LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 14 de julho de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 14/07/2010

Projeto cria Zona de Processamento de Exportação no Tocantins

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7176/10, do deputado Vicentinho Alves (PR-TO), que cria uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no município de Porto Nacional, em Tocantins.

O deputado argumenta que o município se enquadra nas características exigidas para a instalação de uma ZPE, por situar-se em região carente de oportunidades de emprego e atividade econômica e possuir infraestrutura adequada para escoamento da produção para portos exportadores.

O deputado lembra que Porto Nacional dispõe de aeroporto capaz de atender aeronaves de grande porte e a região onde está localizado o município será cortada pela ferrovia Norte Sul. Ele explica que, no caso da ferrovia, o município terá uma estação que funcionará como porto seco.

Vicentinho Alves ainda argumenta que o município ficará as margens da futura hidrovia Tocantins e possui uma estruturada malha viária de interligação com o Sul, o Norte e o Nordeste do País.

As ZPEs tem o objetivo de fomentar, com incentivos fiscais, o mercado exportador e possibilitar a industrialização de regiões mais distantes e com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, foi distribuído às comissões da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação (inclusive mérito); e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Agência Câmara



Exportação de couro cresce 78% no semestre

As exportações brasileiras de couro somaram US$ 879,6 milhões no primeiro semestre, um crescimento de 78% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (12) pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

Em junho, a receita com as vendas externas foi de US$ 165,7 milhões, o que representou um aumento de 73% na comparação com o mesmo mês de 2009. “O valor contabilizado no sexto mês deste ano já sinaliza uma recuperação das vendas externas de couros, que podem fechar o ano ao redor de US$ 1,7 bilhão”, estima o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.

De janeiro a abril, os principais mercados do produto brasileiro foram Itália, com US$ 211, 36 milhões; China, com US$ 196,42 milhões; Hong Kong, US$ 100,27 milhões, e Estados Unidos, com US$ 85 milhões.

Entre os mercados que apresentaram grande crescimento de exportação no semestre estão Tunísia, com importações de US$ 1,98 milhão, um aumento de 76%; Lituânia, com US$ 1,66 milhão (+91%), e Noruega, com US$ 12,3 milhões (100%).
Na semana passada, o CICB e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) renovaram um acordo para ampliar as vendas de couro. Entre os mercados prioritários do convênio estão os Emirados Árabes.
Agência Anba


Exportação de software cresce 7% em 2009
A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) acaba de divulgar a 6ª edição da pesquisa “Mercado Brasileiro de Software — Panorama e Tendências”. Conduzido pelo IDC (International Data Corporation), o relatório traz uma radiografia completa do cenário vivido por esse mercado em 2009, bem como as principais tendências que se destacarão no segundo semestre de 2010.

De acordo com o estudo, mantendo-se estável no cenário mundial de softwares e serviços, o mercado brasileiro ocupou a 12ª colocação no mundo, e movimentou cerca de US$ 15,3 bilhões em 2009 — saldo 2,4% acima do alcançado no ano anterior. Desse total, US$ 5,4 bilhões referem-se a softwares e US$ 9,9 bilhões a serviços, o equivalente a 1,70% e a 1,78% do mercado mundial, respectivamente. No mesmo período o mercado mundial de softwares e serviços registrou pequeno avanço de 0,89% e movimentou US$ 880 bilhões.

O mercado mundial de Tecnologia da Informação apresentou desempenho inferior a 2008: US$ 1,43 trilhão em movimentações, com queda de 2,7% em relação ao ano anterior. A América Latina registrou o oposto: US$ 65 bilhões e crescimento de 6,5% no período
Exportação de software e serviços
Destaque para os resultados alcançados com a exportação. Durante o período o país registrou avanço de 7%, montante equivalente a US$ 363 milhões. As vendas de licenças de software especificamente tiveram salto de 12%.

“Consideramos esses valores um indício positivo da capacidade de reação do setor, confirmando um potencial muito grande a ser explorado fora do país. Mas em nossa avaliação, para alavancarmos as exportações, precisamos resolver problemas estruturais relacionados ao modelo setorial. Hoje os governos são os maiores produtores e concorrentes do setor, não estimulam pesquisa e inovação — à medida que dão preferência à utilização de softwares com fonte aberta, opção que também cria conflito ou dificuldades para a defesa da propriedade intelectual”, reflete Gérson Schmitt, presidente da ABES.

Além disso, de acordo com o executivo, o modelo de exportação defendido pelo Governo baseia-se no crescimento das vendas de serviços em vez de apostar em inteligência empacotada, o que pode agravar ainda mais o contexto apresentado pelo IBGE, que estima a falta de aproximadamente 200 mil profissionais no setor e custos de mão-de-obra maiores que os principais concorrentes internacionais.

