LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 28 de junho de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 28/06/2012




Portos de Recife e Suape prontos para implatação do Porto sem Papel

Encontro realizado com Agentes Portuários e representantes dos órgãos anuentes fez o último teste do sistema antes da implantação definitiva do projeto

Comunicação SDEC
Os portos de Recife e Suape promoveram, na manhã desta quarta-feira (27), na Secretaria de Planejamento e Gestão, um encontro para afinar os últimos detalhes da implantação do projeto Porto Sem Papel (PSP). Os dois terminais pernambucanos começam operar fazendo uso do Sistema de Informação do PSP no dia 03 de julho, próxima terça-feira. A data foi definida pela portaria de n° 162 da Secretaria Especial de Portos (SEP) do Governo Federal e publicada no Diário Oficial da União no último dia 15.
“Estamos dando mais um passo para modernizar os portos do Estado. Esse projeto vai proporcionar maior organização e agilidade nos processos de liberação da operação dos navios. Isso significa um salto na qualidade logística no setor portuário do País e aproxima os portos brasileiros dos maiores portos do mundo”, afirmou o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente de Suape, Frederico Amâncio, durante a abertura da reunião, que contou ainda com a participação da diretora-presidente do Porto do Recife, Marta Kümmer.
O Porto sem Papel é um sistema de informação, financiado pela Secretaria Especial de Portos (SEP) e desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Através do sistema (denominado Sistema de Informação Concentrador de Dados Portuários) todos os dados necessários para atracação, operação e desatracação dos navios são unificados e disponibilizados para todas as instituições envolvidas na atividade portuária (ANVISA, Marinha, Ministério da Agricultura, Polícia Federal, Receita Federal e a Autoridade Portuária). Essa integração dos órgãos elimina a burocracia, diminui o tempo para obtenção das anuências e, consequentemente, o custo das operações em 25%, segundo estimativa da SEP.
Além da agilidade nas operações, outro atrativo do sistema é e a economia de papel. Para se ter uma ideia, somente no Porto de Santos, primeiro porto a aderir o PSP, cerca de 17,5 toneladas de papel deixarão de ser utilizadas nos processos de liberação das operações dos navios durante um ano. Número que equivale a preservação de 340 árvores de eucaliptos. Com a implantação do projeto em todos os portos brasileiros, a previsão é que 1.100 árvores sejam poupadas por ano.      
Os portos de Recife e Suape estão a três meses se preparando para a implantação do Porto sem Papel. O primeiro passo foi dado no dia 26 de março com a apresentação detalhada do projeto no auditório do Porto de Suape. Depois veio a etapa do cadastramento de todos os Agentes Portuários (empresas responsáveis pelo fornecimento das informações dos navios) e dos órgãos anuentes. E por fim, o treinamento.      
“Vemos a implantação como um grande avanço. Antes tínhamos que preencher inúmeros documentos, muitas vezes com informações repetidas, e esperar a anuências de cada um dos órgãos competentes. Agora tudo será informatizado e integrado. Menos tempo significa menos custo”, avalia o presidente do Sindicato dos Agentes de Navegação de Pernambuco, Ricardo Von Sohsten.
“A grande novidade desse sistema é a interação entre todos os entes para garantir a eficácia da operação. Fico feliz em ver a presença de todos vocês que vão fazer as coisas acontecerem no dia a dia. O sistema é vasto e atende as especificidades de todos os órgãos. É importante que esse processo aconteça aqui hoje para que dia 03 tenhamos o sistema em pleno funcionamento”, ressaltou o coordenador-geral de Integração de Sistemas de Informação da Presidência da República, José Roberto Bastos Fernandes, representando a SEP.
A SEP investiu R$ 114 milhões no Porto sem Papel e a intenção é que todos os 35 portos brasileiros implantem o projeto até junho de 2013. Até agora, 13 portos já operam com o sistema.



Projeto concorre com corredor para Santos

A ligação ferroviária entre Cuiabá (MT) e Santarém (PA) pode representar uma nova e importante concorrência para o principal corredor de exportação de grãos administrado pela América Latina Logística (ALL) e que tem como destino o porto de Santos.

A ALL, maior operadora ferroviária do país, conclui ainda em 2012 a construção do novo trecho da Ferronorte, cujo meta é alcançar a cidade de Rondonópolis (MT).

O prolongamento de 260 km (entre Alto Araguaia e Rondonópolis) tem custo estimado de R$ 700 milhões. O primeiro trecho de 120 quilômetros, até Itiquira, foi inaugurado no dia 2.

SUPERSAFRA

Até 2020, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que a produção mato-grossense de soja supere os 40 milhões de toneladas. Em tese, haverá produção suficiente para encher os trens da ALL que rumam para Santos ou os vagões para Santarém.

Em nota, a ALL disse que "a falta de opções logísticas é um gargalo no centro-norte e que vê de forma positiva mais uma alternativa logística".

Segundo a empresa, "a construção da ferrovia não prejudica a ALL e viabiliza a expansão da produção em novas regiões, que passarão a ser atendidas pela ferrovia".

