LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 22 de julho de 2010

PORTOS E LOGISTICA - 22/07/2010

Embarque de café torrado volta a crescer
As exportações brasileiras de café industrializado -torrado e moído - devem voltar a crescer em 2010, depois do resultado negativo do ano passado. A expectativa da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) é que a receita gerada a partir das vendas externas do produto industrializado superem os US$ 30 milhões e voltem aos patamares de 2008, quando o setor teve seu melhor desempenho nas exportações.
"A crise econômica não foi tão sentida pelas indústrias de café que exportaram em 2008. O resultado, com a queda nas vendas, apareceu no ano passado, quando tivemos uma retração nas exportações do produto industrializado", afirma Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic.
No ano passado, as exportações de café industrializado somaram US$ 25,44 milhões, segundo informações do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé). O resultado representa uma queda de 16% em relação ao ano anterior, efeito principalmente da crise econômica e também da desvalorização do dólar em relação ao real.

Os Estados Unidos devem permanecer como principal destino do café industrializado brasileiro, mas a Europa começa a despontar como destino atrativo das empresas nacionais. A Cooparaiso, por exemplo, cooperativa sediada em São Sebastião do Paraíso (MG), começou, no fim do ano passado, a exportar café torrado com marca própria para a França, em uma parceria com a Agrial - cooperativa agroindustrial que opera na transformação de legumes e atua no mercado de jardinagem.

Em menos de um ano, a empresa dobrou os embarques mensais e hoje exporta em média 20 mil quilos de café torrado. Os 100 pontos de venda iniciais concentrados apenas da região da Normandia - noroeste da França - hoje já somam 300 e a perspectiva é chegar a 500 até o fim do ano, cobrindo também as regiões norte e sudoeste da França.

"Em 2011, pretendemos dobrar o número de pontos de venda e cobrir praticamente toda a França. Depois da Agrial , fomos procurados por outras cooperativas para fazer parcerias semelhantes, tendo como apelo oferecer um produto de qualidade, com garantia de origem e que saia diretamente do produtor ao consumidor final", afirma Jérôme Fraissignes, diretor- geral da Cooparaiso Europe, braço da empresa criado para atender a demanda europeia.
Segundo Fraissignes, além do mercado francês a cooperativa já negocia também a exportação de café torrado para a Bélgica. Sem dar prazos para que os primeiros negócios sejam fechados, o executivo informa que as conversações estão adiantadas e que, por enquanto, as maiores dificuldades estão em ajustar os idiomas das embalagens. A Bélgica tem três línguas oficiais - holandês, francês e alemão.

No mercado americano, o mineiro Café Bom Dia já está presente com suas marcas desde 2002.

Hoje a empresa é uma das maiores exportadoras do produto industrializado.

Apesar do crescimento nas vendas do café torrado e das boas perspectivas futuras, em receita, as vendas externas do produto representam apenas 1% do faturamento total obtido com as exportações brasileiras de café.
Portos e Navios




Novas regras e caminhões parados
Desde o dia primeiro de julho, quando entraram em vigor as novas regras para transporte de rochas ornamentais brutas no país, mais da metade da frota de caminhões que transportam as pedras no Espírito Santo está parada nas empresas. O motivo é que esses veículos não estão dentro das normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Nos próximos dez dias, o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais (Sindirochas) vai divulgar os primeiros números do prejuízo que as empresas estão amargando.

O transporte desse tipo de carga não pode mais ser feito por semirreboques de três eixos, somente de quatro eixos. Até então, o transporte de rochas com peso de até 57 toneladas podia ser feito também por veículos semirreboques de três eixos.

Segundo o superintendente do Sindirochas, Romildo Tavares há, no Estado, 750 veículos que fazem o transporte das rochas de mármore e de granito. Destes, apenas 40% estão adaptados com as novas regras, o restante está parado nos pátios das empresas aguardando para serem readaptados. Tavares afirma que o maior problema que eles enfrentam agora é com as empresas que realizam o trabalho de adaptação do caminhão, que não estão dando conta da alta demanda.
O setor se reuniu com a Federação das Empresas de Transportes do Estado (Fetransporte) e com representantes das empresas que realizam o trabalho de readequação dos caminhões. Como a demanda está muito alta, o problema com o transporte das rochas com mais de 30 toneladas ainda vai levar um tempo para ser sanado. O Sindirochas estima que só daqui há dois meses a situação vai se normalizar.
A Gazeta - ES



Relatório na internet garante transparência nas movimentações do Porto de Paranaguá
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) passa a divulgar na internet relatório detalhado com informações dos navios programados para o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). Essa ferramenta garante transparência nas atividades e melhor uso do sistema das janelas públicas de atracação, oferecidas com dia e hora pré-estabelecidos para serviços semanais regulares de navios de contêineres.

