cinco setores, o Ceará coloca em risco sua balança comercial, analisa Cavalcante.
O comentário entra no contexto da publicação dos radares do comércio exterior, da indústria e do comércio no Ceará. São indicativos globais dos resultados dos de aspectos econômicos do Estado.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Comércio Varejista do Ceará registrou leve baixa no quarto mês do ano de 2010, assinalando taxa de -0,06% frente ao mês anterior, com ajuste sazonal.

Conforme o economista, apesar da queda, “o resultado alcançado expressa a manutenção da estabilidade do ritmo de crescimento das vendas, como indicado na trajetória do índice de base fixa. Vale destacar, que o desempenho do Estado superou a média do País, cuja baixa foi de 2,96% na mesma comparação.
 Conexao Maritima



Importação dispara em Viracopos

Com o reaquecimento da economia, o fluxo de cargas no Aeroporto Internacional de Viracopos cresceu consideravelmente no primeiro semestre deste ano. Durante o período, o volume de carga importada foi de 79.790 toneladas, quantidade 69,4% superior ao que foi registrado nos seis primeiros meses do ano passado.

O montante é até mesmo superior ao que o aeroporto contabilizava no período pré-crise: houve um aumento de 12% relativo às cargas importadas verificadas no primeiro semestre de 2008. Os dados foram divulgados ontem pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

O crescimento acelerado que Viracopos está registrando já acende o sinal amarelo em relação à possibilidade de gargalos estruturais sobre a capacidade do aeroporto receber um volume tão elevado de cargas e leva à preocupação sobre possível aumento no tempo de liberação de mercadorias.

Um relatório divulgado recentemente pela consultoria McKinsey & Company aponta que, em 2008, o setor de importação operava acima da capacidade (140%).
Para evitar tais problemas, a Infraero vem realizando investimentos em infraestrutura e melhoria dos processos desde o ano passado. O gerente de logística de Viracopos, Ricardo Luize, assegura que, por conta dessas iniciativas, não vão existir problemas de gargalo no próximo semestre.

“Nós estamos preparados para que não haja impacto como ocorreu em outras ocasiões. Prova disso é que o volume atual já supera o que era verificado em 2008 e não houve problemas”, salienta.

Segundo ele, a capacidade instalada cresceu bastante porque a Infraero liberou diversas áreas anteriormente ocupadas por mercadorias apreendidas e abandonadas, além de ter investido na verticalização do terminal. Um trabalho de integração entre todos os órgãos anuentes também permitiu que o processo fosse agilizado e a utilização do fluxo fosse otimizada.

“Conseguimos reduzir a ocupação da carga instalada, que atualmente varia entre 65% e 85%. O maior pico neste ano foi de 93%. Dessa forma, metade de toda carga que chega sai em até cinco dias.”

A expectativa da Infraero é o volume médio de importações para o segundo semestre siga o padrão verificado em junho, com aproximadamente 14,5 mil toneladas. Ainda assim, novos investimentos serão feitos, para reduzir ainda mais o tempo do processo e manter margem para atender a picos como o ocorrido em maio, quando o volume recorde na história de Viracopos foi registrado (16 mil toneladas).
“Vamos continuar aprimorando o processo e fazendo melhorias de infraestrutura com mais investimento em verticalização, novas empilhadeiras, revisão das câmaras frigoríficas e aberturas de licitações para sistemas de TV de vigilância e atualização tecnológica dos transelevadores”, observa.
A recomendação da Infraero é que a previsão de aumento no fluxo de cargas das empresas para o segundo semestre sejam informadas para que o planejamento seja feito de forma antecipada.

Alfândega - A alfândega de Viracopos também teve reforços na equipe para suportar o aumento na demanda pelo despacho. Neste ano, três servidores já chegaram por meio de concurso externo e outros oito servidores estão atuando em regime de mutirão, para dar conta principalmente da nova demanda originada pelo voo da TAP. Com isso, a equipe atual é de 100 auditores e 60 analistas.
“Realizamos adequações e conseguimos evitar atrasos em problemas como o acontecido no começo do ano, quando houve um período de adaptação”, aponta o inspetor substituto da alfândega de Viracopos, Antonio Andrade Leal.

De acordo com ele, não existe preocupação com relação a atrasos para o segundo semestre, mas ainda assim a equipe pleiteia um reforço com mais 30 auditores e 20 analistas. “É o número considerado ideal para desenvolvermos novos projetos e já nos prepararmos para possível crescimento na demanda.”
Exportações buscam uma recuperação - Se o número de importações teve aumento expressivo no primeiro semestre, as exportações ainda não recuperaram o mesmo patamar que havia sido atingido na primeira metade de 2008, antes da crise econômica mundial. O primeiro semestre deste ano terminou com 45.623 toneladas exportadas por meio do aeroporto. O volume é quase 60% a mais do que foi exportado no início do ano passado, mas fica 7,4% aquém do volume contabilizado no período em 2008.