“Desse cenário decorre um perfil setorial de 94% de micro e pequenas empresas com condições que desfavorecem seu crescimento ou longevidade; uma balança setorial negativa — com tendência a piorar quando começar a se importar serviços mais baratos em outros países para ser competitivo no atual modelo setorial; e o desperdício de uma oportunidade estratégica de diferenciação de desenvolvimento apoiado no talento e criatividade brasileira”, conclui.
Radiografia da indústria nacional
Segundo estudo do IDC, atualmente o setor é composto por 8,5 mil empresas, das quais 76,5% dedicam-se ao desenvolvimento, distribuição e comercialização de softwares, formando uma cadeia de valor com grande potencial de expansão pela sua capilaridade no mercado interno.

Assim como nos dois últimos anos, quase 50% da demanda registrada foi proveniente dos mercados financeiro e industrial. Na sequência estão os segmentos de agroindústria, governo, comércio e serviços.

Tendências e expectativas para 2010
Segundo o IDC, as previsões para o segundo semestre de 2010 são bastante positivas. O mercado total de Tecnologia da Informação brasileiro terá aumento estimado em 6,5%, acima da América Latina, com 6,3%, e do mercado mundial de TI, com 3,5%. Especificamente em relação a software e serviços, a indústria nacional alcançará 8,5% de crescimento.

Algumas tendências impulsionarão tais resultados. “A expansão da computação em nuvem, cuja demanda deve triplicar nos próximos cinco anos; a procura por aplicativos de análise e de inteligência para o negócio, que crescerá mais de 10% em 2010; o aumento significativo da venda de laptops e smartphones, ocasionado pelo número cada vez maior de usuários; e as oportunidades geradas com o advento da TV Digital, são alguns pilares que se destacarão ao longo desse ano e dos próximos períodos”, finaliza Schmitt.
NewsComex



Montadora apoia fabricante de peças na procura de gargalos
As montadoras revelaram ontem que apoiam integralmente a análise que está sendo bancada pelo setor de peças para determinar os responsáveis pelos gargalos da produção de veículos. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras são favoráveis à análise da cadeia automotiva que vem sendo feita pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e será revelada ao mercado no final deste mês. "Com essa análise, poderemos ajustar a produção de carros nacionais", disse o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, que definiu o estudo como "a receita do bolo para fazer o setor crescer."

Na opinião do presidente, a postura de algumas montadoras, de assumir a necessidade de trocar fornecedores nacionais por peças importadas, é uma questão de mercado. "A nossa realidade atualmente é competitiva: sai na frente a empresa que obtiver melhor custo-benefício. Nós não podemos interferir ou dizer quem deve comprar ou vender de quem."

O aumento no preço do aço, também terá de ser analisado por montadoras e fabricantes de peças. "Estamos preocupados com a variação do preço do aço e essa questão também terá espaço nas nossas análises conjuntas. Por enquanto, o que podemos afirmar é a necessidade de um consenso entre o Sindipeças, o governo e as montadoras sobre a majoração."

Recorde de vendas
Mesmo com os já anunciados gargalos da cadeia do setor automotivo, a produção nacional de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) fechou o primeiro semestre do ano com crescimento de 19,1% em relação ao mesmo período de 2009, de acordo com os números do balanço semestral da Anfavea, divulgados ontem.

No primeiro semestre de 2010, o número de unidades fabricadas bateu recorde e chegou a 1.753.201. A melhor marca anterior era do primeiro semestre de 2008: 1,68 milhão de unidades. Entre janeiro e junho de 2009, foi produzido 1,47 milhão de veículos.
"As principais razões desse crescimento foram o fato de as montadoras terem renovado os estoques e o aumento das exportações", disse Belini.

No semestre, o segmento de automóveis teve alta de 17% (1.639.998 unidades fabricadas), o de caminhões, de 66,8% (89.548), e o de ônibus, 42,3% (23.655). A expectativa do setor é atingir um crescimento de 8% este ano, com 3,4 milhões de veículos produzidos.
Diário do Comércio e Indústria



Exportações catarinenses fecham semestre com alta de 11,8%
As exportações catarinenses do primeiro semestre somaram US$ 3,5 bilhões com alta de 11,8% em comparação com 2010. Nesse mesmo período em 2009, os embarques tiveram um decréscimo de 22,2%.

Apesar do comportamento positivo das vendas externas, a alta das importações nos primeiro seis meses de 2010 foi maior (70,4%) fechando em US$ 5,2 bilhões.

Com isso, o saldo comercial acumula déficit de US$ 1,7 bilhão, segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).

Os dados mostram que de janeiro a junho de 2010 frente ao mesmo período no ano passado houve expansão dos embarques nos principais mercados compradores de Santa Catarina.

As exportações aos Estados Unidos cresceram 16,6%, os embarques aos Países Baixos aumentaram 25,4% e à Argentina 28,8%. As compras dos Japão registraram alta de 37,6% e as exportações à Alemanha tiveram incremento de 12,8%.
CNI - Confederação Nacional da Indústria

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