Os dados serão fornecidos pelo próprio TCP e conferidos pela Appa. "A ideia é oferecer aos armadores e usuários informações precisas quanto à performance do terminal em relação aos movimentos previstos e a eventuais fatores climáticos que impeçam navegação e manobras. Esta medida permitirá a toda a cadeia logística, não apenas visualizar o processo, como interagir para otimizá-lo e qualificá-lo", explica o gerente de Operações do Terminal, Rafael Neto.

A planilha completa será publicada no início de cada semana no endereço www.portosdoparana.pr.gov.br e pode ser acessadas pelo link Chegadas e Partidas, no menu direito do site. O documento virtual traz também os serviços (linhas realizadas pelos navios, com os trajetos a serem cumpridos); o nome do navio; a data e horário programados para atracação; a data e horário em que o navio efetivamente atracou e desatracou; a previsão de movimentos de contêineres e a porcentagem de movimentos realizados.
Acesso
Usuários de qualquer país podem acessar a página. "Um comprador da China, por exemplo, poderá acompanhar se sua carga foi movimentada ou não e entender se as razões de um possível atraso foram climáticas, resultado de um problema no trajeto, de uma situação no porto anterior, ou de um equipamento quebrado aqui em Paranaguá", exemplifica Daniela Sade, chefe da seção de programação e controle operacional da Appa.

A publicação das movimentações e do mapa das janelas públicas de atracação acontece desde 2009. O site da Appa apresenta, ainda, o relatório das movimentações diárias de embarcação, informações quanto movimentação no Corredor de Exportação e estoque no complexo graneleiro.

Para o chefe do departamento de operações dos portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Junior, a divulgação melhora a relação entre exportadores, importadores, operadores portuários e agentes marítimos. "Nos últimos anos, adotamos mais clareza e transparência. Essa postura garante maior confiabilidade junto ao mercado externo e permite atrair novos usuários."

Contêineres
A movimentação de contêineres no Porto de Paranaguá cresceu 15% no primeiro semestre deste ano, se comparado ao mesmo período de 2009. Entre janeiro e junho de 2010, foram 334.690 TEUs (unidades de 20 pés), enquanto no ano passado foram 295.678 unidades.

O bom desempenho na comercialização deste tipo de carga fez com que a Appa determinasse a abertura de mais duas janelas públicas de atracação para navios com guindaste de bordo. "As vantagens logísticas e na agilidade da movimentação, oferecidas em Paranaguá, fazem com que nosso terminal se destaque e é preciso constantemente melhorar os serviços prestados", ressalta o diretor empresarial da autarquia, André Cansian.

"Além dos investimentos em infraestrutura, é preciso garantir alternativas para aumentar a capacidade das movimentações. A janela extra beneficia todo o setor produtivo, porque melhora a relação custo e benefício, aumenta a confiabilidade das escalas e garante as menores tarifas", completa o diretor.

Recentemente, a Appa também conseguiu, junto à Capitania dos Portos do Paraná, a autorização para que Paranaguá passe a receber navios com até 301 metros de comprimento e maior capacidade de carga. Na semana passada, atracou o maior navio da história do Estado, com 295 metros de comprimento e capacidade para 5.597 contêineres.
A Tribuna On-line



 
Capitania dos Portos estuda aumento do calado do Porto de Antonina
A Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) analisará os resultados da batimetria, realizada pela Paranaguá Pilots, para definir se ampliará o calado máximo exigido para a navegação no canal de acesso ao Terminal Portuário da Ponta do Félix, em Antonina (PR). Desde julho de 2008, o calado máximo autorizado é de 7,10 metros, em função do assoreamento da área, o que colocava em risco a segurança do tráfego aquaviário.