Levando-se em conta apenas o mês de junho, a carga exportada foi de 9.132 toneladas, o volume recorde em um único mês nos últimos três anos, que representa um crescimento de 72,8% sobre o mesmo mês no ano passado. (RM/AAN)

Atrasos no setor aduaneiro preocupam entidade empresarial - Para o Ciesp falta de funcionários prejudica a liberação das mercadorias

A preocupação com a agilidade em relação à liberação de mercadorias no setor aduaneiro de Viracopos tem sido apontada pela regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp-Campinas) desde o início do ano. Há 40 dias, representantes da entidade estiveram em Brasília para solicitar contratação de novos funcionários para o setor. “Até aqui não estamos registrando problemas, mas existe preocupação que o atraso se verifique a partir do segundo semestre, já que a balança comercial das empresas associadas ainda estão 50% abaixo do que eram antes da crise”, afirma o vice-diretor do Ciesp-Campinas, José Nunes Filho.

A entidade ainda ressalta que o concernimento é maior porque existe dificuldade para contratação de funcionários em ano eleitoral e a perspectiva é de que a alta siga acontecendo na continuidade do ano.

O presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de São Paulo, Valdir dos Santos, destaca que a situação do despacho aduaneiro é tranquila no momento em Viracopos, mas que pode se tornar mais intensa no segundo semestre por causa da saturação de outros aeroportos brasileiros.

“Viracopos apresenta uma situação muito boa e isso faz com que seja um destino mais visado em relação a outros terminais aeroportuários de cargas que apresentam situação crítica, como é o caso de Guarulhos”, observa. (RM/AAN)

PF promete reforçar equipe para desembarque hoje - Segundo o órgão, não haverá atrasos na liberação de passageiros do voo da TAP. A Polícia Federal de Campinas garantiu que não haverá mais atrasos nos embarques e desembarques internacionais do Aeroporto de Viracopos. Apesar do Departamento de Comunicação Social da PF informar que ainda não há definição sobre o número de agentes em operação hoje, quando haverá um novo avião chegando de Portugal às 21h05 e partindo para o país ibérico às 22h35, o órgão se comprometeu a alocar mais funcionários e manter o reforço de pessoal todas as terças, quintas e sábados, dias em que estão programadas as chegadas e partidas da TAP Portugal.

No último sábado, os passageiros tiveram que enfrentar uma fila de duas horas no setor de imigração, que contava apenas com dois agentes para atender as 237 pessoas que vieram de Lisboa, em voo que reinaugurou os trajetos aéreos internacionais no aeroporto campineiro.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), bem como a TAP Portugal, informaram que todos os seus procedimentos foram cumpridos, e que os atrasos somente ocorreram em decorrência da falta de pessoal na área de imigração.

Para Mozart Mascarenhas Alemão, especialista na área, já há um nível de saturação no aeroporto que poderá prejudicar a chegada de outros voos internacionais. “Viracopos ainda tem condições de receber esses passageiros porque se trata de apenas um embarque e um desembarque por dia. Quando ocorreram outros, simultaneamente, a estrutura não será suficiente”, afirma. Ele lembra que, se atendimento continuar apresentado falhas, os passageiros poderão optar pelo Aeroporto de Guarulhos, por conta da proximidade entre as cidades.
Correio Popular - SP



Balança comercial de lácteos deve continuar negativa

Depois de cinco anos de superávit, a balança comercial dos lácteos teve saldo negativo em 2009 e deve aprofundar o déficit em 2010. Nos cinco primeiros meses do ano, as importações do setor superavam as exportações em US$ 53 milhões. Foram US$ 117,5 milhões contra US$ 64,4 milhões exportados. O saldo negativo é 2,6 vezes maior que o registrado nesta mesma época do ano passado. Entre janeiro e maio de 2009, a diferença era de US$ 19,7 milhões.

Entre os 12 produtos derivados de leite que compõem a pauta de exportação do país, o leite condensado e o creme de leite foram os mais vendidos em 2010 – 14,2 mil das 23,7 mil toneladas e 42% da receita do setor. Leite em pó e fluído foram os principais produtos importados – 23,3 mil das 42,3 mil toneladas e 57% do faturamento. Os vizinhos Argentina e Uruguai, os principais fornecedores. O produto argentino e uruguaio entra no Brasil a preços competitivos por causa de acordos do Mercosul que preveem tarifa zero no comércio entre os países do bloco.

Durante a crise econômica mundial, Argentina e Uruguai, que são grandes exportadores de leite, perderam clientes na Europa e, para enxugar excedentes, voltaram-se ao Brasil. No ano passado, quase 90% das im­­portações de lácteos do Brasil, mais de US$ 120 milhões, vieram desses dois países. A governo brasileiro reagiu. O governo argentino aceitou a fixação de uma cota máxima de 3 mil toneladas de leite em pó/mês ao preço mínimo praticado na Nova Zelândia. Os uruguaios, no entanto, não aceitaram nenhum acordo, relata Rodrigo Alvim, presidente da Co­­missão Nacional de Pecuária de Lei­­te da Confederação da Agricul­­tura e Pecuária do Brasil (CNA). “Conseguimos tirar do Uruguai a possibilidade de exportações automáticas. Para cada negócio eles terão que solicitar LI (licença de importação), o que atrasa um pouco o processo”.
Gazeta do Povo

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