Fonte: Folha de São Paulo/AGNALDO BRITO DE SÃO PAULO




Boia de sinalização afunda e canal de navegação do Porto de Santos fica fechado

O afundamento de uma boia de sinalização, no início da noite desta segunda-feira, causou o fechamento do canal de navegação do Porto de Santos. Com isso, 26 navios aguardaram para entrar ou sair do cais santista.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou que o equipamento foi substituído logo após o incidente, mas foi necessária realizar uma varredura (inspeção) para encontrar a boia avariada. A fiscalização contou com a ajuda de mergulhadores e ecosonares.
Créditos: Carlos Nogueira
Existe a hipótese de o equipamento ter colidido com o casco de um navio

Segundo a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), o trânsito de embarcações foi liberado no início da tarde desta terça-feira.

As causas do afundamento da boia de número 3, que fica próxima à Ilha das Palmas, em Guarujá, estão sendo apuradas pela Autoridade Marítima. Há a possibilidade de ter sido provocado pela colisão com uma embarcação. Caso o acidente seja comprovado, a Capitania deverá abrir um inquérito para investigar o caso. Por enquanto, o órgão está obtendo informações junto à Codesp.

Fonte: a Tibna Online




Frete ficará mais caro em Mato Grosso

Nos últimos oito anos, as despesas com o frete cresceram de US$ 62 para US$ 130 a tonelada, alta de 109% 
Fonte: AgrodebateNo currículo um título: maior produtor brasileiro com uma produção acima de 35 milhões de toneladas de grãos, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento. O número resulta da soma de tudo aquilo que o estado consegue do campo retirar, a exemplo da soja (atualmente a principal da agricultura), o milho, o algodão, além de outros itens. Primeiro colocado no ranking brasileiro e um estado totalmente dependente do modal rodoviário para fazer aos portos chegar aquilo que o agronegócio produz. Resultado é o comprometimento da renda com as despesas relacionadas ao frete. Cálculos do setor produtivo mostram a relação direta entre o custo e o transporte de cargas.
Atualmente, escoar grãos, cereais e fibras de Sorriso - no médio norte - até o Porto de Santos (SP) equivale a comprometer de 17% a 20% do preço da soja. "Praticamente 100% da nossa produção depende desse modal. Já pagamos um frete caro", destaca José Rezende, coordenador da Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).
Nos últimos oito anos, as despesas com o frete cresceram de US$ 62 para US$ 130 a tonelada, alta de 109%. Já de 2010 para 2011 evoluiu acima de 10% e chegou ao final do ano passado em US$ 118 a tonelada. Mas as "tarifas antigas" ou mesmo o que os produtores pagavam antes pelo transporte de grãos estão com os dias contatos. Vão sofrer alteração. O percentual de aumento ainda é discutido, mas representantes da classe produtora falam em uma despesa maior na ordem de 30% a 40%.
Principal fator que vai contribuir para encarecimento do transporte - não só de grãos, mas também de todas as atividades que dependem das estradas - é a vigência da Lei 12.619 que regulamentou a profissão de motorista. Será responsável por implementar uma série de medidas voltadas aos trabalhadores que atuam nas estradas com o transporte de cargas, mercadorias como descanso pré-estabelecido de acordo com o número de horas trabalhadas.
Em Mato Grosso o setor de transporte de cargas já anunciou: os fretes vão ficar mais caros. Custos maiores para os produtores, redução no lucro pelas empresas. "Algumas estimam reduzir entre 25% a 30% o lucro", cita Gilvando Alves de Lima, diretor-executivo do Sindicato das Empresas dos Transportes de Cargas.
"Algum tipo de custo será repassado. Não sabemos o quanto estamos falando em transferência do preço para o frete. Mas em breve irá acontecer", acrescenta. Mas dúvidas ainda pairam sobre a nova lei. O principal questionamento dos empresários do ramo é se o país está preparado para as transformações que serão exigidas. Se a infraestrutra rodoviária vai comportar um número maior de veículos de grande porte que vão rodar pelas rodovias.
Segundo o diretor-executivo do Sindicato das Transportadoras de Mato Grosso, é preciso ainda sanar dúvidas quanto a nova legislação.
Contratação de um número maior de motoristas para possibilitar a escala das horas; maior número de carretas rodando são reflexos que as transportadoras de Mato Grosso vão sentir.
Mas para o Sindmat, a nova lei pôs em xeque as deficiências infraestruturais no Brasil, especialmente no tocante às rodovias. "Estamos reféns desse modal e o problema é grave. É possível amenizar com algum tipo de mudança, desde que legalmente não existam prejuízos. Mato Grosso já tinha demonstrado ineficiência, mas a grande dificuldade para o transportador, se não haver um ajuste de operação de carga e descarga começa a remeter uma inviabilidade". 
Falta de mão de obra qualificada também pode se tornar empecilho para elevar o número de empregados.
A categoria que congrega os trabalhadores do transporte rodoviário em Mato Grosso considerou um avanço a lei que regulamentou a profissão de motorista.
"Foi um avanço, uma conquista para a categoria não só que transporta cargas, mas para todos os motoristas. Mas a preocupação é controle de horas dos motoristas", expressou Luiz Gonçalves da Costa, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Mato Grosso.
O que diz a lei
A Lei 12.619, de 30 de abril de 2012 foi publicada em Diário Oficial da União em 2 de abril. Tem como finalidade assegurar benefícios à categoria além de regular a jornada de trabalho e o tempo de direção pelos motoristas.  A lei determina intervalo mínimo de 1 hora para refeição, além de intervalo de repouso diário de 11 horas a cada 24 horas e descanso semanal de 25 horas.
Entre outras especificações está a de haver o intervalo mínimo de 30 minutos para descanso a cada 4 horas de tempo ininterrupto de direção, podendo ser fracionado o tempo de direção e o de intervalo de descanso, desde que não completadas as 4 horas.
O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) diz que não houve estudos aprofundados sobre os impactos que a nova lei provocaria. "Devia ter havido um estudo. Não temos motoristas, estacionamentos, estradas e será um volume muito maior que terá que ir para a estrada e com custo maior", citou.
Para o presidente Luiz Gonçalves da Costa, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de Mato Grosso, ao mesmo tempo em que a lei dará segurança jurídica à categoria é preciso manter um diálogo com o setor patronal. Empregados temem redução salarial em função do limite de horas a serem trabalhadas.
"Os motoristas estão preocupados com o salário, ponderou.
Tempo maior nas viagens também é outro reflexo a ser provocado. Em Mato Grosso, por exemplo, a viagem entre Rondonópolis, no sul do estado, até Porto Velho (RO), pode levar até uma semana a partir das alterações feitas pela lei. 
No Sul do Brasil, ir de Chapecó até Curitiba pode levar 25 horas e não mais 19 horas, conforme o setor.