A dragagem emergencial, realizada entre dezembro de 2009 e março de 2010, pela Ponta do Félix, pretende elevar o calado máximo para 8,10 metros. "Se confirmados esses resultados, poderemos liberar o tráfego de navios e mantermos a segurança da navegação, oferecendo condições à operacionalidade do Terminal da Ponta do Félix", comentou o Capitão dos Portos do Paraná, Capitão-de-Mar-e-Guerra Marcos Antonio Nóbrega Rios.

Segundo o diretor da Ponta do Félix, Luiz Henrique Tessuti Dividino, com a retomada da navegabilidade do canal de acesso, o terminal inicia uma nova etapa na condição de porto alternativo a Paranaguá, após 10 anos de atividades no Porto de Antonina.

"Nos próximos dois anos serão investidos mais de R$ 16 milhões em infraestrutura e equipamentos. Esta situação permitirá ao terminal dar um atendimento customizado a cada cliente e possibilitará a criação de centenas de oportunidades de emprego, geração de renda e riqueza para a região", avaliou o diretor.
A Tribuna On-line



Itajaí: Complexo divulga oportunidades para empresários de Maringá (PR)
O Complexo Portuário do Itajaí será apresentado aos segmentos importador e exportador da cidade paranaense de Maringá, no dia 10 de agosto. A região onde Maringá está inserida é composta por 16 municípios, que juntos apresentam um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 4 bilhões por ano.

Uma boa fatia desse volume é decorrente de ações ligadas ao comércio exterior. A organização do evento é do Instituto Mercosul, da Associação Comercial e Industrial de Maringá, e da Câmara do Porto, da Associação Empresarial de Itajaí.

Já estão confirmadas as participações de representantes do Porto de Itajaí, APM Terminais Itajaí e Portonave S/A - Terminais Portuários Navegantes, além de integrantes da Câmara do Porto e empresários ligados os setores de logística, navegação e comércio exterior de Itajaí e região que se inscreverem junto à Associação Comercial de Itajaí.
Guia Marítimo 




Transporte de cargas
Projeto abranda exigência para registro de transportadora

A Câmara analisa o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 2828/10, que abranda as exigências para inscrição de empresas no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). O projeto, do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), dispensa a empresa interessada no registro de ter como atividade principal o transporte rodoviário de cargas.

A proposta susta dispositivo da Resolução 3056/09, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que atualmente estabelece esse requisito.

Alfredo Kaefer lembra que a regra atual pune as empresas que têm o transporte de cargas como atividade secundária. Para esses casos, a resolução impõe a criação de uma nova empresa, exclusivamente para o transporte de cargas. As empresas que desrespeitam essa norma estão sujeitas a multas administrativas. Para o deputado, essa situação é abusiva e precisa ser corrigida.
Tramitação
O projeto será examinado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania; antes de ser votado pelo Plenário.
Agência Câmara



Greve dos controladores provoca cancelamento de 50% dos voos na França
A greve que os controladores de voo franceses iniciaram na terça-feira à noite em rejeição ao projeto de fusão aérea europeia, em plenas férias de verão, provocará nesta quarta o cancelamento de até 50% dos voos em determinados aeroportos, como o parisiense de Orly.

"Nos centros de controle, a taxa de grevistas entre os controladores de voo chega a 50% em média", indicou à AFP um delegado da CGT, principal sindicato da França.

Enquanto no aeroporto parisiense de Orly (sul) 50% dos voos foram cancelados, no de Roissy - Charles de Gaulle (norte) esse índice caía para 20%.

Além dos cancelamentos provocados em outros aeroportos do interior, como em Marselha (sul) ou Bordeaux (sudoeste), alguns terminais aéreos estavam fechados, como Metz (nordeste), Brest (noroeste) e Pau (sudoeste), segundo as autoridades aeroportuárias locais.

De acordo com a Direção Geral de Aviação Civil (DGAC), que ainda não tinha emitido um comunicado sobre a taxa de cancelamento de voos, os aeroportos de La Rochelle (nordeste) e de Biarritz (sudoeste) também estavam fechados.

Nos aeroportos do interior a taxa de cancelamento oscilava entre 8,8% e 22%.

Vários sindicatos convocaram uma greve de terça a quinta-feira de manhã dos membros da DGAC, integrado por 12.000 funcionários, dos quais 4.000 são controladores de voo, porque temem um "desmantelamento da DGAC" e, com ele, dos estatutos que regem sua atividade.

A fusão do controle aéreo europeu, que prevê reagrupar os países da União Europeia (UE) em nove blocos deverá entrar em vigor, no mais tardar, em 2012. O objetivo é racionalizar e tornar mais eficaz o controle aéreo, como parte do projeto de "céu único europeu".

A França fará parte do grupo batizado FABEC (Functional Airspace Block Europe Central), ao lado de Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, por onde circula 55% do tráfego aéreo europeu e que deverá ter um aumento dos voos de seis milhões, em 2008, para oito milhões, em 2018.
AFP



Demora para descarregar fertilizantes em porto tem custo de US$ 1,5 milhão
A demora para desembarcar fertilizantes no Porto de Paranaguá neste mês já custou US$ 1,5 milhão aos importadores, de acordo com a Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep). O cálculo considera o gasto extra da indústria para pagar a sobre-estadia dos navios. Segundo a Administração Portuária do Porto de Paranaguá e Antonina (Appa), o tempo de espera para navios com fertilizantes é de 15 dias. Atualmente, há quatro embarcações atracadas no porto e mais 14 ao largo, à espera para atracação. Pelo porto paranaense entram mais de 50% das importações de fertilizantes.

"No final, quem paga esta conta é o produtor, porque o custo é repassado até o último elo da cadeia", afirma Nilson Hanke Camargo, assessor técnico e econômico da Faep. Para o cálculo, a entidade considerou navios que carregam entre 30 mil a 40 mil toneladas, cujo prazo para desembarque varia de sete a 10 dias, e valor médio de demurrage (gastos com a sobre-estadia) de US$ 25 mil por dia. Os períodos chuvosos foram excluídos desta conta, porque a taxa não é aplicada nos casos de intempérie.
Camargo atribuiu a demora no desembarque do produto às condições do porto paranaense, que não permite navegação noturna e tem limitações de atracação. "Seria preciso ter mais terminais para descarregar fertilizantes", diz. Ele enfatiza que a preferência por Paranaguá se deve à vantagem do frete de retorno, situação na qual o mesmo caminhão que leva os grãos até o porto, retorna às áreas produtoras com fertilizantes. "Mesmo assim, a operação é prejudicada porque o porto carece de ajustes no cais para chegada dos navios e o fertilizante ainda compete com outras cargas de granéis sólidos", conta.

Importações em alta
No primeiro semestre, as importações somaram 5,933 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda). O volume é 76,6% maior que em igual período de 2009, mas é inferior às 8,622 milhões de toneladas importadas nos primeiros seis meses de 2008. Em 2009, segundo a Faep, os 354 navios que chegaram a Paranaguá esperaram em média 2,76 dias para atracar. Em 2008, recebeu 275 navios, e a espera foi de 17,63 dias.
 Diário do Comércio e Indústria



Parceria com o porto de Valência possibilita realização de curso inédito no Brasil
O governo do Estado, por meio da Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), apresentou ontem, palestra a empresários e funcionários da instituição, tratando a respeito do primeiro curso do Centro de Capacitação Marítimo-Portuário do Porto do Rio Grande. Denominado Master em Gestão Portuária e Transporte Intermodal, o programa, que está em sua terceira edição, é inédito no Brasil.

O curso, que possui status de mestrado, é ministrado pela Fundación Valenciaport, ligada ao Porto de Valência, na Espanha e é composto por seis módulos. Dentre eles destacam-se Gestão e Direção de Empresas, Gestão e Exploração Portuária, Transporte Marítimo, Transporte Terrestre: Rodoviário e Ferroviário, Comércio Exterior e Logística e Intermodalidade.

A atividade é destinada a diretores e gerentes de empresas públicas ou privadas para os setores portuários, transporte marítimo, terrestre, aéreo, logística ou comércio exterior, além de universitários, com graduação, que tenha a intenção de desenvolver carreira na área portuária. O Master terá início em setembro de 2010.
Jornal Agora(RS)

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