Transporte: tão essencial quanto os demais processos logísticos

O transporte rodoviário de cargas é responsável por mais de 60% do volume de mercadorias movimentadas e 96% da condução de passageiros no Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), existem no país cerca de 130 mil empresas responsáveis por uma frota de aproximadamente 1,6 milhão de veículos. São mais de 5 milhões de empregos.
Conforme dados do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o transporte representa cerca de 6% do Produto Interno Bruto do Brasil. O setor também chama a atenção por faturar mais de R$ 40 bilhões e movimentar 2/3 do total de carga do país. Este cenário comprova a importância que a logística ocupa no segmento, em função do crescimento da produção e circulação de mercadorias produzidas e consumidas.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Região de Chapecó (Sitran), Valmor Zanella, o transporte é uma das etapas mais importantes da logística. Afinal, é preciso planejamento para a circulação, distribuição e armazenagem de produtos. “A ferramenta tornou-se tão importante que surgiram cursos técnicos e universitários, além de soluções tecnológicas para otimizar e profissionalizar o segmento nas empresas”, destaca.
Na percepção de Zanella, a logística permite a criação de mecanismos para entrega de produtos ao destino final no tempo mais curto possível, visando a redução de custos. Para que tudo ocorra conforme o previsto, são estudadas rotas de circulação, meios de transporte, locais de armazenagem, entre outras.
Para apresentar as novas estratégias do segmento às empresas e indústrias, é realizada bienalmente em Chapecó a Logistique - Feira Internacional de Logística, Transporte e Comércio Exterior, que neste ano está programada para o período de 23 a 26 de outubro. O evento está em sua terceira edição e é reconhecido como a maior feira do setor no sul do país.
O transportador Deneraci Perin que assumirá, no próximo dia 30, a presidência do Sitran, realça que a logística auxilia no avanço do desempenho e na redução dos custos, aumentando a competitividade do serviço de transporte. “Na Logistique teremos a oportunidade de conhecer novidades top de linha não somente para melhorar o processo logístico como também para diminuir os impactos ambientais”, afirmou ao destacar a nova geração de caminhões que adota tecnologias para evitar danos ao meio ambiente.
FEIRA
A Logistique 2012 conta com quatro principais grupos expositores: transporte e logística (caminhões e implementos, pneus, peças e acessórios, combustíveis e derivados, transportadores, operadores multimodais de carga, companhias aéreas e navegação), intralogística, ou seja, transporte interno e sistemas de fluxo de materiais (veículos industriais, equipamentos de elevação, movimentação e armazenagem de carga, pallets e estruturas, embalagens e acessórios), serviços de apoio (software e hardware, controle e automação, bancos e seguradoras) e comércio exterior (agentes de carga, consultoria, câmaras de comércio, despachantes aduaneiros e portos).
O evento é promovido pela Federação dos Transportadores de Carga do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) e Sindicato das Empresas de Transporte de Carga da Região de Chapecó (Sitran). São apoiadores a CETRANCESC, CNT, SEST SENAT, ANFIR, ABRALOG , ABTI, ACIC, ADAC, SEBRAE,  SICOM, SINDIPOSTOS e Convention & Visitors Bureau. A organização é da Zoom Feiras & Eventos.
Informações também estão disponíveis do site: www.logistique.com.br
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/noticias/transporte-tao-essencial-quanto-os-demais-processos-logisticos/20120627150332_V_584




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